Isenção do imposto de renda deve injetar R$ 11 milhões na economia do Maranhão, aponta Sudene

Medida entrará em vigor em janeiro de 2026 e deve estimular o consumo regional, com impacto direto na atividade econômica

Com efeitos a partir de janeiro de 2026 e previsão de beneficiar 15 milhões de contribuintes em todo o País, os efeitos da Lei nº 15.250/2025 devem gerar uma injeção anual de R$ 1,7 bilhão na economia do Nordeste. A estimativa é da unidade de Estudos e Pesquisas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O valor corresponde a cerca de 7% da renúncia fiscal nacional projetada pelo Governo Federal, que soma R$ 25,8 bilhões. No Maranhão, o acréscimo de receita decorrente da nova legislação será superior a 8%, o que corresponde a uma injeção de recursos estimada em R$ 11 milhões na economia do Estado.

A medida sancionada pelo presidente Lula estabeleceu a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil, além de descontos para quem recebe até R$ 7.350 mensais.

O estudo indica que a isenção para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil, aliada aos descontos aplicados à faixa entre R$ 5 mil e R$ 7.350, deve ampliar a renda disponível no Nordeste em aproximadamente R$ 126,7 milhões por mês. Bahia (31,47%), Pernambuco (21,06%) e Ceará (16,02%) respondem por 68,55% desse total mensal.

Na sequência aparecem Maranhão (8,60%), Rio Grande do Norte (5,79%), Paraíba (5,09%), Alagoas (4,65%), Piauí (3,71%) e Sergipe (3,61%). Em valores absolutos, os acréscimos mensais variam de cerca de R$ 5 milhões em Sergipe e Piauí, passando para a faixa de R$ 6 a R$ 11 milhões em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.

No Ceará, a estimativa é de R$ 20 milhões, quase R$ 27 milhões em Pernambuco e de aproximadamente R$ 40 milhões na Bahia.

Saiba mais aqui.

Solenidade de 14 anos do HSLZ – Hospital São Luiz

Reconhecimento a colaboradores e prestação de contas em destaque

Uma solenidade emocionante marcou a celebração dos 14 anos do Hospital São Luiz (HSLZ), que é gestor do HSE / Hospital do Servidor Estadual e referência em assistência aos servidores estaduais vinculados ao FUNBEN.

A cerimônia reuniu autoridades, profissionais de saúde e colaboradores e a programação incluiu homenagens especiais aos profissionais que se destacaram ao longo desses 14 anos pelo trabalho multidisciplinar, compromisso ético e atuação essencial na promoção da saúde dos maranhenses. A abertura contou com uma apresentação musical da Banda da Polícia Militar do Maranhão.

Foram homenageados com placas quatro colaboradores por mérito profissional e tempo de serviço, indicados por votação interna: A técnica de enfermagem Elisângela Silva dos Santos; a supervisora de arquivo Liliane Rodrigues; a coordenadora do serviço ambulatorial do CADH Lusinalva de Jesus Rodrigues e o médico e cirurgião geral oncológico Dr. Osmário Macatrão.

A Coordenadora do CADH Lusinalva de Jesus Rodrigues trabalha desde a fundação do HSLZ e celebra os 14 anos e esse reconhecimento com muita gratidão e orgulho: “Sou grata a Deus por poder estar no HSLZ desenvolvendo esse belo trabalho. Essa homenagem foi muito especial e fiquei muito feliz. Espero seguir aprendendo para crescer ainda mais no HSLZ e prestar essa assistência diferenciada aos servidores estaduais” disse emocionada.

“Fiquei muito feliz com essa homenagem; também estou desde o início no HSLZ e estamos todos de parabéns por esses 14 anos de bons serviços prestados pelo Hospital São Luís aos servidores estaduais” declarou o médico Osmário Macatrão.

Para a enfermeira Ana Raquel, atual coordenadora da UTI e que trabalha no HSLZ há 13 anos, o saldo é mais que positivo. “O resumo desses 14 anos é evolução e superação. Nós tivemos muitos momentos desafiadores, mas hoje celebramos todas as conquistas e a grande evolução do HSLZ. Estamos comemorando também o trabalho humanizado que priorizamos, que inclui a família e visa dar uma melhor experiência ao paciente” frisou a enfermeira.

