Sousa Neto quer ouvir na Assembleia Carlos Lula e mulher acusada de ser servidora fantasma da SES

Sousa Neto quer convocar Carlos Lula para esclarecer denúncia de que há uma servidora fantasma na SES

O deputado Sousa Neto (PROS) protocolou três requerimentos, nesta terça-feira (12), junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, solicitando informações do Governo Flavio Dino (PCdoB) sobre o caso da funcionária fantasma Alana Coelho Lopes Coelho Almeida, lotada na Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O assunto deve entrar em votação na próxima sessão plenária, prevista para amanhã (13). O parlamentar quer convocar o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, para prestar esclarecimentos acerca da denúncia de que a servidora Alana Valéria estivesse sendo mantida no cargo em comissão de Assessor Especial Isolado, percebendo vencimentos mensais de mais de R$ 9 mil, mesmo sem cumprir expediente desde o mês de janeiro deste ano. Em dezembro de 2016, ela havia sido afastada por 15 dias para tratamento de saúde, e não mais retornou às atividades.

O outro trata do convite do deputado à Alana Valéria Lopes Coelho Almeida, para que ela possa se defender publicamente das informações divulgadas pelo chefe da Saúde do Estado e em nota distribuída à imprensa pela Secretaria de Comunicação e Articulação Política (SECAP), de que a mesma estaria afastada de suas funções para tratamento de depressão.

Sousa Neto está requerendo, ainda, que o Governo apresente os documentos da perícia com o laudo da junta médica oficial do Estado do Maranhão que justifiquem e comprovem a necessidade de licença, bem como o tempo de afastamento para tratamento de saúde da servidora Alana Coelho, conforme noticiado nas redes sociais do Governo e do próprio Lula.

“Estou oportunizando a Alana se defender já que Lula e Flavio Dino não a defendem, e ficam se omitindo de tomar alguma medida para este escândalo. É importante para Alana o convite já que Lula não apresenta a comprovação do afastamento médico para tratar a depressão, e com isso está permitindo todo tipo de interpretação negativa em relação a ela”, disse Sousa.

Como deputado de oposição, Sousa enfatizou que, caso a Mesa negue o requerimento, o gabinete está à disposição para recebê-la. “Importante para Alana o convite já que Lula não apresenta a comprovação do afastamento médico para tratar a depressão. Essa atitude de Lula está deixando a Alana a mercê de comentários e interpretações depreciativas em seu desfavor. Se a Mesa negar o requerimento, estou à disposição para recebê-la no meu gabinete. Essa seria uma maneira dela esclarecer seu lado no episódio”, concluiu.

EMSERH

Sousa Neto encaminhou, também, ofício à presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), Ianik Leal, requisitando todo o detalhamento dos pagamentos realizados em favor de Alana, a título de Jeton, durante o período em que integrava o Conselho de Administração da entidade.

A presidente da EMSERH tem um prazo de até 15 dias para se manifestar sobre o assunto, sob pena de responder às reprimendas da Lei de Acesso à Informação. Confira os requerimentos:

Requerimento de Sousa Neto pede que Carlos Lula apresente à Assembleia a perícia médica e o laudo da junta médica oficial que legitimaram a licença
Em outro documento, Sousa Neto pede à AL que autorize convocação do secretário
Sousa Neto também quer dar à servidora Alana o direito de se manifestar e se defender da acusação de que é servidora fantasma da SES

Em Peritoró, prefeito recebe e não aplica verba federal de R$ 243 mil em reforma de quadra e ginásio

Vereador oposicionista Edmilson Marques, autor da denúncia

Flagrante lamentável do descaso com o esporte em Peritoró, município do leste maranhense, distante 241 quilômetros de São Luís. O vereador de oposição Edmilson Marques (PRB) acusa o prefeito Padre Josias (PMDB) de abandonar o único ginásio poliesportivo e a única quadra poliesportiva da cidade, privando os atletas locais de disputar competições e a população em geral de praticar várias modalidades, como futsal, voleibol, basquete e handebol.

Segundo informação obtida pelo blog, o prefeito recebeu, em 2015, uma verba de R$121.875,00 do Ministério dos Esportes para implantação e modernização de infraestrutura esportiva. O recurso deveria ter sido aplicado na revitalização do ginásio e da quadra citados.

O valor total do convênio foi de R$ 243.750,00, gasto em finalidade ainda desconhecida, prejudicando todos os cidadãos de Peritoró, inclusive crianças e adolescentes, que não estão dispondo do esporte como opção para livrá-los das drogas e outros meles.

