Adesão social em época de pandemia

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Adesão social em época de pandemia

            Em meu último artigo, publicado nesse jornal, destaquei alguns eventos advindos da pandemia e fiz um contraponto com a flexibilização levada a efeito por praticamente todos os estados brasileiros e em alguns municípios. Observava, que a medida de flexibilização das atividades econômicas e sociais, proposta, por decretos de estados e municípios, ocorre em franco processo ascendente da pandemia, tendo em vista que não se constata ainda, um achatamento (rebaixamento) na curva epidemiológica de contágios e disseminação do vírus, entre nós. Considerei isso, uma temeridade no trato da saúde da população, considerando que nos encontramos em franco processo pandêmico.

             Por outro lado, constata-se, a cada dia, que os danos ocasionados pelos avançar da pandemia, são cada vez maiores, os quais, que vem provocando profundas alterações, em todos os sentidos,  no psicológico das pessoas, na gestão pública e em muitos outros setores e atividades humanas, tais como: econômica, cultural, esportiva, recreativa, educacional e laboral, na qualidade de vida etc. Diante disso, estados e municípios podem se ver obrigados e pressionados, a tomarem decisões, como por exemplo a famigerada flexibilização, que ao invés de favorecer  retomada efetiva e segura dessas atividades, nas referidas localidades, provocar, ao contrário, uma situação ainda pior que a atual, promovendo o advento da chamada segunda onda da pandemia.

           Acredito, que muito em breve, iremos avaliar, através de dados e números a repercussão dessas medidas governamentais, sociais e empresariais e se as mesmas foram adequadas e protetivas, ou se foram estapafúrdias ou negligentes. O tempo nos dirá!

           Há dois pontos, ao meu ver, bastante relevantes a se colocar. O primeiro é o papel e a responsabilidade da todos nós, individualmente e enquanto da sociedade civil, frente ao manejo correto da pandemia. O segundo, é que a pandemia, por ser um evento que tem seus fundamentos fincados na saúde pública, já que se trata da contaminação e da disseminação de um vírus, as recomendações desse setor deverão ser amplamente  aplicadas, indistintamente entre todos para impedirmos que o vírus e a sua respectiva doença cause mais danos, além dos que já causou.

           As medidas no âmbito da saúde públicas, que estão sendo recomendadas, no mundo inteiro, já são bastante evidentes, que são efetivas para se frear a onda de contágios desse micro organismo. Por isso mesmo, a cada dia, são destacadas que tais medidas, como usar máscaras e as auto higiene, não podem ser relaxadas para se evitar a contaminação pelo Corona vírus. Sabe-se, ainda, que por se tratar de algo novo em saúde, os recursos preventivos como vacinas e os tratamentos efetivos para controlar a doença Covide-19, ainda não surgiram ainda, embora já haja uma luz no fim do túnel que nos sinaliza para em breve temos tudo isso a nossa disposição.

             A impressão que se tem, é que as recomendações, rigorosamente sanitárias, de uma forma ou de outra, estão sendo cumpridas, não a contento, mas estão. Isto é, as pessoas parecem que estão usando mais máscaras e realizando melhor sua auto higiene, com o uso de água, sabão, e álcool em gel, hipoclorito etc. fato que, certamente, se realizado de forma correta, interferirá, inegavelmente, com a transmissibilidade do vírus.

             Por outro lado, quando examinamos a outra extremidade da questão, que é o comprometimento social da população, ante a pandemia, a mim me parece, um total fracasso. As pessoas estão muito pouco engajadas às medidas recomendadas pelos organismos internacionais de vigilância sanitária, para o enfrentamento da crise pandêmica. No dia seguinte, ao anuncio das medidas de flexibilização, como já havia dito, em franca pandemia, a cidade voltou a funcionar, quase normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Voltaram os problemas de engarrafamento no trânsito, as aglomerações em muitos ambientes, a correria para as lojas e o comercio, intensificaram os contatos entre as pessoas, em bloco passaram a frequentar os mesmos ambientes. Com todo respeito, nos dava a impressão que alguém abriu a chave da porteira e o gado, desesperado, foi para o campo.

             As pessoas, tem dificuldades muito claras de entender, que o distanciamento social, manter espaços seguros entre as pessoas, restringir ambiente de aglomerações, reduzir ao máximo saídas para ambientes públicos ou atividades em público, etc. São recomendações, fundamentais para impedirmos a transmissibilidade do vírus, e com isso evitarmos o Covid-19. Nós humanos, somos os vetores na transmissão de vírus. O clichê, “Fique em casa, foi descumprido pela absoluta maioria da população brasileira”.

