A DÉCIMA SEGUNDA FEIRA DE LIVROS

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Salvo melhor juízo, foi na segunda gestão do prefeito Tadeu Palácio (2004-2008), que ocorreu a Primeira Feira do Livro, em São Luís.

O sucesso foi tão retumbante e auspicioso, que o evento se repetiu ao longo de seu mandato, fazendo o prefeito conquistar pontos de credibilidade junto aos intelectuais e setores da cultura maranhense.

O segredo do sucesso da Feira do Livro, naquela gestão, indiscutivelmente, deve ser creditado a três fatores. Primeiro, à boa coordenação das irmãs Lúcia e Leda Nascimento, que cuidaram de oferecer ao público uma programação bem estruturada e diversificada, com excelentes atrações locais e nacionais, e participação de escritores selecionados, daqui e de outras cidades.

Segundo, o local onde se realizaram: Praça Maria Aragão, espaço amplo e privilegiado da cidade, de fácil acesso e sem problemas de estacionamento.

Terceiro, ao desvelo, assistência e presença do alcaide, que fazia questão de todas as noites ser o primeiro a chegar e o último a sair da Praça Maria Aragão, para onde transferiu o seu gabinete de trabalho, e recebia, com comes e bebes, autoridades, escritores, palestrantes e convidados especiais.

Com o término da gestão de Tadeu Palácio, a prefeitura de São Luís passou para o comando de João Castelo, que, com relação à Feira do Livro, não conseguiu obter a mesma façanha do antecessor.

No primeiro ano de sua gestão, sob alegação da ausência de recursos, o prefeito custou a decidir com respeito ao evento. Quando resolveu fazê-lo, o tempo já era curto. Resultado: a Feira deixou a desejar e não pode ser comparada às promovidas pela administração passada.

Ainda na gestão de Castelo, a Feira mudou de pouso. Saiu da Praça Maria Aragão para a Praia Grande, espaço sem condições apropriadas para abrigar um evento de tamanha magnitude cultural, por três motivos: estacionamento precário e limitado; ausência de locais adequados para palestras e montagem dos stands; e as restrições do IPHAN.

Com a assunção de Edivaldo Holanda Junior à direção da municipalidade de São Luís (2012-2016), no seu primeiro ano de mandato, a Secretaria Municipal de Cultura procurou retirar a Feira do Livro da Praia Grande.

Depois de intensas buscas, o Convento das Mercês foi apontado como alternativa para o novo projeto, mas o tiro saiu pela culatra, pois as instalações daquele espaço centenário não se ajustaram aos objetivos da Feira.

À falta de outro local, para se adequar aos propósitos do evento, a Secretaria Municipal de Cultura promoveu o retorno da Feira à Praia Grande, a despeito de apresentar os mesmos e sabidos problemas, que a Coordenação teve de passar por cima, sob pena do evento naufragar.

Em face das críticas da imprensa, dos livreiros e dos escritores à Praia Grande, a Secretaria Municipal da Cultura, este ano, com antecedência, caiu em campo com o intuito de achar outro local para instalar a Feira de Livros.

Depois de penosa peregrinação pela urbe ludovicense, afinal, surge o consenso em torno de um magnífico espaço para dar à Feira um toque diferenciado e atender às necessidades exigidas pelos que fazem a cultura maranhense: o Centro de Convenções do Sebrae.

Localizado numa área nobre da cidade e dotado de todas as condições para agradar ao público, aos livreiros e aos escritores, espera-se que aquele imóvel, de agora em diante, seja o lugar certo e definitivo para o evento se firmar como atração irreversível e exitosa.

No ano vindouro, se a Feira for mantida no mesmo local e com uma divulgação mais forte, o evento voltará aos tempos de glória e de esplendor.

 

TRAIDORES POLÍTICOS

O Maranhão está cheio de Lázaros de Melo

Quem diz isso são os candidatos derrotados nas recentes eleições para as Casas Legislativas estadual e nacional, que atribuem aos traidores a causa de suas derrotas.

