O sujo falando do mal lavado

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Por Joaquim Haickel

A tônica principal das ações e da propaganda do atual governo é apontar os equívocos políticos e os erros administrativos das gestões anteriores, fato que temos visto que não passa de peça de retórica eivada de preconceito e messianismo, uma vez que os mesmos equívocos e muitos dos erros apontados são cometidos de forma recorrente pelo chefe e pelos membros do atual governo.

A mais recente demonstração disso é a rusga pública de dois secretários de governo se “engalfinhando” na busca e na disputa por espaços político-eleitorais para o pleito a deputado federal no ano que vem. Isso sem contar com os diversos membros do governo, que de posse das canetas de suas pastas não se cansam de fazer ações com o objetivo de se credenciar à disputa de mandatos eletivos na eleição de 2018.
As mesmas coisas eram comuns em governos passados.

O governador Flávio Dino elegeu a antiga casa de veraneio do estado como símbolo da “malvadeza” de governos anteriores e resolveu que assim que assumisse iria vendê-la. Desconhecedor da realidade do governo que iria administrar, ele descobriu que a casa não possui nenhum documento que comprove que ela pertence ao estado, logo não pôde se desfazer dela. Durante mais de dois anos de sua gestão não soube o que fazer com a casa até que descobriu que o melhor que tinha a fazer era usá-la como produto midiático, fazendo com que nela fosse implantada uma clínica para atendimento de crianças. Algo contra o qual ninguém poderia levantar a voz. Dito e feito! Só resta uma coisa a ser dita. Se o governo quisesse realmente atender e beneficiar as crianças hoje atendidas naquele local, ele teria feito isso dois anos antes, assim que assumiu o governo e instalado a Casa Ninar em um verdadeiro hospital, local destinado a esse fim.

No trato da política esse governo já provou e comprovou que conseguiu superar os anteriores em termos de arrogância e incapacidade de ouvir, digerir, interpretar e responder a ponderações e criticas. Trata muito mal os políticos que se antes não tinham acesso ao governo e ao governador, hoje tem uma coisa que antes não tinham em relação a eles. Medo!

Este é um governo para o qual todos são suspeitos de estarem fazendo alguma coisa errada e passível de punição. Somente depois de semear esse medo, o atual governo angaria os apoios que ostenta.
Não se pode negar o grande preparo intelectual do atual governador. Ele é dentre os de sua geração o mais preparado culturalmente, mas não consegue agregar a isso a simpatia necessária e indispensável para transformá-lo em um verdadeiro líder. Ele não possui o charme e a simpatia de Roseana, a dureza tenaz e autêntica de João Alberto, a sensibilidade política de Lobão e muito menos a capacidade de entendimento das conjunturas e a imensa rede de relacionamentos de Zé Sarney.

No auge de sua capacidade intelectual e cultural, Flávio Dino, ao ler o capítulo XVII de “O Príncipe” de Maquiavel, quando o sábio florentino nos oferece de bandeja a opção de escolhermos entre o amor ou o medo, opta diretamente pelo medo, sem saber que o medo pode vir a gerar o ódio, oposto ao amor. Em que pese o seu preparo, ele desconhece que em termos de poder, o amor pode acabar por gerar também o medo, só que um medo menos ofensivo e cruel. O medo gerado pelo amor, aludido por Maquiavel nesta quadra de sua obra, é um medo profilático, necessário para nos manter sadios e operantes, não é o medo do terror que os poderosos podem exercer em seus vassalos ou opositores.

Olho para esse governo de forma totalmente isenta e vejo algumas coisas realmente boas que estão sendo realizadas! Vejo uma grande perda de oportunidade de realizar mudanças verdadeiramente boas por limitação de espírito. Vejo, pelo lado bom e pelo lado ruim, algumas coisas iguais as de antes. E o que é pior, vejo outras muito piores que as praticadas anteriormente.

