Por Marlon Botão, ex-secretário de Cultura de São Luís e militante político há mais de 40 anos

Milito na política desde os 15 anos de idade, quando ainda morava no bairro da Liberdade. Venho de uma das regiões mais pobres de São Luís — e, por consequência, do Maranhão. Aprendi cedo, na igreja católica, nos movimentos comunitário e estudantil, e depois no movimento partidário, que a política só tem sentido quando nasce das ruas, da vida real e das urgências populares. São mais de quatro décadas acompanhando, por dentro e por fora do Estado, cada fase da nossa história recente: seus avanços, retrocessos, rupturas e permanências.
É a partir dessa convivência longa com o Maranhão profundo, com suas desigualdades e com a força das suas comunidades, que afirmo com absoluta convicção: a candidatura de Orleans ao Governo do Estado não tem qualquer vínculo com o passado oligárquico que muitos tentam, artificialmente, lhe atribuir. Essa narrativa, construída por conveniência eleitoral, não dialoga com a realidade. Pelo contrário: Orleans emerge como expressão de um novo ciclo, como um jovem gestor que amadureceu politicamente dentro de um Maranhão que mudou — e que precisa continuar mudando.
Durante pouco mais de três anos como secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans demonstrou aquilo que distingue os líderes preparados dos candidatos improvisados: capacidade real de diálogo, leitura precisa dos problemas do território e senso de gestão articulada, que integra municípios, governo estadual e setores produtivos. Não é retórica — é prática. E prática num Estado que exige, antes de tudo, sensibilidade social e inteligência administrativa.
Orleans não foi alçado ao centro do debate sucessório por acaso ou por meras articulações de ocasião. Ele provocou esse movimento pelo conjunto de atributos que, hoje, são indispensáveis a qualquer liderança comprometida com um Maranhão que busca, há séculos, consolidar um caminho sólido de desenvolvimento.
Orleans se afirma como liderança porque sabe dialogar e sabe escutar — e porque amplia continuamente esse diálogo, mergulhando cada vez mais fundo na compreensão dos problemas do Estado. Faz isso com discrição, respeito e maturidade política, qualidades reconhecidas por vereadores, prefeitos, deputados, senadores e por toda a classe política que, ao longo dos últimos anos, encontrou nele um interlocutor confiável. Sua experiência acumulada, especialmente na relação direta com os municípios, lhe deu um repertório raro sobre o funcionamento real do Estado e sobre as demandas territoriais que definem o cotidiano da população maranhense.
A partir dessa vivência, Orleans compreendeu algo central: nenhum projeto de desenvolvimento municipal se sustenta sem uma articulação equilibrada com o governo estadual e, sobretudo, sem uma relação madura com a União. É justamente essa leitura — construída de baixo para cima, da realidade dos municípios à lógica federativa — que evidencia a importância de um governador capaz de dialogar com Brasília, com o governo federal e com os demais entes da União. O Maranhão não continuará avançando se for conduzido por alguém que não compreenda essa engrenagem, e temos exemplos claros disso na história recente.
A defesa do nome de Orleans nasce, portanto, de uma visão de Estado: da compreensão de que o desenvolvimento maranhense exige líderes capazes de articular consensos, fortalecer os municípios e integrar o Maranhão ao projeto nacional de crescimento. Não se trata de adesão pessoal, mas de convicção sobre qual modelo de liderança o Maranhão precisa para sustentar e aprofundar o ciclo de desenvolvimento em curso.
Esse contexto ajuda a entender por que o debate sobre o futuro do Maranhão se tornou tão central neste momento.
Quando observamos o quadro atual do Maranhão, fica cada vez mais claro que lideranças jovens com o perfil de Orleans são necessárias para consolidar o momento que vivemos. Ele combina experiência adquirida com o governador Carlos Brandão com a vivência direta do Maranhão real — aquele das estradas municipais, dos pequenos empreendimentos, das redes de proteção social e das agendas de desenvolvimento que começam a se transformar em realidade.
Não é exagero dizer que o Maranhão está diante de uma virada estrutural, construída a partir de alicerces econômicos e sociais sólidos. Há um novo modelo de desenvolvimento em curso, com abertura para o empreendedorismo, atração de investimentos privados, ampliação da infraestrutura e uma perspectiva estratégica vinculada à exploração do petróleo, às novas refinarias e à reativação de polos produtivos — como o de Rosário e o de Balsas, hoje referência nacional com uma das maiores plantas de etanol de milho do país.
Esse é um processo liderado por Brandão, mas com participação ativa e direta de Orleans, que conhece por dentro cada etapa dessa engenharia política e institucional. O Maranhão, pela primeira vez em muito tempo, começa a aparecer no centro do mapa nacional de desenvolvimento — e isso não é obra do acaso.
Outro dado incontornável: o Estado cresce. O PIB aumenta, a empregabilidade se expande, políticas assistenciais foram consolidadas e atravessam gestões — um feito raro no Brasil — e os investimentos em educação, saúde e segurança se tornaram estruturados, contínuos e mensuráveis.
Orleans participou ativamente dessas agendas. Do fortalecimento dos IEMAs ao equilíbrio entre repressão qualificada e prevenção inteligente nas políticas de segurança, passando pela expansão de programas sociais e pela incorporação de novas tecnologias à gestão pública. Isso não é futuro: já é presente.
Vivemos também um momento internacional estratégico. O mundo muda rapidamente, e o Maranhão, antes visto como periferia do mapa econômico, passa a ser tratado como fronteira de expansão energética, logística, científica e produtiva.
Orleans compreende esse processo porque participou da sua construção — e porque carrega um compromisso que não nasce de dinastias, mas da experiência acumulada junto às comunidades, aos municípios e às políticas que transformam vidas.
A cada dia fica mais evidente que Orleans é hoje o único nome do campo progressista maranhense capaz de reunir condições reais de disputar — e vencer — a eleição para governador. Capaz de dialogar com a nova economia, com os setores populares, com a classe política, com o governo federal e com o presidente Lula — e, ao mesmo tempo, apresentar ao Brasil e ao mundo um Maranhão moderno, competitivo e socialmente equilibrado.
Não há “oligarquia” alguma nesse projeto. O que existe é a adesão concreta de milhares de famílias maranhenses, que veem em Orleans a síntese de um novo ciclo — político, econômico e social — que já está em curso e não pode ser interrompido.
Esse projeto não é de gabinete. É de território, de futuro e de gente.