Segurança de candidato é preso com arma em Grajaú

Foi preso e autuado na delegacia de Grajaú, por porte ilegal de arma, Paulo Ricardo Silva Santos, que se identificou como segurança de um candidato à prefeitura do município. Após a prisão, quando aguardava a chegada do advogado à delegacia, Paulo Ricardo confessou ao delegado Kairo Clay que trabalhava como segurança do Major Otsuka, que disputa o cargo de prefeito pelo Partido dos Trabalhadores.

A informação foi confirmada pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI). O segurança Paulo Ricardo portava um revólver calibre 38 com numeração raspada. Paulo, que é conhecido na região como Lampião, tem 24 anos de idade e é filho de Waldir Rodrigues dos Santos.

Foi a segunda prisão registrada esta semana de pessoa ligada à campanha do PT. O delegado Kairo Clay já havia lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra um soldado do Corpo de Bombeiros do estado do Pará.

O militar, que não teve o nome revelado, portava uma arma de fogo e teria ameaçado um morador de Grajaú de morte. O superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair de Paiva, conversou, por telefone, com o delegado de Grajaú e aguarda o relatório das duas ocorrências.

Grajaú é um dos municípios do Maranhão que receberá tropas federais para garantir a segurança nas eleições.

Número de homicídios aumentou 329% no Maranhão em 10 anos

Nada menos que 9.942 homicídios foram cometidos no Maranhão em uma década. É o que revela o Mapa da Violência 2012, estudo elaborado com base em informações do Ministério da Saúde. O número de assassinatos no estado saltou de 344, em 2000, para 1.478, em 2010, o que resulta em um crescimento de 329,7%.

O estado registrou o terceiro maior aumento da quantidade de homicídios dentre as 27 Unidades da Federação, ficando atrás apenas da Bahia (332,4%) e do Pará (332%). Os números são assustadores e revelam que a violência quadruplicou no Maranhão em uma década. O fenômeno negativo trouxe intranquilidade aos cidadãos do estado, que hoje vivem em clima de sobressalto, seja na capital, seja no interior.

Para piorar, os investimentos em segurança pública seguiram na contramão do alto índice de assassinatos, principalmente quanto ao efetivo, um dos menores do país. Mesmo com o empenho da gestão da governadora Roseana Sarney em dotar as forças policiais da estrutura necessária para fazer frente ao crime, a situação ainda está longe da ideal.

É importante ressaltar que nos 10 anos que correspondem ao período de referência do estudo, em sete o Maranhão e, consequemente, o sistema de segurança pública, estiveram sob o comando dos ex-governadores José Reinaldo Tavares e Jackson Lago, este último morto ano passado. O primeiro governou de abril de 2002 a dezembro de 2006 e o segundo esteve no comando do estado de janeiro de 2007 a abril de 2009, quando foi cassado por compra de votos e abuso de poder político.

Além de expor uma quadro alarmante, os números servem de referência às autoridades para o planejamento de ações de combate à violência. Para que ao fim da década em curso tenhamos um saldo menos assombroso.

Veja tabela com dados por Unidade da Federação:

ONG internacional repercute interdição da Ferrovia Carajás por índios

Indígenas bloquearam Ferrovia Carajás desde terça-feira, paralisando transporte de passageiros e minério

Um protesto de indígenas, incluindo a tribo mais ameaçada do mundo, os Awá, forçou a maior mina de minério de ferro do mundo a suspender as operações na sua principal estrada de ferro.

Na terça-feira, centenas de índios incluindo os Awá, chegaram aos trilhos da estrada de ferro de Carajás, da Vale, para expressar sua oposição aos planos do governo brasileiro que, caso aprovados, poderiam enfraquecer os direitos dos indígenas à terra.

A manifestação acontece após meses de revolta provocada pela Portaria 303 que, caso legalizada, coibiria a expansão de territórios indígenas.

O governo se recusou a excluir a portaria proposta, embora viole leis nacionais e internacionais, ao sugerir que certos projetos podem ser executados em terras indígenas sem a necessidade de consulta adequada.

As frustrações transbordaram na última terça, levando diferentes tribos a se unirem para exigir que seus direitos à terra sejam respeitados.

O bloqueio foi o fato mais recente entre muitas polêmicas envolvendo a mega-mineradora, Vale, cuja estrada de ferro faz fronteira com o território Awá.

No mês passado, um juiz suspendeu uma sentença que impedia a companhia de duplicar a estrada de ferro para aumentar a produção.

A decisão foi um golpe para os Awá, que culpam a estrada por afastar os animais que caçam, e pelos milhares de invasores que se instalaram em suas terras.

Stephen Corry, Diretor da Survival International, declarou hoje: ‘Se o Brasil quer assumir a liderança e mostrar ao mundo que respeita seus povos indígenas, não deveria ceder às propostas nocivas de alguns lobistas rurais. Esse protesto mostra que, para tribos como os Awá, os direitos à terra são um caso de tudo ou nada, ou vai ou racha’.

Fonte: Survival International

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