*Joaquim Haickel é ex-deputado estadual

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Haickel sugere Camarão para vice de Dino

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Secretário de Educação, Felipe Camarão

O ex-deputado Joaquim Haickel defendeu nas redes sociais o nome do secretário de Educação, Felipe Camarão para candidato a vice na chapa do governador Flávio Dino que concorrerá à reeleição para o Governo do Maranhão em 2018.

Felipe Camarão é reconhecidamente um dos melhores nomes na equipe de Flávio Dino. Antes de chegar à Educação, ele esteve nas secretarias de Administração e Cultura, até assumir a Educação com a missão de organizar a pasta.

Segundo Haickel, com o perfil técnico que possui, o nome do secretário Felipe Camarão seria o nome ideal inicialmente para vice e depois poderia vir a ser o candidato a governador em 2022.

“Apontaria para a possibilidade de daqui a 4 anos termos Felipe Camarão como governador do nosso Estado, o que seria muito bom!”, disse Haickel, afirmando que poderia votar na chapa Dino/Camarão.

É desnecessário apontar os avanços alcançados pelo governo nas áreas onde Felipe Camarão vem atuando. Ele mesmo tem dito sem qualquer alarde que muita coisa já foi feita, mas tem muito mais a ser feito em todo o Maranhão.

É isso ai!!!!

Foto: Lauro Vasconcelos

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Joaquim Haickel diz que JEM’s era prioridade

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Joaquim Haickel diz que os Jogos Escolares eram vistos como prioridade em sua gestão na Sedel

O ex-secretário de Estado de Desporto e Lazer (Sedel), Joaquim Haickel se manifestou no Blog do Zeca Soares sobre a matéria publicada hoje com o título ‘Descadso do governo com o JEM’s’.

Hackel lembrou que em sua gestão, o JEM’s era uma das prioridades no governo de Roseana Sarney.

“Não sei se você tem notado que eu venho me abstendo de comentar notícias sobre fatos envolvendo a Sedel, pois imagino que pelo fato de ter sido secretário desta pasta na administração anterior, qualquer coisa que eu viesse a falar poderia ser interpretada como crítica política ou partidária, coisa que não é e jamais seria de meu feitio.
Porém devo me manifestar sobre essa notícia em relação ao JEM’s, pois se a Sedel tiver outras missões, essa será sempre a maior delas”.

“Ao contrário de muitos, sempre tive uma postura crítica ao grupo do qual faço parte e sempre disse tudo o que pensava sobre ele, mas se há uma coisa que a administração jamais deixou faltar foi apoio e recursos para que a Sedel realizasse, da melhor maneira possível os JEM’s. Poderíamos passar o ano inteiro lutando para conseguir os recursos para os jogo, a luta era dura, mas sempre os recursos eram liberados, mesmo que fossem posteriormente a realização dos jogos, mas havia sempre segurança, material esportivo, como bolas, material humano”.

Haickel também se manifestou sobre a recuperação dos ginásios Costa Rodrigues e Rubens Gullar.

“Quero também comentar sobre as duas últimas notícias sobre a Sedel veiculadas aqui em seu Blog, que dizem respeito aos Ginásios Costa Rodrigues e Rubens Gullar, pois os dois foram deixados em estado de uso!… Há também o caso das piscina do Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz que até hoje não foram reformadas e assim que o atual governo assumiu fez duras criticas à administração anterior, criticas essas que se mostram infundadas uma vez que até agora eles também não conseguiram resolver o problema!”, disse.

Por fim, Joaquim disse esperar que o governo dê à Sedel as condições necessãrias para que os JEM’s possam ocorrer dentro das condições esperadas por todos.

“Mantenho uma ótima relação com o secretário Márcio Jardim e acredito que os problemas que a Sedel estejam atravessando não deva ser culpa dele, mas sim de uma diretriz equivocada de governo que estabelece que em dificuldade financeira se sacrifique primeiramente itens que alguns achem “menos importantes” como esporte, lazer e cultura. De modo algum e por nenhum motivo os JEM’s podem ser sacrificados! Que o governo dê a Sedel condições de promover da melhor maneira possível esse que é o evento mais importante do calendário esportivo do Maranhão”, finalizou.

