Craque!

0comentário

Por Joaquim Haickel

Impressionante como os maranhenses gostam de dois assuntos muito polêmicos: política e futebol.

Digo isso, pela quantidade de pessoas que me procuram para comentar sobre os textos que tenho escrito a respeito daquele que eu imagino será cenário político do Maranhão e pela repercussão que ouço nos programas de rádio e vejo nas redes sociais, sobre futebol.

Imagino que possa juntar os dois assuntos e simultaneamente um tema comum a ambos. A ocorrência de craques nesses setores.

Quando eu era criança, os craques do futebol brasileiro eram jogadores da estatura de Garrincha e Pelé, mas a quantidade de gigantes neste esporte era imensa: começando pelo maranhense Canhoteiro, passando por Ademir Queixada, Djalma Santos, Heleno, Didi Folha Seca, Nilton Santos, Zizinho, apenas para citar alguns. No mundo se destacavam Puskás, Di Stéfano,  Schiaffino, Walter, Kopa e Meazza, apenas para citar um time de vôlei.

Depois desta fase, o futebol que era arte, se transformou em força e foi a vez da Laranja Mecânica holandesa de Cruyff e Rensenbrink e da implacável Alemanha de Beckenbauer e Müller…

Não vou me estender neste assunto, pois teria que passar o resto de minha vida falando das glórias deste esporte e eu não o domino o suficiente nem para este texto… O fato é que o que veio depois todo mundo já sabe!

Na política maranhense, os craques do tempo em que eu nasci eram Sarney, que até hoje é show de bola, Victorino que já estava na descendente, mas era duro, Millet que era um Lord, Neiva Moreira, que teve sua jornada interrompida pelos dois golpes de estado de 1964, o tentado e o consumado… No Brasil tivemos o insuperável GetúlioVargas, tínhamos o eterno Juscelino Kubitschek, o onipresente Carlos Lacerda, o polêmico Jânio Quadros, e o bem intencionado, mas manipulável Jango.

No mundo havia políticos da estatura de Adenauer, Meir, Kennedy e Brandt, além de lideres dos direitos civis como Martin Luther King Jr e religiosos como João XXIII.

Da mesma forma que o que aconteceu com o futebol, sabemos no que deu a política atual.

Hoje a incidência de craques, tanto no futebol quanto na política é coisa rara. Na política muito mais que no futebol, pois os salários milionários ainda dão vazão a talentos incríveis como os de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar.

Na política, parece que mataram o confeiteiro e queimaram a receita do bolo, pois nunca mais apareceu um político saído pronto e acabado do nosso forno! Alguém realmente bom, aquilo que poderíamos chamar de um craque.

Vejam só como são as coisas! Enquanto escrevia esse texto, parei um pouco, fui tomar água e quando voltei, fui passear pelas redes sociais e deparei-me com uma postagem no Blog de Jorge Aragão que de certa forma tem conexão com nosso assunto!

O vice-governador Carlos Brandão, no exercício do cargo de governador, vai, elegantemente, possibilitar que o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, assuma o cargo de governador do Maranhão!

Este é um gesto de alguém que conhece profundamente os caminhos da diplomacia e da política em suas mais altas concepções. Agindo assim Brandão demonstra para todos a sua disposição de compartilhar o poder, faz um ato de carinho, de deferência e de respeito, não apenas para com Othelino, presidente da ALM, mas com todos os deputados e de certa forma, para com todos os políticos e até mesmo, por extensão, para com o povo maranhense.

Um verdadeiro craque, como há muito tempo não vemos em nosso estado!

sem comentário »

Sarney completa 89 anos e agradece ‘vida longa’

9comentários

O ex-presidente da República, José Sarney que hoje completa 89 anos foi entrevistado do Ponto Final, na Rádio Mirante AM, pelo jornalista Roberto Fernandes.

Sarney disse que começou o dia agradecendo a Deus pela sua “vida longa”.

