Ele voltou: Filho do Padre tem casa invadida no Centro e dá sumiço em ladrão

Filho do Padre, na última vez em que foi preso, em 2010
Filho do Padre, na última vez em que foi preso, em 2010

Fernando Castelo Branco Furtado, 38 anos, mais conhecido como Filho do Padre, está de volta ao noticiário policial. E desta vez não foi por prática de pegas, arrombamento de veículos, tráfico de drogas ou estelionato, suas especialidades nos anos 90 e na década passada. Fernando teve a casa onde morou desde a infância invadida por ladrões, capturou um deles e o levou em um veículo a um local até agora desconhecido.

O episódio aconteceu na última quarta-feira, quando, por volta do meio-dia, ele chegou ao imóvel, na Rua Jansen Müller, no Centro, e flagrou dois criminosos em um dos compartimentos. Um dos bandidos chegou a desferir um leve golpe de facão em Fernando e conseguiu escapar. O outro não teve a mesma sorte, foi detido, amarrado e trancado. Filho do Padre então saiu e já no início da noite voltou em um carro, na companhia de um homem não identificado. Sem se importar com a presença de vários populares, a dupla colocou o ladrão no porta-malas do veículo e tomou rumo ignorado.

A casa da Rua Jansen Müller esteve alugada nos últimos anos a uma família e foi desocupada recentemente. Fernando esteve lá, segundo ele próprio revelou a vizinhos, na intenção de vendê-la, pois o imóvel é herança do padre Sidney Castelo Branco Furtado, morto há quase 10 anos, que o criou desde os primeiros anos de vida. Ironicamente, chegou a dizer que estava de volta para expulsar os bandidos que agem no Centro da cidade atualmente.

Folha corrida

Em 2001, Filho do Padre foi preso e baleado em Caxias após arrombar carros no campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina. Ele também já foi detido em São Luís com vários toca-CDs e outros objetos furtados e chegou a atropelar e matar uma jovem em frente ao antigo Casino Maranhense, na Avenida Beira-mar, seu principal reduto na década de 1990. Sua última prisão ocorreu em novembro de 2010, por ordem do juiz Raimundo José Barros de Sousa, da 9ª Vara Criminal da capital, que o condenou a 10 anos de prisão por roubo qualificado e estelionato.

Quase três anos depois, ele volta a aparecer na mídia, desta vez no papel de justiceiro, o que expõe toda a sua aptidão e versatilidade para o crime.

Entidade cobra explicação sobre nova ameaça de demissões na Prefeitura de São Luís

A Associação Representativa dos Servidores Públicos Municipais( ASISMU)  encaminhou na tarde de hoje, ofício solicitando audiência urgente para tratar com o prefeito Edivaldo Holanda Junior sobre a ameaça de novas demissões de serviços prestados, veiculada na imprensa.

Beka Rodrigues, presidente da ASISMU, informa que o atual prefeito de São Luis, ainda em campanha eleitoral, se comprometeu a não demitir os SP´s e que o recadastramento, realizado no início da gestão,  teria objetivo apenas de averiguar a ocorrência de funcionários fantasmas na folha de pagamento municipal.

Entretanto, o sindicalista acha estranho que agora novamente seja divulgada na mídia novas ameaças de demissão e  um outro recadastramento inclusive está sendo feito e  já é alvo de comentários frequentes entre os SP´s. “ Este recadastramento no âmbito da Secretaria Municipal de Saude  tem provocado temor não apenas entre os SP´s daquela secretaria, mas em todos os dezenas de milhares de SP´s da prefeitura”, afirma;

Beka Rodrigues ressalta que a entidade quer explicações detalhadas sobre o recadastramento e os motivos que provocaram tal medida.”Por que está sendo feito outra vez? Se os servidores fantasmas já foram demitidos “ questiona o sindicalista”“. Ele disse que a entidade quer todas as informações sobre esse recadastramento. “Vamos atrás das respostas dos junto ao prefeito e por isto a decisão de solicitar  audiência urgente para tratar deste assunto, pois não vamos  aceitar demissões injustas de SP´s”, afirma o presidente da ASISMU.

Bradesco é condenado a instalar portas giratórias em agências de São Luís

Banco terá que pagar multa por dano moral coletivo de R$ 300 mil

O Bradesco deve instalar, até o final deste mês, portas giratórias em todas as suas agências de São Luís. Essa foi a decisão do juiz substituto Jean Fábio Almeida de Oliveira da 1ª Vara do Trabalho da capital, após julgamento de uma Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). A empresa também foi condenada a pagar R$ 300 mil por dano moral coletivo.

Como o Bradesco se recusou a firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT-MA, a instituição ingressou com uma ACP para que o banco instale portas eletrônicas de segurança individualizada, com detector de metais, travamento, retorno automático e vidros resistentes a impactos de projéteis oriundos de arma de fogo até calibre 45.

Segundo o procurador do Trabalho Marcos Rosa, autor da reclamação, “a instalação das portas giratórias irá inibir a ação dos criminosos, garantindo a segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho”.

O juiz Jean Fábio de Oliveira considerou que o Bradesco assumiu uma conduta omissiva, denotando-se desrespeito a direitos elementares dos trabalhadores: “Isso caracteriza manifesta ofensa aos princípios fundamentais da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho”.

Em caso de descumprimento, o Bradesco poderá pagar, ainda, multa de R$ 15 mil por porta não instalada. Os valores arrecadados com as multas podem ser revestidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Da decisão cabe recurso.