Foto: Divulgação

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Se eu fosse Michel Temer

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Joaquim Haickel é ex-deputado estadual e ex-secretário de Desporto e Lazer do Maranhão

Por Joaquim Haickel

Desde que ouvi as gravações feitas por Joesley Batista, um dos empresários mais poderosos de nosso país, que no Palácio do Jaburú conversava com o presidente Michel Temer sobre diversos assuntos, venho ruminando um entendimento melhor sobre toda essa situação. É isso que vou comentar com você hoje.

Temer é 19 anos mais velho que eu, mas começamos na política na mesma época. Ele foi nomeado procurador-geral do Estado de São Paulo em 1983 e eu tomei posse como deputado estadual pelo Maranhão naquele ano. Fomos deputados federais constituintes juntos em 1987 e depois disso cada um tomou seu rumo. Como curiosidade, posso dizer que Temer foi meu relator assistente quando da apreciação da emenda de Amaral Neto sobre a pena de morte.

Eu voltei para o Maranhão e Temer continuou em Brasília. Sua carreira deslanchou e o levou à presidência do PMDB, à vice-presidência da República e depois à presidência. Quanto a mim, trouxe minha vidinha até aqui.

Depois de todas essas idas e vindas encontrei-me com Michel umas três ou quatro vezes, ele sempre muito amável e gentil.

Ele nunca foi e pela sua forma de ser, nunca seria um homem duro, de posições mais rudes, sem tanta prosódia, adjetivação, mesóclises, sem tanto refinamento. Ele é o que se pode chamar de cidadão cordial. Essa não é uma característica apropriada para ser a mais marcante em um político na situação em que ele se encontra. O temperamento do qual precisávamos neste momento é um que oscilasse entre três pontos, do violento Antonio Carlos Magalhães, passando pelo enérgico Itamar Franco até chegar ao aparentemente pacato, mas obstinado Tancredo Neves.

Porém, Temer não é nada disso e ainda tem o péssimo hábito de se cercar de amigos ursos, de pessoas da pior qualidade. Aquele velho ditado que ouvi muitas vezes de meus pais, “me diga com quem andas que eu digo quem tu és”, poderia servir muito bem para ele, mas serve também para muita gente, boa e ruim.

Voltando ao problema em questão, como disse no início deste texto, desde que ouvi as gravações feitas por Joesley Batista, venho ruminando um entendimento melhor sobre toda essa situação e acredito ter chegado a uma conclusão. Temer deveria fazer uma análise dura, profunda e isenta, assistir alguns filmes sobre momentos de ruptura pelo qual passaram as sociedades, algo como “Danton”… E aí olhar para sua mulher, seu filho e suas filhas, e renunciar.

Na renúncia ele pode, veja bem, eu disse pode, ter uma saída menos desonrosa e mais altruísta.

O que ouvi nas gravações não é suficiente para condená-lo a nada, mas é muito mais que suficiente para destruir o pouco de apoio que ele ainda contava, tanto na sociedade quanto no próprio Congresso Nacional.

Acredito que o que pode realmente vir a incriminar Temer é a conversa envolvendo a propina entregue a Rodrigo Loures. Isso ficando provado, Temer estará definitivamente acabado! E pode ainda ter outras denuncias!

Apenas o fato dele ter ouvido um bandido como o Joesley Batista dizer o que disse, já configura falta de decoro e moral para exercer o cargo de presidente da República.

Fico imaginando o que passa pela cabeça de Michel e chego a ter pena dele. Imagino que ele não conseguiu acordar hoje com a mesma disposição que eu, não pôde beijar sua mulher com a alma leve como eu fiz com a minha, não se sentou à mesa para tomar café e assistir ao “Bom Dia Brasil” com o mesmo ânimo que eu. Ao pensar nisso tive pena dele.

Muitos irão dizer que pena não seria o sentimento que eu deveria ter, mas conhecendo-o como penso conhecer, sei que ele gostaria de ser lembrado como o homem que tirou o Brasil de sua pior crise econômica. Ver isso se esvair deve ser desesperador para ele.

