Enquanto São Luís vive clima de barbárie, governo manda PM intimidar estivadores no Porto do Itaqui

Pelo menos seis viaturas da Polícia Militar foram destacadas com urgência, ontem à noite, para atender uma ocorrência no Porto do Itaqui. Não se tratava de um crime ou qualquer outro fato que envolvesse violência na área portuária, mas sim de um protesto de estivadores pela manutenção dos seus empregos. O ato dos trabalhadores resultou na paralisação total das operações de celulose no terminal e, na visão do governo comunista, precisava ser contido a qualquer custo, nem que fosse à base da truculência.

O emprego de forte aparato para fazer frente a algumas dezenas de portuários reunidos em uma manifestação pacífica causa estranheza, tamanho o despropósito. Isso porque, enquanto a PM mobiliza seu efetivo para intimidar pais de família temerosos pela ameaça de perda do ganha pão, a barbárie rola solta em São Luís, com assaltos, assassinatos e até linchamento, como o que aconteceu no bairro Barreto, ontem, em plena luz do dia.

A lógica repressora dos comunistas resulta em verdadeiros atentatos à liberdade de expressão. Se a imprensa não alinhada já sente na pele o golpe da censura, na forma de incontáveis processos judiciais e de reações raivosas de governistas na mídia engajada e nas redes sociais, agora são os estivadores que se vêem acuados pelo simples fato de irem à luta por seus direitos e pelo sustento de suas famílias.

O aparelho repressor do governo parece estar sempre a postos para o confronto, seja no campo das ideias, seja de maneira ostensiva. Opiniões, gestos e atitudes contrários ao que pensam e praticam (em público) os governistas de agora são rechaçados por estas bandas com radicalismo jamais visto após o restabelecimento da democracia no Brasil.

Em tempos de mudança, vale tudo para  intimidar e perseguir desafetos, até desperdiçar tempo, recursos humanos e materiais para oprimir quem se insurge contra o que prega a cartilha comunista.