Flávio Dino abusa do populismo em campanha antecipada à reeleição

Passeio de bicicleta de Flávio Dino teve ampla repercussão

O governador Flávio Dino (PCdoB) é a imagem do desespero político em suas aparições públicas, principalmente quando em viagem ao interior, onde grande parcela da população desconhece ou não compreende seus métodos tiranos. Faltando menos de um ano para a eleição, o comunista recorre ao mais descarado populismo, com ações e gestos apelativos, de gosto e resultado duvidosos, como o recente passeio de bicicleta, em Pedro do Rosário, e o uso de cidadãos comuns em atos de promoção pessoal.

Mergulhado em uma campanha antecipada que só não será barrada pela Justiça Eleitoral em caso de vista grossa, Flávio tem encenado o papel de homem do povo em anúncios e inaugurações de obras, assinaturas de ordens de serviços e nos demais eventos em que marca presença. Nessas ocasiões, distribui beijos e abraços em gente humilde que dele se aproxima, faz refeições em feiras, em restaurantes de beira de estrada e em outros lugares simples, carrega crianças no colo, tudo com a clara intenção de fazer média. Em alguns momentos, chega a contar piadas, que fazem rir apenas a sua claque, sempre a postos para aprovar e vibrar com suas sandices.

A figura gentil de Flávio Dino em público é totalmente o oposto do seu modo opressor de governar, revelado apenas no espaço restrito do seu gabinete, onde são urdidos planos diversos, desde a nem sempre bem sucedida articulação política à escolha de vítimas da perseguição palaciana. Na execução dessas tramas, o governador recorre invariavelmente ao auxílio intelectual do secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, segundo homem mais forte da gestão comunista, conhecido tão somente por sua habilidade em operar maldades.

Da mesma forma que acredita que a força da máquina do governo lhe dá o cacife necessário à cooptação de apoio político que garanta a sua reeleição, Flávio Dino crê no populismo como meio eficiente de cativar o povo e restabelecer o alto índice de aprovação popular registrado no início do mandato, há quase três anos.

Sem carisma algum para arrebatar multidões e desgastado pelo mau desempenho do seu governo em diferentes áreas, o comunista usa sem pudor a estrutura do governo para capitalizar votos e encarna um personagem bonachão, que em nada a se assemelha ao seu verdadeiro estilo, despótico implacável, só revelado nos mais íntimos bastidores.

A Baixada Maranhense e a sua vocação para a grandeza

Natalino Salgado Filho, MD.PhD*

Natalino Salgado elogia vontade e determinação do povo da Baixada

“Esse horizonte usa um tom de paz”, disse Manoel de Barros, em seu “O Livro das Ignorãças”, ao discorrer poeticamente os fins de tarde no pantanal. Tomo emprestadas as palavras do poeta para também assim discorrer o entardecer da minha sempiterna Cururupu, cenário de tantas boas lembranças de minha infância, bem como da paisagem da baixada maranhense, que não me sai da memória.

Trago à baila este assunto porque estive em Pinheiro no início desta semana na cerimônia de instalação da primeira turma de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Maranhão no Campus. Àquela ocasião, quarenta estudantes deram o primeiro passo rumo ao tão sonhado diploma de Educação Física, modalidade licenciatura. Além da motivação dos estudantes, o curso também inicia com um excelente corpo docente, de vasta experiência profissional.

A cada ida àquela região, volto com o ânimo renovado por constatar a vontade e a determinação de seus habitantes que tem na nossa universidade um dos principais vetores de crescimento e desenvolvimento. Outras iniciativas dignas de elogio estão sendo realizadas nesse mesmo mister, a exemplo do recém-instalado Fórum da Baixada Maranhense. A Baixada Maranhense compreende 21 municípios que se distribuem em quase dezoito mil quilômetros quadrados na região noroeste do estado. Com uma população de mais de 518 mil habitantes – dado de 2006 – tem sua economia ancorada no extrativismo, agricultura de subsistência, pesca e pecuária cuja expressão principal é a bubalinocultura, posto que estes animais se adaptam perfeitamente às condições de grande parte da região, caracterizada por campos inundáveis.

Mas infelizmente a economia baseada na exploração de atividades do campo e com baixa aplicação de tecnologia resulta em baixos índices de produtividade e coopera para manter o quadro de pobreza geral que se expressa em baixos índices de desenvolvimento. Tomo como exemplo a cidade de Pinheiro, a principal da microrregião, que exemplifica com bastante acuidade a condição que se perpetua ao longo de décadas. O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) – índice que avalia qualidade de vida: longevidade, renda e educação da população – de Pinheiro é de apenas 0,637, o que o coloca como desenvolvimento médio.

No entanto, nem tudo é desanimador, poisa região é rica em diversidade de fauna e flora, além de reunir o maior conjunto de bacias lacustres do Nordeste. A transição entre o cerrado e a floresta amazônica criou um lugar único de campos dominados pelas águas, particularmente no período chuvoso, que transforma a região com seus rios e lagos num pantanal tão grandioso e exuberante quanto seu equivalente mais famoso no Mato Grosso.Aquele cenário que não deixa a desejar a nenhum cartão postal do mundo.Volto a Manoel de Barros, no mesmo livro já citado, ao falar de seu pantanal, de forma modesta: “o mundo meu é pequeno, Senhor. Tem um rio e um pouco de árvores”.

A Baixada Maranhense tem vocação natural para a grandeza. Por isso mesmo, engajada no desafio de tornar aquela região ainda melhor e mais próspera, a UFMA faz sua parte: iniciou o que considero um novo ciclo de crescimento. O campus de Pinheiro, além dos cursos interdisciplinares em ciências humanas e naturais, conta hoje com os cursos de Medicina e Enfermagem, e agora Educação Física, atendendo assim,uma demanda crescente de saúde de qualidade, além do efeito catalisador que uma unidade de formação de profissionais e produção de conhecimento pode proporcionar. E neste ano, temos a honra de iniciar o curso de Engenharia de Pesca em Cururupu, cidade cuja economia está intimamente ligada à pesca marítima.

Deus governa grandezas, diz Guimarães Rosa pela boca de Riobaldo em “Grande Sertão Veredas”. O potencial da Baixada maranhense somado à fé e à coragem de seu povo haverão de legar às próximas gerações uma herança de grandes conquistas.

*Professor Titular de Medicina da UFMA
Chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário da UFMA
Coordenador da Pesquisa Clinica em Nefrologia do HUUFMA
Coordenador da Liga de Afecções Renais do HUUFMA

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