Agentes de portaria do Hospital da Ilha reivindicam adicional por trabalho insalubre

Profissionais também cobram tratamento humanizado nos turnos de trabalho, pois são obrigados a deitar no chão nos intervalos de descanso

Agente de portaria do Hospital da Ilha deitado em colchão no chão durante intervalo de descanso

Agentes de portaria do Hospital da Ilha, unidade que integra a rede estadual de saúde e é administrada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), cobram adicional por insalubridade em razão dos riscos e do desconforto aos quais estão sujeitos durante o exercício da função. Os profissionais enuneram uma série de situações que justificam o pagamento da gratificação, prevista na legislação trabalhista.

Alguns dos setores onde os agentes de portaria trabalham em condições insalubres são a portaria principal, ambulatório, recepção próxima à Diretoria, necrotério, elevadores e o centro cirúrgico. Em todos esses ambientes, circulam pessoas doentes, o que representa exposição permanente a contaminação por agentes altamente nocivos à saude.

Os agentes de portaria alegam que quase todas as categorias de servidores que atuam no Hospital da Ilha recebem o adicional por insalubridade e protestam contra a exclusão, junto com os motoristas de apoio. Eles afirmam que são expostos a todas as condições insalubres comuns às demais funções, como maqueiros, pessoal da limpeza, técnicos de enfermagem e enfermeiros. E ressaltam que até recepcionistas, que não mantêm contato direto com pacientes e estão muito menos sujeitos a contaminações por doenças, são contemplados com a gratificação.

Espaço sob o balcão da recepção também é usado para descanso por agentes de portaria do Hospital da Ilha

Descanso no chão

Às vésperas de completar quatro anos de funcionamento, o Hospital da Ilha jamais beneficiou os seus agentes de portaria com a gratificação por insalubridade, apesar do risco e do desconforto quem marcam o dia a dia de trabalho. Em vez de melhoria, o que se vê é a precarização da função. Um dos problemas mais flagrantes é a falta de um local para descanso nos intervalos. Sem dispor de um ambiente apropriado para repouso, os agentes de portaria são obrigados a deitar no chão, sem qualquer higiene, em espaço pouco arejado e outras situações massacrantes.

Alguns agentes de portaria têm acesso ao necrotério e são obrigados a abrir e a fechar as portas do setor com frequência, para que familiares reconheçam os corpos dos pacientes em óbito. Aqueles que são lotados no ambulatório também amargam condições extremamente desfavoráveis a cada rotina de trabalho.

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