Medo no Itapiracó

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Itapiraco

O clima de medo ainda é forte entre os frequentadores da Reserva do Itapiracó, em São Luís (MA), após um caso de estupro na noite do último sábado (5). Com 322 hectares de área, o parque serve de espaço de lazer para moradores de vários bairros da capital maranhense, entre eles alguns mais populosos como Cohab, Turu e Anil. No local, luminárias quebradas e o baixo efetivo no policiamento contribuem para sensação de insegurança no local.

Uma frequentadora diz que a região ficou mais insegura depois que houve a transformação da reserva em parque. “Antes de termos essa mudança, nós tínhamos paz. Hoje, que está tudo arrumadinho, que a população está chegando, os vândalos chegaram junto”, diz a publicitária Minervina da Silva. Ela acredita que a atitude de alguns frequentadores também contribui para a situação que ela considera como ‘a ocasião faz o ladrão’. Questionada se deixaria de frequentar o local por causa das ocorrências, ela é enfática: “Nunca. Jamais”.

A servidora pública Patrícia Araújo diz que há alguns meses uma criança de 10 anos havia sido abusada sexualmente próximo ao parque. “A população conseguiu pegar (o suspeito)”, relata. Ela se incomoda com a sensação de impunidade. “A gente não se sente segura em afirmar que essa pessoa esteja presa”. O temor é pela filha de seis anos. “Não sei que meio ele utiliza para se aproximar das mulheres”, completa.

Para tentar burlar as estratégias dos criminosos, estudantes decidiram divulgar uma iniciativa nacional surgida no Rio Grande do Sul, o ‘Vamos Juntas’. A ideia é criar grupos para que os frequentadores não pratiquem atividades de forma isolada. “É uma situação que nos preocupou muito, que nos deixa em uma situação de bastante tristeza, de bastante insegurança, de bastante medo”, relata a estudante Mirella Falcão, uma das representantes do ‘Vamos Juntas’ em São Luís (MA).

O tenente-coronel Adenilson de Santana, comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), admite o baixo efetivo, mas acredita que se trata de um ‘fato isolado’ e garante que vai mudar as estratégias de segurança no parque. “É preocupante, porque causa desequilíbrio na segurança. Nós temos um efetivo de policiamento diuturnamente no parque, em alguns pontos. Nós temos seis homens trabalhando aqui para dar segurança às pessoas, visto que houve uma mudança na estrutura do parque”, afirma.

O comandante orienta que os frequentadores prefiram horários de maior circulação, entre 6h e 8h30 e das 16h30 às 20h.

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