Também foram homenageados os membros do Conselho de Administração, que apoiam integralmente a gestão do HSLZ: Empresário Paulo Braid, Presidente do Grupo Mercúrio e os conselheiros Patrícia Vasconcelos e Vinícius Braid.

“Para chegarmos até aqui foram 14 anos de muitos investimentos, dificuldades superadas e acima de tudo, o trabalho árduo de nossas equipes, sempre com o foco de entregar a melhor assistência possível aos servidores estaduais associados ao FUNBEN. Essa é a nossa missão diária, fazer o melhor em prol da saúde dos servidores estaduais” declarou Paulo Braid, Presidente do Conselho Administrativo do HSLZ.

Outro destaque foi a apresentação institucional de resultados da Assistência Prestada ao longo do ano de 2025, prestação de contas feita pelo Diretor Administrativo Édem Lúcio Nicolau que destacou números significativos de atendimento aos servidos associados ao FUNBEN, com dados crescentes de atendimentos prestados de 2012 até 2025; a exemplo do volume de internações que em 2012 foi de 1.870 e em 2025 até o momento registrou 4.751 internações. Já o número de cirurgias realizadas também cresceu bastante, sendo 1.384 em 2012 e em 2025 um total de 8.238.

“Condensando todos os atendimentos realizados nesse ano, em diversas áreas e setores, incluindo oftalmologia e atendimentos do CADH (Centro Ambulatorial Diagnóstico Holandeses) chegamos ao volume de 2.410.266 atendimentos em 2025 até o momento; um número recorde de serviços prestados desde o ano de 2012” destacou o Diretor Administrativo.

Em seguida, o Diretor Geral Plínio Túzzolo apresentou as metas e perspectivas para 2026. “Daremos ênfase em 2026 nos investimentos em prol da política de qualidade total; inovações administrativas e aprimoramento da experiência do paciente, entre outras prioridades. Tudo para oferecer uma assistência cada vez melhor aos usuários do FUNBEN” destacou o Diretor-Geral do HSE – HSLZ.

Encerrando a programação, foi inaugurado o Painel de Honra, um espaço no hall, com fotos de 34 colaboradores multidisciplinares, que se destacaram no HSLZ, elogiados em ouvidorias ao longo do ano de 2025.

PRF registra aumento de 57,8% nas autuações por permitir que pessoa não habilitada conduza veículo, em rodovias federais no Maranhão

Conduta é infração e também crime; aumento de 57,8% está ligado à intensificação das fiscalizações da PRF no estado

Um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Maranhão mostrou um aumento significativo no número de autuações aplicadas a motoristas que entregam ou permitem que pessoas não habilitadas conduzam veículos, nas rodovias federais que cortam o estado. Entre 1º de janeiro e 30 de novembro, os registros passaram de 1.082 autuações em 2024 para 1.707 em 2025, o que representa um crescimento de 57,8%, reflexo direto da intensificação das ações de fiscalização realizadas pela PRF em todo o estado

Além de colocar em risco a segurança viária, a conduta é classificada como infração gravíssima, com penalidade de multa multiplicada por três – ou seja, 880,41 reais-, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme previsto nos arts. 163 e 164. Assim, a responsabilidade recai sobre o proprietário sempre que o condutor flagrado se enquadra em alguma das situações descritas no art. 162 do CTB — dirigir sem habilitação, com CNH suspensa ou cassada, ou com categoria diferente — e não for o proprietário do veículo.

Entregar x Permitir: o que diz a lei

O CTB diferencia claramente as duas condutas:

• Entregar a direção (art. 163): consiste em passar às mãos ou transferir a posse do veículo para outra pessoa. De acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT), essa conduta exige a presença do proprietário no momento da abordagem, pois a entrega ocorre de forma direta.
• Permitir a direção (art. 164): refere-se ao ato de autorizar, consentir ou dar liberdade para que outra pessoa utilize o veículo. Caracteriza-se quando o proprietário não está presente no momento da abordagem, mas autorizou previamente o uso.