PREFEITO AUSENTE

Não dá para entender a razão pela qual o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, evita marcar presença nas solenidades de abertura da Feira do Livro.

Esse aparente receio do prefeito de apresentar-se perante um público intelectualizado, merece explicação.

Edivaldo Holanda é, até agora, o prefeito de São Luís que nunca compareceu a qualquer ato na Academia Maranhense de Letras.

DEPUTADOS EXÓTICOS

Seria objeto de curiosidade e de hilaridade se o povo maranhense tivesse elegido os candidatos abaixo relacionados e registrados com esses nomes no Tribunal Regional Eleitoral.

Kleber Tratozão, Ricardo Diniz Meu Querido, Domingos Catraca, Frank Night, Macho Veio, Louro do Frango, Ducarmo Mãe de Ivan do Cajari, Net Recepções, J. Santos do Itaqui Bacanga, Wilson Bossó, O Homem do Ventilador, Zé do Chicletes, Socorro do Japonês, Jesus da Fumaça, Feliciano do Bombom, Kennedy Imperlove, Gato Felix, Hely Copy, Manoel da Caçamba, Popito Martins, Alexsandra Alê do Povo, Miss Cley, Carioca do Povo, Macaco Velho e Mata Broca.

Ainda bem que só Ana do Gás se elegeu.

MÉDICOS CUBANOS

No Maranhão, mais de 400 médicos cubanos deixarão de atender as comunidades carentes.

Os prefeitos das cidades atendidas pelos médicos cubanos não se queixam deles quanto à capacidade profissional. Ao contrário, fazem questão de enaltecê-los pelos serviços prestados e lamentam as suas partidas para o país de origem.

PREFEITO DEPREDADOR

Na semana passada, o Sebrae do Maranhão escolheu o gestor Edivaldo Holanda Junior, pelo trabalho realizado em São Luís, para receber o título de Prefeito Empreendedor.

Como a grande maioria dos gestores municipais de nosso Estado brilha pelas administrações caóticas, ineficientes e desonestas, seria de bom alvitre que se conferisse o título de Prefeito Depredador aos que se esmeram nesse mister.

ARTE E VIDA

Segundo Aristóteles, a arte imita a vida. Já para Oscar Wilde, a vida é que imita arte.

De uma ou de outra forma, o fato é que em Imperatriz um cara entrou na Justiça para reaver a esposa, que resolveu ter uma vida dupla com o titular e o amante.

Trata-se de um caso similar ao retratado na novela “Segundo Sol”, exibido recentemente pela TV Globo, em que a personagem Naná (Arlete Sales), decide viver com o esposo, Dodô (José de Abreu) e o amante, Nestor (Francisco Cuoco).

REPRESENTANTES NEGROS

Pela primeira vez, o povo maranhense comemorou, com feriado, o Dia da Consciência Negra, lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo Poder Executivo.

Com a vigência dessa lei pode ser que nas próximas eleições o eleitorado maranhense se sensibilize e eleja para representá-lo nas Casas Legislativas um número mais expressivo de descendentes quilombolas.

No pleito deste ano, por exemplo, só um oriundo afro conseguiu ser eleito: Zé Inácio, do PT, para a Assembleia Legislativa, coincidentemente, o autor da lei.

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VIDA E MORTE NA POLÍTICA

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Winston Churchill, um dos maiores estadistas do mundo e herói da Segunda Guerra Mundial, cunhou uma frase sábia e sempre atual: “A política é a única atividade em que se morre várias e se consegue ressuscitar”.

Valho-me da sentença histórica do notável político inglês, para lembrar de alguns políticos brasileiros que, derrotados em refregas eleitorais, majoritárias e proporcionais, ganharam vida nova em eleições subsequentes, a exemplo de Ademar de Barros, Milton Campos, Eduardo Gomes, Lula, Leonel Brizola, Jânio Quadros e tantos outros.

