
A vitória de Fábio Gentil (PRB) sobre o prefeito Leonardo Coutinho (PDT), na eleição em Caxias, tem um significado que vai além da disputa política local e da nova experiência administrativa a ser implantada na cidade a partir de 1° de janeiro de 2017. O resultado confirma o enfraquecimento progressivo dos métodos de conquista do poder e do modelo de gestão em prática no Maranhão a partir da ascensão do comunista Flávio Dino ao governo.
O povo disse não à continuidade de um gestor desacreditado, desqualificado pelo pífio desempenho à frente do Município e pelas alianças que cultivou e deram suporte à sua mal avaliada administração. O clamor por mudança suplantou o continuísmo e a maioria do eleitorado caxiense arrancou da cadeira um prefeito desgastado por condutas e omissões que causaram a repulsa demonstrada pelas urnas.
Foi um forte abalo para o grupo de Flávio Dino, que amargou a derrota de um dos seus tutelados, apesar do apoio ostensivo da máquina pública, tanto da prefeitura local, quanto do Palácio dos Leões e da Assembleia Legislativa, cujo presidente vem a ser tio do prefeito vencido.
A derrota em Caxias simboliza o avesso do que vivenciaram Flávio Dino e seu grupo há dois anos. É muito pouco tempo para um declínio tão acentuado, mas é a realidade, um claro recado transmitido pelo povo, na forma de votos que contrariam as pretensões dos poderosos de agora.
Mais do que um desfecho eleitoral, o revés de Flávio Dino em Caxias e em outros municípios, como Pinheiro e Imperatriz, passa a impressão de decepção e arrependimento precoce do povo com o destino que escolheu em 2014.
Algo que poderá ser confirmado ou não em 2018.