Não contribui em absolutamente nada a postura do gestor público que foge ao debate com a imprensa. Tal consideração é um protesto contra a atitude da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), que, de forma reiterada, se nega a fornecer informações sobre o trabalho da Superintendência Municipal de Defesa Civil nas áreas de risco de desabamento, deslizamento e desmoronamento de São Luís.
Parece até que o órgão tem algo a esconder. Ou então, a atuação é tão pífia que sua cúpula sente-se intimidada ao ser abordada por jornalistas, até mesmo para falar sobre um tema importantíssimo como o exposto acima. O mais inacreditável é que os próprios assessores de imprensa da pasta, em vez de facilitar o acesso aos dados necessários ao esclarecimento à população, são os primeiros a burocratizar o processo. Se são contatados pela manhã para agendar uma entrevista, apressam-se em dizer que o atendimento só pode ser feito à tarde. Se o contato é feito no turno vespertino, quase sempre alegam que o chefe está em reunião ou cumprindo outro compromisso.
A Superintendência de Defesa Civil Municipal está subordinada à Semusc. O titular da secretaria é Luiz Carlos Magalhães, que traz na bagagem experiências como ex-coordenador de Análise Criminal da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Ministério da Justiça), mestrando em Ciências e Sistemas de Informações Geográficas, especialista (MBA) em Gestão de Segurança Pública e Defesa Social e como professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), além de já ter escrito vários artigos sobre temas relacionados à sua área de atuação.
Evidentemente, é um currículo respeitável, que revela um perfil profissional de altíssimo nível e que deve inspirar confiança no prefeito João Castelo e nos cidadãos ludovicenses. No entanto, o secretário parece não estar colocando suas habilidades em prática. Não se mostra receptivo ao diálogo com a imprensa, com quem trava um verdadeiro jogo de esconde-esconde. Pior ainda: desautorizou a Defesa Civil municipal a dar entrevistas sobre áreas de risco ou qualquer outro assunto de competência do órgão. O problema é que ao mesmo tempo em que centralizou em si a prerrogativa de dar informações aos meios de comunicação, Magalhães vem se especializando na prática de sonegá-las.
Tal atitude revela inaptidão para o diálogo transparente com a sociedade, destinatária final dos serviços de qualquer ente público. Mais ainda, é um forte indício de incompetência.
3 comentários em “Por que sonegar informações?”
Daniel
Quando conseguirem a entrevista, o que acho difícil, pergunta: por que tiraram a GM Elitânia Barros do cargo de Superintendente? Uma guarda competente e que tinha um trabalho de base grande e acabado de realizar uma grande conferência de defesa civil aqui em são luis. Quando eu digo acabado de realizar é porque o apoio que ela fez essa conferência quase sem apoio da Secretaria. Ela conseguiu local, alimentação, material, tudo sem despesas e agora o que vemos é um superintendente que fica embaixo das asas do secretário, que não diz um ai sem ter autorização e que não faz o que deveria.
E assim VAI a prefeitura e seus secretários de “currículos” maravilhosos.
Respeita a puliça rapá!
Aproveita e pergunta do grande número de contratados dentro da guarda (e quando falo grande é GRANDE mesmo), pelos 40% de guardas em cargo em comissão? pelo telecentro? pelas viaturas usadas para fins particulares? pela sobrinha do prefeito mandando e desmandando lá dentro humilhando os guardas? pelo uniforme dos guardas? para isso não sai licitação, mas para passagens e diárias sai rapidinho. olha tem muita coisa errada e ninguém faz nada. Nosso antigo comandante podia ter seus defeitos, por ser do exército que na verdade eram cobranças de postura, mas tirou todos os SP daqui e o trabalho não deixava de ser feito, e ainda colocou mais de 80% dos cargos comissionados sob o comando dos guardas, será que de repente ficamos incompetentes? será que vem acontecendo no setor administrativo e financeiro? São muitas perguntas sem respostas. até formatura que tinha toda semana faz tempo, só quando ele quer fazer figura pro prefeito e imprensa.