O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) denunciou um ato de intolerância racial cometido contra uma diretora da entidade por um funcionário da companhia aérea Gol, no Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís. A professora foi impedida de embarcar em um voo para Brasília, onde participaria de um seminário, porque o referido funcionário alegou que a sua bagagem de mão não atendia os padrões estabelecidos pela empresa.
Em nota de solidariedade, o Sindeducação relatou que a diretora foi tratada de forma rude pelo colaborador da companhia aérea, que recomendou à passageira que despachasse a bagagem ou que comprasse outra passagem. A professora informou a ele que já havia viajado anteriormente com a mesma mala, inclusive em voo internacional, mas o funcionário da Gol se manteve irredutível. Estranhamente, outra diretora do Sindeducação, de pela branca, que a acompanharia na viagem, embarcou normalmente,.
Ainda de acordo com a nota do sindicato, o funcionário da Gol chegou a fazer a seguinte declaração: “vou te mostrar como você não vai embarcar”.
Confira abaixo:
Nota de solidariedade
O Sindeducação vem a público manifestar solidariedade à diretora Cláudia Aquino, que foi vítima de intolerância racial praticada por um funcionário da empresa Gol no aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís do Maranhão, quando embarcaria com destino a Brasília (DF) para participar de um seminário promovido pela Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE).
A professora Cláudia Aquino foi impedida de seguir seu destino, porque, segundo o funcionário da GOL com o nome de Danilo, sua bagagem de mão não estaria de acordo com os padrões impostos pela referida empresa, mesmo ela argumentando que já tinha realizado outras viagens, inclusive internacional, com a mesma mala de bordo, viagem esta que foi realizada pela empresa referida.
No momento, o funcionário falou para a professora que a única maneira seria despachar a mala. A PROFESSORA ARGUMENTOU QUE ESSA MESMA MALA JÁ HAVIA FEITO OUTRAS VIAGENS NOS MESMOS MOLDES DA VIAGEM ORA IMPEDIDA. No entanto, o funcionário, de forma bastante rude, não demostrando nenhuma forma de boa conduta, sugeriu que ela viajasse sem a bagagem ou que comprasse outra passagem.
Numa postura de total desrespeito, ameaçou: “vou te mostrar como você não vai embarcar! “. Para o Sindeducação, a situação se caracteriza por intolerância
racial. É inadmissível que situações como estas aconteçam, já que a colega de viagem, Sheila Bordalo, de pele branca e portando uma mala semelhante, conseguiu.embarcar sem nenhum problema.
Até quando homens e mulheres negras terão que lutar para serem respeitados, independentemente da cor da pele, da religião ou classe social?!
O Sindeducação lamenta por todos os transtornos causados à diretora Cláudia Aquino, que se esforça diariamente para que direitos de mulheres negras sejam respeitados e informa que a diretora prejudicada pela empresa GOL, já registrou um Boletim de Ocorrência e que a assessoria jurídica da nossa entidade está tomando as providências cabíveis para o caso.
DIRETORIA DO SINDEDUCAÇÃO