Planilha informa destinação de R$ 243.750,00 para implantação e modernização de infraestrutura esportiva
Único ginásio poliesportivo de Peritoró não recebeu obras para torná-lo novamente apto a práticas esportivas
Quadra está imprópria para jogos e arquibancada não tem condições de receber público
Alambrado da quadra está danificado, com bases soltas e que quebradas e traves estão enferrujadas

Câmara em Pauta

Asfalto para o Geniparana

Vereador Ricardo Diniz

Em visita a comunidade do Geniparana, na Zona Rural de São Luís, o vereador Ricardo Diniz (PCdoB) constatou situações consideradas preocupantes. Os moradores enfrentam muitos problemas causado pelas péssimas condições das ruas que dão acesso à comunidade. A população da área mostrou as dificuldades enfrentadas pela falta de pavimentação das principais vias. Diante da situação verificada durante a visita, Ricardo Diniz solicitou na sessão de quarta-feira (6) na Câmara Municipal de São Luís, por meio de ofício, que a Prefeitura de São Luís e a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Público (Samosp) realizem, com urgência, no Geniparana, serviços de asfaltamento das ruas Mearim, Guamá e Rio das Flores.

Asfalto para o Geniparana II

Segundo o vereador, os moradores são obrigados a conviver com as dificuldades o ano inteiro. “No período das chuvas as ruas ficam tomadas pela lama, no tempo da seca é a poeira que incomoda e traz problemas de saúde, precisamos com urgência melhorar as condições das ruas do Geniparana para facilitar a locomoção das pessoas e melhorar a qualidade de vida de quem mora na comunidade”, ressaltou Ricardo Diniz.

Asfalto para a Cidade Operária

Vereador Edson Gaguinho viabilizou asfalto para avenidas da Cidade Operária

Na sessão realizada pela Câmara Municipal de São Luís, na manhã desta segunda-feira, 11, o vereador Edson Gaguinho (PHS) apresentou requerimento direcionado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e ao secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, para que seja executada, em caráter de urgência, serviços de recuperação asfáltica na Avenida Oeste Interna, localizada no bairro Cidade Operária. Na sua justificativa, o parlamentar frisou que a avenida é importante via de acesso para a comunidade e que com a pavimentação diversos problemas serão sanados.

Asfalto para a Cidade Operária II

“A comunidade do Polo Cidade Operária sofre muito com a atual situação dessa avenida, praticamente intrafegável. É preciso fazer um serviço completo, que vai desde a drenagem, esgotamento sanitário, chegando na pavimentação e meio-fio. Acredito que em breve tudo será resolvido”, finalizou Edson Gaguinho.

Melhorias para três bairros

Aldir Júnior garantiu melhorias para bairros

O vereador Aldir Junior (PR), durante seu pronunciamento realizado na sessão de segunda-feira (11), na Câmara Municipal de São Luís, tratou sobre alguns pontos do bairro do Cohatrac, Guará e Vila Nova República do Poeirão. O parlamentar, por meio do requerimento aprovado, solicitou à Prefeitura de São Luís a implantação de um campo society, uma área de passeio, academia ao ar livre, playgrounds e paisagismo para o Cohatrac. Além disso, aproveitou a oportunidade para fazer um apelo para o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), na intenção de solucionar o problema do canal de esgoto a céu aberto que passa por dentro dessa mesma região.

Melhorias para três bairros II

Abordou também a situação da escola Rubens Ferreira Rosa, localizada no bairro do Poeirão.
“É a única escola do bairro e nós precisamos tomar essa medida com urgência, de reformar esse ambiente e climatizar. O professor e o aluno precisam de qualidade”, completou Aldir Junior, fazendo um apelo ao Secretário de Educação Moacir Feitosa. Na mesma ocasião foi cobrado a situação da água no bairro 21 de abril (Guará), onde residem cerca de 15 mil habitantes e se comprometeu por meio de uma emenda através do deputado Josimar de Maranhãozinho (PR) para a perfuração de um poço naquela área.

Operação Luxúria: PF e Receita Federal apreendem R$ 200 mil em roupas e acessórios de luxo em São Luís

Roupas e acessórios apreendidos na Operação Luxúria

A Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil deflagraram em conjunto, na manhã desta terça-feira, dia 12/9, a Operação Luxúria, com o objetivo de reprimir a venda ilegal de roupas e acessórios de luxo importados por estabelecimentos comerciais situados na cidade de São Luís.

