Malhar os Sarney resolve crise no Maranhão?

Do site Brasil 247

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Situações que despertam debate sobre intervenção no Estado também ocorrem em outras regiões do País; crime organizado já incendiou ônibus em São Paulo, mas governador paulista Geraldo Alckmin recusou ajuda federal para superar crise; Comissão de Direitos Humanos da OEA determina que governo do Rio Grande do Sul reforme Presídio Central de Porto Alegre, considerado o pior do Brasil, assim como ONU pede investigação sobre Complexo de Pedrinhas; PIB do Maranhão teve o maior crescimento da região Nordeste, segundo o IBGE; salto de 10% colocou o Estado como a 16ª economia do País, mas convencionou-se tratá-lo como o mais pobre entre as 27 unidades da Federação; apenas detonar a governadora Roseana e o ex-presidente Sarney encerra o problema?

8 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 13:33

247 – Envolvido em uma crise no setor de segurança, o Maranhão é costumeiramente chamado de Estado mais pobre e mais atrasado do Brasil. O problema é que isso não é verdade. Segundo o último levantamento do IBGE a respeito do crescimento dos PIBs dos Estados, o Maranhão teve um crescimento de 10% em sua economia entre 2011 e 2012, o que o coloca como campeão de crescimento na região Nordeste. Com uma produção de riquezas estimada em R$ 52 bilhões, o Maranhão é, atualmente, a 16ª maior economia do País, bem distante do último colocado, Roraima, cujo PIB está em R$ 6,9 bilhões (tabela abaixo). No quesito PIB per capita, o menor entre todos é o do Piauí.

Antes do salto de 10%, o Maranhão já havia crescido 8,7% entre 2010 e 2011, ficando em segundo lugar entre os Estados que mais cresceram na região Nordeste.

Neste momento, o Maranhão vai sendo apontado como o símbolo pronto e acabado do caos no setor de segurança pública, mas esse privilégio às avessas nem de longe é uma exclusividade. Assim como a ONU, agora, quer uma investigação rigorosa sobre as condições do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, a Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) exige providência imediatas do governo do Rio Grande do Sul em relação ao Presídio Central de Porto Alegre, que já foi considerado o pior do Brasil.

Em matéria de condições carcerárias, de resto, o País como um todo não tem nenhum motivo para se orgulhar.

A tática de queimar ônibus para criar uma situação de insegurança entre a população, infelizmente, também não é utilizada pelo crime organizado apenas no Maranhão. São Paulo, o Estado mais rico da Federação, vive rotineiramente essa realidade. Neste ano, a capital paulista já teve quatro coletivos incendiados em bairros da periferia.

No ano passado, o PCC, nascido nas cadeias paulistas e hoje com presença nacional, promoveu queimas em série no ano passado em São Paulo, combinadas com ataques a postos da Polícia Militar. A situação levou o governo federal a oferecer ajuda ao governo paulista na forma de tropas da Força Nacional de Segurança, mas o governador Geraldo Alckmin recusou a oferta e buscou por seu próprios meios resolver a situação. Não houve nenhuma cogitação de intervenção federal em São Paulo.

No Maranhão, ao contrário, situações semelhantes às vividas pelo Rio Grande do Sul e São Paulo servem para se levantar a hipótese da intervenção. A diferença está, sabe-se, no sobrenome da sua governadora.

Extremamente ligada ao pai, o ex-presidente José Sarney, Roseana Sarney enfrenta hoje um quadro tão complexo quanto o enfrentado por muitos de seus colegas governadores. Mas o peso da marca Sarney faz dela um alvo permanente que, agora, a rebaixa à condição de Judas da vez.

Assim como fez Alckmin no ano passado, Roseana, agora, também procura reforçar, com os meios do Estado, o setor de segurança. Neste sentido, seu governo anunciou prisões entre os líderes da rebelião de Pedrinhas e operou transferências de presos para cadeias federais. A exemplo de Tarso Genro, no Sul, em relação ao presídio de Porto Alegre, também interessa a ela uma investigação em Pedrinhas, para que as condições melhorem e as mortes bárbaras cessem.

Mais do que um espetáculo de achincalhe público, a crise do Maranhão, por complexa, demanda uma nova reflexão com base em dados objetivos e não a aplicação de uma revanche.

“Falta uma ação dura do Estado”, diz delegado Luís Moura sobre insegurança

Luís Moura defendeu ação dura do estado contra bandidagem
Delegado Luís Moura defendeu ação dura do Estado contra o crime no Maranhão

Conhecido pela linha dura com que costumava conduzir as ações policiais sob seu comando, o delegado Luís Moura, hoje distante da mídia, apesar de ainda estar na ativa na Polícia Civil, comentou a onda de violência que ora se abate sobre o Maranhão, sobretudo em São Luís, com repercussão em todo o Brasil e até no exterior. Na opinião do experiente delegado, reintegrado à função em 2011 por decisão judicial, falta uma ação implacável do Estado para eliminar de vez a bandidagem, que se insurge com audácia crescente contra os cidadãos e até mesmo contra o sistema de segurança pública.