“Comecei o dia com a graça de Deus, agradecendo por ele ter me dado a felicidade de viver já com vida longa. Eu não digo que tenho 89 anos, eu digo que tenho 50 e mais 39. Eu só tenho a agradecer, pois Deus é muito generoso comigo, me fez nascer brasileiro, me fez nascer no Maranhão e abriu os meus olhos para o mundo”, disse.

O ex-presidente revelou detalhes da sua trajetória desde a Baixada Maranhense.

“Vivia na Baixada Maranhense, vendo aqueles campos, aqueles horizontes de nossa terra e portanto, me dando o carinho do povo do meu Estado, do povo brasileiro e tendo oportunidade durante a minha vida de dividir 99% dela, a pensar coletivamente e ter as oportunidades que ele me deu, fazer algumas coisas importantes para o povo brasileiro, ajudar o meu país, ajudar o meu Estado, ajudar os municípios que nasci como Pinheiro, São Bento, a baixada inteira, enfim, o nosso Maranhão, no meu coração, na minha vida, na minha paixão e os amigos que me deu. Nós temos o projeto do Maranhão que é muito bom, que a minha casa pequena, que fica grande com a presença dos meus amigos, esses amigos que agradeceram pela minha vida”.

Sarney falou sobre Política e destacou que o Estado, a sociedade e ar organizações dependem dela.

“Sem políticos não existe o Estado, não existe a sociedade, não existe a organização social, não existe nada porque eles são os intermediários entre as reivindicações públicas e o próprio governo constituído por eles. Eu já sou do tempo que quem participava das políticas, as qualidades que se tinha era inteligência, cultura, trabalho com uma moral pública e isso tudo hoje mudou. Eu já sou velho, sou de outra geração, eu olho sempre para o futuro, eu não tenho olhos de retrovisor, eu tenho olhos para ver para frente, acompanhando, procurando me atualizar para as novas tecnologias, acompanho a política atual e vejo que nós estamos atravessando um momento de transição, transição da civilização industrial, civilização visual, da internet, da comunicação”, afirmou.

Sarney disse que o Brasil vive momentos de transformação e disse acreditar no país.

“Estamos vivendo em um mundo em transformação e infelizmente eu não posso participar desse mundo no futuro, mas tenho a felicidade de ter participado de todo esse tempo da minha vida e ainda esperar os anos que Deus me der e contribuir para que realmente o país possa melhorar um pouco.

Acredito no Brasil, não posso jamais deixar de acreditar no Brasil, ele me fez ser um presidente, ele me fez político a vida inteira e me deu o temperamento do diálogo, o temperamento da paz, temperamento de não cultivar inimigos, não ter ressentimentos, não desejar mal para ninguém e quem me conhece no Maranhão sabe que esse sempre foi o meu temperamento”, afirmou.

“Nunca cravei nenhum espinho no peito de ninguém, esse nunca foi o meu desejo, sempre que pude eu procurei tentar fazer o bem”, finalizou.

9 comentários »

Bárbara destaca pesquisa sobre gestoras no Brasil

0comentário

A vereadora Bárbara Soeiro (PSC), representando a Câmara Municipal de São Luís, está em Brasília, onde participa da XXII Marcha dos Municípios, que iniciou na última segunda-feira (8) e se encerra na próxima quinta-feira, 11. O Fórum reúne prefeitos e vereadores de todo o Brasil com o objetivo de discutir com representantes do Congresso Nacional e do Governo Federal  as pautas dos municípios brasileiros.

A XXII Marcha é a maior mobilização política democrática da América Latina, onde o Legislativo e Executivo discutem como pauta principal a defesa dos municípios com seus movimentos.  

A valorização das parcerias intermunicipais, os desafios legais e as perspectivas, além da questão da mulher, estão entre os debates do fórum.

Bárbara Soeiro que é defensora do dos direitos da mulher, afirmou que  durante o evento – no qual estão sendo discutidas questões que influenciam o dia-a-dia das cidades – também é um importante espaço de reflexões quanto às questões da mulher, buscando a sua valorização com destaques para personalidades que possuem o mesmo propósito de fortalecimento do gênero, dentre elas, as fundadoras do Movimento de Mulheres Municipalistas (MMM), Dalva Cristofolletti e Tânia Ziulkoski; Michele Ferreti, diretora do Instituto Alziras; Dra. Priscila Costa, procuradora federal; Taniere Cantalice, representante do MMM; deputada Luíza Erundina, e a senadora Lídice da Mata.

