
Passada a eleição em Paço do Lumiar, da qual saiu vencedor o ex-deputado Domingos Dutra (PCdoB), não se vê mais um único vestígio das máquinas e operários que foram mobilizados pelo Governo do Estado em plena campanha para executar obras de infraestrutura em diversas localidades. Serviços que até antes do pleito eram comemorados pelo povo e renderam milhares de votos ao candidato governista foram interrompidos de repente, frustrando as expectativas da população que confiou nas promessas de melhoria feitas no calor da disputa eleitoral.
No Maiobão, o farto maquinário e as centenas de peões contratados por meio do programa “Mais Asfalto” para recuperar ruas e avenidas nas últimas semanas que antecederam a eleição, com a clara intenção de turbinar a campanha de Dutra, desapareceram. Indignados, moradores protestam contra o engodo e muitos já se declaram arrependidos com a escolha que fizeram nas urnas.
Logo após ser eleito, Dutra ocupou o microfone de uma emissora de rádio arrendada ao grupo governista para dizer que ganhou a eleição sem recurso algum, à base apenas de camarão seco, banana e água mineral, fornecidos aos seus militantes durante as longas caminhadas que liderou em busca de votos. Mentira deslavada. A vitória comunista veio à custa de obras eleitoreiras bancadas pelo Palácio dos Leões.
A propósito, a intervenção palaciana na campanha, com incontáveis flagrantes de abuso, desqualificaram a promessa feita pelo governador de que a máquina pública do Estado não seria colocada a serviço de candidaturas aliadas (clique aqui e relembre).
O caso de Paço do Lumiar, onde a esperança no novo prefeito eleito deu lugar rapidamente à decepção, é só mais um dentre tantos outros exemplos de crime eleitoral cometido por Flávio Dino para favorecer partidários.
Mais do que frustração, é o prenúncio do caos que deve tomar conta das cidades onde o comunismo tomou o poder e onde tentará implantar o seu modo de fazer política, baseado na perseguição e na tirania.