
São Luís – A direção da Serviporto, empresa que está sob intervenção do governo estadual e, por essa razão, impossibilitada de agir para melhorar o serviço de transporte por ferryboats no que diz respeito às suas embarcações, voltou a frisar, no fim de semana, que o sistema entrou em colapso por ingerência da gestão Flávio Dino.
Reiterou que a Serviporto, que operava o serviço há mais de três décadas, passou a ter muitas dificuldades a partir do governo anterior, mas que, mesmo assim, se desfez de boa parte do patrimônio para manter o serviço funcionando, sempre priorizando a segurança da população e dos funcionários. Disse, ainda, que antes da intervenção do governo Flávio Dino, suas três embarcações estavam em operação.
Desde fevereiro de 2020, conforme a direção, o governo toma todas as decisões em relação à empresa no que diz respeito às operações de travessia. “A gestão que está à frente da empresa ligada ao governo não demostra compromisso nem mesmo com pagamentos bancários tributários. Prova disso são as execuções que temos sofrido. O que se percebe é que não há comprometimento com o nome da Serviporto: ficam com a receita, mas não pagam as obrigações, e ainda destroem e sucateiam o patrimônio”, informou o setor jurídico da empresa.
Prova disso é que as embarcações estão em péssimo estado e a população inteira sofre com isso. A direção enfatizou que somente a própria empresa teria condições de resolver o problema. “Fizeram uma licitação onde fomos impossibilitados de participar e a empresa vencedora nem embarcação tem e, depois de todas as irregularidades, ainda insistem em trazer uma empresa que não participou do certame, passando por cima de todas as leis de licitação”.
Depois de chegarem ao caos deixando as três embarcações totalmente inoperantes e uma população sem transporte, a direção conta que o governo solicitou a liberação de R$ 38 milhões para consertar o que eles mesmos quebraram e jogar a conta para ser paga pelos sócios da Serviporto, a partir de uma Medida Provisória aprovada na Assembleia Legislativa, ou seja, as embarcações serão confiscadas pelo governo estadual. “Estamos sem acesso à realidade financeira da empresa há mais de dois anos, pois não existe prestação de contas”, afirmou o setor financeiro.
Ressaltou que a preocupação da empresa é ver a falta de segurança e o sofrimento da população usuária do serviço e dos funcionários, que fazem denúncias seguidas ao sindicato pelas péssimas condições de trabalho e risco que sofrem nas embarcações no estado em que se encontram.
“Pedimos que o excelentíssimo governador Carlos Brandão veja essa questão com atenção e que Deus coloque pessoas de confiança ao seu lado para tomar decisões sábias. Essa herança deixada pelo ex-governador precisa ser solucionada. Não podemos aceitar que se gaste dinheiro público em uma empresa privada e confiscar os bens construídos com muito trabalho”, disse o jurídico,