QUADROS DA VIDA MARANHENSE

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Anos atrás, o emérito pesquisador Luiz de Mello, numa iniciativa louvável e digna, resgatou um material de valiosa importância jornalística e histórica, publicado nos anos 1950, na imprensa de São Luís, sobre variados assuntos da vida maranhense.

Luiz de Mello reteve aquele material sob o seu poder até o dia em que a Academia Maranhense de Letras manifestou o empenho de transformá-lo em livro, para que as novas gerações usufruíssem de um maravilhoso manancial de informações sobre nossa terra e de nossa gente, da autoria de um dos maiores historiadores do Maranhão, professor Jerônimo de Viveiros.

Estribado na Lei de Incentivo à Cultura, a AML realizou o sonho acalentado por estudiosos e pesquisadores maranhenses, de ver tão valioso material,  pela variedade de assuntos, transformado em 12 fascículos, graças à participação ativa e competente do acadêmico Sebastião Moreira Duarte, que se dedicou de corpo e alma ao ingente trabalho de selecioná-lo e de organizá-lo, para o leitor manuseá-lo com facilidade e inteirar-se de tantas e importantes informações, produzidas pelo texto brilhante de um homem da envergadura moral e profissional de Jerônimo de Viveiros, que em vida, como professor, jornalista e historiador, trabalhou incansavelmente para legar aos conterrâneos uma obra de relevante densidade intelectual.

    Quem pensa que Jerônimo de Viveiros, pela obra gigantesca realizada e dada de presente ao Maranhão, recebeu dos governantes de seu tempo, tratamento digno e respeitoso, equivocou-se redondamente, haja vista as perseguições por ele sofridas, por ordem do interventor Paulo Ramos, nos idos de 1937, em represália às suas posições políticas contra o regime ditatorial implantado no País pelo ditador Getúlio Vargas, sendo, por isso, processado, preso e demitido das funções de professor do Estado e do município de São Luís.

Sem condições de permanecer em sua terra, após longos anos de magistério, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde, pela sua capacidade intelectual e postura moral, integrou o corpo docente do Colégio Pedro II.

O competente mestre só retorna a São Luís, quando o Brasil reencontra-se com a liberdade e a democracia, nos meados da década de 1940.

Garantido pela normalidade jurídica, reintegra-se ao magistério estadual e municipal e, paralelamente, esmera-se no trabalho de resgate de atos e episódios maranhenses, faina executada com destemor e dedicação na Biblioteca Pública, que a ele deu todas as condições para produzir farto e maravilhoso material, publicado nos periódicos da cidade, principalmente, em O Imparcial.

Como na natureza nada se perde, tudo se transforma, os trabalhos do insigne professor não se perderam ou viraram pó, ao contrário, receberam da Academia Maranhense de Letras um tratamento editorial de alto nível, que, sob a forma de fascículos, poderá ser manipulado e lido com prazer pelos que apreciam e gostam de saber o que era o Maranhão de ontem.

Em tempo: essa obra de Jerônimo de Viveiros será lançada dia 9 de outubro, a partir das 19 horas, na Livraria AMEI, no São Luís Shopping.

BOM DE DISCURSO

A gente pode discordar do teor discurso do governador Flávio Dino, mas é impossível negar a sua extraordinária capacidade de bom orador.

Dotado do fantástico dom de falar, principalmente de improviso e para qualquer tipo de público, ele pratica essa arte com facilidade espantosa.

Hoje, no Brasil, difícil encontrar quem o supere nesse modo de vocalizar ideias e posições políticas, estas, sim, questionáveis e nem sempre convincentes.

ATUAÇÃO DE HILDO ROCHA

O deputado federal Márcio Jerry pode ter sido o mais bem avaliado na votação popular do Prêmio Congresso em foco 2019.

No que diz respeito ao desempenho parlamentar, está longe de alcançar o deputado Hildo Rocha, que, no plenário e nas comissões técnicas, desenvolve um trabalho extraordinário e fecundo.

Hildo, nesta legislatura, pela sua destacada atuação, alcançou a plenitude do reconhecimento nacional, razão porque tem sido convocado para o exercício de tarefas importantes no Congresso Nacional. 

MIL DESCULPAS

Faço questão de pedir mil desculpas a José Reinaldo Tavares pela informação nada verdadeira de seu estado de saúde, publicado na semana passada, nesta coluna.

A informação chegou ao meu conhecimento por fonte considerada idônea, daí porque apressei-me em divulgá-la.

José Reinaldo, ao contrário do publicado, não se submeteu a qualquer tratamento cardiológico que o conduzisse à condição de safenado, razão porque o seu coração continua pulsando normalmente e sem problemas para assustá-lo.

AML E ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Os acadêmicos Benedito Buzar, Lourival Serejo e Sebastião Duarte foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto.

A audiência girou em torno de uma parceria da Academia Maranhense de Letras com o Poder Legislativo, para publicação dos manuscritos de O Mulato, do renomado escritor maranhense, Aluísio Azevedo, que se encontram sob à guarda do Museu Histórico do Maranhão.

Pela repercussão que o livro terá a nível nacional, Othelino Neto admitiu a parceira com a Casa de Antônio Lobo.

CONVERSA COM BRANDÃO

O vice-governador Carlos Brandão foi visto no último domingo, durante boa parte da manhã, na Fribal, da Ponta D’Areia, onde não cumpria obrigações domésticas, mas conversar com amigos que, aos domingos, chova ou faça sol, ali se reúnem e passam em revista atos e fatos do cotidiano.

O vice-governador gostou tanto do que viu e ouviu que prometeu retornar brevemente àquele ambiente, antes, porém, fará questão de recepcioná-los na residência do Turu, que ocupa como membro do Poder Executivo.

FILME DE CELSO ANTÔNIO

Antes de viajar para Europa, em companhia da esposa, Jacira, Joaquim Haickell fez uma parada em São Paulo, para exibir o filme “Celso Antônio, brasileiro”.

Apresentado a uma plateia restrita, integrada por Moema, neta do escultor maranhense, o marido Sérgio Belleza, o artista plástico, Israel Kylanky e o cineasta Joel Zito Amorim, o filme, produzido por Beto Matuck, Joaquim Haickell e Joan Santos, foi calorosamente aplaudido.      

FLÁVIO E BOLSONARO

Do ex-secretário de Fazenda, Jaime Santana, fazendo um paralelo entre os governos do Maranhão e do Brasil: – Flávio Dino é melhor do que o seu secretariado e o ministério federal é melhor do que Jair Bolsonaro.

SARNEY E BOLSONARO    

José Sarney, como presidente do Brasil, ao abrir os debates da Assembleia Geral da ONU, recebeu os maiores elogios da imprensa mundial, pelo teor literário que impôs ao seu discurso, inclusive citando versos do poeta maranhense, Bandeira Tribuzi.

Já o discurso pronunciado por Jair Bolsonaro, no mesmo plenário da ONU, obteve péssima repercussão mundial, pelas opiniões retrógradas, agressivas e radicais, defendidas pelo Chefe da Nação.       

FELIPE NA TELEVISÃO

Chegou ao fim uma das melhores novelas, produzidas pela TV Globo: Orfãos da Terra, que tinha como pano de fundo um problema atual e vivido pelos povos árabes.

Se a Globo tivesse vindo ao Maranhão, certamente teria convidado o empresário Felipe Mussálem, presidente da Associação Comercial, pelo seu biótipo, para participar daquele folhetim.  

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