Forquilha em obras e dominada pelo caos

Obra se arrasta há vários meses na Forquilha, causando prejuízo financeiro e comprometendo o tráfego (Foto: Flora Dolores/O Estado)
Obra se arrasta há vários meses na Forquilha, causando prejuízo financeiro e comprometendo o tráfego (Foto: Flora Dolores/O Estado)

O trecho que interliga os dois retornos do bairro Forquilha, que dão acesso às estradas de Ribamar e da Maioba, é um dos ambientes mais caóticos de São Luís há mais de uma década e meia. Ultimamente, a desordem tem sido agravada por uma obra de infraestrutura interminável, com bloqueio de vias, o que deixa os condutores sem opção de atalho e causa congestionamentos constantes.

Para piorar, não há previsão exata de quando o serviço será concluído. A expectativa é o mês de janeiro, mas o período chuvoso que se avizinha põe em cheque qualquer cronograma. Enquanto a obra se arrasta, cidadãos que moram, trabalham ou precisam passar pelo local sofrem com a limitação da mobilidade e todas as conseqüências decorrentes de tal restrição, como stress, risco de acidentes e prejuízos financeiros, principalmente aos negócios instalados na área.

Sobre as perdas financeiras impostas ao comércio, é preciso que as autoridades dêem atenção imediata aos microempresários estabelecidos no trecho em obras. Dia após dia, esses empreendedores vêem seus lucros minguarem por pura falta de planejamento e por incompetência técnica para tocar um serviço que deveria ser finalizado no menor prazo possível, tamanho o transtorno que tem provocado.

A dona de um restaurante situado na Estrada da Maioba, rodovia estadual que tem um trecho bloqueado há cerca de dois meses, revela, angustiada, já ter perdido 70% da sua clientela, impedida de chegar ao estabelecimento por falta de acesso. Lojas de material de construção que antes faturavam o suficiente para manter dezenas de empregos hoje amargam queda de receita e seus proprietários foram obrigados a demitir parte dos trabalhadores que mantinham em seu quadro.

Projetada para resolver problemas estruturais históricos, como a mobilidade precária e a formação de pontos de alagamento, a obra representa, por enquanto, exatamente o oposto do que seus idealizadores propõem. Diante do drama que tanto tem atormentado a população atingida pelo serviço, o que se espera é a intervenção urgente dos governantes, a fim de dar celeridade aos trabalhos, fazendo cessar todos os incômodos.

Dificilmente, uma obra pública de infraestrutura viária não causará transtorno. Dependendo da etapa do serviço, há comprometimento da locomoção ou mesmo bloqueio de acesso a imóveis. Por outro lado, é obrigação de qualquer autoridade se empenhar para reduzir ao máximo seus impactos negativos, sobretudo quando o prazo de conclusão não é respeitado.

Editorial publicado nesta quinta-feira em O Estado do Maranhão

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