No Maranhão, não são poucos os que foram inapelavelmente afastados da vida pública, através do sufrágio popular, mas conseguiram se reabilitar politicamente em eleições posteriores, como Renato Archer, Cid Carvalho, Epitácio Cafeteira, Costa Rodrigues, Nunes Freire, Afonso Matos, Clodomir Millet, João Castelo, Jackson Lago e outros tantos.

O único político brasileiro que teve longevidade pública foi o maranhense José Sarney, ao longo da qual disputou os mandatos de deputado federal em 1954, 1958 e 1962, de governador em 1965, e de senador em 1970 e 1978, pelo Maranhão, e 1990, 1998 e 2006, pelo Amapá, sempre através de eleições diretas.

O único cargo político exercido por Sarney, conquistado por eleição indireta, foi o de vice-presidente da República, em janeiro de 1985. Em abril daquele ano, com o falecimento de Tancredo Neves, ele assumiu em caráter definitivo, a chefia da Nação brasileira.

Centenas de candidatos que se encontravam afastados da cena partidária maranhense, este ano, se registraram aos cargos executivos e legislativos, na tentativa de retornarem às atividades políticas.

Ao final da apuração, o que se viu?   A grande maioria não se elegeu à Assembleia Legislativa e nem à Câmara dos Deputados.

Para o Congresso Nacional, nomes como Ildo Marques, Sebastião Madeira, Julião Amin, Davi Alves Silva Junior, Waldir Maranhão, Trinchão, Pavão Filho, Raimundo Coelho, Marly Abdala, Luiz Pedro, Arimatea Viégas, Zé Luís Lago e Nonato Aragão, conhecidos de tantas pelejas eleitorais, foram impiedosamente massacrados nas urnas.

Dos 18 deputados que representavam o Maranhão na Câmara Federal, só oito conseguiram se reeleger, significa dizer que na próxima legislatura contaremos com 10 novos parlamentares: Eduardo Braid, Bira do Pindaré, Edilázio Junior, Gil Cutrim, Josimar do Maranhãozinho, Júnior Lourenço, Júnior Marreca Filho, Márcio Jerry, Pastor Gildenemyr e Pedro Lucas Fernandes.

No tocante ao Poder Legislativo, o Maranhão foi o 6º estado com maior índice de renovação: 55 por cento, sendo 76 por cento coligados do governador Flávio Dino.

Nessa renovação, três políticos veteranos voltaram à atividade parlamentar: José Gentil, Cleide Coutinho e Arnaldo Melo. Para enfrentar esse forte rolo compressor governista, as Oposições contam apenas com Adriano Sarney, Arnaldo Melo, César Pires e Wellington do Curso.

Para a Assembleia Legislativa, nomes conhecidos do eleitorado, pela disputa de cargos eletivos em pleitos passados, como Edivaldo Holanda(pai), Raimundo Cutrim, Jota Pinto, Manoel Ribeiro, Solynei Silva, Doutor Gutemberg, João Bentivi, Marinete Gralhada, Remy Ribeiro, Fábio Câmara, Zito Rolim, Socorro Waquim, Junior Verde, Marcos Caldas e Lourival Mendes, voltaram este ano a concorrer, mas as urnas os rejeitaram.

Quem sabe, nas eleições de 2022, sejam novamente candidatos aos cargos eletivos e possam ressuscitar politicamente, como preconizava Winston Churchill.

 

BOLSONARO E SARNEY

Deu no jornal O Globo, do Rio de Janeiro: “Bolsonaro não apenas bateu continência a José Sarney. Ainda o chamou de Meu Comandante.”

CORRUPÇÃO CRIATIVA

A criatividade da corrupção brasileira não tem limite. Depois do dinheiro em cuecas, meias e malas, temos agora o dinheiro na privada.

