A teoria dos jogos

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Por Joaquim Haickel

O que seria dos jogos se nenhum dos times cometessem erros!? Seria uma coisa monótona, sem emoção, sem possibilidade de mudanças, de reviravoltas. Errar mais ou errar menos define o resultado dos jogos. Acertar é uma obrigação. Trapacear é terminantemente proibido, mas já houve quem tivesse feito gol com a mão, e valeu!

No jogo da política maranhense o rompimento com Zé Reinaldo é o primeiro grande erro de Flávio Dino. Com ele ficou demonstrada a falta de gratidão do governador para com aquele que o ajudou a se criar, politicamente. Esse fato não deve ser encarado como lição para Zé Reinaldo, acusado de trair Sarney. Em minha opinião ele foi obrigado a isso pelas circunstâncias do acirramento das relações de sua ex-mulher Alexandra e sua corte, com a ex-governadora Roseana Sarney e seu séquito.

O momento em que é cometido um erro deve ser de muita cautela, pois é comum uma série de outros erros virem juntos, formando uma espécie de efeito cascata. Mas o pior de tudo é quando aqueles, afeitos a arrogância, são impedidos por ela de enxergar a realidade, de ver que aquilo que aconteceu foi um erro e continuam impávidos, rumando para o abismo.

Por outro lado, quando um adversário comete um erro grave e imperdoável, é hora de seus oponentes, de forma rápida, eficiente, eficaz e efetiva, agirem para fazer com que o erro cometido, sacramente ou pelo menos aprofunde a derrota do incauto.

Em termos de política, assim como tudo na vida, o tempo é o maior referencial! É apenas no final das contas que vamos conseguir saber se nossas ações foram boas ou más, se o que fizemos foi produtivo ou infrutífero. Um único grau de deslocamento, de mudança na rota previamente traçada, nos leva a destinos completamente diferentes do que foi planejado, depois de algum tempo e de muitos quilômetros de percurso.

Só um rompimento poderia ter sido pior para Flávio Dino que o de Zé Reinaldo. O de Weverton Rocha, que é o único político do Maranhão que hoje tem um grupo próprio, bem montado, com partido forte, membros motivados. Só o DEM pode vir a se configurar como um segundo grupo com estas características.

Há outra coisa muito importante! O simples fato de Zé Reinaldo não ter aguentado o desprezo dedicado a ele por Flávio Dino não sacramenta o erro e estabelece a vitória da oposição. É preciso que este erro resulte em ações efetivas para debilitar as fileiras do exército adversário. A saída de Zé Reinaldo do grupo dinista deve ser rentabilizada!

É como se estivesse sobrevoando o campo de batalha em um dirigível, vejo de um lado um exército bem aparelhado, comandado por um general obeso e um coronel “asargentado”, sem uma relevante linha média de comando, sem estado maior, graças a sua forma de pensar e de agir, mas eles têm muito armamento e munição.

Do outro lado vejo opositores desarrumados, sem uniformes e sem uniformação, com comandos distintos. Um destes destacamentos é bem maior que os outros, que mesmo menores, são indispensáveis para o sucesso da guerra. Vejo que dois destes grupos parecem se aproximar para juntar forças e se fortalecerem. São mais jovens e motivados. Juntos, estes dois podem se transformar na segunda maior força da batalha e no futuro ser hegemônico!

Vejo que os exércitos antagonistas do poder precisam avançar separadamente nesta primeira batalha, para que na batalha final possam derrotar seu oponente. No entanto, eles precisarão se reunir, ter uma “Yalta”! Mas querer que essa gente saiba o que é “Yalta” é um pouco demais, né?! Quem não precisar recorrer ao Google para saber o que foi “Yalta”, conseguiu pontos suficientes para passar de nível neste jogo!

Esta guerra não terá um resultado satisfatório para os insurgentes se eles não se organizarem e principalmente se não tiverem um elevado espírito voluntarioso, onde não haja vaidades, mas sim humildade e boa dose de sacrifícios pessoais.

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Ginásio Costa Rodrigues está pronto…

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Falta pouco para o governo entregar aos desportistas maranhenses o ginásio Costa Rodrigues – o maior símbolo do esporte amador no Maranhão.

Na verdade, o ginásio nem era para estar mais fechado se os quase R$ 5,5 milhões destinados à obra na gestão do ex-secretário Weverton Rocha, no governo Jackson Lago tivessem sido utilizados realmente.

Em 2014, o então secretário de Desporto e Lazer, Joaquim Haickel entregou o Costa Rodrigues em um dos últimos atos do governo Roseana. Foram gastos à época aproximadamente mais R$ 3 milhães na reforma.

Dinheiro jogado fora, pois na gestão do secretário Márcio Jardim, no governo Flávio Dino, o ginásio foi abandonado e fechado totalmente.

Agora, na gestão do secretário Hewerton Pereira, enfim o Costa Rodrigues está próximo de ser entregue. Não sabemos quanto foi gasto agora, mas o ginásio está pronto.

Essa é uma vitória do novo secretário Hewerton Pereira que de forma silenciosa e em tão pouco tempo consegue concluir uma obra que há muito tempo já deveria ter sido entregue. O seu gesto é uma demonstração de zelo e trabalho pelo esporte.

O blog publica com exclusividade, a foto do novo Costa Rodrigues.