Temer cometeu erros e deve neste momento tomar uma decisão que, se não pode salvar nem ele nem o país, pode impedir que ele e o Brasil sejam completamente destruídos.

No lugar dele eu renunciaria, mas providenciaria para que essa transição fosse feita em paz e irrestritamente sob a luz da Constituição Federal.

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Farinha do mesmo saco na lista do Fachin

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Joaquim Haickel é ex-deputado e ex-secretário de Desporto e Lazer do Maranhão

Por Joaquim Haickel

O que tem se visto e ouvido desde a divulgação da lista de pessoas arroladas pelo ministro Edson Fachin, do STF, são coisas dignas de constar de um daqueles best sellers de intriga política de Gore Vidal. (Poxa, acho que subi muito o nível desses caras! Gore Vidal!)

Em que pese esse mundo de denúncias que estamos assistindo, ainda assim, todos os acusados alegam inocência! Ainda não apareceu nenhum corajoso para reconhecer que tenha realmente recebido recursos financeiros não contabilizados, “para fins eleitorais”!

Os denunciados adotaram uma cantilena bem parecida, cuja letra conta a história de terem recebido doações oficiais declaradas à justiça eleitoral, submetidas a prestações de contas e aprovadas por ela.

Mas o certo mesmo é que nosso sistema político está falido e isso todos nós já sabemos faz muito tempo! Como parte dele, nosso sistema eleitoral é uma aberração que nunca foi consertada porque os detentores do poder nunca tiveram interesse nisso.

O eleitor brasileiro, ou é viciado em um partidarismo aparelhador que o transforma em engrenagem das maquinas de esquerda, ou é viciado nas benesses monetárias de direitistas que compram votos. No final, grande parte do eleitorado brasileiro, de um lado ou de outro, vende voto.

A falta de coragem e de vontade política dos últimos governos, de enfrentar os graves problemas do país, nos trouxe até onde estamos. Na beira do abismo!

O PT nunca quis fazer as reformas que todos sempre souberam ser indispensáveis: Da previdência, a trabalhista, a tributária e fiscal, a política e eleitoral. Nunca pensaram em reformar o nosso sistema educacional, de saúde ou de segurança. Eles só queriam o poder e para permanecerem donos dele lançaram mão das mais abjetas ações de corrupção.

Em quase todo lugar do mundo existem eleições. Em todos eles os sistemas apresentam problemas. Na maior democracia do planeta ocorreram problemas nas três últimas eleições. Lá acabaram de eleger um presidente que teve menos votos nominais que sua concorrente, porém isso consta da regra, não importando que ele (Trump) seja um grande imbecil! A democracia tem dessas coisas. A soberana escolha popular pode levar a vida desse soberano povo ao caos. Foi o que aconteceu com o Brasil pelo menos nas últimas três eleições.

Acredito que a primeira eleição de Lula foi legítima e até necessária. Votei nele! Naquele mandato penso que ele pôde fazer boas coisas, até porque o que ele mais fez foi colocar cores e nuances petistas nas ações peessedebistas que FHC já realizava.

Na reeleição, Lula não conseguiu mais manter o mesmo tom. As coisas se partidarizaram radicalmente. O PT e seus asseclas passaram a ser mais importantes que o Brasil. Apesar disso Lula era o cara! Votei sem muita fé!

Ao escolher Dilma para substituí-lo, Lula apostou no quanto pior melhor, pois essa seria a maneira perfeita de voltar quatro anos depois do já anunciado desastre, nos braços do povo, como salvador da pátria. Ele só não contava que o “desastre” se apegasse tanto ao poder que o descartasse.

O primeiro mandato de Dilma foi a confirmação do erro de sua escolha e a comprovação das políticas equivocadas, da partidarização e do aparelhamento do estado. Votei nela, torcendo para eu estar errado. A reeleição de Dilma foi a gota d’água. O Brasil se tornou um país totalmente aparelhado e loteado. Votei contra ela.