PRÊMIO SEBRAE

A Prefeitura de São Luís indiscutivelmente merecia ser premiada este ano pelo Sebrae, face ao sucesso do projeto “Feirinha da Cidade”, promovido todos os domingos na Praça Benedito Leite.

Por aquela exitosa iniciativa da Prefeitura de São Luís, o Prêmio Sebrae, categoria Empreendedorismo, deveria ser dividido entre o prefeito Edivaldo Holanda Junior e o secretário municipal de Agricultura, Ivaldo Rodrigues, mentor e executor da “Feirinha de São Luís.”

DEZ E ZERO

Merecem nota dez o promotor e juiz de Cajari, que cancelaram a participação de um cantor famoso na festividade programada pelo prefeito em comemoração ao aniversário do município.

O contrato, de valor elevado, era prejudicial à administração do município, que sobrevive dos escassos recursos federais e insuficientes para fazer face às despesas com saúde e educação do município.

Em contra partida, merece nota zero a desembargadora que reformou a decisão do juiz e autorizou a realização do show.

PACTO PELA UFMA

As eleições para a reitoria da Universidade Federal do Maranhão estão previstas para os meados do primeiro semestre de 2019.

A despeito da distância temporal, o clima de agitação eleitoral já invadiu os campis da Universidade Federal do Maranhão, com o lançamento do movimento “Pacto pela Ufma.”

O movimento reúne professores, estudantes e corpos técnicos e administrativos da instituição, para o debate de questões que afligem a Ufma, nesses tempos de dificuldade.

BANCADAS PARLAMENTARES

No Congresso Nacional, três bancadas darão sustentação parlamentar ao presidente eleito, Jair Bolsonaro: dos ruralistas, evangélicos e da bala.

Na Assembleia Legislativa do Maranhão, não existem representantes de ruralistas e da bala.

Sorte do governador Flávio Dino que contará com o apoio de bancadas integradas por bíblicos (evangélicos e católicos), profissionais liberais e mulheres.

JARDIM ZOOLÓGICO

Acusada de compra de votos, nas eleições de 2016, a prefeita de Santa Luzia até hoje vive sob judice.

Como ela administra um município alvo de ações, processos e julgamentos em tramitação na Justiça Eleitoral?

Pelo nome como é conhecida – França do Macaquinho, seria melhor trocar o mandato de prefeita por um lugar no jardim zoológico.

DE FILHO E DO PAI

Se o jornalista Felix Alberto sofresse do coração, poderia ter sofrido um ataque cardíaco na noite de sua posse na Academia Maranhense de Letras.

O filho, João Vitor, que estuda na cidade paulista de Ribeirão Preto, sem que o pai esperasse, entrou no salão acadêmico exatamente no momento da solenidade começar.

Mas Felix soube controlar a emoção e fazer um tranquilo e bom discurso de posse.

ZUZU NAHUZ

Nesta quarta-feira, 21 de novembro, a partir das 18 horas, eu estarei no stand da Academia Maranhense de Letras, lançando e autografando o livro de crônicas do saudoso jornalista, Zuzu Nahuz, que eu tive o prazer de organizar.

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O ANTI-BOLSONARO

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Pode-se afirmar com a mais absoluta convicção de que na cena brasileira, até agora, ainda não apareceu um político mais anti-Bolsonaro do que o maranhense Flávio Dino.

Essa animosidade ao presidente eleito do Brasil, pelo que se imagina, é antiga e parece ser simultaneamente pessoal e política, haja vista a maneira como o governador maranhense a ele se refere no trivial cotidiano.

Nem quando as pesquisas de opinião pública apontavam o candidato do PSL como o preferido do eleitorado, Flávio Dino deixou de cutucá-lo com vara curta.

Além de não apoiá-lo, não dispensava a vez e muito menos a oportunidade de taxá-lo como despreparado para dirigir os destinos do País, envolvido em terrível e desafiadora crise econômica e social.