PCM x Bonde dos 40

Criminosos apontados como líderes dos Bonde dos 40 foram transferidos em julho para presídio federal
Criminosos apontados como líderes dos Bonde dos 40 foram transferidos em 20 de julho para presídio federal

São Luís virou campo de uma guerra cada vez mais sangrenta, travada por duas facções que disputam o controle do tráfico de drogas na cidade: o Primeiro Comando do Maranhão (PCM) e o Bonde dos 40. Com dezenas de mortes já registradas de lado a lado, o conflito resulta em uma onda de criminalidade sem precedentes na história da capital maranhense. Audaciosas ao extremo, as quadrilhas não se intimidam com a repressão da polícia e uma delas já compôs até uma música para enaltecer seus feitos e poder de fogo.

O PCM ficou conhecido depois que alguns de seus membros escreveram cartas com juras de morte a policiais e a gestores do sistema prisional do Maranhão, principalmente ao atual secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa. O sistema de segurança pública até  tentou desqualificar as ameaças, mas o caso ganhou a mídia e teve ampla repercussão.

O Bonde dos 40 ganhou notoriedade mais recentemente. A estratégia da facção é mais agressiva e tem sido marcada por assassinatos de rivais, inclusive execuções dentro de presídios. Para turbinar ainda mais sua popularidade, a quadrilha, que tem membros espalhados por dezenas de bairros de São Luís, com destaque para Divineia e Ilhinha, encomendou uma música ao funkeiro MC Segal, morador da Portelinha, comunidade vizinha à Ilhinha, exaltando alguns atributos do bando, como uso de carros de luxo e farto arsenal, composto, em grande parte, por armas de grosso calibre. A letra é altamente provocativa e alguns trechos contêm desafios ao PCM, cujos membros são chamados de “alemães”.

A realidade é terrível e reproduz cenas só vistas até então em regiões do país onde traficantes exercem poder paralelo ao Estado, a exemplo das favelas do Rio de Janeiro e São Paulo. As duas facções são altamente perigosas e têm protagonizado os principais episódios de barbárie registradas na capital nos últimos tempos, entre as quais várias execuções em público e em plena luz do dia. A crueldade excessiva chega a impressionar até a polícia, que recentemente deu início a uma ofensiva aos criminosos e já prendeu alguns.

No meio do fogo cruzado entre o PCM e o Bonde dos 40 estão os cidadãos de bem, vítimas da guerra do tráfico, um mal que precisa ser combatido de forma implacável e com todos os recursos disponíveis.

Obra de impacto

Trecho da Avenida dos Holandeses que será duplicado: obra dará fluidez ao tráfego e trará desenvolvimento econômico
Trecho da Avenida dos Holandeses que será duplicado: obra dará fluidez ao tráfego e trará progresso econômico

A região metropolitana de São Luís está prestes a ganhar mais uma obra de impacto, que amenizará os problemas de tráfego na área que mais cresce na Ilha atualmente: o Araçagi e todo o seu entorno. Trata-se da duplicação da Avenida dos Holandeses (MA-203), no trecho entre o Colégio Marista e o entroncamento com a MA-204, cuja licitação foi concluída pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e teve como vencedora a construtora Ducol. A duplicação deverá começar até o fim de setembro e é resultado de uma parceria entre os governos Estadual e Federal, intermediada pelo Ministério do Turismo.

Com a duplicação, a avenida terá sua capacidade de tráfego ampliada. Serão construídas três faixas de cada lado, alargamento do canteiro central, com uma faixa exclusiva para ônibus. A obra é de extrema necessidade, tendo em vista a expansão imobiliária e empresarial registrada no Araçagi e localidades vizinhas, o que gera maior demanda de serviços públicos, sobretudo na área de infraestrutura. Por isso, a obra, além de facilitar a locomoção, tem uma finalidade econômica e pode ser mais um fator de desenvolvimento dessa região da Ilha.

Sobre o potencial econômico da duplicação, especialmente na área do turismo, a finalidade é criar um corredor em direção a praias como Araçagi, Raposa, do Meio e outras cujo acesso é dificultado justamente pela falta de uma via estruturada. Ao eliminar esse gargalo, o governo cria condições favoráveis para a instalação de hotéis, restaurantes, bares e outros empreendimentos voltados a atender os visitantes, gerando mais emprego e renda na região.

Além da melhoria viária, deve-se pensar logo em dotar a orla da infraestrutura adequada a acolher turistas. Isso porque as condições dessa faixa do litoral estão bem distantes do que se considera ideal para um ambiente de visitação. As providências devem abranger desde a construção de novas barracas, reforço da segurança pública até a despoluição das águas do mar, que estão impróprias para banho, conforme atestam os relatórios de balneabilidade divulgados periodicamente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Orçada em R$ 31 milhões, a duplicação da Avenida dos Holandeses no trecho citado é apenas a primeira fase de uma intervenção maior, que deve interligar uma extensa área da Ilha de São Luís, com ganhos significativos para a mobilidade urbana. Sabe-se que ainda não há definição quanto as próximas etapas, mas o início da obra pouco mais de um ano após o anúncio do recurso pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira, deixa clara a determinação governamental em promover as melhorias.

A duplicação da Avenida dos Holandeses é resultado de um esforço do Governo do Estado para melhorar a malha viária da região metropolitana de São Luís. Com esse objetivo, vem-se buscando sempre a parceria do Governo Federal, que tem apoiado prontamente os projetos. Se as prefeituras da Ilha, principalmente a da capital, também investissem na recuperação e construção de novas vias, teríamos um trânsito organizado, seguro e com fluidez ágil, condizente com as necessidades dos cidadãos.

Editorial publicado nesta quarta-feira em O Estado do Maranhão

Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão

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