Ë esperar a reinauguração. Os desportistas agradecem…

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A diplomacia na arte da política

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Por Joaquim Haickel

O planejamento, a arquitetura e a diplomacia são dentre as diversas áreas da política aquelas com as quais eu sempre me identifiquei. Isso não significa que eu necessariamente seja bom nesses quesitos, na verdade eles são apenas aqueles os quais eu mais me interesso, sendo que outros como as ações eleitorais propriamente ditas são aquelas que eu me identifico menos, pois é exatamente nelas que ocorrem os desvios de conduta que transformam a política em um jogo de difícil aceitação para pessoas decentes.

No Maranhão sempre existiram grandes mestres da arte da política, entre eles, para citar apenas alguns, relaciono, Sotero dos Reis, João Lisboa, Ana Jansen, Urbano Santos, Benedito Leite, Magalhães de Almeida, Vitorino Freire, Clodomir Milet e José Sarney.

Com a posse do governador Flávio Dino em 2015, o Maranhão passou a ter um novo líder, que tem a grande ambição de se incluir na lista acima. Missão difícil!

Mas falemos das grandes ações de planejamento, de arquitetura e de diplomacia que o ano de 2018 poderá, ou não, nos proporcionar.

A montagem das chapas sempre foi crucial para que uma eleição possa ser mais ou menos difícil. Nelas sempre se procura mesclar força política com capacidade eleitoral e estrutura física de campanha, ou seja, candidatos que possam compartir seus potenciais para que eles se multipliquem em apoiamentos e consequentemente em votos.

Esse ano, a grande quantidade de candidatos a senador em busca de uma das duas vagas postas em disputa está tirando o sono do governador e de seus asseclas.  Esse planejamento precisa ser feito com precisão. O arquiteto tem que garantir que essa construção além de bonita seja forte, funcional e possibilite a vitória.

Há um dilema da liderança que sempre pega alguns desavisados pelo rabo e os deixa sem saber se devem seguir os anseios de seus liderados ou se devem desenhar uma rota para que eles a trilhem. O autoritário escolhe a segunda opção, o fraco simplesmente curva-se aos gritos da turba, mas é o sábio quem melhor se coloca em cena, ouve os anseios dos seus amigos, discute as melhores ações e traça com eles a rota a ser seguida.

No Maranhão, infelizmente, faz muitos anos, não temos um líder sábio e quando o tivemos foi em algum episódio específico.

Como num tabuleiro de xadrez as peças estão postas e os jogadores as movimentam como acham que devem. Em batalha, a vantagem é sempre de quem está no terreno mais alto, neste caso, quem está no poder. É por isso que se costuma dizer que se este jogador não cometer muitos erros e se os erros que cometer não forem decisivos, a vitória deverá sorrir-lhe no final.

Ocorre que o quadro político maranhense nunca esteve tão conturbado, isso graças à opção que o atual governo fez pelo estilo universitário de fazer política, o que acaba acarretando muitos erros, sendo que alguns graves.

Tendo escolhido Weverton Rocha como seu primeiro candidato ao senado, Flávio Dino faz com que Zé Reinaldo, Waldir Maranhão, Eliziane Gama, Márcio Jardim, dentre outros, se acotovelem na disputa da segunda vaga, o que deixa a todos insatisfeitos.

Neste cenário, um bom estrategista recomendaria à oposição uma ação efetiva de cooptação de Zé Reinaldo, coisa que seria decisiva para fazer a balança pender em desfavor do governo.

Algum dos candidatos a governador da oposição deveria escolher Zé Reinaldo, filiá-lo a um partido importante ligado ao governador, e trazê-los para suas fileiras, quem sabe fazendo uma negociação de apoio com um dos candidatos de seu grupo já lançado ao senado.

Comentei a possibilidade dessa ação nas redes sociais e soube recentemente que um antídoto eficiente para esse “veneno” já foi providenciado. O governo teria negociado a entrada do correto secretário de educação Felipe Camarão, no DEM, partido pelo qual Zé Reinaldo pretende concorrer ao senado. Com essa ação Flávio Dino golpeia decisivamente Zé Reinaldo, exatamente o governador que em 2006, foi o responsável direto pela eleição do então candidato a deputado federal Flávio Dino. Na política, ingratidão é moeda de pagamento.

A entrada de Felipe no DEM teria dois possíveis objetivos, aquinhoar o DEM com espaço de poder no governo, coisa da qual desconfio categoricamente, e quem sabe viabilizar o nome de Felipe para ser vice de Flávio, fato que sacramentaria o descarte definitivo de Zé Reinaldo.

No que diz respeito a ações de planejamento e arquitetura política, nelas não há algo de bom ou de mau, de bonito ou de feio. As coisas da política, nestes casos, são avaliadas por sua necessidade ou não, por sua eficiência, eficácia e efetividade ou não. É neste momento que aparece a outra arma da política que eu aprecio e tento exercitar, a diplomacia, capaz de minorar os impactos negativos do planejamento, nem sempre bem aceito, e da arquitetura, nem sempre aplaudida.

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Lição de como não ser

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Por Joaquim Haickel

ejam só como são as coisas! Enquanto alguns políticos perdem importante espaço midiático por não usarem as redes sociais, outros perdem espaço exatamente por usá-las de forma excessiva e equivocada, se transformando em verdadeiros aloprados.

Roberto Marinho, jornalista por formação, frequentemente publicava editoriais políticos e economicos em seu jornal, mas apenas em algumas ocasiões repercutia-os em seus veículos de radiodifusão, pois conhecia muito bem o efeito negativo do excesso de exposição midiática. Sabia que era melhor não usar essas ferramentas, que usá-las de forma que pudesse ser considerado ridículo.