O tom das críticas a Bolsonaro recrudesceu mais ainda, em extensão e profundidade, no segundo turno das eleições presidenciais, quando o governador avocou a responsabilidade de dar a Fernando Hadad, candidato do PT e de Lula, esmagadora vitória eleitoral no Maranhão, ao manifestar, de modo eloquente, o seu desapreço, diga-se de passagem, nada amistoso ao candidato da direita.

Não por acaso Haddad veio duas vezes a São Luís, a última na reta final da campanha eleitoral, para participar da vibrante caminhada, sob o comando do próprio governador, que, nas ruas da cidade, cantava e gritava, a pleno pulmões, o nome do seu candidato e pedia ao povo para nele votar, cenas vistas e comentadas nos meios de comunicação e redes sociais.

Desse gigantesco trabalho, resultou a exuberante vitória do candidato Fernando Haddad, que saiu das urnas no Maranhão, com 73,26 % dos votos válidos (2.428.913) contra 26,74 % dos votos válidos (886.565) de Bolsonaro.

Com esse troféu nas mãos, o governador entrou em campo para, de maneira firme e determinada, deslanchar um novo e ambicioso projeto político, alavancado no seu desempenho nas eleições presidenciais, nas quais impôs implacável derrota ao candidato do PSL.

Por causa dessa façanha, Flávio instrumentalizou-se para ocupar o espaço que a esquerda começou a perder com a prisão de Lula e agravado com as derrotas sofridas pelos candidatos do PT, Francisco Hadad, e do PDT, Ciro Gomes, nas recentes eleições.

Ocupar esse espaço político, para o governador maranhense, não seria algo difícil ou complicado, tendo em vista a sua trajetória de vida, toda ela voltada para as causas esquerdistas, mormente nos dias correntes, quando em nome das forças oposicionistas, vem batendo de frente no presidente eleito, sem temer qualquer represália pessoal ou política.

Essa empreitada de não deixar Bolsonaro só na cena política, como se ele fosse o dono da verdade, Flávio assumiu com o pensamento naquela máxima de que “bebe água limpa quem chega primeiro na fonte.”

Sustentado nisso, não quer deixar escapar a oportunidade ímpar de se apresentar, ainda que precocemente, mas de corpo inteiro, como alternativa viável às lutas que deverão ser desencadeadas no Brasil, nos dias incertos que virão por aí.

Esse projeto que o governador espera ser acolhido pelas esquerdas, tem dupla face. De um lado, a possibilidade de ele, como opositor de Bolsonaro, ser um potencial candidato à próxima sucessão presidencial. De outro lado, porém, um perigoso risco pode afetar o Estado do Maranhão e deixá-lo em situação nada agradável.

Trata-se da vulnerabilidade da nossa economia, sujeita a sofrer problemas de toda natureza, assacados pelas autoridades federais, por meio de processos nada agradáveis, como cortes de verbas e suspensão de recursos indispensáveis ao funcionamento da máquina administrativa estadual.

CONSTITUINTES MARANHENSES

As comemorações alusivas aos trinta anos da Constituição do Brasil, promulgada em 1988, fazem lembrar os parlamentares maranhenses que participaram dos trabalhos da elaboração da vigente Carta Magna.

Vinte e um constituintes se elegeram com a missão de fazer com que o Brasil tivesse uma Constituição democrática e progressista. Quinze estão vivos e seis partiram para o andar de cima.

Os vivos: Albérico Ferreira Filho, Antônio Gaspar, Costa Ferreira, Edison Lobão, Eliezer Moreira, Enoc Vieira, Francisco Coelho, Haroldo Saboia, Jaime Santana, Joaquim Haickel, José Carlos Saboia, José Teixeira, Onofre Correia, Sarney Filho e Wagner Lago.