“Esse fórum é muito importante, pois aqui estão sendo discutidos assuntos relevantes de interesse das cidades. Aqui também temos representatividade de todo Brasil que celebram as conquistas já alcançadas pelas mulheres. Temos a consciência de que unidas podemos avançar muito mais na implementação de políticas públicas para que a mulher, de fato, ocupe seu lugar na sociedade”, enfatizou Bárbara Soeiro.

Debates

Na tarde da segunda-feira, foram apresentados pelo Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) e organizações parceiras os dados e experiências que corroboram com a necessidade de fortalecer a atuação feminina na política. Na oportunidade, as convidadas da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Instituto Alziras e da Fundação Abrinq debateram com os participantes os desafios e as alternativas para melhorar o trabalho das gestoras e a vida das mulheres brasileiras nos Municípios.

Para as fundadoras do MMM, Dalva Christofoletti e Tânia Ziulkoski, é preciso comemorar o número recorde de gestoras na Marcha. Pela primeira vez, elas superaram a proporção dos homens: 63% das prefeitas, em exercício, se inscreveram.

(mais…)
sem comentário »

O parlamento é o templo sagrado da política

0comentário

Por Juscelino Filho

O Brasil enfrenta um delicado momento e lê com perplexidade as manchetes da mídia apontando recorrentes episódios negativos que em nada ajudam na solução dos problemas ou na superação dos enormes desafios que se tem pela frente.

O noticiário dá conta de turbulências que afetaram o mercado financeiro e causam preocupação até para os rumos das mudanças positivas esperadas (com destaque para a reforma da previdência), que os analistas atribuem às dificuldades de articulação e de interlocução política do governo.

Como fórum natural para o imprescindível debate de ideias e a saudável divergência de opinião no processo legislativo, o Congresso Nacional e, em particular a Câmara dos Deputados, não pode abrir mão de suas prerrogativas constitucionais nem de seu protagonismo e compromissos com o futuro do país.

O Presidente Rodrigo Maia é reconhecido por todos os segmentos representativos da sociedade brasileira como um dos principais fiadores das reformas econômicas que o país necessita para retomar o crescimento, combater o desemprego e promover a geração de renda e de riqueza.

A inquestionável votação que o reconduziu à Presidência da Câmara dos Deputados é a maior prova da capacidade de liderança e da sensibilidade dele para o diálogo com todas as correntes de pensamento e com todos os partidos, fundamentais para a condução política soberana e independente da agenda legislativa.

Rodrigo Maia é um ponto de equilíbrio que o Brasil precisa neste momento conturbado.

Além da intransferível responsabilidade que tem como Presidente da Casa do Povo, ele tem o apoio unânime do nosso partido e, de minha parte, terá sempre o maior respeito, a mais ampla e irrestrita solidariedade.

A difamação generalizada da classe política é uma ação ilegítima e covarde, é um atentado contra a democracia, uma conquista do país que custou longo esforço da sociedade brasileira.

Eu me orgulho de ser deputado federal, exerço meu mandato em nome do povo maranhense que me elegeu e repudio qualquer tentativa de denegrir a imagem institucional do parlamento brasileiro.

*Juscelino Filho é deputado federal

sem comentário »

Hildo destaca tema da Campanha da Fraternidade

0comentário

Em Sessão da Câmara Federal que tratou exclusivamente sobre a Campanha da Fraternidade deste ano, o deputado federal Hildo Rocha afirmou que o parlamento brasileiro, acertadamente, apoia a Campanha da Fraternidade que este ano aborda assunto diretamente relacionado às atividades da Câmara dos Deputados. (Clique aqui e veja o vídeo).

“Em 2019, a CNBB apresenta o tema Fraternidade e Políticas Públicas. Política pública é a ação estatal que emprega recursos limitados para alcançar um objetivo definido. Como é uma ação do estado, ela deve sempre, sem exceções, dirigir-se ao interesse público, ao bem comum”, enfatizou o parlamentar.