O recente caso das obras da adutora Italuis que abastece com água os municípios da ilha de São Luís é um exemplo claro de incapacidade no uso de ferramentas de comunicação de massa.

O primeiro erro foi o fato de, pensando que a população é burra, tentarem convencê-la de que o trabalho a ser realizado seria uma obra totalmente nova e não apenas uma ampliação da já existente. “Burro é quem pensa que o povo é burro”, ou quem se esquece da máxima de Abraham Lincoln, que diz que ninguém consegue enganar todos, todo o tempo.

Outro erro grave foi a insinuação de que o atraso na entrega da tal obra, teria sido causado por sabotagem! Ah!… Tenha paciência! Pura arrogância e prepotência, de quem não consegue ver que a melhor maneira de agir é sendo humilde, simples, humano…

A forma mais correta e sensata de um governante, de um estadista agir, num caso como o da ruptura da adutora do Italuis, seria reconhecer que aconteceu um imprevisto, uma dificuldade técnica, e que a obra inicialmente prevista para durar 72 horas, por motivos alheios à vontade dos executores, seria concluida posteriormente! Bastaria isso!

Um governante, um estadista, para ser bom, não precisa ser um engenheiro mecanico ou hidraulico, nem um mestre de obra ou serralheiro, nem precisa ir além, como quis fazer parecer um auxiliar do governador. Bastaria ser humilde, ter reconhecido o problema e simplesmente dizer que aconteceu um imprevisto na execução da obra, coisa a que todos estão passíveis! Pra que ser mais que simples!? Arrogância cega! Absoluta prepotência! Messianismo tolo!

Neste caso, teria ficado muito melhor para o governador, e a população teria ficado muito mais satisfeita, se ele fosse para as redes sociais, lá de dentro da obra mesmo, dizer que aconteceu um imprevisto, que pedia desculpas pelo transtorno e que o fornecimento de água seria restabelecido em breve! Façam uma enquete e vejam qual seria a reação das pessoas!

A simples demonstração de humanidade, de falibilidade, o fato de NÃO se estar a todo instante tentando fazer com que as pessoas tenham a sensação de que se seja o messias, o salvador, por si só é uma forma simples e eficiente de se demonstrar respeito e consideração para com as pessoas e a sociedade! Realmente só quem tem um ego extremamente avantajado não vê isso!

Meu pai, que tinha pouco estudo formal e que faleceu em 1993, dizia que “poder não é para quem o tem, mas para quem sabe a melhor maneira de usá-lo em benefício da sociedade, e consequentemente em seu próprio benefício”.

Esta frase contém uma reflexão que pelo visto não é levada em consideração pelos últimos governantes de nosso Estado, pois suas ações demonstram claramente isso.

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O dilema de Braide

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Por Joaquim Haickel

Alguns filósofos da política dizem que a melhor definição que se pode dar para essa atividade é “a arte do possível”, enquanto outros acreditam que ela é “a reunião de esforços e ações no sentido de alcançar um determinado objetivo”. Uns imaginam que as finalidades de suas ações importam mais que os meios para alcançá-las, outros pensam diferente. O certo é que, como ocorre em relação a outras coisas, nada é unânime ou plenamente aceitável, no que diz respeito à política.

Poucos políticos conseguem se notabilizar quando jovens. A notoriedade vem normalmente com o passar dos anos e com a prática deste ofício que envolve um mínimo de inteligência, uma boa dose de sabedoria, bastante diplomacia e capacidade de aglutinação, isso para que se alcance algum sucesso.

Dito isso, gostaria de falar especificamente sobre um jovem político maranhense, um deputado estadual em seu segundo mandato, que se encontra em uma encruzilhada, confrontado a um dilema, que a meu ver definirá quem ele poderá vir a ser, mais do que qualquer outra coisa em sua carreira, até agora.

Filho de um político experimentado, que chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Eduardo Braide, de certa forma já assegurou seu lugar na história política de nosso estado, não apenas pelos mandatos obtidos, mas pela candidatura a prefeito de São Luís, que começou pequena e chegou ao segundo turno.

Em alguns aspectos é pouco parecido com seu pai, Carlos Braide, o que se por um lado parece ser bom, por outro nem tanto. Em Eduardo falta maior desenvoltura no relacionamento com os demais políticos. Ele se coloca a uma distancia regulamentar, o que o impede de aglutinar em torno de si um grupo, pressuposto indispensável para o sucesso de um projeto majoritário.

A eliminação peremptória de seu excesso de individualismo é a primeira providência que ele deve tomar para que tenha uma melhor aceitação não apenas dos políticos, mas também dos possíveis grupos de apoio.

Mas voltemos um passo atrás! Por que fazer um texto falando sobre Eduardo Braide!? É simples! Porque ele é uma das jovens lideranças que podem vir, em um futuro próximo, ter papel decisivo nos destinos do Maranhão, e como ele não existem muitos outros, mas posso aqui citar alguns sem aprofundar comentários sobre nenhum: Francisco Nagib, prefeito de Codó, Fábio Gentil, prefeito de Caxias, Adriano Sarney, deputado estadual, Weverton Rocha, deputado federal e até mesmo o já tarimbado, porém ainda jovem, senador Roberto Rocha.

Voltando a Braide, ele precisa decidir se em 2018 irá se candidatar mais uma vez a deputado estadual, se concorrerá a deputado federal ou se será candidato ao governo do estado, mandando um recado claro a quem interessar possa, de que seu objetivo é chegar ao Palácio dos Leões.

