Números ilusórios não calam a voz das ruas de São Luís

Edivaldo com o deputado federal Weverton Rocha e o segundo homem mais forte do governo, seus tutores na corrida pela reeleição
Edivaldo com o deputado federal Weverton Rocha e o segundo homem mais forte do governo, Márcio Jerry: reverência aos tutores na corrida pela reeleição

A última pesquisa de intenções de votos para a sucessão municipal em São Luís, divulgada neste domingo, mostrou um resultado surpreendente, favorável a uma única candidatura e extremamente negativo para as demais. Com num passe de mágica, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) ganhou forte impulso na corrida eleitoral, enquanto seus dois principais adversários, o deputado estadual Wellington do Curso (PP) e a deputada federal Eliziane Gama (PPS), perderam fôlego. O suposto avanço de Edivaldo é, no mínimo, questionável, pois não há fato novo que justifique tal ascensão. Pelo contrário, a gestão municipal da capital segue muito mal avaliada por significativa parcela da população.

É preciso lançar um olhar mais atento para os números propagados neste domingo pela imprensa alinhada ao projeto de não alternância de poder em São Luís. Como pode o prefeito ter ampliado a margem de intenções de votos e consolidado a supremacia sobre seus rivais se não houve qualquer feito de impacto que o posicionasse na liderança, agora com larga vantagem? As vozes das ruas não dizem isso. Diferente do que tenta fazer crer a pesquisa, o que se nota na cidade é um sentimento de rejeição muito forte a Edivaldo, que ameaça seriamente as pretensões dos que apostam na sua reeleição.

Um detalhe chama a atenção na pesquisa: a queda vertiginosa atribuída a Wellington do Curso, que viu sua preferência junto ao eleitorado minguar quase seis potos em relação à última sondagem, divulgada três dias antes, apenas. Parece uma estratégia para desestimular o adversário, que já se firmou como melhor alternativa para dezenas de milhares de ludovicenses insatisfeitos e decepcionados com a administração municipal. Não é exagero afirmar que o cenário mostrado pela pesquisa não passa de ilusão se confrontado com a realidade.

Uma verdade, talvez a mais cristalina de todas, tem que ser dita: a gestão de Edivaldo não deslancha, apesar do apoio total e irrestrito do Governo do Estado. Afinado politicamente com o Palácio dos Leões, o prefeito não se valeu de tal sintonia para dar ao povo as obras e demais benfeitorias prometidas. Pelo contrário, sua administração segue pífia, com ações isoladas e eleitoreiras, todas estrategicamente pensadas como forma de levar à reeleição, gravemente ameaçada neste momento.

Atordoado com o risco de não renovar o mandato, o prefeito de São Luís teve outra má notícia neste domingo: a promessa feita pelo governador Flávio Dino (PCdoB), em artigo por ele assinado (confira), de que sua gestão não favorecerá qualquer candidato nas eleições de outubro no Maranhão. Um forte abalo para o projeto de poder do pedetista e daqueles que o cercam e tutelam.

Com o governo neutro, indisposto a operar em favor dessa ou daquela candidatura, as chances de reeleição diminuem. Ao pregar a igualdade de chance nas urnas para todos, Flávio Dino frustrou as expectativas dos que contavam com toda a estrutura possível para a campanha. Sem previsão de compensação, o apoio político torna-se menos consistente e a disposição da militância na corrida pelo voto não será a mesma.

O resultado do pleito, portanto, segue imprevisível, apesar das tentativas de iludir o eleitorado com números inconfiáveis, incapazes de conter o clamor do povo de São Luís por melhores dias.

2 comentários em “Números ilusórios não calam a voz das ruas de São Luís”

  1. o aumento da popularidade de edvaldo não seria resultado do trabalho do sistema difusora de comunicação que foi arrendado por wewerton? Tem um programa la que parece horario politco do prefeito. huahuahuahua

  2. Sinceramente, não vejo nada de relevante da administração do atual subprefeito o pouco que faz não é favor, mas sim obrigação os funcionários estão descontentes com ele, e essa turma tem peso na hora do voto, terceirizados também, aliás, a cozinha do Socorrão 2 foi terceirizada para uma empresa desde maio e até hoje o dono da mesma não viu a cor do dinheiro para pagar seus funcionários e fornecedores, aí eu pergunto como esse senhor deseja a reeleição?

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