Hildo Rocha destacou que não há, na esfera das ações humanas, algo mais elevado que a solidariedade. “A fraternidade precisa, de modo permanente, integrar as ideias e planos do formulador de uma política pública. Assim, ao propor uma nova lei, ao decidir, no orçamento, a aplicação dos recursos públicos nas diferentes ações governamentais, nós deputados precisamos ponderar acerca dos destinatários da política, dos resultados pretendidos e se os meios empregados são os mais apropriados para a obtenção destes resultados”.

Participação popular

O deputado defendeu a participação popular na formulação da política, passando pelo acompanhamento, até o exame de seus efeitos. “Isso é fundamental para o êxito de toda a engrenagem. É por esse motivo que a participação popular é tão valorizada nesta Casa. Faz parte da rotina das comissões a realização de audiências públicas, seminários e outros mecanismos para receber a contribuição da sociedade civil nas matérias em discussão na Câmara dos Deputados”, enfatizou o parlamentar.

Hildo Rocha finalizou o pronunciamento com votos de sucesso para a Campanha da Fraternidade em 2019. “Que possamos todos aprofundar o entendimento sobre políticas públicas e exercitar a virtude teologal da caridade”, declarou.

A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que anualmente, com início na quarta-feira de cinzas, caminhando junto à Quaresma, propõe um tema para a meditação dos católicos brasileiros, em especial, e para a sociedade brasileira como um todo, sempre com a perspectiva da caridade, um dos alicerces da fé cristã.

Foto: divulgação/Agência Câmara

sem comentário »

Braide diz que é preciso coragem na política

0comentário

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) diz estar sendo vítimas de uma campanha cheia de mentiras por conta da sua decisão de se abster durante a votação do projeto do governo Flávio Dino (PCdoB), chamado de “pacote de maldades” que aumenta a cobrança de impostos no Maranhão e que foi aprovado na Assembleia Legislativa.

Segundo Braide, na política é necessário ter coragem na hora de tomar decisões.

“Meus amigos, várias mentiras têm sido ditas a respeito da minha votação. Na política é preciso coragem para tomar decisões, ainda que elas não sejam compreendidas num primeiro momento. Lutei contra o aumento de impostos quando apresentei e votei as minhas emendas que retiravam os abusos do projeto do governo”, disse.

Em um vídeo, Braide reafirmou que todas as suas emendas ao projeto foram rejeitadas e que vai acionar a Justiça para evitar que o aumento aprovado entre em vigor a partir do ano que vem.

“pesar de toda luta, minhas emendas foram rejeitadas. Das mais de 10 medidas do pacote, só três itens podem ter algum benefício a vocês. E aí eu tinha 2 opções: votar contra os três únicos itens que podem beneficiar vocês ou fazer o que fiz: registrar abstenção e ir à justiça para retirar tudo de ruim nesse projeto”, afirmou.

“Faço oposição com responsabilidade. Continuo firme para garantir que você não pague de novo a conta desse governo que só persegue e mente”, finalizou.

(clique aqui para ver o vídeo)

sem comentário »

O boxe e a política

0comentário

Por José Sarney

Não sou daqueles fanáticos pelo esporte; e talvez seja um dos poucos brasileiros que não acompanham os campeonatos esportivos com vontade de esganar os torcedores dos times contrários. Um pouco dessa minha posição deve-se ao meu avesso à violência. Desde os meus tempos de calças curtas, no cinema, na televisão ou em brigas de colégios, fecho os olhos para não ver ninguém apanhar.

Mesmo o futebol sempre digo que é um jogo muito violento. Quando as pessoas me retrucam que é um jogo bonito e elegante, eu contesto que há momentos que não recomendam essa observação. Os chamados carrinhos muitas vezes são horrorosos, e há, na lembrança de todos nós, alguns resultados — para não citar muitos, basta lembrar o joelho aberto do Ronaldo e a cabeçada do Zidane num jogador brasileiro, cujo nome já tenho a liberdade, nos meus cinquenta mais trinta e oito anos, de não recordar.