Embora distintas, ambas possuem a mesma gravidade e reforçam a responsabilização do proprietário na prevenção de riscos à segurança viária.

O art. 310 do CTB estabelece que permitir, confiar ou entregar a direção a pessoa não habilitada constitui crime de trânsito, com pena de detenção de seis meses a um ano, ou multa.

Importante destacar que, para a configuração do crime, não é necessário que haja perigo de dano ou situação de risco concreta. Ou seja, o mero ato de permitir ou entregar a direção já caracteriza o delito, independentemente de o condutor irregular ter cometido outra infração ou colocado terceiros em risco. Trata-se de um crime de perigo abstrato, cuja finalidade é proteger a segurança viária de forma preventiva.

Crime de dirigir sem possuir habilitação

Além da responsabilidade do proprietário, é fundamental destacar que o ato de dirigir sem possuir qualquer tipo de habilitação também pode constituir crime de trânsito, conforme prevê o art. 309 do CTB.

A conduta se caracteriza quando o motorista dirige veículo automotor sem ser habilitado, gerando situação que ofereça risco à segurança viária. Diferente do crime do art. 310, o art. 309 exige a presença de um perigo concreto, como direção perigosa, manobras inadequadas, exposição de terceiros ao risco ou condução incompatível com a segurança do trânsito.

A pena prevista é de detenção de seis meses a um ano, ou multa. Além da sanção penal, o condutor sem habilitação responde administrativamente pelo art. 162, I do CTB, com multa gravíssima multiplicada por três e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.

Assim, enquanto o art. 310 pune o proprietário pela entrega ou permissão, o art. 309 pune o condutor que assume a direção sem habilitação, reforçando o caráter preventivo do sistema de trânsito brasileiro.

O aumento expressivo das autuações em 2025 demonstra a intensificação das ações de fiscalização e o compromisso permanente da PRF com a segurança viária. A condução de um veículo automotor exige habilitação válida e regular. Permitir, entregar ou conduzir sem habilitação representa risco elevado e cria responsabilidade administrativa e criminal.

Expedição consolida vocação turística do Polo Serras Guajajara, Timbira e Kanela

Além de validar informações já levantadas, a ação permitiu identificar rotas integradas e oportunidades de qualificação dos atrativos

Durante três dias, a Expedição do Polo Serras Guajajara, Timbira e Kanela percorreu os municípios de Barra do Corda, Grajaú e Arame para validar a primeira versão do roteiro turístico integrado da região. Realizada entre 8 e 10 de dezembro, a iniciativa é parte do trabalho continuado do Sebrae no fortalecimento do turismo no Maranhão, por meio da Rede de Agentes de Roteiros Turísticos, e contou com a participação de representantes das secretarias municipais de Turismo, conselhos municipais e Instâncias de Governança – IGR.

Localizado na porção central do Maranhão, o Polo Serras Guajajara, Timbira e Kanela destaca-se pela forte presença dos povos originários e por comunidades rurais de tradição agroextrativista. Reúne territórios trabalhados pelo Sebrae por meio de ações da carteira do Turismo. A paisagem combina rios, áreas de transição entre cerrado e floresta e um patrimônio cultural vivo — elementos que dão identidade a uma rota autêntica, com alto potencial para o desenvolvimento de experiências sustentáveis, de base comunitária e capazes de fortalecer a economia local.

A posição geográfica é outro diferencial. Considerando Grajaú como referência central, o Polo está a cerca de 580 km de São Luís. Pelo sul, o acesso é facilitado por Imperatriz, que conecta o Maranhão ao Tocantins e ao norte do país, e por Balsas, polo econômico regional e via estratégica do MATOPIBA. Esses municípios funcionam como portas de entrada que ampliam o fluxo de visitantes, favorecem o turismo de curta e média distância e facilitam a chegada de viajantes de outras regiões.