Os falecidos: Alexandre Costa, Cid Carvalho, Davi Alves Silva, João Castelo, Vitor Trovão e Raimundo Vieira da Silva.

LUTA PESSOAL

Há quem diga que entre o governador Flávio Dino e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, há mais razões pessoais do que políticas a separá-los.

Esse antagonismo vem do tempo em que os dois eram deputados federais e travaram, como representantes da esquerda e da direita, discussões violentas e muitas vezes na iminência de chegarem às vias de fato.

Portanto, não é de agora e nem por motivos apenas políticos e ideológicos, que Flávio e Bolsonário se odeiam.

SIMPLÍCIO E GASTÃO

Rigorosamente certo: os dois primeiros suplentes da coligação de apoio à candidatura do Governador Flávio Dino, Simplício Araújo e Gastão Vieira, deverão assumir os mandatos de deputados federais.

Vão ocupar os lugares dos titulares, Márcio Jerry e Rubens Junior, nomeados para o primeiro escalão do Governo do Estado.

Rubens Junior deverá ser o novo secretário de Saúde e, quem sabe, um dos preferidos do Governador para sucedê-lo.

OS PRESIDENCIALISTAS

Cada Chefe de Governo que chega ao Poder Executivo no Brasil, imprime um tipo de presidencialismo que o difere dos antecessores ou sucessores.

Juscelino Kubitscheck impôs ao País um Presidencialismo de Coalizão. O de Sarney, Conciliação; o de Fernando Collor, Agressão; o de Itamar Franco, Conversação; o de Lula, Cooptação; o de Dilma, Destruição; o de Temer, Negação.

Acham que o de Jair Bolsonaro será de Arrumação.

VOTO DE SARNEY

Pelo fato de ser senador pelo Amapá, José Sarney deixou alguns anos de votar em São Luís.

Nas eleições deste ano, voltou a ter o seu domicílio eleitoral em São Luís, reencontrando-se com as suas origens políticas.

Neste segundo turno, estava na fila de votação quando uma mulher perguntou se ele era candidato a algum cargo.

Sarney respondeu negativamente, mas lembrou que dois filhos e um neto corriam atrás de votos: Roseana, Zequinha e José Adriano.

FESTA DOS AMIGOS

Mauro Fecury bateu o martelo e marcou para o dia 15 de dezembro o evento festivo que realiza todos os anos.

A Festa dos Amigos de 2018 , coordenada por Cláudia Vaz dos Santos, terá como atração o grande cantor Altemar Dutra Junior.

O evento, como sempre, acontecerá nas dependências do Ceuma, com início marcado para 10 horas.

SESSENTA ANOS DE CASADOS

Amigos e parentes do general Murilo Tavares e da esposa Clenir Furtado, marcaram presenças em Brasília, na semana passada, no evento comemorativo de importante data na vida do casal maranhense.

A celebração dos sessenta anos da feliz união de Murilo e Clenir, figuras bastante queridas em São Luís, pois fazem parte de famílias tradicionais, foi um acontecimento que abalou a capital da República.

A convite de Mauro Fecury o casal estará em São Luís, no dia 15 de dezembro, para participar da Festa dos Amigos e receber as merecidas homenagens.

A ONDA BOLSONARISTA

A onda bolsonarista que invadiu o Brasil inteiro nas recentes eleições presidenciais, incrivelmente, não chegou ao Maranhão.

Espantei-me quando o relatório do Tribunal Regional Eleitoral mostrou que apenas em três municípios maranhenses o candidato Jair Bolsonaro teve mais votos do que Fernando Hadad: Imperatriz, Açailândia e São Pedro dos Crentes.

Em São Luís, onde acreditava que o candidato do PSL ganhasse, Hadad o suplantou.

 

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O APOCALIPSE DE UMA GERAÇÃO POLÍTICA

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Após a realização do primeiro turno das eleições de 2018, as atenções dos maranhenses se voltaram para o Tribunal Regional Eleitoral, para acompanhar o resultado das apuração, com vistas aos cargos majoritários e proporcionais.

