
Donos de bares, restaurantes, hotéis e pousadas da Avenida Litorânea foram surpreendidos, ontem, com a falta de água repentina na área. Com o movimento prejudicado há anos por causa da poluição causada pelo despejo contínuo de toneladas de esgoto não tratado no mar, os comerciantes agora amargam a escassez de um recurso indispensável à limpeza, à preparação de alimentos e a outras tarefas essenciais para o funcionamentos dos estabelecimentos da orla.
O abastecimento foi interrompido por volta das 22h30 de quarta-feira (7) e até as 10h desta quinta-feira (8) ainda não havia sido normalizado. Com a rotina e o faturamento dos seus negócios comprometidos, empresários resolveram ligar para a Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) em busca de explicação. Para espanto geral, a informação repassada foi de que a partir de agora o fornecimento de água obedecerá ao sistema de rodízio, ou seja, o líquido jorrará das torneiras dia sim, dia não.
A medida causou insatisfação e revolta em empresários e seus funcionários, que alegaram ser inaceitável que uma avenida cheia de restaurantes, bares e hotéis fique sem água durante 24 horas consecutivas. Argumentaram, ainda, que os poucos turistas que ainda frequentam a orla não poderão mais utilizar os chuveiros públicos, situação que ficará ainda mais grave com a proximidade da temporada de férias, quando aumenta o número de visitantes.
Os empresários defenderam a união de todos para fortalecer o apelo à Caema e/ou à Secretaria de Estado do Turismo para que a medida seja revista. Segue relato do caso encaminhado ao blog:
Venho aqui manifestar o meu desagrado e revolta pelo descaso e abandono do Turismo e turistas. Ontem, faltou água na rede pública na Av Litorânea às 22h30m.
Como até às 10h de hoje não foi restabelecida, liguei para a Caema e para meu espanto fui informado que o abastecimento seria dia sim, dia não.
Não consigo compreender ou aceitar, uma Avenida cheia de restaurantes, bares e hoteis poder ficar sem água durante 24h. Por outro lado, os poucos turistas que temos, não poderão utilizar os chuveiros públicos e aproximando época de férias.
Temos que fazer algo para que isto não aconteça para bem de todos. Façamos reclamação junto à Caema e ou Secretaria do Turismo. Juntos somos mais fortes e só estamos a reivindicar um direito que é nosso.