Linha de Transmissão Graça Aranha ainda contará com R$ 18 bilhões em investimentos até 2023 pela chinesa State Grid
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu executivos da companhia chinesa State Grid Corporation of China, nessa terça-feira (6/05), para alinhar parcerias na área de energia. Durante a reunião, Silveira anunciou que buscará apoio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco do BRICS, para financiar a Linha de Transmissão Graça Aranha, que conectará os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás.
A companhia, que é uma das maiores empresas do setor elétrico mundial e parceira estratégica do Brasil na área de energia, investirá R$ 18 bilhões até 2030 no projeto que interligará 1.468 Km de extensão. O empreendimento é considerado um dos maiores de infraestrutura energética no Brasil.
Para o ministro Alexandre Silveira, a iniciativa representa um avanço na integração energética e na atração de investimentos sustentáveis. “A linha Graça Aranha simboliza a confiança mútua entre Brasil e China e o potencial de crescimento conjunto, especialmente na área de energia limpa e segura. A participação do Banco dos BRICS, presidido pela companheira Dilma Rousseff, nesse projeto também mostra o fortalecimento de instrumentos multilaterais voltados ao desenvolvimento dos países do Sul Global”, afirmou.
O encontro ocorreu no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, e antecede a viagem oficial do ministro à Rússia e à China, onde integrará a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na agenda internacional, estão previstos debates sobre temas estratégicos do setor elétrico mundial, com foco na transição energética e no fortalecimento da cooperação entre países emergentes.
A visita dos representantes da State Grid reforça a importância da parceria entre Brasil e China na área de energia. Presente no Brasil desde 2010, a empresa chinesa é uma das maiores investidoras em infraestrutura elétrica no país, com participação expressiva em projetos de alta complexidade e relevância nacional, como sistemas de transmissão em ultra-alta tensão (UAT).
Na viagem à Rússia e à China, Silveira terá reuniões com autoridades e investidores internacionais para discutir estratégias de ampliação da matriz energética renovável, inovação tecnológica no setor elétrico e cooperação multilateral na transição para uma economia de baixo carbono.
