Atividade física, envelhecimento e doença de Alzheimer

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A cada dia crescem as evidências que o homem
contemporâneo, produto de uma era repleta de novos conhecimentos, pode viver
mais e melhor. Esta é certamente uma das mais importantes notícias que todos
nós queríamos ouvir, pois a busca da longevidade e da vida eterna é uma das
mais antigas aspirações dos seres humanos e isto está se concretizando a passos
largos.

Não é utópico nem exagero. O homem moderno em
pouco alcançou patamares significativos de longevidade como nunca houve em
outra época em seu desenvolvimento histórico.

Nos últimos 50 anos demos um salto muito
grande na qualidade e em nosso estilo de vida atingindo índices de longevidade
nunca antes alcançados, pois estamos vivendo mais e melhor. Sabe-se, que para
atingirmos isto houve uma coincidência de fatores que garantiram estas
conquistas quanto nossa maior longevidade: os avanços no crescimento da nutrologia,
da bioquímica da imunologia, na farmacologia (surgimento de modernos e fármacos
mais eficientes para o controle e combate ostensivo de doenças, da ergonomia e,
principalmente, os conhecimentos de neurofisiologia e neuroquímica cerebral e do
comportamento. Não se pode desconsiderar os avanços imprescindíveis no campo da
tecnologia médica, os avanços sociais e econômicos, sobretudo na distribuição
da renda e a maior participação de todos na cadeia produtiva e no trabalho.

Particularmente, na área da neurofisiologia e da neuroquímica cerebral, muitas pesquisas científicas têm evidenciado que a
atividade física protege o envelhecimento cerebral e da doença de Alzheimer. Duas
condições que ameaçam a nossa saúde e a nossa longevidade.

Estudos com um grupo de mais de 700 indivíduos idosos sem demência, desenvolvendo níveis
elevados de atividades físicas nas 24 horas, avaliada objetivamente pela actigrafia
(que mede o ciclo de atividade/repouso através dos movimentos do pulso), verificaram
que estes indivíduo apresentavam um menor risco para o desenvolvimento da
doença de Alzheimer, bem como uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. Esta
descoberta dos pesquisadores apóia os esforços dos mesmos para incentivar a atividade
física, mesmo em pessoas muito idosas.

A maioria dos estudos demonstra que a atividade física diminui o risco de
declínio cognitivo e demência. Por outro lado segundo os pesquisadores, uma
pessoa com baixa atividade física diária apresenta um risco mais de 2 vezes
maior de desenvolver Doença de Alzheimer (DA), em comparação com um que
participe com alta atividade física cotidiana global. O nível de atividade
física cotidiana global também foi associado com uma taxa mais lenta de
declínio cognitivo global, particularmente para a memória episódica, memória de
trabalho, velocidade na percepção e habilidades visuais / espaciais. Isto é,
todas as funções cognitivas se beneficiam com atividade física regular.

Os estudos também demonstram que não é só de exercício físico, mas
também um incremento das atividades sem exercício, estão associados com uma
maior desempenho cognitivo na velhice. Indivíduos mais velhos, para quem a
participação no exercício formal esteja limitado por problemas de saúde, pode
se beneficiar de um estilo de vida mais proativo através do aumentos de todo o
espectro de atividades de rotina. Isto é mesmo que a pessoa não pratique
formalmente o exercício mas se tem uma vida ativa, também se beneficiam
evitando muitos transtornos neuropsiquiátricos.

Estes resultados podem ter importantes implicações práticas para a saúde
pública, pois motivar os idosos a serem fisicamente ativos, mesmo que a
mobilidade seja limitada, pode diminuir seu risco de desenvolver Alzheimer e
muitas outras doenças. Práticas como cozinhar, lavar pratos, jogar cartas, e
até mesmo a atividade no cenário de mobilidade reduzida, como mover uma cadeira
de rodas com os braços, são exercícios e atividades físicas, em que as pessoas
idosas podem se beneficiar.

Portanto acabou-se definitivamente o  mito e a falsa crença preconceituosa que
atividade física é coisa só para manter a beleza, o que também é salutar ,
porém a atividade física e a adoção de uma vida ativa nos faz viver mais e
melhor, pois estas práticas nos impede de sermos acometido de doenças senis
graves e avassaladoras em populações de idosos, tais como a demência de
Alzheimer e outras demências vasculares.

 

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