É bem verdade que em se candidatando ao governo, Eduardo correrá o risco de, perdendo o pleito, fato que é provável acontecer, ficar sem mandato por dois anos, até a eleição seguinte. Porém fazendo isso ele se colocará no panorama geral da política maranhense, passará a ser realmente conhecido em todo o estado, iniciando a construção de sólidas bases de uma estrada que poderá ser pavimentada mais adiante.

Eduardo pode ainda vir a ser a opção de todos que se opuserem à continuidade dos 36 anos de domínio de um mesmo grupo no comando do Palácio La Ravardiere. Candidatando-se ao governo em 2018 e vindo a perder, ele poderá pleitear e conseguir o compromisso formal de todos os atores da cena política maranhense, não alinhados ao atual governo, no sentido de apoiarem sua candidatura a prefeito de São Luís em 2020.

Para fazer isso ele precisará ter desprendimento, obstinação e fé, mas principalmente precisará confiar nas pessoas com quem tiver que compor esse plano político.

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Orgulho dos outros

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Por Joaquim Haickel

Recentemente, em uma conversa com amigos, comentava a satisfação que tenho ao ver o sucesso de alguns empresários e suas empresas em nossa terra.

Quando digo isso, não me refiro apenas àquelas criadas por pessoas que tenham nascido no Maranhão, incluo também os que escolheram nosso estado para ser a sua terra, tendo aqui constituído suas famílias, plantado suas sementes e colhidos seus frutos.

Todas as vezes em que penso nesse assunto, o primeiro nome que me vem à cabeça é o de meu amigo Zé Gonçalves, o “Gonçalvinho” do Centro Elétrico, que além de comandar com suas irmãs o negócio de sua família, continua atendendo seus fregueses no balcão, criando uma relação mais que empresarial com seus clientes, criando um vínculo não apenas de fidelidade com eles, mas de real parceria e amizade.

Sensação semelhante se sente em relação aos Vieira Brasil, proprietários de A Potiguar, Terra Zoo e Quixaba, empresas que nasceram de uma lojinha lá no Caminho da Boiada, chamada Casa do Fazendeiro, e que é hoje um dos maiores e mais bem estruturados grupos empresariais do Maranhão.

É impossível não se pensar em Wilson Mateus, o maior empreendedor do setor de supermercado e o maior atacadista do Maranhão, um dos maiores do Brasil. Sua gigantesca empresa é proporcional a sua humildade e a simplicidade com que ele encara e leva sua vida. Num domingo desses, antes de pegar um cineminha, encontrei-me com Mateus no cafezinho de um shopping da cidade. Ele estava com seus filhos menores, a quem trouxera para brincar no playground. Ele que poderia ter os melhores brinquedos do mundo em sua casa, mas estava ali de bermuda, camiseta e sandálias, lanchando com seus garotos.

Existe uma empresa que apesar de grande ainda é pouco conhecida, mas é uma das que mais devemos nos orgulhar. Trata-se da F. C. Oliveira, uma das poucas indústrias locais que conseguem competir em pé de igualdade com as multinacionais de seu setor, o de higiene e limpeza.

Outra empresa que me causa orgulho e satisfação é a Fribal. Carlos Francisco, seu comandante, vive no Maranhão desde o começo dos anos 70, quando seu pai implantou um gigantesco frigorífico em Bacabal. O tempo passou e hoje, seu grupo além das lojas e do franchising, conta com frigoríficos responsáveis pelo abate de mais da metade do gado do Maranhão, sendo grande fornecedor para os mercados vizinhos.

Existe uma empresa que me orgulha muito, chama-se Internacional Marítima. O fato é que conversando com amigos de São Paulo descobri que é maranhense a empresa que faz o transporte de pessoas e veículos entre o litoral e as ilhas daquele estado. Qual não foi minha surpresa em saber que a tal empresa era a comandada por meu amigo Luiz Carlos Cantanhede Fernandes!

Os dois maiores hospitais de São Luís também chamam minha atenção. Tanto a UDI quanto o São Domingos impressionam pelo seu crescimento rápido e vertiginoso.

No setor educacional quatro instituições se sobressaem, o Crescimento, o Reino Infantil, a UNDB e o Ceuma.

Existem também dois empresários, um paraibano e um cearense que são mais maranhenses do que a grande maioria dos aqui nascidos. Falo de dois Joãos, o Claudino dos Armazéns Paraíba e o Rolim, dos Postos Magnólia.

Poderia citar aqui diversas empresas construtoras, tanto da indústria pesada como da imobiliária, mas existem algumas que não podem ser esquecidas, a Franere, a Edeconsil, a Ducol e a Aço Maranhão.

Neste setor há uma pessoa que se tornou o líder empresarial mais atuante de nosso estado. Trata-se de Fábio Nahuz, que com diplomacia e paciência tem conseguido bem representar não apenas a sua categoria, como todo o empresariado do Maranhão, bem como toda nossa sociedade.

Não por serem meus queridos amigos, mas por suas histórias de vida, cito Antonio Carlos Barbosa e sua irmã Elba, que com muito trabalho transformaram uma lojinha de cópias e carimbos na Gráfica Minerva, a maior de nosso estado.

Por fim, a Cemar, que é o tipo de empresa que não pode deixar de ser citada toda vez que se falar em desenvolvimento, pois ela está totalmente associada às realizações de nosso empresariado.

Parabéns e obrigado!

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Desmistificar é preciso

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Por Joaquim Haickel

Como já disse na abertura de meu artigo da semana passada, para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que nos induzem a graves erros de avaliação. Vejamos um segundo mito que precisa ser derrubado.

