
Operários contratados para trabalhar na execução do Programa Interbairros, que integra a parceria firmada entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís visando à melhoria da infraestrutura da capital maranhense, denunciam que estão sendo vítimas de calote. Há mais de um mês trabalhando em um canteiro de obras no Jardim São Cristóvão, bairro vizinho à Cidade Operária, os peões ainda não receberam pagamento pelos serviços que prestaram.
A denúncia foi feita ao vivo no início da tarde desta terça-feira por um dos trabalhadores prejudicados ao programa Abrindo Verbo, apresentado pelo jornalista e radialista Geraldo Castro na Rádio Mirante AM. Para que não haja represália, o blog não identificará o denunciante.
Segundo ele, o regime é análogo à escravidão. Os operários foram contratados pelo encarregado da construtora responsável pelos serviços e começaram a trabalhar imediatamente. Nas primeiras semanas, a obra transcorreu em ritmo intenso, mas hoje o que se vê é lentidão e insatisfação, tanto dos peões, por causa do calote, quanto da população, que cobra celeridade, para que a promessa de melhorias seja cumprida.
A cada dia mais minguada, a parceria, que prevê a destinação de R$ 32 milhões só para o Programa Interbairros, vai se mostrando um engodo. A promessa de construir 14 vias alternativas para desafogar o trânsito entre diversos bairros de São Luís vai virando um sonho distante.
O calote nos operários é um claro sinal de que já não há tanta disposição e compromisso de tocar os projetos como foi demonstrado no início. O arrefecimentos do ânimo governamental frustra as expectativas do povo.
Quanto aos operários enganados, estes devem procurar quanto antes os órgãos competentes, como Delegacia Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, para que os danos que estão sofrendo seja sanado.
5 comentários em “Parceria por São Luís resulta em calote em operários”
Existe um transparente problema financeiro na prefeitura de São Luís, mesmo com a ajuda do Estado, certos compromissos parecem não estar sendo cumpridos dentro do prazo, mas nem por isso vemos a gestão desanimada. Se esses trabalhadores realmente ainda não receberam, irão receber.
Estranho, 3 meses sem receber? Não dá pra acreditar em qualquer coisa que digam, o que vejo é a prefeitura se esforçando bastante para melhorar a cidade, mesmo em tempos de crise.
Os “peões” estão recebendo é pela construtora e não pela prefeitura. E se a prefeitura estivesse dando calote na construtora, nem obra estava tendo mais, né?
É, parece que salário atrasado tá virando prática comum, seja no setor público, seja no privado. O país tá quebrado, o problema não é só aqui.
Serviço análogo à escravidão?! Nossa senhora, quanto exagero! Represália? Se o cara ligou pra rádio e se identificou.. Mas falando da situação, os trabalhadores devem ir ao ministério do trabalho e denunciar a empresa que os contratou já que estão se sentindo prejudicados.