No total, cinco empresas foram objeto da ação policial e fazendária. O valor estimado dos produtos arrecadados é de aproximadamente R$ 200.000,00.

Caso não seja apresentada a documentação que comprove a internalização regular dos produtos no território nacional, será dado perdimento às mercadorias arrecadadas em âmbito fiscal e os representantes dos estabelecimentos responderão pelo crime de descaminho disposto no artigo 334, §1º, III, do Código Penal que prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão.

Câmara esclarece incidente que interrompeu sessão

Em nota assinada pelo presidente Generval Martiniano Moreira Leite, o Astro de Ogum, a Câmara Municipal esclareceu o episódio que levou à suspensão da sessão ordinária desta terça-feira (12). Segundo a versão oficial, o que aconteceu foi um princípio de curto circuito em um aparelho de ar condicionado instalado no gabinete de um dos vereadores, causado pelo super aquecimento do equipamento.

Explica ainda a nota, com base em informação dos técnicos da Casa, que não houve consequências graves porque o disjuntor parou. Sobre o começo de mal estar entre servidores provocado pelo incidente, esse foi logo contornado. Outra medida adotada em razão do ocorrido foi a suspensão da sessão. Abaixo, a nota oficial divulgada pela Câmara Municipal de São Luís:

Deputado Wellington volta a cobrar nomeação de aprovados em concurso público de Barreirinhas

O deputado Wellington reafirmou o seu papel parlamentar enquanto fiscal das leis e colocou-se à disposição dos aprovados

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão para abordar alguns pontos que foram tratados durante reunião que aconteceu com os aprovados no concurso de Barreirinhas. A Comissão de Aprovados solicitou que o deputado Wellington intermediasse uma reunião com o Ministério Público, Prefeitura e Judiciário nos próximos 15 dias. Além disso, os aprovados solicitaram também a possibilidade de realização de uma audiência pública ainda nos próximos 30 dias, nos moldes do que aconteceu no dia 06 de março, realizada pela Assembleia Legislativa no município que, segundo os aprovados, foi muito proveitosa.

“Nós sabemos que há uma decisão do Judiciário, que proíbe a Prefeitura de realizar contratações temporárias para cargos para os quais existam candidatos aprovados. Ao invés de cumprir a decisão judicial, o Prefeito insiste em contratar de forma precária e nós, aprovados, continuamos sendo enganados”, desabafou Elizeu, aprovado para o cargo de professor.

Sobre a situação, o deputado Wellington enfatizou o seu papel parlamentar enquanto fiscal das leis e colocou-se à disposição dos aprovados.

“Logo no início de março, realizamos uma audiência pública para tratar sobre a situação dos aprovados no concurso público de Barreirinhas. Indo ao encontro disso, tivemos também uma decisão favorável do Judiciário, proibindo, inclusive, a Prefeitura de contratar de forma precária. Infelizmente, as contratações precárias continuam e, na condição de fiscal das leis, estamos à disposição. Os aprovados no concurso de Barreirinhas continuam na luta pelas nomeações. Não podemos nomear, mas intermediaremos sim essa reunião, a fim de que a Prefeitura se manifeste favorável ao que a própria lei impõe. Recebemos muitas denúncias, sendo uma delas, inclusive, de que há pessoas no cargo de motoristas que sequer possuem a habilitação necessária. Essa é uma realidade que deve ser combatida e, por isso, reafirmamos o nosso compromisso com cada maranhense ”, disse Wellington.

Como um dos encaminhamentos da reunião, ficou agendada uma reunião para o dia 19 ou 20 de setembro, que acontecerá na própria cidade.

Maranhense é preso na Tailândia com 100 capsulas de cocaína no estômago

Maranhense Paulo Henrique Pires do Nascimento exibe capsula de cocaína que havia engolido

O maranhense Paulo Henrique Pires do Nascimento, de 27 anos, foi preso, ontem, ao desembarcar no aeroporto de Bangkoc, capital da Tailândia, com cerca de 100 capsulas de cocaína no estômago, totalizando 1,3 kg da substância entorpecente. O país asiático é conhecido por sua leis rígidas contra o tráfico de drogas, que preveem, inclusive, pena de morte a réus condenados por esse crime.

Paulo Henrique partiu de São Paulo rumo a Bangkoc em um voo com escala na Etiópia. Ele foi preso logo ao desembarcar, após ser submetido a um exame de raio-x, que detectou a droga em seu estômago.

