Estudo feito pela start up brasileira de tecnologia In Loco aponta que São Luís ocupa apenas o 20° lugar entre as 27 capitais brasileiras no que se refere à medida que determina o isolamento social para evitar que o novo coronavírus, que já matou três pessoas no Maranhão, se alastre ainda mais pelo país. Em relação ao Nordeste, São Luís aparece em 7° lugar, ou seja, na antepenúltima posição, atrás apenas de Maceió-AL e Aracaju-SE.
O Índice de Isolamento Social permite mapear a movimentação de pessoas dentro de regiões específicas e medir quais apresentam maior distanciamento social. O último dado disponível, no dia 30 de março, aponta que boa parte das capitais brasileiras está no patamar de 50%.
De acordo com o levantamento, feito com base em uma tecnologia que analisa dados de mais de 60 milhões de dispositivos móveis em todo o território nacional, 54,4% dos habitantes de São Luís estão em isolamento social. O percentual está bem abaixo do índice de Florianópolis, capital de Santa Catarina, que apresenta o melhor resultado: 63,2%.
Levando em conta apenas a região Nordeste, Recife-PE ocupa a primeira colocação, com índice de isolamento social de 60%, 6,6% melhor do que São Luís.
Brasil
O estudo da In Loco indica que mais da metade da população brasileira está em isolamento em razão da crise do coronavírus. A In Loco aplicou a tecnologia do Índice de Isolamento Social apenas às 27 capitais, onde vivem cerca de 50 milhões de pessoas.
Desenvolvida há menos de 10 dias, a ferramenta é gratuita para os governos acessarem. Até agora, 20 estados já fecharam parceria com a empresa e estão começando a receber relatórios que trazem dados cartográficos e estatísticos, dos quais é possível inferir o percentual de pessoas que não se deslocaram do bairro onde moram.
Bar lotado em uma das praias não alcançadas pelo bloqueio
Enquanto o poder público mantinha, ontem, forte aparato policial para bloquear o acesso do público às praias situadas ao longo da Avenida Litorânea, como medida de prevenção ao novo coronavírus, a farra comia solta em outros pontos da orla marítima de São Luís.
Fotografias postadas em uma das redes sociais do blog mostram pessoas se divertindo em outros pontos da orla, sem dar a mínima importância ao risco de contágio pela Covid-19 e à interdição ordenada pelo governo nas praias de São Marcos, Calhau e Caolho.
Banhistas se divertiram sem demonstrar a menor preocupação com o risco do novo coronavírus
Resta saber se o bloqueio se restringe a Avenida Litorânea ou se o Estado não estendeu o fechamento ao restante da orla por falta de estrutura.
Se a intenção foi impedir aglomerações nas praias, a medida funcionou de forma capenga.
Aumentou para 29 o número de pacientes recuperados no Maranhão após terem contraído o novo coronavírus, segundo boletim epidemiológico divulgado neste domingo pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Com mais 37 casos confirmados nas última# horas, o estado contabiliza 133 infectados, com dois óbitos até o momento.
Os casos suspeitos somam 1040, enquanto outros 1.652 foram descartados. Seis municípios registram casos confirmados: São Luís, Imperatriz, Açailândia, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Timon. A capital lidera, disparada, o ranking de testes positivos para o novo coronavírus, com 121 diagnósticos.
O percentual de infectados de acordo com o sexo é o seguinte: 56% são mulheres e 44% são homens.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, rebateu com firmeza a tentativa do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de culpar o presidente pelos 300 óbitos causados pela Covid-19 no Brasil.
“Sempre acreditei, pelo passado histórico, são seres alienados, sonsos, insensíveis e insensatos”, detonou Heleno em postagem no Twitter, rede social predileta de Dino.
A reação do chefe do GSI teve ampla repercussão na mídia nacional. O governador maranhense não apresentou a tréplica, até agora.
Vereador Astro de Ogum em ato de campanha com o governador Flávio Dino e outras lideranças
O vereador Astro de Ogum oficializou nesse sábado (04), último prazo de filiação para quem pretende sair candidato a prefeito ou vereador nas eleições de 04 de outubro deste ano, a sua chegada ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil). A sigla escolhida é a mesma do governador Flávio Dino e do pré-candidato a prefeito, Rubens Júnior.
No novo partido, ele irá formar chapa proporcional com os vereadores Marcelo Poeta, Fátima Araújo, Concita Pinto e Paulo Victor. A legenda espera eleger pelo menos seis parlamentares no pleito de outubro já que terá como pré-candidatos outros nomes de peso como o vice-prefeito Júlio Pinheiro.
Astro de Ogum é o atual decano da Câmara Municipal de São Luís
Ex-presidente da Câmara, Astro é o decano da Casa com cinco mandatos seguidos. Ele destacou que a escolha pelo PCdoB, representa o caminho certo para a cidade, e garante estar pronto para a caminhada no novo partido em busca de seu sexto mandato consecutivo.