O roteiro da expedição

O percurso começou por Barra do Corda, com café da manhã e trilha ecológica na propriedade do apicultor Wilson Melo. Logo depois, um passeio de barco pelo Rio Corda permitiu uma visão privilegiada da relação da cidade com suas águas, incluindo parada na histórica Pedra Marma.  “O passeio náutico mostra a beleza da cidade de outro ângulo. É uma atividade que emociona e que tem um potencial enorme para atrair visitantes e fortalecer o turismo local”, afirma o barqueiro Amauri Melo Chaves. A agenda seguiu com almoço na Beira Rio e visita à Aldeia Cachoeira Grande, marcada pela queda d’água que integra a história da antiga hidrelétrica construída no local.

Em Grajaú, a comitiva conheceu o modo de fazer tradicional na Casa de Farinha do Tião, no povoado Remanso, onde os visitantes participaram de um café da manhã com produtos derivados da mandioca. A vivência destacou a força da produção familiar. “Para mim, é muito gratificante ver o movimento crescer. Com o apoio do Sebrae, já fiz dois treinamentos e pude melhorar meu produto. Quero que a farinha do Remanso tenha sempre a mesma qualidade, que seja reconhecida. Receber visitantes aqui em casa é uma alegria”, conta Sebastião Borges. O almoço ocorreu no Balneário do Chicão, às margens do Rio Mearim, ao som de música regional. À tarde, o grupo seguiu para a Aldeia Arymy, onde houve trocas com lideranças, rituais, culinária indígena, pintura corporal e um café da tarde que reforça a hospitalidade dos povos originários.

O último dia da expedição foi dedicado a Arame, com início no Memorial da Cidade, onde uma coleção de objetos e registros fotográficos que contam a história do município. Na Aldeia Barreirinha, os visitantes participaram de cantos e danças tradicionais, trilha com observação da mata e dos animais, oficina de arco e flecha, visita ao meliponário e refeições típicas. “Receber a expedição é mostrar nosso modo de viver. O turismo ajuda a fortalecer nossa cultura e cria oportunidades para os jovens da comunidade”, explica a liderança Jó Lima Guajajara. O percurso terminou no Sítio Superação, onde Dona Dina mostrou que hospitalidade é também uma forma de patrimônio. Com café fresco, bolo caseiro e frutas da roça, ela recebeu o grupo com o calor das casas do interior. Além, de produtos caseiros como doces, conservas, molhos e temperos naturais. 

Primeira experimentação e próximos passos

A expedição representa a primeira experimentação do roteiro integrado, servindo como base para ajustes, aprimoramento das experiências e futura transformação das rotas em produtos turísticos comercializáveis. As informações levantadas serão sistematizadas para orientar as próximas etapas, que incluem qualificação dos atrativos, novas capacitações e alinhamento com o mercado.

Para Rosângela Costa, secretária de Indústria, Comércio e Turismo de Barra do Corda, a ação foi “uma experiência enriquecedora, repleta de trocas, escuta e conexão com a força cultural dos povos indígenas da região”. A coordenadora de Turismo de Arame, Katiusse Costa Bonfim, reforça: “Essa foi uma experiência magnífica. Tenho certeza que, a partir do que estamos fazendo aqui, o Maranhão inteiro vai conhecer Arame. Isso traz desenvolvimento, traz renda para famílias e para nossa cidade.”

O Sebrae vem atuando na cadeia do turismo na região, compreendendo a atividade como um motor estratégico para o desenvolvimento social e econômico dos três municípios, especialmente pela capacidade de movimentar pequenos negócios. “Quando se estrutura um roteiro, quem ganha não é só o atrativo. Ganha o restaurante, o artesanato, o transporte, o comércio, o produtor rural. O turismo é uma cadeia, e cuidar dessa cadeia é cuidar do desenvolvimento do território”, destaca André Veras, gerente da Unidade do Sebrae em Grajaú.

Movimento de torcedores ajuíza ação popular pedindo afastamento de toda a diretoria do Sampaio Corrêa

O Movimento Sampaio é do Povo, exercendo um direito constitucional de cidadania e defesa do interesse coletivo, informa que, por meio de seus advogados legalmente constituídos, protocolou perante o Poder Judiciário uma Ação Popular, instrumento jurídico destinado à proteção do patrimônio público e dos bens de relevante interesse social e cultural.

