Para Adriano, resultado das eleições municipais no Maranhão sinaliza derrota do comunismo em 2018

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (4), o deputado estadual Adriano Sarney (PV) afirmou que o resultado das eleições municipais deste ano, no Maranhão, sinalizaram claramente a derrota do governador Flávio Dino (PCdoB) em 2018. Ao analisar o pleito, o parlamentar citou como exemplo o revés governista em Imperatriz, onde nem mesmo a força da máquina pública estadual foi capaz de levar a candidatura bancada pelo Palácio dos Leões à vitória.
Reafirmando o que dissera em pronunciamento anterior, no pequeno expediente, Adriano fez uma previsão nada otimista para o grupo político comunista daqui a dois anos. “Estas eleições sacramentaram a derrota do governador Flávio Dino. O governo comunista terá apenas mais dois anos. Acabou”, antevê o deputado.
Ele criticou a postura dos parlamentares que integram a base aliada ao Palácio dos Leões, que sobem à tribuna para exaltar a vitória dos seus prefeitos e comemorar o insucesso dos adversários, mas omitem o caso de Imperatriz, onde o governo perdeu. “Imperatriz é o maior símbolo da derrota comunista”, apontou.
Ao comentar o desempenho do PC do B do governador Flávio Dino na urnas, Adriano Sarney fez uma análise fria, baseada na lógica política de que o partido que está no poder sempre se fortalece a cada eleição. “O PC do B fez cinco prefeitos em 2008 e aqui falam do PV, que fez sete agora, do PMDB, que fez mais de 20. Aí eu pergunto ao deputado Rogério Cafeteira (líder do governo na Assembleia Legislativa): quem ganhou a eleição em 2014 não foi o governador Flávio Dino?”, indagou. “Não podemos ser hipócritas. Historicamente, os Leões têm a maioria dos prefeitos. O PC do B fez 46. É absolutamente normal, mas isso mostra uma coisa: a política não muda”, asseverou, ressaltando que o cenário atual desmente o discurso do governador de que mudaria a política.
Pressão
Ainda sobre a conjuntura partidária, Adriano lembrou o caso do PV, que já chegou a ter 20 prefeitos, mas perdeu a maioria por pressão do atual governo. “Mais da metade mudou para o PCdoB, para o PDT e para o PP. Eles chegavam no meu gabinete constrangidos, alegando que teriam que sair, senão o governo não liberaria convênios”, relatou, citando o exemplo de um ex-aliado, que disse ter sido forçado a mudar de partido pelo secretário de Estado de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry.
O deputado foi ainda mais incisivo ao continuar seu pronunciamento, desqualificando mais uma vez a promessa de Flávio Dino de que traria a mudança. “É mais do mesmo. Quando eu vejo um partido sair de cinco prefeitos para 46, na cara do povo, eu vejo o quanto estão usando a máquina do governo em benefício próprio. É uma coisa absurda”, condenou. Assista:
Comentários