           Além, certamente, de serem inspiradas na necessidade de termos cada vez mais saúde e qualidade de vida, pois essas medidas impedem a transmissibilidade, em massa desse vírus, embora sejam, fundamentalmente, sociais e que dizem respeito ao papel o de cada um de nós individualmente e em grupo e foram as que as autoridades sanitárias do planeta, perceberam serem as mais seguras e mais efetivas no combate ao corona vírus, mesmo assim a maioria não entende dessa forma.

           Outro aspecto, é que as medidas também sinalizam para o fortalecimento do amor ao próximo, para assegurarmos mais nosso compromisso social, para sermos mais solidários e para a conquistarmos o desejado bem comum. Lamentavelmente, foi o que vimos muito pouco. A sociedade mesmo diante da mais importante ameaça à saúde e a vida, dos tempos modernos, descumpre, frontalmente essas recomendações, tornando bem mais difícil e prolongado o enfrentamento desse problema em nosso planeta.

      Pode-se compreender esse comportamento social, a partir de alguns fatores, os quais, terão impactos diferentes em cada uma das pessoas. Ei-los: A ignorância da população sobre a transmissão e sobre a doença COVID-19. Atitudes de indiferentismo e de pouco-caso, atribuídos por muitos, ante a situação. A politização do assunto pandemia, nos meios sociais e políticos. O despreparo do poder público no manejo da crise. A falta de bons exemplos e de protocolos claros, de autoridades públicas no manejo da pandemia. O receio ao empobrecimento das pessoas. O pavor de perderem seus empregos. A frustração às restrições sociais. O stress ocasionado pelo abandono de atividades regulares e corriqueiras, sobretudo estudo, trabalho e lazer. O viver em confinamento domiciliar. A diminuição progressiva da tolerância emocional no processo de permanecer por longo tempo em casa. A frustração e os aborrecimentos ocasionados pelo rompimento social. A inatividade da vida domiciliar. Os conflitos familiares já existentes que se reativaram com a volta para casa. São alguns, entre tantos outros fatores, que podem afetar bastante a motivação e o interesse das pessoas no enfrentamento da pandemia. O fato é que precisamos de todos para enfrentarmos o que está aí.

            Em meu último artigo, publicado nesse jornal, destaquei alguns eventos advindos da pandemia e fiz um contraponto com a flexibilização levada a efeito por praticamente todos os estados brasileiros e em alguns municípios. Observava, que a medida de flexibilização das atividades econômicas e sociais, proposta, por decretos de estados e municípios, ocorre em franco processo ascendente da pandemia, tendo em vista que não se constata ainda, um achatamento (rebaixamento) na curva epidemiológica de contágios e disseminação do vírus, entre nós. Considerei isso, uma temeridade no trato da saúde da população, considerando que nos encontramos em franco processo pandêmico.

             Por outro lado, constata-se, a cada dia, que os danos ocasionados pelos avançar da pandemia, são cada vez maiores, os quais, que vem provocando profundas alterações, em todos os sentidos,  no psicológico das pessoas, na gestão pública e em muitos outros setores e atividades humanas, tais como: econômica, cultural, esportiva, recreativa, educacional e laboral, na qualidade de vida etc. Diante disso, estados e municípios podem se ver obrigados e pressionados, a tomarem decisões, como por exemplo a famigerada flexibilização, que ao invés de favorecer  retomada efetiva e segura dessas atividades, nas referidas localidades, provocar, ao contrário, uma situação ainda pior que a atual, promovendo o advento da chamada segunda onda da pandemia.

           Acredito, que muito em breve, iremos avaliar, através de dados e números a repercussão dessas medidas governamentais, sociais e empresariais e se as mesmas foram adequadas e protetivas, ou se foram estapafúrdias ou negligentes. O tempo nos dirá!

           Há dois pontos, ao meu ver, bastante relevantes a se colocar. O primeiro é o papel e a responsabilidade da todos nós, individualmente e enquanto da sociedade civil, frente ao manejo correto da pandemia. O segundo, é que a pandemia, por ser um evento que tem seus fundamentos fincados na saúde pública, já que se trata da contaminação e da disseminação de um vírus, as recomendações desse setor deverão ser amplamente  aplicadas, indistintamente entre todos para impedirmos que o vírus e a sua respectiva doença cause mais danos, além dos que já causou.