Em reunião que celebrou, ontem, o aniversário do deputado estadual Manoel Ribeiro, Luís Moura não se furtou a comentar as ações criminosas e o desempenho da polícia no enfrentamento aos facínoras, que, entre tantas barbaridades, assassinaram uma menina de apenas 6 anos ao incendiar o ônibus em que ela viajava com a mãe e uma irmã menor, também feridas gravemente.

Luís Moura defendeu uma ação enérgica das forças de segurança pública. Para ele, só o rigor extremo levará os bandidos a um recuo. “Um cara como aquele que queimou a menina não poderia estar vivo”, chegou a comentar para uma plateia formada por políticos, empresários e outras pessoas de destaque na sociedade local.

O delegado sabe o que fala, pois comandou, no início da década de 90, a Operação Tigre, um dos esforços mais bem sucedidos do governo maranhense no combate ao crime em toda a história. O governador da época era o hoje senador João Alberto, que com ele divide a fama de ter pacificado o estado em um momento de profunda tensão.

Luís Moura aproveitou a ocasião para desfazer um equívoco em relação ao episódio. Segundo ele, a Operação Tigre foi ordenada pelo então governador Epitácio Cafeteira antes de passar o mandato ao vice, João Alberto, para disputar vaga no Senado. Segundo ele, coube a João Alberto executar a ideia, que só vingou porque o sucessor seguiu a orientação de Cafeteira à risca.

O delegado vem sendo instado pelos secretários de Estado de Educação, Pedro Fernandes, e de Esportes, Joaquim Haickel, a registrar sua trajetória policial em livro, com ênfase para a Operação Tigre. Se concebida, a obra, certamente, trará várias passagens interessantes, que poderão servir de lição para os que hoje comandam, sem muito sucesso, a segurança pública do Maranhão.

Força Nacional permanecerá em Pedrinhas até 23 de fevereiro

Força Nacional atua em Pedrinhas desde outubro
Força Nacional atua em Pedrinhas há quase 3 meses

Brasília, 08/01/14 – Atendendo a pedido do Governo do Maranhão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, renovou a autorização do emprego do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública por mais 60 dias, a contar a partir de 25 de dezembro de 2013. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (08).

A Força Nacional estará presente em unidades penitenciárias da região metropolitana de São Luís até o dia 23 de fevereiro de 2014.

Equipes estão na capital maranhense desde 24 de outubro. A tropa federal atua diretamente nas instalações do sistema penitenciário estadual. O objetivo é evitar ao máximo os confrontos entre integrantes de facções criminosas.

A tarefa é fazer a intervenção necessária e dar apoio à direção dos presídios na manutenção da rotina do sistema prisional por conta de recentes rebeliões.

Fonte: Ministério da Justiça

Prefeito é detido em Barreirinhas por andar de jet ski bêbado e sem habilitação

Eunélio e Ana do Gás deram vexame no Réveillon em Barreirinhas
Eunélio e Ana deram vexame na virada, em Barreirinhas

Essa aconteceu no último dia 31 de dezembro, em Barreirinhas, e merece registro por envolver o prefeito e a primeira-dama de Santo Antônio dos Lopes, município maranhense da região do Médio Mearim que ganhou evidência por guardar em seu território importante reserva de gás natural e onde foi inaugurado, em novembro, um gigantesco complexo termelétrico.

Eunélio Mendonça (PSD), o prefeito em questão, escolheu a paradisíaca localidade São Raimundo, em Barreirinhas, onde endinheirados do Maranhão costumam passar seus momentos de lazer, para festejar a virada do ano com a família. Animado ao extremo, procurou logo um divertimento radical e passou a fazer manobras em seu jet ski, espécie de febre entre os ricos e indivíduos nem tanto que frequentam os Lençóis Maranhenses.

Visivelmente embriagado, segundo uma testemunha que repassou ao blog um relato por escrito do fato, Eunélio caiu várias vezes, para delírio de centenas de pessoas presentes, entre as quais dezenas de turistas. Para completar a lambança, colocou a esposa, Ana Mendonça, a Ana do Gás, na garupa e continuou as manobras. Não deu outra: prefeito e primeira-dama levaram vários tombos, até serem flagrados por uma patrulha da Marinha do Brasil, que rebocou o casal até a margem do rio Preguiças.