Flávio Dino prometeu ao eleitor maranhense que se eleito fosse iria implantar no Maranhão uma forma diferente de fazer política, iria agir diferente dos políticos que vieram antes dele, que seu governo seria um governo democrático, onde o respeito às pessoas e aos seus direitos estaria acima e à frente de todas as ações do Estado, que seria dirigido de forma isenta, sem utilizar as pecaminosas e condenáveis práticas próprias de tempos de privilégios de uns em detrimento a outros, onde o patrimonialismo seria extinto, onde não haveria o beneficiamento de apaniguados!…

Muita gente acreditou nisso! Até mesmo eu, durante os cinco minutos de bobo que todos nós temos direito, de tempos em tempos, acreditei que eles fariam o que prometeram e sepultariam de uma vez os políticos que vieram antes deles. Isso tudo em benefício do Maranhão e de seu povo!

Tolice! Era tudo papo furado! Conversa pra boi dormir! Discurso vazio, apenas para enganar o eleitor em sua boa fé, usando a esperança do povo maranhense contra ele mesmo.

Depois de eleito e de ter tomado posse dos destinos do Maranhão, Flávio Dino e seus asseclas passaram a fazer exatamente as mesmas coisas que seus antecessores faziam.

Continuaram cultivando apaniguados, só que agora eram os seus, mesmo que estes fossem, muitas das vezes, os mesmos apaniguados de outrora.

Da noite para o dia seu partido, antes com quatro gatos pingados, inchou, engordado pelas benesses geradas pela proximidade do poder e de seus recursos financeiros.

Se tudo isso não lhe convencer, observe o desgoverno pelo qual estamos atravessando. Em que ele difere de governos passados!? A saúde está melhor que antes!? A educação melhorou!? Há mais segurança!?…

Se há uma coisa muito melhor hoje do que em governos anteriores é a propaganda, pois neste governo os profissionais dessa área têm feito um trabalho espetacular, mostrando o que não existe e escondendo suas mazelas.

Há ainda outra comparação que precisa ser feita e nesta o atual governo supera os anteriores de maneira absoluta. Este governo é mais autoritário, mais antidemocrático, mais mentiroso, mais excludente, muito mais perseguidor com aqueles que não comunguem de suas crenças ou não rezem pelo seu catecismo.

O governador Flavio Dino usa a hipocrisia de maneira descarada, ele não tem a menor vergonha de exigir que as pessoas sejam e ajam do modo como ele não é e não age. Vejam os casos dos alugueis camaradas! Na campanha eleitoral de 2014 ele condenou a contratação de um determinado aluguel enquanto em 2016, já no governo, ele fez um contrato idêntico!

O governador é uma pessoa arrogante, um indivíduo prepotente, um sujeito que não tem medo nem vergonha de ser mal educado, pois se respalda no cargo que ocupa. Vejam como tratou a prefeita Maura Jorge, o prefeito Lahercio Bonfim e como trata aqueles que não concordam com ele ou se curvam aos seus caprichos!

Messiânico, ele deseja fazer com que as pessoas acreditem que ele veio para transformar o Maranhão, mas o tolo não se lembra das palavras de Lincoln… Não é possível enganar a todos, o tempo todo.

O mito da mudança realizada pelo atual grupo no poder no Maranhão é um mito, uma farsa, uma mentira, que deve ser denunciada e desmistificada.

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Desmistificar é preciso

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Por Joaquim Haickel

Para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que induzem à graves erros de avaliação.

O primeiro desses mitos é aquele que vem sendo difundido por todos os que se apresentaram como adversários de Sarney desde que ele subiu ao poder. Dizem que Sarney e seu grupo representa tudo que não presta, que eles são a escória da política maranhense. E não apenas isso, dizem que todos aqueles que se opõem ao grupo Sarney, são o que há de melhor em termos políticos e administrativos no Maranhão. Deste modo criaram um mito duplo, que demoniza uns e santifica outros.

Para desmontar esta farsa, estabelecida para satanizar uns e endeusar outros, basta observar que todas as vezes que os adversários de Sarney assumiram o comando do Maranhão, demonstraram ser muito piores que os sarneyzistas.

Quando os adversários do grupo Sarney conseguem ser muito bons, no máximo e com muito boa vontade só são capazes de se igualarem a eles, mas não por méritos seus, e sim por demérito dos sarneyzistas, que também não são assim tão bons como imaginam!

Para comprovar o que eu digo, basta fazer um retrospecto nos mais de trinta e seis anos de administração de políticos anti-Sarney em São Luís! A cidade é uma bagunça! Não há planejamento de qualquer tipo! Não há saneamento, a educação um desastre, a saúde é um caos, o transito é desastroso!… Não há nada que tenha sido feito em São Luís que credencie os políticos que a dominam, já lá se vão nove eleições consecutivas, como sendo melhores que os sarneyzistas.

O argumento usado pelos adversários de Sarney como desculpa para sua incompetência administrativa e incapacidade política no comando de nossa capital sempre foi a falta de apoio do governo do estado, o que é um outro mito, pois durante os quatro anos de Zé Reinaldo, os dois anos de Jackson e os três (quatro) anos de Flávio Dino, houve uma efetiva parceria do governo municipal com o governo estadual e nem assim mostraram a que vieram!?