À medida em que os boletins do TRE, relativos à votação dos candidatos chegavam ao conhecimento dos interessados, vencedores e vencidos apresentavam reações diferenciadas.

Entre os adeptos e integrantes do grupo político liderado pelo governador Flávio Dino, tudo era alegria e sorriso, porque a marcha das apurações mostrava e sinalizava a vitória de cabo a rabo dos participantes da luta.

Para os sarneístas, contudo, o clima não era o mesmo, já que as urnas se mostravam nada favoráveis aos que tentavam um cargo majoritário ou proporcional, razão pela qual se deixavam dominar pela amargura de ver, ao final da campanha eleitoral, rolar por águas abaixo o esforço de uma militância que desejava sobretudo a vitória de Roseana Sarney, mas sentia e via que as peças que sempre levavam o grupo ou o partido  ao sucesso político, nestas eleições, não se encaixavam.

Primeiro, pelas idas e vindas da candidata, dotada de um forte carisma pessoal, mas sensivelmente hesitante quanto ao êxito de sua candidatura à falta de instrumentos materiais e financeiros, indispensáveis ao bom andamento de uma campanha política, que começou tardia e descompassada.

Mesmo assim e com tantos entraves, Roseana partiu para o sacrifício, contando apenas como ajuda de amigos leais e de seu forte apelo popular, responsáveis pela votação que obteve numa campanha adversa do começo ao fim, mas que ela, com garra e coragem, fez de tudo para superar, mas embalde, uma vez que o embate político se auspiciava problemático pela fadiga de tempo do grupo  sarneísta no poder e porque o opositor era um candidato forte e contava com uma máquina administrativa azeitada e pronta para ser usada a serviço do Governo.

Por causa desse malogrado desfecho político, os menos avisados logo imaginaram que a derrota submetida ao grupo Sarney, há anos imbatível no Maranhão, era um fato isolado e único no país, como se apenas o eleitorado maranhense decidira insurgir-se contra uma estrutura política, que começou em 1965, quando o jovem governador José Sarney destronou do poder o vitorinismo, que desde a redemocratização do país, em 1946, detinha sob seu controle a máquina administrativa do Estado.

Ainda sob o fulgor das eleições de 2018, o que se viu em quase todos estados brasileiros foi o comparecimento do eleitorado às urnas para mostrar que não só o Maranhão sofreu uma reviravolta política, que culminou no banimento da vida pública de algumas lideranças políticas.

Também, em outra unidades federativas, o rolo compressor do eleitorado não comprometido com o passado, jogou no mar do infortúnio um elenco de senadores, ex-ministros e ex-governadores, que figuravam na cena política brasileira como atores ultrapassados.

A derrota do sarneísmo no Maranhão não foi portanto um ato isolado do resto do país. As eleições aqui ocorridas foram semelhantes às realizadas em outras partes do Brasil e jamais vistas. Não por acaso ficou marcada na história como a mais imprevisível, controversa e polarizada, desde que o país voltou a ser democratizado em 1985.

O apocalipse de uma geração política, configurada no primeiro e no segundo turno da eleição de 2018, decorreu de uma reviravolta eleitoral que aconteceu no Brasil, tendo como protagonista principal um eleitorado, que livremente votou para que os novos detentores do poder possam proporcionar ao povo condições de uma vida melhor, com mais segurança, emprego, sem corrupção e crise econômica.

