
O número de homicídios registrados na região metropolitana de São Luís teve queda de 18% no mês passado em relação a maio, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Apesar das festas juninas e da euforia causada pelos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo, junho foi o mês que contabilizou o menor número de assassinatos em 2014: 58, contra 71 em maio, reforçando a tendência de queda desses índices verificada desde o início do ano.
A redução é ainda mais significativa se tomarmos como referência todo o primeiro semestre. Como em janeiro ocorreram 87 homicídios e em junho houve 29 mortes a menos, tem-se uma queda de quase 44% no período. Em comparação com junho do ano passado, houve leve diminuição, de 3%, que ainda assim deve ser comemorada, pois até o ano passado as estatísticas indicavam um aumento progressivo e assustador dos assassinatos a cada mês.
O recuo dos assassinatos pode ser atribuído ao investimento maciço em segurança pública feito pelo Governo do Estado e à estratégia mais eficiente colocada em prática pelas forças policiais. Por meio de concurso público, o sistema de segurança teve seu quadro ampliado em 2.300 homens, sendo 1.800 na Polícia Militar, quase 400 na Polícia Civil (entre delegados, agentes, escrivães e peritos) e 120 no Corpo de Bombeiros.
Para dar maior suporte às operações policiais, o governo estadual investiu R$ 32 milhões na compra de 395 viaturas, entre as quais 230 carros, 15 ambulâncias e 10 veículos de combate a incêndio.
Facções e tráfico
O sistema de segurança aumentou a repressão ao Bonde dos 40 e ao Primeiro Comando do Maranhão (PCM), responsáveis por uma onda de assassinatos nunca antes vista na história de São Luís, motivada, principalmente, pela guerra do tráfico. Com maior contingente e melhor aparelhadas, as polícias Civil e Militar passaram a combater de forma implacável as duas facções criminosas. Resultado: boa parte dos líderes foram presos ou mortos ao reagir ao cerco policial.
Apesar da maior presença da polícia, a violência ainda causa pânico na população. Mas, aos poucos, a lei vai se sobrepondo ao crime. É o que comprovam os números.