Sobre os políticos de antigamente serem ultrapassados, ruins e nocivos, devo concordar que alguns deles realmente eram assim, mas há muitas e honradas exceções. No entanto soube de uma espécie de mote bem antigo que o governador Flávio Dino tem usado para tentar convencer alguns políticos, principalmente prefeitos, a alinharem-se a ele e ao seu governo.

Ele tem algumas vezes usado a mesma abordagem utilizada por vários políticos antigos, alguns considerados velhos coronéis do interior, outros tidos como raposas felpudas da política, e até mesmo por meu pai, que se tinha pouca instrução formal, era um homem de grande inteligência e profunda sabedoria.

Como meu pai, político tido por Flávio Dino como direitista pelego, patrimonialista e ultrapassado, o governador usa a velha abordagem do relacionamento interpessoal. Aquela em que seu operador diz ao interlocutor que acabou de conhecê-lo, que depois vai pedir em namoro, depois vai noivar, para só então vir a se casar com o coitado objeto de sua abordagem.

O que ocorre é que diferentemente de meu pai, que jamais abandonou seus amigos, Flávio Dino não titubeará em abandonar os seus, se este for o destino traçado para eles em seu roteiro de poder.

Sarney não é pior que nenhum outro político do Maranhão.

Flávio Dino pode até ser melhor que alguns políticos maranhenses, em alguns aspectos, jamais em todos. Em comparação a Sarney, Flávio é pior na grande maioria dos quesitos, como coerência, sabedoria, paciência e sangue frio; empata em vaidade e obstinação; e supera Sarney em juventude, arrogância e prepotência!

No final das contas, nem Sarney é o demônio pintado de vermelho, nem Flávio Dino é o messias salvador do Maranhão.

Serem parecidos deveria honrar Dino, Sarney nem tanto!…

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Ontem elogiei, hoje repudio!

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Por Joaquim Haickel

No dia 1º de julho publiquei um texto intitulado “O que é bom tem que ser aplaudido” onde comentava uma excelente iniciativa do governador Flávio Dino, que orientara seus secretários Carlos Lula e Pedro Lucas a providenciarem o aluguel do prédio da Santa Casa de Misericórdia, para que ali fosse implantado um grande hospital de emergência que atendesse nossa capital, desafogando assim as unidades municipais que se encontram totalmente incapacitadas de atender de maneira minimamente satisfatória os nossos cidadãos.

O fato é que a intenção do governador Flávio Dino de realizar tal obra, seria no meu ponto de vista, uma das mais importantes ações de saúde que um governo poderia realizar no Maranhão. Essa opinião não é apenas minha, haja vista os mais de 600 comentários favoráveis sobre esse assunto nas redes sociais, e outras centenas de compartilhamentos da matéria.

Ocorre que agora soube que o governador voltou atrás em seu intento e decidiu não mais realizar a obra para a qual destacou dois de seus melhores auxiliares. Vejam! O interesse era tão grande que até os projetos arquitetônicos já estavam sendo providenciados!

Ao tomar conhecimento da nova decisão de Flávio Dino, procurei saber os motivos que o levaram a mudar tão radicalmente de ideia, uma vez que no meio das negociações com a Santa Casa, como sua direção não se decidia pelo aluguel do imóvel pelo prazo de 20 anos, ele chegou a ameaçar desapropriá-lo, alegando necessidade imperativa de Estado. Investigando, descobri que o motivo que fez o governador desistir dessa importante ação foi o mesmo que levou outro governante a não realizá-la em 2004: palpite infeliz de assessores despreparados e sem nenhuma visão, seja ela administrativa, política, econômica ou social.

Em 2004, outro governante teve essa mesma boa ideia e na época foi desaconselhado a colocá-la em prática, pois não traria ganhos do ponto de vista midiático para seu governo, diziam que a população teria dificuldade de entender que aquela seria uma ação do Estado e não da própria Santa Casa.

Não me arrependo de ter elogiado o governador Flávio Dino no artigo que publiquei anteriormente, até porque nele deixei claro que o meu espírito independente me faz elogiar quem eu acredite que mereça, mas esse mesmo espírito me obriga a criticar com veemência e contundência a quem eu acredite esteja sendo covarde, que não esteja agindo em defesa dos melhores interesses do nosso povo, alguém que diga uma coisa e faça outra, alguém que imagine que esteja acima de qualquer tipo de crítica.

Só haverá uma de duas opções para o governador Flávio Dino se justificar pelo fato de não implantar no prédio da Santa Casa um hospital de emergência, como ele mesmo incumbiu seus secretários de fazer: Ou ele assume que é um governante incompetente, que estabelece metas para seus auxiliares cumprirem sem a devida análise e os estudos necessários, ou ele reconhece que é mal aconselhado, se não pelos mesmos maus conselheiros de outra gestão, por outros tão ruins quanto aqueles.

Se ele disser que o Estado não tem os recursos para realizar essa ação, estará da mesma forma se dizendo incompetente por não ser capaz de detectar tal demanda antes. O mesmo ocorrerá se ele disser que melhor seria construir um hospital novo, em outro lugar. Serão apenas desculpas, nada mais!

O fato é que ele jamais reconhecerá que o motivo pelo qual resolveu não usar o prédio da Santa Casa para implantar ali um hospital de emergência com 300 leitos, é porque essa ação não traria nenhum ganho político midiático para si ou para o seu governo. Atitude nojenta!

Mais uma vez Flávio Dino comprova aquilo que venho dizendo desde que ele assumiu o comando do Maranhão: Mudaram os marujos, mudou o timoneiro, pode até ter mudado a pintura do casco do barco, mas o novo capitão age do mesmo modo dos anteriores! A propaganda continua enganosa como antes, os favorecimentos dos amigos continuam existindo… É bem verdade que estão acontecendo alguns pequenos avanços pontuais, mas nada que se possa considerar uma revolução.