“Depois de conversar com os nossos amigos, dialogar com a nossa comunidade e com a minha família, entendemos que o PCdoB é o melhor caminho para a nossa caminhada em busca do nosso sexto mandato consecutivo”, disse o parlamentar.
TRAJETÓRIA POLÍTICA
O vereador e líder espiritual em momento de fé e devoção
O vereador ludovicense completou 20 anos de mandato em 2020. Ele está na vida pública desde 2000. Até hoje, não perdeu nenhuma eleição. Naquele ano, ele fazia sua estréia na disputa para o cargo de vereador pelo PTdoB, conquistando o mandato com 3.243 votos.
De lá pra cá, não perdeu mais nenhuma disputa. Em 2004, foi reeleito com 7.352 votos para o 2º mandato. Em 2008, foi reeleito pela 3ª vez com 5.135 votos. Em 2012, foi vice-campeão nas urnas, com 8.766 votos e reeleito pela 4ª vez. No pleito de 2016, se reelege para o 5º mandato consecutivo com 9.703 votos. Em 2020, está pronto para buscar o sexto mandato consecutivo pelo PCdoB.
QUEM É ELE?
Conheça a história do vereador que está há duas décadas na Câmara de São Luís:
Manifestações de carinho do povo se repetem na movimentada agenda política e comunitária do vereador
Generval Martiniano Moreira Leite, popularmente conhecido como Astro de Ogum, nasceu em São Bento, no dia 16 de outubro de 1957.
Atuando há mais de quatro décadas como pai de santo na capital maranhense, filho de Oxumaré com a cabeça emprestada para Ogum, devido aos seus laços com a Umbanda, o parlamentar diz que o seu ladrilhar foi alicerçado pela proteção de Deus e dos guias.
ORIGEM HUMILDE
Filho do sargento da Polícia Militar João Francisco Costa Leite, nasceu no município de São Bento, a 301 km de São Luís, na Baixada Maranhense, e foi abandonado pelo pai, juntamente com sua mãe e mais quatro irmãos.
O vereador com o secretário de Estado das Cidades, Rubens Pereira Júnior, pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PCdoB
As dificuldades atravessadas pela família fizeram com que viessem morar na capital, e diante da situação, ainda muito pequeno, se viu obrigado a trabalhar para ajudar no sustento da mãe e dos irmãos. Ele passava o dia vendendo picolé, laranja e mariola pelas ruas e praias de São Luís e, na maioria das vezes, dormia nas bancas da feira da Liberdade.
Astro também não esconde que teve tudo para se transformar em um marginal, e reconhece que percorreu um caminho bem diferente dos seus amigos, contudo, nunca abriu mão dos valores e princípios éticos.
HOMEM DA CULTURA
Astro de Ogum recebendo uma das muitas homenagens com as quais já foi agraciado
Além da religião e do social, a cultura é outro pilar muito forte na base eleitoral de Astro de Ogum. Em 2015, para saudar a posse do 1º Pai de Santo a comandar o Poder Legislativo no País, o pátio da Câmara de São Luís foi invadido por vários grupos folclóricos de tambor de crioula e blocos tradicionais.
Apesar do estereótipo traçado por muitos, levando em conta o jeito sisudo do parlamentar, é o lado humano e bondoso que sempre fez questão de alimentar.
Equipe da Polícia Militar posicionada em um dos acessos à orla marítima bloqueados
Em uma medida extrema adotada como forma de impedir aglomerações e a profileração do novo coronavírus – que, até agora, já matou duas pessoas no Maranhão e infectou outras 96 -, o governador Flávio Dino (PCdoB) determinou a interdição dos acessos à Avenida Litorânea. E promete estender o bloqueio a outras áreas da cidade.
Equipes da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) amanheceram, neste domingo (5), posicionados nas vias que o público costuma utilizar para chegar às praias de São Marcos, Calhau e Caolho.
SMTT está dando apoio à interdição das vias que levam à Avenida Litorânea
As guarnições da PM e da SMTT utilizaram cones para indicar que a passagem está proibida. O tráfico só é liberado a pessoas que moram nos arredores e a ambulâncias, viaturas policiais, de combate a incêndio, de entregas na modalidade delivery e outras exceções.
Em seu perfil no Instagram, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o bloqueio será estendido a outras regiões da capital.
O caminhoneiro maranhense Gerson Lima fez um desabafo emocionado ao governador Flávio Dino (PCdoB) ao contar com a solidariedade de equipes da Polícia Federal e do Exército Brasileiro para se alimentar, depois de horas passando fome na estrada.
Membro de uma categoria que enfrenta extrema dificuldade por causa das restrições ao comércio impostas pelo governo durante a pandemia de novo coronavírus, Gerson alertou para o risco de paralisação do transporte de cargas se os motoristas continuarem sem ter onde comprar comida para si durante as viagens.
O governador Flávio Dino (PCdoB) confirmou, no início da noite deste sábado (4), via Twitter, segunda morte causada pelo novo coronavírus no Maranhão. Ele não forneceu detalhes sobre a origem, o sexo e a idade da pessoa que foi a óbito.