A ação judicial requer, de forma fundamentada e responsável:

• o afastamento imediato de toda a diretoria do Sampaio Corrêa Futebol Clube;

• decretação de intervenção judicial, como medida excepcional, porém necessária, para estancar danos continuados;

• bloqueio dos bens dos gestores, a fim de assegurar o ressarcimento integral do patrimônio do Clube;

• proteção jurídica plena do CT José Carlos Macieira, bem de valor histórico, esportivo e simbólico para o Maranhão;

• realização de auditoria administrativa, contábil e patrimonial independente;

• garantia de transparência absoluta dos atos de gestão;

• preservação da democracia interna e a responsabilização civil e administrativa dos gestores por eventuais ilegalidades.

A medida não é política, pessoal ou oportunista. Ela é jurídica, constitucional e moralmente necessária.

A ação busca impedir a continuidade da dilapidação do patrimônio material e imaterial de um clube centenário, ocorrida ao longo de 18 anos de gestão temerária, marcada por práticas ilegais, antidemocráticas e frontalmente contrárias ao interesse coletivo da torcida e da sociedade maranhense.

O Sampaio Corrêa não é propriedade privada, não é herança familiar, não é capitania hereditária.

É um bem cultural, esportivo e afetivo do povo do Maranhão.

Esperamos que o Poder Judiciário reconheça a relevância histórica, social e cultural do Sampaio Corrêa Futebol Clube e determine sua devolução ao seu verdadeiro e legítimo proprietário: a sua torcida.

O Sampaio é do Povo.

E ao Povo retornará porque a história não absolve a injustiça.

Operação do MJSP contra o tráfico de drogas interestadual e transnacional mira o Maranhão e causa prejuízo de R$ 78 milhões ao crime organizado

Ação coordenada pela Diopi atuou em 13 estados e apreendeu mais de 6,8 toneladas de entorpecentes

Brasília, 14/12/2025 – Uma operação integrada do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) contra o tráfico de drogas interestadual e transnacional causou um prejuízo estimado de R$ 78,1 milhões ao crime organizado. A Operação FARO – Fronteiras e Divisas Alertas com Rastreio Olfativo, realizada entre 1º e 12 de dezembro de 2025, teve atuação em 13 estados e forte emprego de cães policiais treinados para detecção de ilícitos.

Coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Coordenação-Geral de Fronteiras e Amazônia (CGFron), a operação ocorreu nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

A ação teve como objetivo a repressão qualificada a crimes transnacionais e interestaduais, com foco especial no tráfico de drogas, além do enfrentamento ao contrabando e descaminho, aliando fiscalização, inteligência policial, emprego de cães e ações preventivas em comunidades escolares.

Uso de cães policiais

Ao todo, 400 policiais participaram da Operação FARO, com o apoio de 267 cães policiais, empregados de forma transversal em diversas frentes operacionais. Os binômios cão-policial atuaram principalmente em fiscalizações de veículos e cargas em rodovias e acessos estratégicos, além do apoio direto à detecção de drogas, armas, cigarros e outros ilícitos.

O uso estratégico dos cães potencializou a eficiência das abordagens, ampliou a capacidade de detecção e contribuiu de forma decisiva para os resultados obtidos nas regiões de fronteiras e divisas.

Resultados no combate ao tráfico de drogas

A Operação FARO registrou um prejuízo total ao crime estimado em R$ 78.181.592,76, dos quais cerca de R$ 59.988.096,76, aproximadamente 76,7% do total, estão diretamente relacionados ao tráfico de drogas.

Durante os 12 dias de operação, foram apreendidos 6.808,09 quilos de entorpecentes, dos quais:
• 6.074,94 kg de maconha;
• 445,13 kg de skunk;
• 507 unidades de drogas sintéticas.

Fiscalizações, abordagens e prisões

Ao longo da operação, foram realizadas 10.386 ações, que resultaram em:
• 7.141 pessoas abordadas;
• 2.855 veículos abordados;
• 184 bloqueios, barreiras e blitz policiais;
• 124 fiscalizações;
• 64 embarcações abordadas.