A corrupção irrigando os apoios ao governo que não tinham como acontecer de forma legítima e a sensação de impunidade e de invulnerabilidade dos poderosos levou à aparição de um personagem do qual espero que eu não seja obrigado, a no futuro, a falar mal dele. O Moro! Que só será lembrado como um personagem do bem se conseguir manter-se minimamente imparcial e jamais cair em tentação, não se deixando seduzir pela política eleitoral e partidária.

O Brasil tem que ser passado a limpo e essas mudanças precisam ser profundas e definitivas. O problema é que parece não ter sobrado ninguém para implementar tais mudanças!

Ocorre que depois da lista do Fachin, parece que não sobrou ninguém vivo no cenário político nacional. Quem não levou um tiro na cabeça ou no coração, apanhou uma surra de pau roxo ou no mínimo foi jogado dentro da fossa séptica mais fétida que possa existir.

O certo é que o mais limpo dessa lista está definitivamente e para todo sempre, sujo, e não adianta dizer que não pediu, não recebeu e que não deu em contrapartida nenhum benefício ao seu doador de campanha, seja ele oficial ou via caixa 2.

A corrupção no Brasil é estrutural e epidêmica, se espalha e contagia quase a totalidade das pessoas envolvidas no sistema político. Não terá o nome incluso em listas como esta apenas quem não tenha nada importante para oferecer de vantagem.

Há uma coisa que deve ser observada atentamente! Em momentos de fragilidade como esse pelo qual passamos é que aparecem os maiores aventureiros. Lembram-se de Collor!?

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Uma análise sobre 2018

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Joaquim Haickel é ex-deputado estadual e ex-secretário de Desporto e Lazer do Maranhão

Por Joaquim Haickel

Tenho recebido de alguns amigos, insistentes pedidos no sentido de que eu faça uma análise sobre os possíveis cenários políticos e eleitorais para 2018. Acho que ainda é muito cedo para isso!

Não sei se esses meus amigos querem é que alguma coisa que eu venha a escrever sirva de motivo para movimentar as rodas de conversas sobre esse assunto, possibilitando darem ao meu texto tons mais adocicados, cítricos ou apimentados, dependendo da coloração dos tais círculos.

Mas vamos lá!

Ao cargo de governador existem apenas três candidatos com reais chances de competir. Do lado da situação, Flávio Dino deve concorrer à reeleição, mas vai ter sérios problemas nesse intuito. Do lado da oposição existem dois nomes que podem encarar essa disputa, sendo que a candidatura de um fere de morte a candidatura do outro.

Caso Roseana venha a concorrer ao governo, inviabilizaria a aspiração de Roberto Rocha em disputar o cargo, pois não cabe em nosso tabuleiro de xadrez político mais de dois contendores com reais chances de vitória.

Ninguém desconhece que Roseana é a pessoa mais carismática da política do nosso estado, incluindo o atual governador Flávio Dino, e o ex-presidente José Sarney. Ocorre que só carisma não vence eleição. São necessárias algumas outras coisas! Resta saber se ela terá essas coisas a seu favor.

Ninguém também desconhece que o fato de Roberto Rocha, em 2018, estar no meio de seu mandato de senador, fará com que ele entre na disputa pelo governo sem muita preocupação com uma possível derrota. Alguém que não tem medo de perder tem uma espetacular vantagem na corrida para a vitória. No entanto, como no caso de Roseana, Roberto tem que agregar alguns fatores que ele também ainda não possui.

Fontes confiáveis comentam que Roseana vendeu sua casa em Brasília, o que nos faz crer que ela não pretenda voltar a residir no Distrito Federal, logo não deve estar em seus planos ser senadora! Pessoas ligadas a ela garantem que ela será candidata a governadora ou quem sabe a deputada estadual, uma vez que não deseja mais sair de perto de sua filha e de seus netos que moram em São Luís.

Esse é o primeiro nó que precisa ser desatado, pois ele interfere diretamente nas escolhas dos candidatos ao senado.

Pelo grupo entrincheirado no Palácio dos Leões, Weverton Rocha e José Reinaldo Tavares são os dois únicos políticos com reais condições de colocarem seus nomes à disputa do cargo de senador. Outras pessoas que ensaiam candidaturas ao senado do lado do governo não têm a menor chance de se viabilizarem.