Ainda de acordo com Dino, subiu para 96 o número de infectados pela Covid-19 no estado.
Atendendo à solicitação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) e do Sindicato do Comércio Varejista de Óticas do Estado (SindÓptica-MA), o Governo do Maranhão autorizou, por meio do Decreto N° 35.714, de 03 de abril de 2020, os serviços de fabricação, distribuição e comercialização de produtos óticos no estado durante a pandemia do Covid-19 (Coronavírus).
No documento, enviado ao Governador do Estado do Maranhão no dia 31 de março de 2020, a Fecomércio e o SindÓptica destacaram o alto número de pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual e que necessitam desses serviços. Dessa forma, solicitaram a avaliação técnica no sentido de inclusão do setor de produtos óticos entre as atividades essenciais, resguardados todos os elementos de segurança sanitária adotados pelas demais atividades que estão em funcionamento.
Com essa autorização, a Fecomércio-MA reafirma o seu papel de representação no atual cenário causado pela pandemia, buscando sugerir medidas emergenciais aos governos Estadual e Municipal que minimizem os prejuízos e impactos econômicos nas empresas maranhenses, além de orientar diariamente os empresários em meio à crise nos estabelecimentos comerciais.
Deputado Adriano Sarney aponta fragilidade da economia brasileira
A atual crise evidenciou que: os países não cooperam entre si, os economistas liberais se calaram, as tecnologias em diagnósticos precisam evoluir e a humanidade vai se abalar, mas não vai acabar. No Brasil, o coronavírus escancarou a fragilidade de nossa economia.
Em tempos de murici, cada um cuida de si. Os Estados Unidos enviaram 23 aviões cargueiros para buscar equipamentos de saúde na China. Essa mercadoria fazia parte das encomendas de países como o Brasil e a França. Os EUA, com o consentimento do governo chinês, pagaram mais caro e levaram a melhor. Não se trata de capitalismo selvagem, mas da lei dos que têm mais para oferecer. A última palavra do capitalismo chinês vem do partido comunista e não foi o preço mais elevado que fez os EUA passarem na frente da fila. Certamente os chineses negociaram uma cláusula do acordo comercial entre as duas potências.
Já os economistas liberais, aqueles que rejeitam o intervencionismo estatal, estão mudos durante a crise. A clara necessidade de ações do governo tanto na saúde quanto na economia, colocou o Ministro Guedes, um liberal de carteirinha, em uma sinuca de bico. Nesse momento, a iniciativa privada pouco pode fazer para amenizar a crise. Todas as ações serão governamentais, inclusive a reconstrução social e da economia quando tudo acabar; são obrigações do governo!
Os avanços tecnológicos dos últimos anos parece não ter surtido efeito na área de diagnósticos. Como pode, em pleno século XXI, um teste demorar 7, 10, 14 dias? Ainda mais um vírus cuja família já era conhecida há anos. Se todos tivéssemos um teste rápido, instantâneo, conseguiríamos planejar a reabertura das atividades econômicas com maior segurança e amenizar as dores dos micro, pequenos e médios empresários, maiores empregadores do país.
Outra constatação extraída da pandemia é a de que o coronavírus irá devastar a humanidade em vários aspectos, mas não irá extingui-la, como colocou Yuval Noah Harari, autor de “Sapiens, Uma breve historia da humanidade”. O vírus mata em média 3% a 5% dos infectados, diferente do ebola, por exemplo, que pode matar até 80% dos pacientes. É preciso levar em consideração que os casos do coronavírus, tanto os de infectados, quanto os óbitos, estão sendo subnotificados. As consequências sociais e econômicas farão também novas vítimas, assim como o estresse psicológico do isolamento social, medo e desamparo. Mas a raça humana não será extinta e a tendência após a crise da pandemia atual é de alterar a maneira como vivemos e funcionamos, promovendo inovações que facilitam as mudanças necessárias ao tempo e momento em nossas vidas.
No Brasil, a crise do coronavírus expos a fragilidade da economia. A nossa bolsa de valores foi a que mais caiu (em dólares) no mundo, -52%. O valor das empresas brasileiras, em média, registrou desvalorização de metade de seus preços de mercado. Isto se deve à enorme valorização do dólar frente ao real e à desconfiança, principalmente de investidores estrangeiros, do poder de recuperação de nossa economia. Enquanto pensávamos que o Brasil iria voar em céu de brigadeiro esse ano, vimos, de fato, uma economia frágil se derreter mais do que as outras no mundo. É hora de começarmos a nos preocupar com a economia real.
Após essa crise, o mundo não será o mesmo. Os países vão ser mais autossuficientes, a máquina pública vai ter que salvar a iniciativa privada, as empresas vão dar mais foco nas tecnologias da saúde e as pessoas vão ser mais resguardadas. Outras lições virão.
*Deputado Estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard. Email [email protected] Twitter: @AdrianoSarney Facebook: @adriano.sarney Instagram: @adrianosarney
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