No campo repressivo, os resultados incluem 63 pessoas presas ou apreendidas, sendo 50 prisões em flagrante, 11 prisões por ordem judicial e 2 menores apreendidos em flagrante.

Também foram apreendidas 21 armas de fogo, entre fuzis, pistolas, revólveres, espingardas e armas artesanais, além de 21 veículos e 4 embarcações, que representaram um prejuízo adicional estimado em R$ 3,88 milhões ao crime organizado. A operação ainda contabilizou 10 registros de porte ilegal de arma de fogo.

Ações socioeducativas e prevenção

Além das ações repressivas, a Operação FARO também se destacou pela atuação preventiva e educativa, reforçando a presença do Estado nas regiões de fronteiras e divisas. Foram realizadas 15 palestras socioeducativas em escolas, alcançando diretamente cerca de 1,5 mil alunos, além de visitas preventivas voltadas à conscientização de crianças e adolescentes sobre os riscos do envolvimento com o tráfico de drogas e outras práticas ilícitas.

Defesa Civil interdita imóvel na Rua dos Afogados por risco de desabamento e retira morador

Equipe da Defesa Civil interditou um imóvel na rua dos Afogados, no Centro. Em vistoria de rotina, foi identificado risco de desabamento de estrutura.

O prédio era habitado e o morador foi retirado do local. No mesmo dia, durante a madrugada, parte do telhado e da parede desabou.

A ação preventiva dos bombeiros salvou uma vida e serve de alerta para as condições dos imóveis históricos da região central, que necessitam de intervenções por parte dos proprietários.

A Defesa Civil elaborou auto de interdição com as condições e medidas a serem executada no imóvel. A Segov presta apoio na operação.

O órgão prossegue trabalhando pela segurança das pessoas e preservação do patrimônio.

Assista ao vídeo:

Le Petit Cirque se despede de São Luís neste domingo após encantar milhares de maranhenses

Espetáculo de tradição europeia encerra temporada histórica neste domingo, com últimas sessões às 16h, 18h e 20h

Após dois meses de sucesso absoluto em São Luís, o Le Petit Cirque realiza neste domingo seu último dia de apresentações, encerrando uma temporada histórica que encantou milhares de maranhenses e marcou definitivamente o calendário cultural da capital.

Inspirado na tradição do circo europeu, o espetáculo conquistou públicos de todas as idades ao unir técnica, emoção, beleza estética e uma narrativa que valoriza o encontro entre o clássico e o contemporâneo. Mais do que apresentações, o Le Petit Cirque entregou uma experiência artística completa, capaz de despertar sensações, memórias e aplausos de pé a cada sessão.

Durante a temporada, o circo se destacou não apenas pelo alto nível técnico de seus artistas internacionais, mas também pelo impacto social gerado. O projeto realizou ações solidárias, como campanhas de incentivo à doação de sangue em parceria com o Hemomar, além de sessões especiais e solidárias, ampliando o acesso à cultura e reforçando o compromisso social do espetáculo com a cidade.

O público respondeu à altura. Sessões lotadas, forte presença de famílias, escolas e turistas, além de ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa, consolidaram o Le Petit Cirque como um dos maiores eventos culturais da temporada em São Luís.

Para quem ainda não viveu essa experiência, esta é a última oportunidade. Neste domingo, o Le Petit Cirque realiza suas três últimas sessões, às 16h, 18h e 20h, se despedindo do público maranhense com o mesmo brilho, emoção e excelência que marcaram toda a temporada.

Para o idealizador do projeto, Ramito Jr., a passagem do Le Petit Cirque por São Luís deixa um legado que vai além do espetáculo. “Vivemos noites inesquecíveis. Ver o público maranhense se emocionando, lotando as sessões e abraçando o projeto nos confirma que a cultura transforma, conecta e cria memórias que ficam para sempre. Encerramos essa temporada com o coração cheio de gratidão”, destacou.

Acesso e ingressos

Como forma de democratizar o acesso à cultura, todas as pessoas pagam meiaentrada. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 20, facilitando a participação de famílias, estudantes e do público em geral nesta despedida histórica.