OU NAS ELEIÇÕES DE 2018

No Acre, senador José Viana; em Alagoas, o ex-governador Ronaldo Lessa e o senador Benedito Lira; no Amapá, o ex-governador Capiberibe; no Amazonas, a senadora Vanessa Graziotin e os ex-governadores Alfredo Nascimento e Amazonino Mendes; na Bahia, o ex-ministro Juatahy Junior e os ex-deputados Benito Gama e José Carlos Aleluia; no Ceará, os ex-senadores Eunicio Oliveira e Inácio Arruda; em Brasília, o ex-senador Cristovão Buarque; no Espírito Santo, os senadores Magno Malta e Ricardo Ferraço; em Goiás, os ex-senadores Marconi Perilo e Lúcia Vânia; em Mato Grosso, o ex-governador Pedro Taques; em Minas, Dilma Roussef e o senador Anastásia; no Paraná, Roberto Requião e o ex-governador Richa; em Pernambuco, os ex-senadores Armando Monteiro e o ex-ministro Mendonça Filho; no Piauí, o ex-deputado Heráclito Fortes; no Rio de Janeiro, o ex-prefeito César Maia e o ex-deputado Miro Teixeira e os senadores Chico Alencar e Lindberg Farias; Rio Grande do Norte, ex-senadores João Agripino e Garibaldi Filho; Rio Grande do Sul, ex-senador José Fogaça; São Paulo, Eduardo Suplicy;  Rondônia, ex-senador Waldir Raupp; Roraima, ex-senador Romero Jucá.

DIREITA, ESQUERDA E CENTRO

A partir de 1 de janeiro de 2019, o povo de São Luís vai viver uma experiência de vida singular.

Terá como Presidente da República, o capitão Jair Bolsonário, um homem da direita.

No plano estadual, terá como governador, Flávio Dino, que reza no credo da esquerda.

No que se refere à administração municipal, tem como prefeito municipal Edivaldo Holanda Junior, um cidadão do centro.

APOIO PARLAMENTAR

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, terá no Congresso Nacional o apoio de três correntes políticas.

Dos deputados e senadores evangélicos, eleitos pelas diversas seitas existentes no Brasil.

Dos parlamentares ruralistas, que defendem os interesses do meio agrícola.

Dos políticos da bala, oriundos das casernas.

ONDA BOLSONISTA

O governador Flávio Dino, no primeiro e no segundo turno, impediu que a onda bolsonista invadisse o Maranhão.

O candidato que o governador apoiava para Presidente da República, Fernando Hadad, nos dois turnos, teve votações que deixaram Bolsonário longe.

Nem mesmo em São Luís, onde o eleitorado fez muita movimentação de rua, Bolsonário não conseguiu suplantar a votação de Hadad.

TRANSMISSÃO DE GOVERNO

Uma pergunta que não quer calar: se Roseana Sarney fosse eleita governadora do Estado, o governador Flávio Dino teria coragem de pessoalmente lhe transmitir a faixa governamental

Se o ato acontecesse, pela segunda vez, veríamos a repetição dessa cena no Maranhão.

A primeira vez, quem protagonizou esse espetáculo nada civilizado, foi o governador Newton de Barros Belo, esquivando-se de passar o cargo para o eleito, José Sarney.

SENADO E ASSEMBLEIA

Os candidatos maranhenses que não se elegeram para o Senado da República ou para a Assembleia Legislativa, estão sendo convidados a comparecer ao Senado da Praça e à Assembleia de Deus.

Há vagas em abundância e que precisam ser preenchidas.

SURPRESAS NAS ELEIÇÕES

Concordo plenamente com os que dizem que as eleições de 2018 foram atípicas  e as mais surpreendentes do Maranhão.

No ranking dos candidatos à Câmara Federal, João Marcelo, Hildo Rocha e Juscelino Resende eram considerados bem cotados e seguramente eleitos.

Quando as urnas abriram o que se viu foi temor estampado na face dos três candidatos, que, de favoritos, quase viram azarões.

AMIGO QUERIDO

Perdi esta semana um grande e querido amigo: João Bouéres.

O conheci trabalhando no antigo BDM, na década de 1960. Gostava de duas coisas: ouvir música de boa qualidade e de viajar pelo mundo. Vou sentir saudades dele, principalmente nas viagens internacionais.

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