Segundo o relato encaminhado ao blog, Eunélio ainda tentou dar uma “carteirada” nos militares, que ameaçaram prendê-lo por colocar em risco a vida de outras pessoas. Também alcoolizada, Ana do Gás saiu em defesa do marido e partiu para cima dos marinheiros, desacatando-os. Resultado: o casal foi conduzido à delegacia de Barreirinhas e teve o jet ski apreendido.

Boatos de ônibus incendiados deixam população em pânico

Boato postado no Facebook  causou susto em quem pensou que fosse verdade
Boato postado no Facebook: muitos acreditaram e ficaram assustados

Pelo menos dois boatos de incêndios em ônibus, no Monte Castelo e na Cidade Operária, deixaram a população em pânico no início da noite de ontem e nas primeiras horas de hoje. No primeiro caso, um defeito mecânico em um coletivo da linha Socorrão/Rodoviária levou as pessoas a pensarem que se tratava de mais um ataque.  O outro trote, que causou ampla repercussão nas redes sociais, se refere a um ônibus da linha Operária/Planalto, extinta há vários anos. Portanto, duas falsas ocorrências, que causaram apreensão nos cidadãos e chegaram a mobilizar, em vão, as forças de segurança pública.

Com vários anos de uso, assim como grande parte da frota do transporte público da capital, o ônibus Socorrão/Rodoviária expeliu fumaça em excesso ao parar em um ponto de ônibus na Avenida Getúlio Vargas, no Monte Castelo. Quem testemunhou a cena ficou assustado e houve corre-corre e gritaria. Acionada, a Polícia Militar, que nesse momento fazia uma operação justamente para garantir a segurança dos coletivos, nada constatou.

O segundo boato pode ser considerado ainda mais grave, pois, diferente do primeiro, que foi motivado por um incidente, não passou de uma brincadeira de mau gosto, propagada como se fosse uma “bomba” pela comunidade “Cidade Operária da Depressão”, bastante popular no Facebook e claramente atrelada à oposição, conforme se constata nos posts nela publicados. A impressão é que houve nova exploração política da violência, coisa de gente oportunista e inescrupulosa.

É preciso tomar muito cuidado com as informações repassadas neste momento de tensão, pois muitas não passam de boatos. O conselho vale tanto para a população, como para os autores, que podem responder pelos seus atos de má fé perante a polícia e Justiça.

Prefeitura de São Luís atualiza plano de ações para áreas de risco

Comitê discute atualização das informações do Plano de Contingência para prevenção e combate a alagamentos
Comitê discute atualização das informações do Plano de Contingência para prevenção e combate a alagamentos

A Prefeitura de São Luís está atualizando as informações do Plano de Contingência que define as estratégias a serem utilizadas para prevenção e combate de desastres como enchentes e alagamentos. O trabalho coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) foi iniciado ainda no ano passado e reúne vários órgãos da administração municipal.

“Temos informações de que este será um ano chuvoso e temos que estar prontos tanto para os casos de eventuais catástrofes como na análise das áreas de risco. Essa é uma orientação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e já conseguimos fazer o mapeamento científico mais detalhado dessas áreas”, explica o titular da Semusc, Breno Galdino.

O relatório com a atualização das informações será apresentado no próximo dia 20 durante reunião do Comitê de Prevenção a Alagamentos que está envolvido na execução das estratégias previstas no Plano de Contingência. O Comitê foi criado em 2013 após as fortes chuvas ocorridas em fevereiro e que causaram transtornos a regiões como Cohab/Cohatrac, Cidade Operária, Anil, entre outros bairros.

O monitoramento das áreas de risco em 2014 terá mais agilidade através de convênio feito pelo município com o Governo Federal para a instalação de sete pluviômetros automáticos. Os equipamentos possibilitarão informações em tempo real sobre precipitações e pontos chuvosos reduzindo o tempo de resposta. “Vamos trabalhar focado nas soluções para resolver os problemas das áreas de risco”, comenta Breno Galdino.

Outra estratégia fomentada pela Prefeitura de São Luís é a formação dos núcleos comunitários que durante 2013 receberam treinamento sobre como proceder em casos de risco. Os núcleos são formados por membros da comunidade e têm contato direto com a Defesa Civil Municipal. Além da comunicação sobre as condições climáticas, os núcleos auxiliam o trabalho da Defesa Civil como o uso de rotas de fuga em casos de desastres.

Na tarde desta terça-feira (7), os representantes dos órgãos que formam o Comitê se reuniram para discutir o processo de atualização das informações do Plano de Contingência onde cada um enumerou as ações que podem oferecer. Estiveram presentes os secretários Breno Galdino, César Felix (Saúde), Fátima Ribeiro (Segurança Alimentar), Andréia Lauande (Criança e Assistência Social); e representantes da Secretaria de Governo, Secretaria de Obras e Serviço Públicos e Comissão Permanente de Licitação.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

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