O juiz David Mourão Guimarães de Morais Meneses, titular da comarca de Passagem Franca e diretor do Fórum Desembargador Carlos César Berredo Martins, determinou, liminarmente, o bloqueio dos bens do prefeito de Passagem Franca, José Antônio Rodrigues da Silva, o Gordinho. A decisão liminar atende pedido do Ministério Público, em Ação Civil Pública, que acusa o prefeito de usar publicidade governamental para promoção pessoal.
De acordo com a decisão do juiz, no processo nº 5852011, verificou-se a presença de “indício de que se esteja diante de matéria paga, em razão da presença da expressão ‘informe publicitário’ no alto da página do jornal O Estado do Maranhão (…) Além disso, o ‘informe’ coleciona declarações de outras figuras políticas da região elogiando a administração do réu (…) Verifica-se, assim, que a aparente intenção do demandado era de promoção pessoal em vez de informar e educar a população”.
Foi decretada a indisponibilidade dos bens do prefeito de Passagem Franca, José Antônio Rodrigues da Silva, até o montante de R$ 50 mil, para assegurar a execução de eventuais multas que possam ser fixadas a ele.
O Ministério Público do Estado do Maranhão enviou ofício à OAB/MA comunicando que, em atenção à nota oficial emitida pela Seccional sobre a suposta corrupção envolvendo deputados na alteração de legislação sobre derrubada de babaçuais em áreas urbanas, solicitou cópia do requerimento de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) à Assembleia Legislativa do Estado.
O comunicado foi feito por intermédio do promotor de justiça, Marcos Valentim Pinheiro Paixão, que, junto com o promotor João Leonardo Pires Leal, solicitaram cópia do referido documento, com base em notícias veiculadas pela Imprensa de que o deputado estadual Tatá Milhomem teria apresentado requerimento de abertura de CPI, com objetivo de apurar o suposto recebimento de propina por deputados, no valor de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), em troca da aprovação da legislação que permite a derrubada dos babaçuais para novas construções.
O ofício enviado pelo Ministério Público Estadual considera a nota pública emitida pela Seccional maranhense da OAB, no último dia 16/12, cobrando providências urgentes da Assembleia Legislativa do Estado e do Ministério Público, com relação às denúncias. Na nota, a OAB/MA protestou: “a sociedade maranhense não pode conviver com a suspeição quanto à retidão da conduta do Poder Legislativo”.
Escadas rolantes com inclinação elevada são sinônimos de perigo
Por Ciro Nolasco*
O escritor e jornalistas inglês Gilberto Chesterton deixou uma frase que ficou para a história. Segundo ele, “uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder”. Como tinha razão o escritor. Visitar o inacabado, porém recém inaugurado Shopping da Ilha é a prova contumaz disso. Alardeado como o maior empreendimento do tipo no Maranhão, o shopping ainda está longe de ser aquilo que mostra enganosamente nas suas campanhas publicitárias. Na ânsia de abrir as portas para aproveitar o frisson consumista típico de final de ano, e reduzir a enxurrada de reclamações e ameaças de ações judiciais de seus lojistas que investiram alto para garantir um espaço dentro do empreendimento, os construtores do “elefante branco” da modernidade pecaram em vários quesitos: do estético aos itens de segurança. E é sobre esse ponto que queremos nos ater.
Os erros começam do lado de fora, onde não há nenhuma organização do espaço urbano e pedestres se arriscam na travessia da perigosa e movimentada Avenida Daniel de La Touche ou ficam expostos à poeira e ao fluxo de caminhões que ainda tocam a obra.
Do lado de dentro, a situação é mais alarmante. Escadas rolantes com inclinações elevadas, velocidade acima do que se costuma ver em outros lugares e sem nenhuma placa de orientação aos usuários. O único acesso para quem quer entrar ou sair são por esses equipamentos, que requerem muita atenção e cuidado de quem os usa. O elevador ainda não foi instalado e as escadas comuns estão interditadas. É tanta negligência que leva-nos a questionar: como um empreendimento desse porte pode entrar em operação sem oferecer o mínimo de segurança para seus consumidores? Aonde estãos os órgãos de fiscalização de segurança que ainda não viram essas falhas gritantes? Imaginemos que ocorra um incidente interno. Como as pessoas que estiverem dentro do shopping conseguirão sair de forma tranqüila e segura?
Na proximidade do Natal, a minha mãe, de 63 anos, estava com a família a conhecer aquilo que foi mostrado como a grande maravilha do consumo ludovicense, e aproveitar para fazer uma refeição noturna. Como ainda não tinha muitas opções no local, decidiu-se ir para outro ambiente. Na saída do shopping, ela desequilibrou-se no degrau da escada rolante e caiu, vindo a ter ferimentos nos dois joelhos e na cabeça, além de hematomas nas pernas e ombro e luxação no polegar esquerdo. Colocada em uma ambulância foi levada ao Socorrão II, na Cidade Operária, pois precisava se submeter a uma tomografia, já que tinha ferimentos e sentia dores em dois lugares na cabeça.
Pacientes em macas enfileiradas no Socorrão II
Ao chegar lá, deparei-me com uma cena típica dos ambientes de guerra, com pessoas – na maioria idosos – alojadas no corredor à espera de atendimento. A minha mãe era uma delas. Estava sentada em uma cadeira de rodas, há cerca de 40 minutos, esperando por um médico, que havia saído da sala de atendimento sem dizer o seu destino. Ao retornar, o “doutor” avaliou a paciente, encaminhou para exame e prescreveu um analgésico. Na enfermaria, fomos informados pela plantonista que não havia como aplicar o medicamento, por não ter na casa agulha. Isso mesmo: agulha. Ela sugeriu que a paciente fosse levada até a farmácia do lado de fora do hospital para o procedimento médico. O atendimento foi o mais desumano possível.
