
O soldado da Polícia Militar do Maranhão Aléssio Lima Oliveira tem o apartamento onde mora com a esposa e o filho incendiado por membros de uma facção criminosa. O atentado aconteceu nessa terça-feira (26) e causou graves danos materiais no imóvel, com destruição de móveis, eletrodomésticos e outros pertences e sério trauma à família.
Segundo relatório ao qual este blog teve acesso, o 22º Batalhão da Polícia Militar foi acionando, via telefone, por volta de 01h30, pelo soldado Aléssio, que solicitou apoio, pois acabara de ter seu apartamento, localizado no Residencial Ipês, na Estrada da Maioba, bairro Forquilha, incendiado de maneira criminosa.
Ao chegar ao local, a guarnição confirmou os fatos e se deparou com o imóvel completamente incendiado, com destruição de tudo o que estava no interior.
Segundo o soldado Aléssio, há algum tempo ele teria tido um desentendimento com indivíduos que usavam droga na calçada do seu apartamento e a partir daí desse momento houve represálias contra o policial. Em um primeiro momento, há alguns dias, ele teve sua motocicleta alvejada por disparos de arma de fogo, enquanto o veículo estava estacionado em frente ao apartamento. Esse ataque antecedeu o atentado incendiário à residência do militar.
O incêndio teve início quando uma das janelas do apartamento, que fica no térreo do bloco, foi quebrada e um artefato em chamas foi arremessado no interior de um dos quartos. Rapidamente, o fogo se alastrou pelos outros cômodos do apartamento. O incêndio foi contido por populares e, a princípio, não foi possível identificar possíveis atores da ação criminosa.

No momento do fato, o militar não estava presente no apartamento, pois estava de serviço, mas a esposa e o filho pequeno estavam no imóvel, dormindo em outro quarto.
.O soldado Aléssio atribuí a violência ao avanço do tráfico de drogas, que está dominando a área e passou a coagir a comunidade. Ele denunciou o consumo de drogas na calçada próxima a uma das janelas do seu apartamento. Em razão disso, no último sábado (23), espalhou óleo na referida calçada para tentar impedir que pessoas votassem a se reunir para usar entorpecentes no local.
O militar relatou que dias antes do ataque à sua residência foi abordado por um usuário de drogas, que perguntou por que ele havia espalhado óleo na calçada, no que o soldado respondeu que foi devido à falta de respeito. Horas depois, sua motocicleta foi atingida por cinco disparos de arma de fogo. Não satisfeitos, resolveram incendiar o apartamento do policial militar, em clara tentativa de intimidação.