Em minha modesta opinião, que como sempre contraria a de algumas pessoas, acredito que os dois principais grupos da política maranhense só elegerão um senador cada, em 2018.

Do lado da oposição a coisa é mais complicada, pois depende de uma série de “arrumações”.

Se Roseana for candidata a governador, inviabilizará a candidatura de seu irmão, Sarney Filho, ao senado. Como já comentei anteriormente, há a possibilidade de Roseana não disputar o governo, mas sim uma das quarenta e duas cadeiras do nosso parlamento estadual, o que nesse caso abriria a possibilidade da candidatura de seu irmão.

Além de Sarney Filho, nomes como os de Lobão Filho e o de Gastão Vieira estão colocados para também disputar o senado, ocorre que essa conta tem que ser feita com muita cautela, pois como já disse cada grupo só deverá eleger um senador em 2018.

Tudo está muito nebuloso! Ainda não é possível se afirmar sem sombra de dúvida quem será candidato a que cargo. Mas uma coisa é certa, apenas os nomes citados aqui neste texto têm reais chances de disputar as vagas de governador e senador pelo Maranhão em 2018, os demais estarão simplesmente cumprindo tabela.

PS: Para falar sobre eleição de presidente em 2018 precisaria de uma bola de cristal! Sobre deputados federais e estaduais vai depender da reforma eleitoral.

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Noite de gala no esporte maranhense

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Vencedores do Troféu Mirante Esporte 2016 celebram conquista no auditório da Fiema

Noite de gala no esporte maranhense com a premiação dos melhores atletas de 2016 no Troféu Mirante Esporte, no auditório Alberto Abdala, na Fiema.

O presidente do Conselho Deliberativo do Grupo Mirante, Fernando Sarney destacou a importância da premiação. “É um troféu crescente em importância. É o pódio favorito dos atletas do Maranhão e, é um orgulho, ao longo desses doze anos, ter influenciado tanta gente e ter de alguma forma incentivado o esporte do Maranhão. Porque eu acho que o esporte é dever do Estado com um todo, o poder público. Quando esse incetivo não vem, nós empresários temos que de alguma forma fazer com que as coisas aconteçam”, disse.

O ex-secretário e ex-deputado Joaquim Haickel, idealizador da Lei de Incentivo ao Esporte e à Cultura foi o grande homenagado da noite.

O prêmio de Federação Destaque ficou com Federação Maranhense de Futebol (FMF). O meia MArcos Paulo que jogou no Moto e atuamente está no Campinense-PB foi o melhor no futebol. O melhor atleta pelo voto popular foi Thalisson Amorim, que também levou o troféu no Jiu-jitsu e Júlia Nina, escolhida pelo júri técnico.

O Centro Desportivo Maranhense de Cegos (CEDEMAC) recebeu o prêmio Homenagem Paralímpica. O atleta José Carlos Moreira, o Codó, maranhense que recentemente teve o reconhecimento com a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim 2008.

Veja os vencedores

Atletismo – Saul Santos Do Nascimento
Automobilismo – Fábio Cadaço
Badminton – Ana Luisa Leite Zecchin
Basquete – Allan Hass
Beach Soccer – Luís Alberto do Nascimento Braga (Datinha)
Capoeira – Jardiely dos Santos Sá
Ciclismo – Cláudio Guimarães
Fisiculturismo – Orlando Gomes Martins
Futebol – Marcos Paulo
Futsal – Carlos Henrique Costa Soares
Ginástica – Ana Paula Carneiro Martins
Handebol – Gilvana Mendes Nogueira
Jiu-Jitsu – Thalisson Amorim Santos
Jogo de Damas – Thalyane Bianca Sá Santos
Judô – Pedro Rezende
Karatê – Débora Raquel Freire Pereira
Kite Surf – Bruno Lobo
Motociclismo – Cleidson Silva Sousa
Natação – Júlia Leal Nina
Sinuca – Bartolomeu Cardoso Feitosa (Beto)
Surf – Amauri de Melo Oliveira
Tênis de Mesa – Pedro Da Silva Araújo
Tênis de Quadra – Isadora Costa Ferreira Andrade
Tiro Esportivo – Thiago Nelson Farias Dos Reis
Triatlon – Shirley Orivane
Voleibol – Pablo Neruda Linhares Silva
Xadrez – Nicolau Duailibe Leitão