Se antes elogiei o governador Flávio Dino por uma ação que ele iria fazer, hoje eu o repudio pela mesma ação que ele não fará, por falta de competência ou de coragem, não importa.

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Joaquim Haickel analisa cenário político

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Por Joaquim Haickel

Muito se tem falado sobre a eleição governamental de 2018 e vou entrar hoje nessa conversa, aqui com você, que me lê agora.

Uma matéria publicada em alguns blogs faz alguns dias, nos dá conta de que são pelo menos cinco os candidatos propensos a disputar o direito de residir no Palácio dos Leões entre 2019 e 2022: Flávio Dino, Roseana Sarney, Roberto Rocha, Eduardo Braide e Maura Jorge. Certamente haverá também um, dois ou até quem sabe três candidatos daqueles tediosos partidos de extrema esquerda.

Nem vou me aprofundar no fato de eu não acreditar que Roseana e Braide, no frigir dos ovos, serão candidatos, por isso analisarei o quadro como apresentado na citada matéria dos blogs.

Vejamos! Aprendi bem cedo que a boa política se faz com grupo e sendo assim quais partidos formarão os respectivos grupos dos candidatos postos?

Flávio Dino parece ter vantagem neste quesito. Vou usar uma analogia matrimonial para exemplificar! Ele é casado com o PC do B, mas tem como amantes fixas, em ordem de importância, o PDT, o PT, o PSB e o PPS. Está noivo do DEM, do PP e do PRB. Ele namora firme com o PTB, o PEN, o PHS e outros semelhantes… E não quer perder o amor do PSDB, rompimento que acredito, será inevitável. Vendo este quadro, chego à conclusão que nosso atual governador tornou-se um verdadeiro Barba Azul, personagem que seduzia muitas mulheres com seu charme e seu poder. Flávio havia prometido fazer política de forma diferente de seus antecessores, mas também neste quesito faz tudo igual, como antigamente.

Roseana Sarney tem garantidamente consigo o amor do PMDB e deve contar com a volúpia de partidos como o PSC, o PSDC… No passado, ela era cheia de amores partidários, agora, só conta com os amores de casa mesmo.

Roberto Rocha deve se divorciar do PSB e casar com o PSDB. Fazer isso é uma questão de sobrevivência para ele, mas precisa ser hábil para fazê-lo.

Braide tem o PMN e não sei mais quem!

Da mesma forma, Maura parece estar casada com o jovem partido PODEMOS, cujo nome nem sei se devo escrever todo em letras maiúsculas!

Fico imaginando a dificuldade que terá cada um desses grupos em montar as chapas para as disputas eleitorais.

Aparentemente Dino não terá dificuldade alguma. Terá é que rejeitar candidatos. Roseana também não terá problemas quanto a isso, mas com os demais isso não acontecerá, pois além de um candidato ao governo e seu vice, será necessário que tenham dois candidatos ao senado e seus quatro suplentes. Arrumar nomes para compor as chapas é fácil, mas arrumar nomes capazes de fazerem essas chapas conquistarem efetivamente votos, isso já é bem mais difícil e até impossível para alguns.

Resumindo: Candidatos em condição de apresentar chapas que possam realmente disputar a eleição de governador e senadores em 2018, só Flávio e Roseana.

Dito isso, fica a questão específica dos partidos nas composições das chapas. Como já comentei, Maura, Braide e Roberto vão ter que arrumar soluções caseiras para montar seus times. O mesmo vai acontecer com Roseana, com uma diferença importante, que o seu grupo e o seu partido tem quadros suficientemente fortes para compor sua chapa.

Caso realmente Roseana seja candidata, coisa que repito, não acredito, seu vice deverá ser um grande agregador de votos da região tocantina ou da região dos cocais, mas quem quiser fazer uma boa aposta, jogue no nome de João Alberto para vice, ele também é uma boa escolha.

Para o senado, uma vaga é de Sarney Filho e a outra será de Lobão, se ele assim desejar, coisa que acredito não acontecerá, ficando a opção para Lobão Filho, já que Gastão já avisou que será candidato a deputado federal.

Os primeiros suplentes de cada candidato ao senado, a meu ver estão claros! O de Zequinha deve ser Clovis Fecury e do outro candidato, alguém da importância política e eleitoral de um Ildon Marques ou de um Paulo Marinho, resta saber em que partidos estão, se eles podem ser candidatos ou se preferem concorrer a deputado federal. Os segundos suplentes sempre foram nomes de composição e acomodação, o que deverá ocorrer novamente.

Enquanto isso no Palácio dos Leões as coisas estão mais difíceis. Lá tem muito cacique e pouco índio, e dos caciques que existem, tirando o atual morubixaba, só vejo Weverton Rocha com mais desenvoltura, sendo que os jovens caciques Jucelino e Fufuquinha, respaldados na importância de suas legendas podem sentar em volta da fogueira com algum crédito. Talvez isso possa acontecer também no que diz respeito a Luciano Leitoa e Cleber Verde. Mais do que estes, nenhum outro chefe político dessa tribo vai apitar. Lógico que não incluí aqui o nome do pajé da tribo, que será ouvido em qualquer situação. Marcio Jerry.

