Imagens obtidas com exclusividade por este blog escancaram, mais uma vez, o descaso do Governo do Maranhão com o transporte aquaviário que opera na travessia entre São Luís e a Baixada Maranhense. Confiscado e sucateado após a intervenção decretada pelo ex-governador Flávio Dino na Serviporto, o ferryboat Cidade de Tutóia foi abandonado pela Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), está inundado e ameaça afundar na Baía de São Marcos, conforme revelam as fotos que ilustram esta matéria.
A destruição do patrimônio da maior empresa que realiza o transporte de passageiros e cargas entre os terminais da Ponta da Espera, em São Luís, e de Cujupe, em Alcântara, é de dar dó. E há quem afirme que é consequência de um ato criminoso, pois a intervenção decretada há mais de dois anos por Flávio Dino, que nesta terça-feira (16) deu a largada em sua campanha ao Senado Federal, não teria amparo jurídico, uma vez que a Serviporto sempre deteve uma autorização precária para operar o serviço, não uma concessão, o que tornaria a medida legal.
Fontes do blog revelam que, antes da intervenção arbitrária, o ferryboat Cidade de Tutóia estava em perfeitas condições de navegação, faltando apenas o motor. Mas agora, depois de tanto tempo ancorada, sem qualquer manutenção, a embarcação virou sucata e se nada for feito de imediato, está condenada a afundar, restando aos proprietários um prejuízo milionário.
Em tempo: o blog tomou conhecimento que o governo estadual contratou outra empresa do Pará, sem licitação, para operar o serviço de transporte aquaviário entre a capital maranhense e o continente. Tal empresa, segundo informações, seria mais bem conceituada do que as contratadas anteriormente pelo Estado, também no vizinho Pará.
Acontece que o Governo do Maranhão não investirá um único centavo na compra ou reforma de ferryboats. Na verdade, está alugando uma única embarcação da empresa paraense, a fim de afastar o risco de um colapso ou mesmo de uma tragédia no transporte aquaviário que opera entre a Ponta da Espera e o Cujupe.
Será o fim da crise no serviço ou mais um engodo palaciano, tendo em vista o início da campanha eleitoral?