Esta minha aversão à violência é tão forte que agora, por exemplo, vendo as campanhas televisivas da última eleição e das atuais, vêm-me à cabeça lutas de boxe, esporte a que nunca assisti — acho que quem a ele assiste tem o mesmo prazer acre que tinham os espectadores dos circos romanos quando as feras devoravam os fiéis cristãos.

Será que a democracia necessita desse ringue em que se transforma uma eleição, quase sempre esquecendo ideias, propostas e metas para desfechar verdadeiros socos, que, por serem verbais, não são inferiores aos físicos?

Também compreendo que seria viver no mundo dos anjos pedir que os políticos utilizassem nas campanhas, em vez de luvas de boxe, leques de plumas abanando o calor da face dos adversários.

Da competição democrática também posso dizer o mesmo que digo do futebol: é um jogo violento, porque é cruel e não tem medidas. Várias vezes tenho citado a frase de Lenin de que devíamos aplicar à política a arte da guerra — aliás, título de um livro de Clausewitz —, isto é, como na guerra, não se deve, na política, ter adversários, mas inimigos, com o único objetivo de extingui-los, quase levantar uma nova guilhotina, como em 1792, na Praça da Concórdia. Ele também defendia que a política devia adotar como método o Terror, também como na Revolução Francesa.

Basta lembrar que, vitorioso na Revolução Russa de 1917, ao receber um telegrama do comandante das tropas de São Petersburgo dizendo que as prostitutas estavam rondando os quartéis e perturbando a ordem dos soldados, que não obedeciam mais à disciplina para correr atrás daquelas belas eslavas que ali faziam ponto, respondeu com um telegrama que ficou célebre: “Fuzilem todas!”

Vamos esquecer todas essas coisas, que fazem parte da história cruel da humanidade, e pensar em eleições dirigidas pelo Barão de Coubertin, o criador das Olimpíadas modernas, em que o importante é competir.

Enquanto elas não vêm, melhor chupar o dedo e fechar os olhos, com o boxe eleitoral dos atuais programas de televisão.

Coluna do Sarney

sem comentário »

Francisca Primo critica governo Federal na AL

0comentário

A deputada estadual Francisca Primo (PCdoB) foi à tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (13) para criticar o governo Federal pela medida implantada para a redução de verbas destinadas às políticas públicas de combate à violência contra a mulher.

O corte de orçamento fez com que os R$ 42,9 milhões disponíveis em 2016 caíssem para R$ 16,6 milhões, no ano passado. Os números do ajuste estão disponíveis no Portal do Orçamento do Senado Federal.

Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que, em dez anos, houve aumento de 6,4% na taxa de homicídios, que está em 4,5 para cada 100 mil brasileiras. No Maranhão, por exemplo, 47 casos de feminicídio foram registrados até o dia 24 de dezembro de 2017, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. E este ano, já foram registrados 21 crimes de feminicídio no Estado.

No discurso, a parlamentar apontou os dados registrados de violência em nível nacional e estadual e afirmou que as mulheres continuam na luta para terem seus direitos reconhecidos.

“Não podemos aceitar essa medida adotada pelo Governo Federal, pois isso vai na contramão de todos os passos alcançados após anos de luta e esforço. Portanto, é inadmissível dar um passo para trás em pleno século XXI. Não vamos desistir dessa luta” enfatizou a deputada.

Foto: Agência Assembleia

sem comentário »

Flávio Dino é risco real para a democracia

9comentários

Por Andrea Murad

Está comprovado o uso da Polícia Militar do Maranhão para benefício eleitoral do PCdoB, partido do governador Flávio Dino. Esse crime eleitoral grave foi confirmado em depoimentos de policiais à sindicância instaurada para investigar de onde partiu a ordem de espionagem das lideranças de oposição ao governo.

Os depoimentos apontam para o Cel. Heron e não para o Ten. Cel. Emerson Farias, como quer o Secretário Jefferson Portela, também filiado ao PCdoB. Antes que os depoimentos dos policiais fossem revelados pela imprensa, eu denunciei a existência de um “coordenador das eleições 2018”, contido no memorando do Cel. Zózimo, comandante do CPI, desfazendo a ordem de monitoramento eleitoral.

