No Dia Mundial de Combate ao Câncer, médico destaca batalha contra a doença no Maranhão

Referência nesse tipo de atendimento, o Hospital de Câncer do Estado vem travando uma luta constante para conter o avanço da doença e melhorar o atendimento aos pacientes; no Brasil, a estimativa é que 600 novos casos sejam diagnosticados este ano.
O Instituto Nacional do Câncer estima que 600 mil novos casos de câncer deverão surgir no Brasil em 2019. O do tipo não melanoma, o mais frequente do país, deverá chegar a 165 mil novos casos diagnosticados. No âmbito da saúde da mulher, o câncer de mama terá 59 mil ocorrências, enquanto que o de colo de útero, 16 mil. O câncer de intestino em mulheres também deverá alcançar a marca de 19 mil casos, e nos homens, 17 mil.
Segundo o médico maranhense Stênio Roberto Santos, cirurgião cabeça e pescoço e que há mais de um ano e meio está à frente do Hospital de Câncer do Maranhão, referência nessa área, a batalha é grande e todo o trabalho na unidade tem sido focado no aumento da capacidade de atendimento, garantindo a manutenção da qualidade em Oncologia. No ano passado, a unidade realizou mais de 2.700 cirurgias, nas mais diversas áreas oncológicas. Os atendimentos no SPA somaram 8.362 e as consultas no ambulatório, 37.646. Já o número de exames laboratoriais alcançou 341.582 no ano passado.
O esforço de Stênio Roberto Santos, aliado ao empenho da equipe que ele comanda no hospital, vem garantindo, por exemplo, o cumprimento das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde. E foi o que aconteceu no ano passado, quando os resultados positivos foram apresentados com três meses de antecedência. A batalha contra o câncer na unidade hospitalar é uma bandeira hasteada o ano inteiro.
“E nessa luta, é preciso ter visão e adotar uma abordagem cada vez mais humanizada no cuidado com o paciente oncológico, isto sem deixar de lado os avanços em terapêutica. Em suma, é necessário ter a consciência de que tratamos pessoas e não uma doença. Estamos totalmente engajados junto com todos os estados do Brasil. E é muito importante ressaltar, como o próprio Inca vem disseminando, que a cada dez diagnósticos, três estão diretamente relacionados ao estilo de vida do paciente, ou seja, consumo de álcool, tabaco, sedentarismo, exposição excessiva ao sol, consumo de carne vermelha e alimentos processados e obesidade”, alerta.
Ele acrescenta que, no geral, o tratamento do câncer é um grande desafio. “E no Hospital de Câncer do Maranhão, entre outras coisas, buscamos estratégias de qualidade no atendimento integral dos pacientes oncológicos, por meio de um tratamento humanizado, com tecnologia de ponta. E os nossos alertas são também constantes”, complementa.
Conforme o médico, um dos pontos positivos é a melhora técnica da medicina, pois os diagnósticos são feitos com maior precisão e há aparelhos mais modernos, além da frequência dos exames preventivos. “Mas tudo isso está combinado ao estilo de vida. Hoje, com o dia a dia corrido, as pessoas priorizam menos a atividade física e a alimentação saudável, o que pode influenciar, sem dúvida”, avaliou.
Entre outras ações postas em prática no ano passado no Hospital de Câncer do Maranhão, o médico engajou-se no “Dia D” da campanha “Outubro Rosa”, evento realizado por iniciativa do Governo do Estado. A ação objetivou compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a prevenção. A programação incluiu bate-papo e um ato símbolo de vitória, quando uma paciente tratada no hospital tocou o “sino da cura”.
“Além do hospital, outras unidades da rede da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, em todo o estado, realizaram programação para prevenir o câncer de mama, além de estimular o diagnóstico e tratamento precoce da doença. Iniciativas como essa deverão ser repetidas em 2019, sempre com todo o nosso empenho”, recorda.
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