O encerramento simboliza não apenas o fim de uma temporada, mas a celebração de um espetáculo que entrou para a memória afetiva da cidade, reafirmando o poder da arte, do entretenimento de qualidade e da cultura como instrumentos de conexão, emoção e transformação social.

SERVIÇO — Le Petit Cirque

Local: Estacionamento do São Luís Shopping
Classificação: Livre
Horários das sessões:
• Domingo (14/12) – 16h, 18h e 20h
Ingressos: Vendas limitadas na bilheteria (a partir das 13h) e online
Informações: Instagram @lepetit.

Em tratamento contra câncer, deputada Roseana Sarney recebe visita do presidente Lula

Em tratamento contra o câncer, a deputada federal Roseana Sarney recebeu a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de sua esposa, Rosângela Lula da Silva (Janja).

O encontro foi marcado por gestos de afeto, palavras de esperança e confiança no caminho da cura. Cercada por manifestações de apoio e solidariedade, Roseana segue fortalecida pela fé, carinho e pelo apoio de todos.

Em mensagem nas redes sociais, MDB, partido da parlamentar, reiterou que se une em oração e votos de plena recuperação.

FAB define últimos detalhes para lançamento de foguete sul-coreano, em Alcântara (MA)

Nova janela, de 17 a 22 de dezembro, conta com um trabalho integrado, reunindo profissionais de diversas áreas 

A janela de lançamento da Operação Spaceward, conduzida pela Força Aérea Brasileira (FAB), no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA), foi ajustada para o período de 17 a 22 de dezembro. O objetivo é colocar em órbita o foguete HANBIT-Nano, desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace. A operação, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), acontece com base em uma cronologia técnica que envolve dezenas de sistemas e equipes especializadas para garantir segurança e confiabilidade em cada etapa do processo.

Os procedimentos, que antecedem o lançamento de um foguete, começam dias antes do acionamento do motor. A cronologia que levará o HANBIT-Nano ao espaço obedece a uma sequência rigorosa, coordenada pela FAB em parceria com a desenvolvedora do veículo espacial. Da checagem de sistemas à decisão final de autorizar o voo, cada marco é acompanhado e executado por equipes técnicas especializadas que atuam em sincronização absoluta.

Trata-se de um processo de alta precisão, determinante para a segurança da missão. “Uma operação como essa envolve uma sequência longa de procedimentos, verificações e decisões técnicas. Cada atividade ao longo da cronologia existe para garantir que, quando o motor for acionado, o sistema esteja no mais alto nível de confiabilidade”, explica o Chefe da Divisão de Operações (DOP) do CLA e Adjunto do Coordenador da Operação de Lançamento, Major Engenheiro Robson Coelho de Oliveira.

Realizada pela FAB em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), a Operação Spaceward marca o primeiro lançamento comercial a partir do território nacional e insere o Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo caminho para novos investimentos e oportunidades no setor.

Da preparação ao Centro de Controle

Antes da contagem regressiva, ocorre uma extensa fase de planejamento, testes de sistemas, integração dos estágios e das cargas úteis, ensaios de comunicação e verificações de segurança. Para o lançamento, o processo começa com a ativação da cronologia, momento em que o Centro de Controle assume integralmente a coordenação da missão.

O Centro de Controle é ativado em três etapas principais: ensaio geral, cronologia simulada e cronologia de lançamento. “O Centro de Controle assume a missão a partir do momento em que a cronologia é ativada. A partir dali, cada sistema opera sob um fluxo coordenado, permitindo decisões rápidas e integradas”, ressalta o Major Robson.

Linha do tempo e pontos decisórios

Para o HANBIT-Nano, a sequência prevista envolve aproximadamente nove horas de atividades até o acionamento do motor. Ao longo desse período, são realizadas verificações sistemáticas e pontos decisórios conhecidos como “GO/NO-GO”, nos quais cada área confirma ou não sua condição operacional.

