Após gerar grave crise institucional entre Câmara de São Luís e MPMA, vereador Paulo Victor visita procurador-geral de Justiça

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor, em visita “institucional” ao procurador-geral de Justiça, Daniel de Castro

O presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Paulo Victor, causou surpresa ao postar, em suas redes sociais, fotografia de uma visita que fez ao procurador-geral de justiça, Danilo de Castro, nesta segunda-feira (3). O encontro não causaria tanto espanto se o desgastado político não tivesse sido o pivô de uma recente crise institucional entre o parlamento municipal da capital e o Ministério Público do Maranhão, com direito a nota pública contra o vereador.

O atrito entre a Câmara Municipal e o MPMA foi motivado pela acusação feita por Paulo Victor, em pronunciamento na tribuna, de que o promotor de justiça da Probidade Administrativa, Zanony Passos (atualmente afastado por determinação do Conselho Nacional do Ministério Público), o teria extorquido. Segundo o vereador, o membro do MPMA teria lhe indicado quatro quatro pessoas para ocupar cargo na casa legislativa. Em troca disso, cessaria investigações contra o político que estariam em curso, sob sua alçada.

Na mesma nota, o MPMA fez questão de enfatizar que Paulo Victor cedeu à extorsão e que o vereador declarou que “teve acesso a decisão judicial sigilosa em que figura no polo passivo como alvo de medidas de busca e apreensão e prisão requeridas pelo Ministério Público”.

Em sua postagem nas redes sociais, o presidente da Câmara Municipal de São Luís destacou que a reunião com o procurador-geral de justiça teve caráter meramente institucional. Mas alguns observadores atentos certamente enxergam algo mais, já que uma investigação do próprio MPMA que pode implodir de vez a carreira politica de Paulo Victor encontra-se trancada por ordem do Tribunal de Justiça. Detalhe: a decisão da Poder Judiciário maranhense foi chancelada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que rejeitou pedido de destravamento feito pelo mesmo MPMA.

Portanto, há uma ferida aberta, que sangra até hoje.

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