Além do seguro para carros, um dos mais comuns, o mercado avança alcançando novas possibilidades, com destaque para os seguros de bens pessoais

O seguro de automóvel ainda predomina no Brasil, mas o mercado sabe que há uma infinidade de nichos a serem explorados. Entre as novidades, destaca-se o seguro para bens pessoais, categoria que reúne desde objetos de luxo, como jóias, a aparelhos eletrônicos cada vez mais tecnológicos. Como esses seguros se encontram espalhados nos diversos ramos elementares, a Superintendência de Seguros Privados não define um ramo específico para cada um deles.
“Embora não haja dados divulgados sobre a evolução dos seguros para bens pessoais no Brasil, e considerando que a economia brasileira passou por uma boa fase entre 2004 e 2010, é possível que a receita destas proteções também tenha aumentado”, diz o empresário Marco Silva, que em São Luís e Belém gerencia a corretora de seguros Terra Viva Seguros.
Conforme Marco Silva, fatores mais permanentes e específicos ao mercado, como a maior divulgação e oferta de novos produtos e a maior conscientização por parte dos consumidores, estão relacionados com a alta da procura por seguros para bens pessoais. “É bem verdade que a percepção da situação de risco, que nas grandes cidades é elevada principalmente quando se trata de roubos e furtos, também contribui para a elevação na demanda”, complementa Silva.
Em linhas gerais, os seguros para bens pessoais ainda são poucos difundidos no Brasil e, por isso, a maioria das pessoas não tem o costume de proteger pequenos itens. No entanto, esta percepção apresentou grande mudança quando o assunto é celular e smartphone, mesmo que os aparelhos tenham vida útil delimitada. Talvez seja por isso que, dos seguros para bens pessoais, o mais conhecido e procurado é a proteção para esses aparelhos.
Mudança
Na verdade, houve uma mudança do significado do celular para o dia a dia das pessoas. Ele se transformou em uma ferramenta de trabalho, acesso à internet, pagamento de contas e contato com o mundo. A ferramenta é indispensável e, por conta disso, o maior receio do proprietário é ter o aparelho roubado, ação frequente no Brasil.
Dados da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações atestam que o Brasil já soma mais de cinco milhões de celulares bloqueados por roubo ou perda. O número é equivalente à média mensal de smartphones vendidos no Brasil. Hoje, os celulares demandam um investimento mais alto. Independente da classe social e da disposição geográfica do contratante, quem adquire um seguro para o aparelho compreende que é possível restituir o bem ao invés de assumir uma nova compra não planejada no orçamento. A franquia vai de 19% a 25% do valor do aparelho, conforme a cobertura escolhida.