A origem das doenças metais

0comentário

 

 

A Psiquiatria clássica, sempre tentou localizar no cérebro as origens das doenças mentais, muito embora há muitos tempo se sabe da natureza multicausal dessas doenças. Nesse sentido a psiquiatria e a neurologia sempre caminharam juntas ao ponto de, por muitos anos, a junção dessas duas especialidades ter sido designada de neuropsiquiatria. Com o avançar dos conhecimentos sobre as causas dessas doenças percebeu-se que outras áreas do conhecimento, especialmente a psicologia, a sociologia, a antropologia, exerciam uma influência relevante nesse contexto pois, dificilmente explicaríamos sua natureza tão complexa, a partir tão somente do conhecimento  médico.

Na atualidade, com bases científicas sólidas e baseadas em evidências clínicas sabe-se que a sede material de onde se origina tais doenças é neurobiológica sendo o cérebro o ponto mais importante para se explicar tais ocorrências. Ao mesmo tempo, disciplinas como a genética, a bioquímica, a imunologia, a farmacologia e a neurofisiologia, clínica exercem um importante papel na rede complexa de suas causas.

Um conhecimento que vem contribuindo de forma especial para esse esclarecimento , é a neuroquímica e a neurofisiologia do sistema nervoso central, pois ambos os aspectos, garantem através de seus mecanismos vitais,  a totalidade das atividades cerebrais. Além disso, todos os estudos realizados nessas área demonstram que doenças como as fobias, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), a esquizofrenia e muitos outras, são explicados a partir de disfunções que acontecem em determinadas áreas do cérebro desses enfermos.

Os estudos de farmacologia das doenças mentais fornecem informações relevantes sobre as bases materiais das origens dessas doenças. A farmacologia psiquiátrica, recurso imprescindível para o tratamento das doenças mentais, transformou o prognóstico sombrio que existia sobre a evolução desses transtornos, em algo promissor  garantindo chances reais de uma boa recuperação. De tal forma que graças a essa evolução, desse conhecimentos, doenças como a esquizofrenia e depressão, consideradas doenças muito graves no passado, hoje são enfermidade que tem um prognóstico favorável, com possibilidade desses enfermos levarem uma vida saudável.

O cérebro como sede dessas doenças

É uma das partes mais importantes do sistema nervoso central situado no interior do crânio, pesa cerca de 1,3 kg, é uma massa de tecido cinza-róseo. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias com tonalidades diferentes: uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta, que é a parte externa do cérebro e forma o córtex cerebral. Esse está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas responsável por uma atividade específica. É no cérebro que ocorrem diferentes fenômenos os quais garantem e promovem, entre outras coisas, o comportamento sadio e/ou patológicos dos indivíduos. É um órgão formado por um trilhão de células nervosas, entre as quais cem bilhões de neurônio, todos encarregados de executar suas múltiplas funções.

A célula que compõe o cérebro é o neurônio, célula altamente especializada na execução dos processos de controle, armazenamento, geração  e transmissão da informação intercelular. Estes neurônios, juntamente com as outras células cerebrais se relacionam entre si constituindo em uma grande rede, onde todas se comunicam com milhares de outras e vive-versa. São bilhões destas células organizadas anatômica e funcionalmente para garantir a integridade do órgão e do nosso comportamento. Funcionam de forma articulada e sincronizada promovendo nossa saúde ou ao contrário as doenças mentais.

De tal forma, que os estudos atuais de neurociência das doenças metais demonstram que grande parte das disfunções que ocorrem ao nível dessas atividades cerebrais são responsáveis pelas doenças mentais e dependendo da natureza destas alterações e o local do cérebro onde elas ocorram, definir-se-ão o tipo clínico dessas clínica da doença.

 

Sem comentário para "A origem das doenças metais"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS