Instituições de educação superior, independentemente de sua categoria jurídica, são, antes de tudo, organizações a serviço da sociedade, seja pelo compromisso de formar alunos para a cidadania e para o mercado de trabalho, seja para oferecer contrapartida para a comunidade que a abriga

Hoje, a necessidade de realizar trabalhos de responsabilidade social não está só na natureza da IES, como também é uma das dimensões obrigatórias do Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior (Sinaes). Segundo especialistas, os melhores projetos são aqueles que alinham transversalmente diversas ações e concentram-se na região onde a IES está situada. Em São Luís, o esforço dessas instituições visa à elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Um exemplo é o que faz o Instituto Florence de Ensino Superior, que vem se destacando sobremaneira pela elevação da qualidade do ensino em consonância com os projetos de extensão. A instituição, fundada pelas professoras Rita Ivana Barbosa Gomes e Teresinha de Jesus Barbosa, e que inaugurou clínica-escola odontológica no centro da cidade (onde seu prédio sede está localizado), já contabiliza mais de 2.500 atendimentos desde sua implantação.
A comunidade carente beneficia-se diariamente dos serviços ali realizados com equipamentos de tecnologia alemã. Os procedimentos, além de tudo, são visualizados em monitores de TV distribuídos em todo o ambiente. Há aparelhos digitais de Raios-X e boxes exclusivos para portadores de necessidades especiais. Endodontia, Estomatologia, Prótese Fixa, Cirurgia, Radiologia, Periodontia e Dentística são alguns dos diversos procedimentos disponíveis.
“Nós dispomos também do Tomógrafo, que realiza exames radiológicos panorâmicos e tomografias de extrema importância para diversas especialidades odontológicas, meios complementares fundamentais para o diagnóstico de patologias bucais”, revela Ildoana Paz Oliveira, diretora acadêmica da instituição, lembrando que, em recente avaliação nacional dos cursos de graduação de universidades e faculdades públicas e particulares feita pelo Ranking Universitário 2015 do Jornal Folha de São Paulo (RUF), o curso de Odontologia do Florence despontou em 1º lugar entre as faculdades privadas do Maranhão e em 81º lugar a nível nacional, para um parâmetro de duas mil instituições avaliadas.
Para a professora Karime Tavares, coordenadora do curso de Odontologia do Florence, o diferencial no atendimento à comunidade carente não somente da área central da cidade, mas de diversos outros bairros, são os laboratórios multidisciplinares, pré-clínicos, as cabines e a sala de interpretação de imagens para práticas de Imaginologia. “São duas clínicas-escolas, uma biblioteca com títulos atualizados e diversificados e um Núcleo de Especialidades Odontológicas, equipado com microscópio de última geração, responsável pela transmissão de sons e imagens de procedimentos clínicos em tempo real, com alta tecnologia”, informa Karime Tavares, completando que item fundamental é a seriedade do projeto e sua manutenção.
No Brasil, apesar da existência de unidades básicas de saúde públicas, a demanda é muito maior do que as vagas oferecidas, o que gera um tempo de espera muito grande. Assim sendo, a opção para atendimento de baixo custo está nas faculdades de Odontologia, onde os alunos que cumprem disciplinas de estágio são supervisionados por professores. “Certamente, as dificuldades para tratamentos odontológicos a baixos custos ou gratuitos são muitas e o trabalho oferecido nessas instituições é a salvação da população. Eu mesma já precisei várias vezes e recebi um tratamento de primeira. Mas o que mais me chamou a atenção, sem dúvida, foi a delicadeza de quem está despontando na profissão”, disse a dona de casa Suely Gonçalves Guimarães.