Max Barros defende modificações nos projetos sobre empréstimos do governo

Lei aprovada pela Assembleia com os termos do empréstimo foi elaborada equivocadamente, por isso, foi rejeitada pelo Tesouro Nacional
Lei aprovada pela Assembleia com os termos do empréstimo foi elaborada equivocadamente, por isso, foi rejeitada pelo Tesouro Nacional, segundo Max Barros

O deputado Max Barros (PRP) criticou, na sessão desta quarta-feira (5), a forma como foi aprovado o projeto que permite ao Estado do Maranhão a fazer um empréstimo junto ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida), assim como o relacionado à Caixa Econômica Federal (CEF). O parlamentar esclareceu que, a princípio, é a favor dos empréstimos, mas que os projetos precisam sofrer algumas correções por parte do governo.

“O nosso posicionamento, a princípio, é a favor desses empréstimos, porque como foi feito também o empréstimo junto ao BNDES, em que houve um saldo de recursos ainda de dois bilhões e meio, e, graças a esse empréstimo, o governo atual tem conseguido fazer investimentos através de obras que já tinham um projeto, já estavam contratadas. E o governo faz muito bem ao dar continuidade a essas obras”, explicou.

Max Barros disse que compreende que os empréstimos têm condições de ajudar o desenvolvimento do estado, mas discordou e sugeriu, na semana passada, da tribuna, que fossem feitas correções na forma como esses empréstimos estavam sendo apresentados. Uma das correções é que o empréstimo da FIDA, de quatorze milhões de SDR, precisa ser em dólar ou real. “Eu acho que ninguém conhece essa moeda SDR, e a lei exige que ele seja expresso em real ou em dólar, até para que a população e a Assembleia tenham conhecimento do valor real desse empréstimo e onde vai ser aplicado”, assegurou.

De acordo com o deputado do PRP, o mais grave é a necessidade de ter uma lei específica para conseguir o empréstimo e para mostrar junto ao Tesouro Nacional. “E estavam tentando colocar junto a esse empréstimo da FIDA, que é uma instituição financeira, outro empréstimo que não tem nada a ver com o empréstimo da FIDA, que é o empréstimo da Caixa Econômica Federal. E esse empréstimo da Caixa, justamente em função dessa pressa, pecou pelo erro, pela forma como foi feito”, afirmou.

Equívoco

Na avaliação de Max Barros, a lei que foi aprovada pela Assembleia, autorizando o empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, foi feita de maneira equivocada e o Tesouro Nacional não aceitou. “Então, está tendo que vir para cá para ser corrigido, mas não pode ser o mesmo projeto para aprovar esses dois empréstimos. O Governo agora fez o correto, separou, mandou outro projeto específico para o empréstimo da Caixa Econômica Federal para corrigir esse equívoco e vai tramitar o projeto da FIDA. E eu espero que seja corrigido, seja expresso o valor e colocado o plano de aplicação”, assegurou.

Barros anunciou que vai votar no projeto que começou a tramitar na Assembleia, corrigindo a lei que foi aprovada de maneira equivocada, em relação ao empréstimo da Caixa Econômica Federal. “Mas quando o projeto estiver aqui vou querer discutir, esse projeto diz respeito ao corredor da Avenida dos Holandeses. E para esse corredor existem recursos destinados junto ao OGU, ao PAC Mobilidade e ao BNDES, totalizando 600 milhões de reais, para atender, justamente, a população que tem menos recursos para se deslocar da periferia para o Centro de São Luís. O projeto que estava aprovado no Ministério das Cidades diz respeito a beneficiar a Cidade Operária, o Maiobão, a Vila Luizão, Divinéia e vários bairros populosos que têm dificuldade de tráfego até São Luís e seria feito através do transporte de massa do BRT. E com essa alteração que foi feito no projeto, altera, em vez de fazer o transporte de massa, o BRT, atendendo a população de mais baixa renda, o novo projeto contempla o prolongamento da Avenida Litorânea”, afirmou.

Segundo o deputado, o prolongamento da Avenida Litorânea é importante para a cidade, incentiva o turismo, mas não é um projeto de transporte de massa, não beneficia a população mais carente da cidade e da ilha. “O empréstimo da FIDA, eu faço este registro, tem que ser em moeda corrente do Brasil ou em dólar para ficar claro para a população e porque a Lei exige e tem que ter o plano de detalhamento, mas votarei a favor do empréstimo. E em relação ao empréstimo da Caixa Econômica, eu também votarei a favor, mas eu acho que o projeto original que previa um transporte em massa para a ilha de São Luís está sendo descaracterizado, está sendo elitizado e construindo a prolongação da Litorânea, que é importante, mas não tem a importância social que o projeto anterior tinha’, finalizou.

Fonte: Agência Assembleia

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