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João Castelo

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JoaquimHaickel

Por Joaquim Haickel

Meu pai costumava dizer que João Castelo queimou a largada na corrida política de sua vida, pois se elegeu de cara deputado federal, logo no primeiro mandato que disputou em 1971. Daí para governador, em 1980, depois de apenas dois mandatos como deputado federal, foi um pulo!

Sua transferência do governo do Maranhão para o Senado Federal foi natural, mas não foi tranquila como deveria ter sido. Penso que a sucessão de Castelo no governo do Maranhão e sua consequente eleição para o Senado da Republica, marca o início, mesmo que embrionário, das dificuldades políticas, de causa familiar, que sofrerá o grupo liderado por Zé Sarney nos anos que virão.

Depois de tempos difíceis e conturbados, Castelo elege sua esposa, dona Gardênia prefeita de São Luís. Mais tarde ele voltaria a ser deputado federal, para em seguida se eleger prefeito de nossa capital e deputado federal novamente.

Os únicos cargos eletivos para os quais não se elegeu foram aqueles aos quais jamais se candidatou, deputado estadual e vereador. Sendo que na Assembleia ajudou a eleger diversos deputados, inclusive sua filha Gardeninha em dois mandatos, e na Câmara de São Luís sempre manteve seu fiel escudeiro José Joaquim.

Em minha modesta opinião, Castelo, guardadas as devidas proporções, foi o maior e melhor governador que o Maranhão já teve, depois de Sarney, é claro, pois este fez muitas coisas com um décimo dos recursos movimentados por Castelo, em uma época muito mais difícil.

Castelo teve a sorte de seu governo ter acontecido em um período em que foi possível realizar grandes obras em nosso Estado, principalmente em nossa capital. Teve a sorte e não deixou a oportunidade lhe escapar. Ele construiu milhares de casas populares, centenas de quilômetros de estradas vicinais e asfaltadas, uma infinidade de escolas, nosso complexo esportivo no Outeiro da Cruz, o hospital do IPEM, incentivou a agricultura, pecuária e a indústria…

Castelo morreu hoje, 11 de dezembro de 2016, mas mesmo aqueles que não concordavam ou ainda não concordam com ele e com o que ele representou na política maranhense, são obrigados a aquiescer, ele foi um dos mais importantes políticos de nosso estado, nesses 45 anos em que militou na vida pública.

Antes de me eleger deputado estadual, em 1982, eu trabalhei com o então governador João Castelo, como seu oficial de gabinete. Naquela ocasião tive a oportunidade de aprender com ele e com Zé Burnett, muitas lições importantes. Naqueles anos, nós que trabalhávamos mais perto dele, de tanto ouvirmos ele ao telefone ou mesmo pessoalmente tratando com seus secretários, o apelidamos carinhosamente de “Deixa Comigo”, pois se algum auxiliar não dava conta do recado ele mesmo o ensinava e se bobeasse ele mesmo ia lá e resolvia a parada.

Não é porque morreu que vou desconhecer os defeitos que João Castelo tinha. Ele os tinha assim como todos nós os temos, mas ele tinha virtudes que nem todos nós somos capazes de igualar. Era um homem arguto e inteligente, um trabalhador incansável, um político obstinado, um amigo leal, solidário e presente, e principalmente, ele era um homem de família.

Castelo deixará saudade, mas mais que isso, sentiremos falta dele nesse nosso empobrecido cenário político.

*Joaquim Haickel é ex-deputado estadual

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O que deve existir em uma escola?

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Joaquim Haickel é ed-deputado estadual
Joaquim Haickel é ed-deputado estadual

Por Joaquim Haickel

Neste momento, em nosso país existe uma imensa discussão sobre um tema que pra mim seria completamente dispensável, se sua motivação não fosse absurda. Trata-se de um projeto chamado “Escola sem Partido”.