Uma divergência crítica, seja de clima, pressurização, sensores, sistemas de comunicação ou combustível, pode interromper a contagem. “Para melhor compreensão, se o lançamento estiver planejado para 15 horas do dia 17 de dezembro, entende-se que a cronologia terá início, então, às 6 horas”, exemplifica o Major.

Equipes envolvidas

A Operação Spaceward reúne cerca de 400 profissionais, entre brasileiros – militares e civis – e sul-coreanos. Durante a contagem regressiva, considerando o efetivo do CLA, cerca de 30 especialistas atuam no Centro de Controle; outros 100 profissionais estão distribuídos entre radares, antenas, tratamento de dados, meteorologia, tecnologia da informação, logística, segurança de voo e de superfície, qualidade, planejamento, sincronização e o Centro de Controle Avançado (Casamata).

O coordenador de Operação de Lançamento (COL) concentra informações e auxilia a Direção do CLA e o Coordenador-Geral da Operação (CGO) nas decisões críticas. Na Spaceward, essa função é desempenhada pelo Analista em Ciência e Tecnologia Sênior Jerônimo Donizeti Mendes. “O trabalho é multidisciplinar e contínuo. Sempre que possível, cada estação opera com redundância e autonomia técnica, mas o processo decisório é centralizado para garantir segurança e precisão em cada etapa”, destaca o Agente Público Federal.

Onde a missão acontece

A contagem envolve todas as estações operacionais do CLA, incluindo: Centro de Controle, núcleo decisório da missão; Telemetria, que monitora dados de voo em tempo real; Radares, que acompanham trajetória e comportamento do foguete; e Casamata, que coordena o acionamento do Painel de Disparo e ativação da linha de fogo. Qualquer falha identificada em qualquer desses pontos pode levar ao reinício, ao adiamento ou até mesmo ao cancelamento da sequência.

Monitoramento final e tomada de decisão

Nos minutos finais antes do disparo, são monitorados: sistemas de controle e disparo, pressões internas dos tanques, linha de fogo, sistemas de ignição, softwares embarcados, condições meteorológicas (vento, chuva, descargas elétricas). Historicamente, esses fatores são as principais causas de adiamentos em centros de lançamento ao redor do mundo.

Além disso, o momento exato da ignição do motor ocorre no chamado H0 (“H zero”), que marca o instante do disparo. A contagem regressiva tradicional, o famoso “10, 9, 8…”, é iniciada dez segundos antes do H0, quando todos os sistemas já se encontram operacionais e prontos para o lançamento.

Após a decolagem, a avaliação de trajetória é permanente. Se o veículo apresentar comportamento divergente, a Estação de Segurança de Voo pode proceder à terminação, interrompendo o voo de forma controlada. “A segurança é a premissa máxima. Se houver qualquer risco antes do lançamento, a contagem é interrompida. E, se durante o voo do foguete ocorrer uma anomalia relevante, os protocolos de contingência permitem neutralizar o veículo de forma controlada”, reforça o Major.

Um marco histórico

lançamento do HANBIT-Nano representa, para o CLA, um avanço inédito e estratégico dentro do Programa Espacial Brasileiro. Com mais de quatro décadas de operação e mais de 500 lançamentos realizados, o CLA consolida sua capacidade de conduzir missões de crescente complexidade com padrões internacionais de segurança e precisão. “É um marco que demonstra nossa maturidade técnica e insere o Brasil no mercado global de lançamentos comerciais. Alcântara se firma como um polo estratégico espacial, atraindo investimentos, empresas e inovação. É um passo significativo para o futuro do Brasil no espaço”, conclui o Major Robson.

Operação Spaceward

Operação coordenada pela FAB em parceria com a AEB para lançamento do foguete HANBIT-Nano, da empresa sul-coreana Innospace, a partir do CLA, no Maranhão. A iniciativa é conduzida pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Como resultado do edital de chamamento público lançado pela AEB em 2020, a Innospace foi selecionada para operar no CLA e assinou contrato com o Comando da Aeronáutica em 2022. O foguete HANBIT-Nano transportará cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por instituições e empresas do Brasil e da Índia.

Saiba mais:

Fotos: Sargento Vanessa Sonaly / CECOMSAER e Innospace