Raio-X mostra as cerca de 100 capsulas de cocaína no estômago do acusado

Investigações preliminares dão conta de que ele foi contratado como mula (indivíduo que transporta droga em troca de compensação financeira) e entregaria a cocaína a outro brasileiro, em um hotel da capital tailandesa.

Após a análise, as autoridades confirmaram que a carga era cocaína, avaliada em cerca de 6,5 milhões de bats (R$ 605,5 mil).

Pena de morte

Tal como acontece na maior parte do continente asiático, o sistema de justiça criminal da Tailândia trata duramente os infratores da legislação antidrogas. A produção e comercialização de drogas da Categoria 1, que também incluem a heroína, o MDMA – o principal componente químico dos comprimidos de ecstasy – e o LSD, são puníveis com a morte ou a prisão perpétua.

Para Roberto Rocha, intervenção de Dino no PSB para expulsá-lo é mais um caso de “aluguel camarada”

O senador Roberto Rocha (PSB) condenou, em seu perfil no Facebook, a intervenção do governador Flávio Dino (PCdoB) no PSB, ao qual ainda está filiado, e que é presidido em São Luís pelo deputado estadual Bira do Pindaré, que não faz questão de esconder sua fidelidade canina ao Palácio dos Leões.

Para Rocha, Flávio Dino, “de forma arrogante e arbitrária”, se intromete nas questões do PSB para tentar barrar sua candidatura ao governo, em 2018. O senador acusou o governador de alugar a sigla, artimanha executada graças à sua “política cruel de arrecadação de impostos a qualquer custo”.

“Mais um caso de aluguel camarada”, escancara Rocha.

Leia abaixo a íntegra da postagem do senador:

ALUGUEL CAMARADA

Em 2010, Flávio Dino acusou a governadora Roseana Sarney de arrogante e arbitrária quando fez intervenção no PT para tentar evitar sua candidatura ao governo.

Em 2017, o mesmo Flávio Dino, de forma arrogante e arbitrária, faz intervenção no PSB para tentar evitar a candidatura ao governo do senador Roberto Rocha.

A diferença é que Roseana usou o prestígio do pai, presidente do Congresso, para conseguir a intervenção.

Já Flávio Dino, numa política cruel de arrecadação de impostos a qualquer custo, resolveu simplesmente alugar o partido. Mais um aluguel camarada.

Basta comparar!!!

Palestra sobre prevenção do câncer de intestino no Setembro Verde

Dr. Flávio Roberto falará sobre a temática no próximo dia 16 de setembro, às 9h, no Teatro da Onconvida, no Renascença

O médico coloproctologista Flávio Roberto proferirá a palestra

Dentro da programação do Setembro Verde, o médico coloproctologista Dr. Flávio Roberto profere, no próximo dia 16 de setembro, às 9h, no Teatro da Onconvida (Renascença), palestra intitulada “Prevenção do Câncer de Intestino”. O médico, um dos mais renomados do Maranhão nessa área, é titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e mestre em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará.

Atualmente, mais de 8 milhões de pessoas morrem por ano por causa do câncer em todo o mundo e o problema se agrava nos países em desenvolvimento por falta de políticas de saúde públicas para tratar a doença. Só em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Brasil registrou mais de 500 mil novos casos da doença em suas variações, e entre eles, está o câncer de intestino, um vilão para o país.

Dados do INCA apontam que no Brasil o câncer de intestino é o terceiro mais incidente entre os homens, e o segundo entre as mulheres, além de ser o quinto tipo de câncer que mais mata. As regiões Sul e Sudeste concentram quase 50% de todos os casos de câncer de intestino registradas no Brasil, um dado alarmante que pode ser revertido com prevenção e busca por diagnostico precoce. Embora não haja qualquer verdade absoluta sobre as causas da doença, as pesquisas indicam que a má alimentação é um fator considerável para o aparecimento do câncer de intestino.

Como prevenir

Consumir alimentos naturais ao invés de industrializados é o primeiro passo da prevenção. As frutas, verduras, legumes e carnes brancas devem ser prioridade nas refeições, e sempre em quantidades adequadas. Já frituras, gorduras, alimentos embutidos e defumados recomenda-se manter fora de uma dieta preventiva e saudável para o organismo. O excesso de bebidas alcoólicas, o cigarro, e o alto consumo de sal também devem ser evitados.