Tal projeto, pelo que me parece, só foi apresentado, porque notaram que as escolas de nosso país estavam sendo “utilizadas” para doutrinação político-partidária, coisa que é expressamente proibida por nossa Constituição, que garante aos estudantes e às suas famílias que eles não recebam, especificamente, nenhuma orientação de tendência partidária, qualquer que seja ela.

Eu penso que nas escolas bancadas pelo dinheiro dos contribuintes, administrados pelos municípios, estados ou união, não pode haver doutrinação religiosa, da mesma forma que não pode haver também doutrinação ideológica ou partidária!

Cada pessoa pode ter a sua religião, se quiser, da mesma maneira que cada um pode ter o seu partido, se assim desejar. Essas são escolhas pessoais, como de seu time de futebol ou sua escola de samba!

Nas escolas, ao invés de “ter partido”, deveria haver era difusão de noções de cidadania, civismo, valores humanistas, morais e éticos. Tenho certeza que se nas nossas escolas fossem apresentadas aos alunos essas coisas, estaríamos construindo um país cheio de cidadãos mais conscientes, e num futuro não muito distante, teríamos um país bem melhor.

Querer utilizar as escolas para doutrinação político-partidário-ideológica é um crime contra a república e a democracia! Se a esquerda insistir em partidarizar as escolas, vai acabar obrigando a direita a tentar uma solução catastrófica, que seria entregar nossas crianças à catequese religiosa, como antídoto à partidarização daquele lugar que deveria antes de tudo ser um lugar onde se aprendessem as coisas que nos levassem a fazer nossas próprias escolhas, sem lavagem cerebral de qualquer natureza.

Escola, antes de tudo é sinônimo de ensinamento e de aprendizado! Escola é sinônimo de liberdade, não de anarquia! Escola é o lugar onde nós primeiro entramos em contato com a sociedade, com a comuna, com a cidade, logo, nela tem que haver ensinamentos sociais, não socialistas, ensinamentos comunitários, não comunistas, ensinamentos de cidadania de um modo geral, não ideológicos e partidários!

Ideologia partidária, assim como a religiosidade, são coisas que o indivíduo só pode desenvolver de maneira adequada depois que ele tem capacidade de entendimento suficiente para absorver conhecimentos e informações a respeito delas.

O que se sabe desde sempre, é que filhos de pais de uma determinada religião são criados na fé de seus pais, algo que é antropológica e sociologicamente compreensível. Não é a escola que deve fazer esse papel. A escola deve dar a essa criança, a esse jovem, a capacidade de entender o que representa cada religião. Eu acredito que é dessa mesma forma que a escola deva se posicionar em relação ao partidarismo político.

A resposta para a pergunta contida no título deste artigo, em minha opinião, só pode ser uma. Nas escolas de todo o Brasil deve haver professores verdadeiramente capacitados e justamente remunerados para orientarem nossas crianças e nossos jovens, no sentido de adquirirem conhecimento nas diversas áreas do ensino, bem como apresentarem a eles informações confiáveis, para que possam se transformar em cidadãos honrados, respeitadores das pessoas e das leis, que saibam conviver em sociedade, que busquem a justiça e saibam distinguir claramente entre o que é o certo e o errado, segundo as nossas regras sociais e legais.

Nossos professores não deverão, nem poderão jamais substituir as famílias e os grupos sociais de cada indivíduo e devem orientar a todos eles a respeitarem as diferenças existentes não só entre eles, mas em relação a todos os indivíduas e coletividades.

Qualquer tentativa de doutrinação ou catequese de nossas crianças e nossos jovens deve ser rechaçada, se não por outro motivo, porque fere de morte nossos princípios constitucionais!

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Frase do dia

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JoaquiHaickel

A frase do dia é de Joaquim Haickel, ex-deputado estadual e secretário de Desporto e Lazer (Sedel) do governo Roseana Sarney.

Mas quem é o candidato, Joaquim???

Diz ai…

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