Nessa taba haverá um problema muito grave a ser resolvido. Que destino será dado ao atual vice-governador, Carlos Brandão, caso ele perca o controle do PSDB!? Algum dos partidos do grupo deve acolhê-lo e talvez, quem sabe, indicá-lo novamente a disputar o cargo de vice-governador. Outra possibilidade é ele concorrer para uma das vagas de senador, mas isso é menos provável!

Resta saber quais partidos estariam dispostos a fazer isso. Os mais fortes, que poderiam bancá-lo para continuar na chapa de Dino, em ordem de importância são: DEM, PP, PSB e PT. Veja, não incluí nesta lista o PDT, pois ele quer a primeira vaga de senador nesta chapa para seu presidente, Weverton Rocha e sendo assim não deve pleitear a vice. O mesmo deve ocorrer com o DEM, já que o presidente da Câmara dos Deputados está em campanha para atrair para sua legenda os descontentes de alguns partidos, entre eles o PSB de Zé Reinaldo que poderá ser candidato ao senado pela legenda democrata.

Será que algum destes partidos desejará fazer isso!? Lanço essa pergunta por que se Flávio Dino for reeleito governador, seu vice será o próximo governador do estado do Maranhão! Já pensaram nisso!?

Alguém mais obtuso poderia pensar!… Se é que pessoas obtusas pensam!… Por que não colocam então o Marcio Jerry de vice!? Respondo! Porque até para os maiores construtores, um edifício precisa de um alicerce sólido, que não esteja integralmente apoiado em outro!

Voltemos. Primeiro eles tem que resolver o destino de Brandão, que também poderá vir a disputar uma vaga de deputado federal, e nesse caso Flávio tem obrigação moral de garantir a eleição dele, em retribuição ao seu apoio, garantindo o PSDB na eleição de 2014.

Fica uma pergunta! Não sendo Brandão, quem deverá ser o candidato à vice de Flávio?

Há o eterno candidato a vice-governador, representando Imperatriz e a região tocantina, meu amigo e confrade, o Pastor Porto! Há o empresário Francisco Oliveira, grande industrial de Codó! Há o ex-prefeito de Caxias, ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho!…

Já declarei no Twitter que a única possibilidade de eu cogitar votar em Flávio Dino seria se Felipe Camarão fosse o seu vice, o que indicaria que quatro anos depois, ele seria governador do Maranhão, cargo para o qual eu acredito que ele estará totalmente preparado na ocasião.

Mas isso é um desejo meu. Uma ideia de minha mente inquieta que às vezes penso que seja também fértil e produtiva. O que essa tribo vai fazer não se sabe, mas se Felipe fosse o candidato à vice de Flávio e este vencesse a eleição, no futuro, o Maranhão teria um jovem, bom e sábio governador.

Quanto a Felipe, existem pessoas que imaginam para ele destinos diferentes. Uns querem que ele seja em 2020 o candidato a enfrentar Eduardo Braide na disputa pela prefeitura da capital e outros imaginam que ele possa vir a ser candidato a senador já em 2018. As duas ideias o subaproveitam!

Quanto às duas vagas ao senado, existem neste grupo palaciano pelo menos quatro candidatos. Weverton, Zé Reinaldo, Waldir e Eliziane. Os dois últimos, em minha modesta opinião, estão jogando, barganhando para tentarem se reeleger deputados federais ou até mesmo estaduais. Suas candidaturas ao senado são mais fracas que água de lima! Jamais ganhariam de qualquer um dos candidatos da tribo adversária! Esqueçam!…

Acredito piamente que os candidatos do grupo de Flávio serão mesmo Weverton e Zé Reinaldo!

Estabelecido que os candidatos deste grupo são os citados, a indicação de seus suplentes é uma questão de acordos internos, onde muitos fatores irão atuar e influenciar, como de resto acontece em casos como este. Aparecem aqui nomes fortes como o do empresário Francisco Oliveira, já aventado para vice, do pastor Porto, idem, e outros que possam agregar força eleitoral e política aos candidatos.

Outras coisas devem ser analisadas. Maura não perde nada sendo candidata. Deputada ela se elegeria sem dificuldade, mas se perder, que é o que deve acontecer, ela facilmente se elegerá novamente prefeita de Lago da Pedra.

Braide tem que decidir se é candidato! Se aceita correr o risco de perder e ficar sem mandato por dois anos para em 2020 candidatar-se a prefeito de São Luís. Há quem diga que ele será candidato a deputado federal.

Roberto Rocha não perde nada em se candidatar. Como senador terá ainda quatro anos de mandato para tentar recompor-se, caso perca a eleição. Voltar ao senado em 2022 será mais difícil, uma vez que é bem possível que enfrente Flávio Dino nessa disputa, que estará saindo do governo, caso ganhe em 2018.

Existe uma última coisa que precisa ser dita. O fator mais preponderante desta eleição é a candidatura ou não de Roseana Sarney. Se ela for candidata o bicho vai pegar. Se não for, Flávio vencerá sem muita dificuldade.

Roseana sendo candidata e perdendo, sepultará sua perspectiva de poder. Mas devo reconhecer que se não for agora, daqui a quatro anos ela terá muito menos chance de ganhar.

Sendo ou não candidata, Roseana vai eleger uma grande bancada de deputados estaduais, um bom número de deputados federais e uma das vagas de senador em disputa.

A eleição de 2018 será uma com Roseana nela, e outra, totalmente diferente, sem Roseana. A palavra está com ela.

Incrivelmente, por mais que os atuais governistas não aceitem essa ideia, ainda em 2018 será de Sarney a decisão sobre o destino do Maranhão.

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