           As medidas no âmbito da saúde públicas, que estão sendo recomendadas, no mundo inteiro, já são bastante evidentes, que são efetivas para se frear a onda de contágios desse micro organismo. Por isso mesmo, a cada dia, são destacadas que tais medidas, como usar máscaras e as auto higiene, não podem ser relaxadas para se evitar a contaminação pelo Corona vírus. Sabe-se, ainda, que por se tratar de algo novo em saúde, os recursos preventivos como vacinas e os tratamentos efetivos para controlar a doença Covide-19, ainda não surgiram ainda, embora já haja uma luz no fim do túnel que nos sinaliza para em breve temos tudo isso a nossa disposição.

             A impressão que se tem, é que as recomendações, rigorosamente sanitárias, de uma forma ou de outra, estão sendo cumpridas, não a contento, mas estão. Isto é, as pessoas parecem que estão usando mais máscaras e realizando melhor sua auto higiene, com o uso de água, sabão, e álcool em gel, hipoclorito etc. fato que, certamente, se realizado de forma correta, interferirá, inegavelmente, com a transmissibilidade do vírus.

             Por outro lado, quando examinamos a outra extremidade da questão, que é o comprometimento social da população, ante a pandemia, a mim me parece, um total fracasso. As pessoas estão muito pouco engajadas às medidas recomendadas pelos organismos internacionais de vigilância sanitária, para o enfrentamento da crise pandêmica. No dia seguinte, ao anuncio das medidas de flexibilização, como já havia dito, em franca pandemia, a cidade voltou a funcionar, quase normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Voltaram os problemas de engarrafamento no trânsito, as aglomerações em muitos ambientes, a correria para as lojas e o comercio, intensificaram os contatos entre as pessoas, em bloco passaram a frequentar os mesmos ambientes. Com todo respeito, nos dava a impressão que alguém abriu a chave da porteira e o gado, desesperado, foi para o campo.

             As pessoas, tem dificuldades muito claras de entender, que o distanciamento social, manter espaços seguros entre as pessoas, restringir ambiente de aglomerações, reduzir ao máximo saídas para ambientes públicos ou atividades em público, etc. São recomendações, fundamentais para impedirmos a transmissibilidade do vírus, e com isso evitarmos o Covid-19. Nós humanos, somos os vetores na transmissão de vírus. O clichê, “Fique em casa, foi descumprido pela absoluta maioria da população brasileira”.

           Além, certamente, de serem inspiradas na necessidade de termos cada vez mais saúde e qualidade de vida, pois essas medidas impedem a transmissibilidade, em massa desse vírus, embora sejam, fundamentalmente, sociais e que dizem respeito ao papel o de cada um de nós individualmente e em grupo e foram as que as autoridades sanitárias do planeta, perceberam serem as mais seguras e mais efetivas no combate ao corona vírus, mesmo assim a maioria não entende dessa forma.

           Outro aspecto, é que as medidas também sinalizam para o fortalecimento do amor ao próximo, para assegurarmos mais nosso compromisso social, para sermos mais solidários e para a conquistarmos o desejado bem comum. Lamentavelmente, foi o que vimos muito pouco. A sociedade mesmo diante da mais importante ameaça à saúde e a vida, dos tempos modernos, descumpre, frontalmente essas recomendações, tornando bem mais difícil e prolongado o enfrentamento desse problema em nosso planeta.

      Pode-se compreender esse comportamento social, a partir de alguns fatores, os quais, terão impactos diferentes em cada uma das pessoas. Ei-los: A ignorância da população sobre a transmissão e sobre a doença COVID-19. Atitudes de indiferentismo e de pouco-caso, atribuídos por muitos, ante a situação. A politização do assunto pandemia, nos meios sociais e políticos. O despreparo do poder público no manejo da crise. A falta de bons exemplos e de protocolos claros, de autoridades públicas no manejo da pandemia. O receio ao empobrecimento das pessoas. O pavor de perderem seus empregos. A frustração às restrições sociais. O stress ocasionado pelo abandono de atividades regulares e corriqueiras, sobretudo estudo, trabalho e lazer. O viver em confinamento domiciliar. A diminuição progressiva da tolerância emocional no processo de permanecer por longo tempo em casa. A frustração e os aborrecimentos ocasionados pelo rompimento social. A inatividade da vida domiciliar. Os conflitos familiares já existentes que se reativaram com a volta para casa. São alguns, entre tantos outros fatores, que podem afetar bastante a motivação e o interesse das pessoas no enfrentamento da pandemia. O fato é que precisamos de todos para enfrentarmos o que está aí.

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