O Cel. Heron, como apontado nos depoimentos dos policiais, só pode ser o “coordenador” citado por Zózimo, se não, este sabe com toda a certeza quem é o dito cujo. Cel. Heron é filiado ao PCdoB, foi candidato a deputado estadual em 2014, promovido a Coronel pelo governador Flávio Dino em 2015, numa clara troca de favores políticos e eleitorais. E mais, possui ligações estreitas e íntimas com a cúpula do partido, com Flávio Dino, Márcio Jerry e com o ex- deputado Rubens Pereira.

Essa teia comunista revela o risco real que estamos vivenciando no Maranhão de supressão das liberdade e da democracia. Não há que se falar em eleições livres e limpas com Flávio Dino chefe da Polícia Militar como assegurado pela Constituição da República. São evidentes os sinais de abuso de poder com o uso indevido da corporação, transformada em polícia política no Maranhão, sob o comando de um governador determinado a ter o controle absoluto do estado — este se confunde com o partido — suprimindo as liberdades individuais.

A quebra da legalidade com o uso político da Polícia Militar é agravada pela atuação do secretário de Segurança, homem com nítidos problemas mentais, desequilibrado, violento, partidário, sem as condições de neutralidade exigidas para coordenar as eleições num pleito que se prevê muito conflitado. Tudo isso ao arrepio da Justiça Eleitoral.

O pedido de intervenção federal na Segurança Pública do Maranhão é medida inadiável e essencial, pra agora e não apenas no período eleitoral de 45 dias antes do pleito. Porque, como comprovado, a polícia já está na campanha sob as ordens do “coordenador político das eleições 2018”, Coronel Heron.

A verdade, esta à vista de todos, é que Flávio Dino estruturou o seu governo para aniquilar seus adversários visando sua perpetuação no poder. Como nem tudo sai como planejado, ele hoje ostenta altos índices de rejeição e pode perder a eleição. Esse fato o tem levado a adotar práticas cada vez mais repulsivas. Basta acompanhar o noticiário para atestar a cooptação de políticos, de partidos, de deputados em trocas vergonhosas de “votos” por um “pedaço do governo”. A Secretaria de Saúde é um exemplo, e até um médico se enforcou após ter sido preso e confessado o esquema que envolve o próprio governador.

As provas do uso de forças policiais nas eleições de prefeito em 2016 começam a vir à tona em profusão. Em Coroatá, Mirinzal, Pinheiro, Caxias, Balsas, São Luís e em muitos outros, a vontade popular foi subvertida através dessa violência. Hoje se sabe que a conta bancária pessoal do médico Mariano era um verdadeiro “caixa 2” para pagamento que ia de caixão funerário para dirigente nacional do PCdoB, até dinheiro vivo para a compra de votos nas eleições 2016, e pronta para operar em 2018, sob a proteção da polícia política do governador Flávio Dino. INTERVENÇÃO JÁ.

*Andrea Murad é deputada estadual (PRP)

9 comentários »

A diplomacia na arte da política

0comentário

Por Joaquim Haickel

O planejamento, a arquitetura e a diplomacia são dentre as diversas áreas da política aquelas com as quais eu sempre me identifiquei. Isso não significa que eu necessariamente seja bom nesses quesitos, na verdade eles são apenas aqueles os quais eu mais me interesso, sendo que outros como as ações eleitorais propriamente ditas são aquelas que eu me identifico menos, pois é exatamente nelas que ocorrem os desvios de conduta que transformam a política em um jogo de difícil aceitação para pessoas decentes.

No Maranhão sempre existiram grandes mestres da arte da política, entre eles, para citar apenas alguns, relaciono, Sotero dos Reis, João Lisboa, Ana Jansen, Urbano Santos, Benedito Leite, Magalhães de Almeida, Vitorino Freire, Clodomir Milet e José Sarney.

Com a posse do governador Flávio Dino em 2015, o Maranhão passou a ter um novo líder, que tem a grande ambição de se incluir na lista acima. Missão difícil!