Janot pede arquivamento de denúncia contra Sarney, Renan e Jucá

O Globo

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) – Montagem sobre fotos de Jorge William, André Coelho e Givaldo Barbosa

BRASÍLIA – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito que investiga no Supremo Tribunal Federal (STF) se os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado cometeram crime de por tentativa de obstrução da Operação Lava-Jato. A investigação surgiu a partir da delação de Machado que, em conversa gravada com políticos, revelou um suposto plano para “estancar a sangria” e atrapalhar as investigações da Lava-Jato.

A decisão de arquivar ou não o caso cabe ao relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin. A praxe na corte é atender à solicitação do procurador-geral nesses casos, já que ele é o responsável por conduzir as investigações.

No ano passado, Janot chegou a pedir a prisão de Renan, Sarney e Jucá por tentativa de embaraçar a apuração sobre corrupção na Petrobras. Mas Teori Zavascki, que era o relator da Lava-Jato, negou o pedido. Segundo o ministro, a prisão não poderia ser decretada porque não houve flagrante dos crimes atribuídos aos parlamentares. No ofício encaminhado ao STF na sexta-feira, embora continue considerando os fatos “de gravidade incontestável”, Janot ponderou que, depois de revelados os diálogos, os planos do grupo não foram levados adiante. Portanto, não haveria como punir os políticos.

“Os fatos trazidos revelam gravidade incontestável. Ademais, as provas, válidas, corroboram indubitavelmente a sua ocorrência. Todavia, a vinda à tona da gravação e dos depoimentos de Sérgio Machado revelou publicamente toda a estratégia então planejada. Em decorrência dele, sabe-se que os eventuais projetos de lei apresentados por vezes sob a roupagem de aperfeiçoamento da legislação terão verdadeiramente por fim interromper as investigações de atos praticados por organização criminosa”, escreveu Janot.

O procurador-geral lembrou que, nos Estados Unidos, esse fato poderia ser punido como delito de conspiração. Mas, no Brasil, não há crime previsto para essa prática. “Certamente, se não fosse a revelação, os investigados tentariam levar adiante seu plano. Todavia, ao contrário de outros ordenamentos, tais atos não são penalmente puníveis. De fato, não houve a prática de nenhum ato concreto para além da exteriorização do plano delitivo”, explicou.

Em uma das conversas gravadas, Jucá diz que é necessário “estancar a sangria” da Lava-Jato. Num outro diálogo, Renan fala em mudar a lei e restringir as delações, base das acusações mais explosivas da Lava-Jato contra ele e outros políticos investigados até agora. Com Sarney, Machado discutiu a derrubada da então presidente Dilma Rousseff para diminuir a pressão das investigações.

Para Janot, Renan, Sarney e Jucá estavam se articulando para criar uma base de apoio político e, com isso, aprovar a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos e abrandar as regras dos acordos de leniência. No ofício enviado ao STF, o procurador-geral reafirma a convicção de que eles realmente planejavam obstruir as investigações.

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“Os Senadores Renan Calheiros e Romero Jucá (então um dos principais ministros do governo interino), bem como o ex-presidente José Sarney, relataram abertamente a José Sérgio de Oliveira Machado que a estratégia para embaraçar e impedir o avanço da Operação Lava-Jato passaria por um acordo amplo, envolvendo diversos partidos políticos, em especial PMDB, PSDB e alguns integrantes do PT, como Dilma e Lula”, escreveu Janot. “A ideia defendida originalmente pelos interlocutores era uma solução a ser negociada com diversos partidos para que houvesse um grande pacto nacional entre estes, com a participação do Supremo Tribunal Federal, para encerrar a Lava-Jato”, completou.

Segundo Janot, os agentes políticos colocaram “seus mandatos populares a serviço de seus interesses particulares e da organização criminosa que integram, chegando ao cúmulo de projetar e planejar a alteração do ordenamento jurídico para impedir os órgãos que integram o sistema de justiça criminal de cumprir o seu mister”. Ele considerou “chocante” a frase de Jucá quando ele fala em “cortar as asas” da Justiça e do Ministério Público, por meio de uma Assembleia Constituinte planejada para 2018.

Em nota, a defesa de Sérgio Machado ressalta que ” Janot reafirma a validade das provas apresentadas pelo colaborador e a gravidade dos fatos; e que o plano de obstrução só não foi adiante porque veio a público. Além disso, ainda segundo o PGR, os atos praticados só não são puníveis porque não existe o delito de conspiração no ordenamento jurídico brasileiro.”

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