Rebaixamento ou artimanha política?

Sampaio foi rebaixado com derrota para o Bahia após passar quase todo o campeonato na lanterna
Sampaio foi rebaixado com derrota para o Bahia após passar quase todo o campeonato na lanterna

O Sampaio Corrêa protagonizou um vexame do início ao fim da Série B. A campanha pífia não poderia ter outro desfecho senão o rebaixamento, confirmado mateticamente com a derrota de ontem para o Bahia, por 1 x 0, na Arena Fonte Nova. Sem brilho algum durante todo o campeonato, o time maranhense não foi nem sombra da equipe competitiva que tantos resultados expressivos conquistou nas últimas temporadas.

Parece até que a queda do Sampaio para a terceira divisão foi um destino traçado, uma estratégia planejada minuciosamente pela diretoria tricolor, um mal necessário para satisfazer ambições extra-campo. Isso porque um eventual retorno da Bolívia Querida à Segundona, em 2017, não só calaria os críticos, como se tornaria um trunfo político.

Procedente ou não, essa tese já povoa o imaginário da torcida, desconfiada com a falta de um posicionamento firme da cúpula do clube ante a sucessão de maus resultados que levaram ao fracasso.

Em apenas uma rodada da Série B deste ano, o Sampaio não ocupou a lanterna. Nas demais, amargou a humilhante última posição, sem esboçar reação. Dentro ou fora de casa, o time quase sempre exibiu o mesmo abatimento. Individualmente, a maioria dos jogadores que vestiu a camisa tricolor ao longo do campeonato não exibiu, em campo, atributos que justificassem suas contratações. Em entrevistas, muitos deixaram claro que também faltou compromisso.

Como se não bastassem as limitações técnicas dos atletas, a diretoria do Sampaio cometeu erros básicos de gestão. Os sucessivos atrasos salariais desmotivaram o elenco, que se viu desamparado e com foco dividido entre as partidas e as contas pessoais vencidas. Para um time formado, em sua maioria, por jogadores forasteiros, obrigados a prover à distância o sustento das suas famílias, a dificuldade financeira é algo ainda mais perturbador, com reflexos terríveis no gramado.

O outrora vibrante torcedor, afugentado do Castelão pelos maus resultados, amargou uma série de decepções nesta temporada. O entusiasmo e a confiança que marcaram as campanhas anteriores do Sampaio na competição nacional deram lugar à frustração e à suspeita de que o revés foi algo programado e movido por segundas intenções.

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