Mas falemos das grandes ações de planejamento, de arquitetura e de diplomacia que o ano de 2018 poderá, ou não, nos proporcionar.

A montagem das chapas sempre foi crucial para que uma eleição possa ser mais ou menos difícil. Nelas sempre se procura mesclar força política com capacidade eleitoral e estrutura física de campanha, ou seja, candidatos que possam compartir seus potenciais para que eles se multipliquem em apoiamentos e consequentemente em votos.

Esse ano, a grande quantidade de candidatos a senador em busca de uma das duas vagas postas em disputa está tirando o sono do governador e de seus asseclas.  Esse planejamento precisa ser feito com precisão. O arquiteto tem que garantir que essa construção além de bonita seja forte, funcional e possibilite a vitória.

Há um dilema da liderança que sempre pega alguns desavisados pelo rabo e os deixa sem saber se devem seguir os anseios de seus liderados ou se devem desenhar uma rota para que eles a trilhem. O autoritário escolhe a segunda opção, o fraco simplesmente curva-se aos gritos da turba, mas é o sábio quem melhor se coloca em cena, ouve os anseios dos seus amigos, discute as melhores ações e traça com eles a rota a ser seguida.

No Maranhão, infelizmente, faz muitos anos, não temos um líder sábio e quando o tivemos foi em algum episódio específico.

Como num tabuleiro de xadrez as peças estão postas e os jogadores as movimentam como acham que devem. Em batalha, a vantagem é sempre de quem está no terreno mais alto, neste caso, quem está no poder. É por isso que se costuma dizer que se este jogador não cometer muitos erros e se os erros que cometer não forem decisivos, a vitória deverá sorrir-lhe no final.

Ocorre que o quadro político maranhense nunca esteve tão conturbado, isso graças à opção que o atual governo fez pelo estilo universitário de fazer política, o que acaba acarretando muitos erros, sendo que alguns graves.

Tendo escolhido Weverton Rocha como seu primeiro candidato ao senado, Flávio Dino faz com que Zé Reinaldo, Waldir Maranhão, Eliziane Gama, Márcio Jardim, dentre outros, se acotovelem na disputa da segunda vaga, o que deixa a todos insatisfeitos.

Neste cenário, um bom estrategista recomendaria à oposição uma ação efetiva de cooptação de Zé Reinaldo, coisa que seria decisiva para fazer a balança pender em desfavor do governo.

Algum dos candidatos a governador da oposição deveria escolher Zé Reinaldo, filiá-lo a um partido importante ligado ao governador, e trazê-los para suas fileiras, quem sabe fazendo uma negociação de apoio com um dos candidatos de seu grupo já lançado ao senado.

Comentei a possibilidade dessa ação nas redes sociais e soube recentemente que um antídoto eficiente para esse “veneno” já foi providenciado. O governo teria negociado a entrada do correto secretário de educação Felipe Camarão, no DEM, partido pelo qual Zé Reinaldo pretende concorrer ao senado. Com essa ação Flávio Dino golpeia decisivamente Zé Reinaldo, exatamente o governador que em 2006, foi o responsável direto pela eleição do então candidato a deputado federal Flávio Dino. Na política, ingratidão é moeda de pagamento.

A entrada de Felipe no DEM teria dois possíveis objetivos, aquinhoar o DEM com espaço de poder no governo, coisa da qual desconfio categoricamente, e quem sabe viabilizar o nome de Felipe para ser vice de Flávio, fato que sacramentaria o descarte definitivo de Zé Reinaldo.

No que diz respeito a ações de planejamento e arquitetura política, nelas não há algo de bom ou de mau, de bonito ou de feio. As coisas da política, nestes casos, são avaliadas por sua necessidade ou não, por sua eficiência, eficácia e efetividade ou não. É neste momento que aparece a outra arma da política que eu aprecio e tento exercitar, a diplomacia, capaz de minorar os impactos negativos do planejamento, nem sempre bem aceito, e da arquitetura, nem sempre aplaudida.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/zecasoares/wp-admin/
Twitter Facebook RSS