Vilão nacional do momento, Weverton Rocha é bombardeado no Roda Viva

Weverton Rocha foi criticado no Roda Viva por sua proposta de enquadrar magistratura e MP
Weverton Rocha foi criticado no Roda Viva por sua proposta de enquadrar magistratura e MP

Principal convidado de ontem do prestigiado Roda Viva, exibido pela TV Cultura, nas noites de segunda-feira, o deputado federal Weverton Rocha (PDT) preferiu o silêncio, na maior parte do tempo, diante do bombardeio à sua emenda que prevê punição a magistrados, procuradores e promotores por abuso de autoridade, para muitos, um meio de abrir caminho para a impunidade a políticos corruptos.

Nos quatro blocos do programa, Weverton foi instado a esclarecer as intenções da sua polêmica proposta, mas ficou sem argumento. Por que isso aconteceu? A resposta fica clara para quem conhece a astúcia e os métodos rasteiros do pedetista, que, após uma ascensão meteórica na política, é hoje um dos maiores donos do poder no Maranhão, com clara ambição de se projetar nacionalmente.

Confrontado por expoentes do jornalismo e do meio jurídico, que classificaram a emenda que tipifica o abuso de autoridade como tendenciosa, Weverton sofreu um massacre, em rede nacional. Diante das câmeras, teve que ouvir termos como “inverdade”, “falácia”, tudo em referência à sua proposta. Internautas também repudiaram a iniciaitva do deputado, taxando-o de “inimigo do povo brasileiro”, e condenando seu “cinismo” e sua “cara de pau”.

Além de Weverton Rocha e do jornalista Augusto Nunes, mediador da discussão, a bancada de debatedores reuniu Cristiano Avila Maronna (advogado e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Modesto Carvalhosa (advogado e professor de Direito da USP), Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro Alves (vice-presidente da 4ª Região da Associação de Juízes Federais do Brasil, a Ajufe) e Thaméa Danelon (procuradora da República e coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal em São Paulo).

Em cerca de uma hora de programa, Weverton portou-se como mero espectador, enquanto os demais convidados desqualificavam sua emenda. Incisiva, a procurado Thaméa Danelon teceu serveras críticas à proposta. Não menos  Modesto Carvalhosa classificou a lei do abuso de auotidade como chancela à corrupção. Wevertgon guardou suas considerações para o quarto e último bloco e citou casos de abusos de autoridade, que, para ele, ficaram impunes, como a decisão de uma juíza do Pará de colocar uma adolescente em uma cela na qual estavam presos vários homens. Como resposta, ouviu que seus exemplos estavam fora do foco do debate, que era o combate à corrupção.

Horas antes do programa, Weverton informava, em suas redes sociais, que seria um dos debatedores do Roda Viva. Após o programa, aturdido por tamanha exposição negativa, deve ter se arrependido de ter aceitado o convite.

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