O governador Flávio Dino (PCdoB) não tem poupado os municípios cujos prefeitos não manifestam ou pelo menos sinalizam adesão ao seu projeto de poder. Em uma postura tão antidemocrática quanto criminosa, o comunista não hesita em retaliar gestores que não lhe declaram apoio, retardando ou mesmo barrando a destinação de verbas para diferentes áreas, como saúde, educação e infraestrutura, prática que penaliza gravemente o povo, carente desses recursos, essenciais para a melhoria da qualidade de vida em regiões assoladas pela extrema pobreza.
A vítima mais recente foi o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Rodrigues do Bonfim (PSDB), que acusou o governador de perseguir o município ao não fazer o repasse, há mais de dois meses, do incentivo ao hospital de 20 leitos que atende a cidade e os recursos referentes às autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), prejudicando gravemente a execução das ações de saúde na cidade.
Lahesio acusa Flávio Dino de alimentar uma rixa com sua gestão, por causa dos vídeos com cobranças feitas ao Palácio dos Leões postados pelo prefeito nas redes sociais. Os vídeos têm gerado repercussão negativa para o governo na imprensa e na blogosfera. O gestor disse não entender por que o governador alimenta a briga com o município, já que apenas tem cobrado os direitos da população de São Pedro dos Crentes, que, inclusive, votou nele. O prefeito lamenta a recusa do comunista em atender um único apelo, deixando claro que não fez nenhum outro pedido ao governo.
O prefeito lamenta que a política de aumento de impostos tenha sido a única ação de Flávio Dino implementada no município. Tal medida, segundo ele, causou impacto negativo, inclusive nas fazendas, motivo pelo qual os pecuaristas já anunciaram que não votarão pela reeleição do comunista.
Antes de São Pedro dos Crentes, Caxias já havia sofrido represália por ter um prefeito não alinhado ao palanque comunista. Discriminada pelo Palácio dos Leões, administração municipal caxiense tem se desdobrado para aliviar o sofrimento da população que precisa de atendimento saúde, sem que a cobertura seja suficiente, por falta de apoio do Estado.
O prefeito Fábio Gentil chegou a receber uma comitiva de secretários estaduais e fez apelo por retorno dos repasses à saúde. Na ocasião, autoridades públicas municipais caxienses chamaram de massacre o que o Governo do Estado vinha fazendo com a cidade. Todos lamentaram o fato de a cidade ser penalizada por perseguição política, uma das marcas registradas da gestão comunista.
Dispostos a amenizar o sofrimento do povo e movidos pelo senso de dever público, o prefeito e seus auxiliares cobraram parceria com a administração estadual, em prol da população, argumentando que a ajuda é um direito garantido por lei.
Faltando menos de um ano para o pleito em que tentará renovar o mandato, Flávio Dino dá claros sinais de que será generoso apenas com os municípios onde a política lhe for favorável. Ou seja, usará toda a influência da máquina pública para fazer prevalecer seu projeto de continuísmo.
Editorial publicado em O Estado do Maranhão nesta sexta-feira