Já era quase 1h da manhã quando se decidiu levar a minha mãe para a UPA da Cidade Operária. Na entrada da unidade de pronto atendimento, percebemos visivelmente a grande diferença entre os dois hospitais. De um ambiente hostil, pesado e ensangüentado do Socorrão para um local limpo, acolhedor e humano da UPA. A paciente foi rapidamente atendida, e bem atendida. Constatou-se que a sua pressão arterial estava alta, o que foi prontamente controlado. O médico a avaliou dos pés à cabeça e a encaminhou para fazer os curativos que deveria ter recebido no Socorrão. Na UPA, não faltou agulha para aplicação de antiinflamatório e analgésico, e nem carinho pela paciente. Ficamos a comentar, como seria bom se os hospitais municipais de emergência tivessem o mesmo atendimento das UPA’s, por que é para lá que vão a maioria das pessoas acidentadas.
Conclusão
O episódio do shopping nos revelou que a pressa para apresentar o empreendimento à sociedade estragou o que de bom o local possa ter no futuro quando for finalmente concluído. Os construtores perderam tempo para apresentar uma obra inacabada e insegura. O episódio no revelou ainda a fragilidade do atendimento dos hospitais do município e a revolução implantada pelas UPA’s.
Quanto à minha mãe sobrou-lhe os ferimentos, as péssimas lembranças e a decepção em uma noite que poderia ser de festa, principalmente para alguém que mora no interior e espera receber um olhar mais especial na capital. Vítima do acaso ou do descaso? Alguém pode estar se perguntando. Eu digo que a minha mãe foi vítima, sobretudo, da pressa. Pressa pela ganância consumista de empresários que não respeitam o consumidor, oferecendo-lhes gato por lebre. Pressa de funcionários públicos que atendem mal para se verem livres dos pacientes nos hospitais. E acima de tudo, vítima da lentidão das autoridades que sabem de tudo isso, mas não se apressam para solucionar os problemas. Para quem leu esse desabafo, recomendo: Se você pensa em ir ao shopping da Ilha é bom não ter pressa. Você só tem a perder.
* Jornalista e integrante da Rede Nacional de Jornalistas da Construção
Patrulheiro manuseia super radar no Campo de Perizes; aparelho é usado como fator surpresa para conter acidentes
A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Maranhão decidiu aplicar imediatamente a resolução baixada esta semana pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que permite a instalação de equipamentos medidores de velocidade sem a necessidade de placas de alerta sobre a presença dos aparelhos. Desde ontem, o super radar móvel que está em operação desde o último dia 16 vem sendo posicionado em pontos críticos para a ocorrência de acidentes da BR-135.
Logo no primeiro dia, o equipamento flagrou motoristas dirigindo a velocidades muito acima do permitido. No Campo de Perizes, um dos trechos da malha rodoviária federal do estado onde há alta incidência de acidentes, o super radar detectou veículos trafegando a mais de 160 km/h, o dobro do limite máximo de velocidade permitido ali.
A PRF avisa que será implacável com os condutores flagrados em velocidade excessiva, já que este é um dos principais fatores causadores de acidente. As operações com os radares serão intensificadas até o Carnaval.
Max Barros vistoria aplicação de piche na Via Expressa
O secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, vistoriou, na tarde desta quarta-feira (28), o processo de imprimação – colocação de piche – na Via Expressa. Com investimentos já assegurados em mais de R$ 100 milhões, quando concluída a obra beneficiará 300 mil habitantes.
Acompanhado dos secretários Victor Mendes (Meio Ambiente) e Rodrigo Comerciário (Articulação Institucional), Max Barros explicou que a etapa é muito importante, porque garantirá mais agilidade à obra no período chuvoso – que em São Luís deve se iniciar em janeiro 2012. “Com a parte de terraplanagem concluída, a imprimação protegerá a rodovia e assim poderemos trabalhar em outras partes da Via Expressa”, disse.
O projeto prevê a ligação da Avenida Colares Moreira – passando pela Carlos Cunha – à Daniel de La Touche, na altura do Ipase. No total, a nova avenida, que terá cerca de 9 km de extensão, beneficiará mais de 20 bairros e deve atrair pelo menos 30% do total de veículos que hoje trafegam pela Jerônimo de Albuquerque, entre os Elevados da Cohama e o do Trabalhador.
Máquina aplica camada de piche para preservar obra no período chuvoso
O secretário de Infraestrutura assegurou, também, que o cronograma da Via Expressa está dentro do prazo de entrega. “Vamos concluir a obra no dia 8 de setembro, data em que comemoramos os 400 anos de São Luís, no trecho do Jaracati até o Recanto dos Vinhais. E, no final de 2012, até a Avenida Daniel De La Touche”, afirmou Max Barros.
A nova avenida interligará os bairros Cohafuma, Vinhais e Maranhão Novo, por meio de alças acopladas às vias já existentes, que serão especialmente restauradas para a garantia de melhor fluxo de tráfego. Max Barros também verificou o andamento da construção de ponte que fica entre o Sítio Santa Eulália e o Cohafuma.
Comentários