A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, firmou uma parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) para a elaboração do Plano de Descarbonização do TJMA. A proposta detalha metodologias, ações estratégicas e cronogramas para a redução e compensação de emissões, garantindo conformidade com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Programa Justiça Carbono Zero e as metas da Agenda 2030 da ONU.
A primeira ação foi realizada na última terça-feira, dia 18, no auditório da Associação dos Magistrados, com o Workshop sobre o Plano de Descarbonização do TJMA. O evento foi orientado pelos professores Leonardo Soares, vice-reitor da UFMA, Arley Bandeira, Shigeaki Lima e Aline Alves. A advogada e doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Flávia Alves Maciel, conduziu a dinâmica do trabalho em grupo, que contou com a participação de servidores de diversos setores da instituição.
Na abertura, o presidente da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do TJMA, desembargador Ricardo Duailibe, destacou que o evento marca um momento crucial para a instituição, refletindo o compromisso do Judiciário com a sustentabilidade. “A descarbonização não é uma tarefa que pode ser realizada isoladamente. Ela exige a participação ativa de cada um de nós. Por isso, convido todos a refletirem sobre o papel que desempenhamos nesse processo e como podemos contribuir para a construção de um futuro mais sustentável”.
O professor Leonardo Soares, coordenador do Plano, parabenizou o Tribunal de Justiça, destacando o pioneirismo do CNJ e do TJMA ao traçarem metas ambiciosas para 2030, em consonância com os compromissos nacionais e internacionais, enquanto o restante do mundo estabelece metas para 2050. “A descarbonização do planeta é a principal estratégia para evitar uma catástrofe ambiental. O Tribunal de Justiça do Maranhão demonstra seu compromisso com o desenvolvimento das políticas de sustentabilidade da administração pública ao sair na frente com a implantação deste Plano”, enfatizou.
A diretora-geral do TJMA, juíza Ticiany Gedeon Palácio, ressaltou que a iniciativa também impactará o Prêmio CNJ de Qualidade e o Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS), alinhando-se à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Tudo está ligado a questões do nosso dia a dia, como o uso de ar-condicionado, compartilhamento de veículos e redução do uso de combustível. É uma mudança de mindset que precisamos estabelecer para que isso se torne rotineiro em nossas vidas”.
Os professores Arley Bandeira e Shigeaki Lima apresentaram o contexto histórico e informações técnicas sobre as emissões de carbono no planeta, destacando ações e acordos nacionais e internacionais que traçam metas globais para a sustentabilidade. “Ao convocar sua estrutura de poder, Tribunais e colegiados para zerar suas emissões de carbono até 2030, o CNJ dá um exemplo que deve ser seguido por outros poderes”, frisou Bandeira. Com informações da Assessoria do TJMA
