Wallace Lemos segue trabalho no Moto na Série D

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O presidente do Moto, Natanael Júnior decidiu pela permanência do técnico Wallace Lemos, mesmo após a derrota para o Imperatriz e a perda de forma incrível do título do Campeonato Maranhense.

No futebol brasileiro, sempre que uma equipe perde acaba sobrando para o treinador e no Moto não foi diferente. O “fracasso” em mais uma decisão levou o dirigente a discutir sobre a manutenção do treinador. E de forma acertada, Natanael mantém o treinador que deu ao Moto o padrão que se espera de um time de futebol.

Ah, mas alguém vai dizer: mas Wallace Lemos não ganhou nada. Isso é verdade também…

Desta vez prevaleceu o bom senso. E embora não tenha assimilado a derrota ainda, Natanael se convenceu que o melhor para o Moto é seguir com o trabalho por conta do Campeonato Brasileiro Série D.

É fato que Wallace Lemos errou na decisão contra o Imperatriz, da mesma forma como já havia errado contra o ABC, na Copa do Brasil, mas não foi o único a errar. Jogadores tiveram falhas individuais incríveis na defesa e sobretudo no ataque quando jogaram foram várias chances de ampliar o placar quando a equipe esteve na frente por duas vezes.

Mas a diretoria do Moto também errou ao identificar que o time tinha carências, por exemplo no ataque e na lateral esquerda e mesmo quando ainda podia contratar para o Campeonato Maranhense achou que o time que tinha era suficiente para vencer.

E errou também ao programar festa com apresentação de cantor antes e no intervalo da partida. Já vi em muitos jogos importantes o Moto fazer festa e acabar se dando muito mal. Festa só se faz quando se ganha. Aliás, nesse ponto na sexta-feira (12) cheguei a conversar com o presidente do Moto sobre essa “festa antecipada” e relembrei episódios anteriores. Não deu outras… Isso nunca dá certo.

Daí responsabilizar apenas o treinador não é correto, ainda mais quando sabemos que vem realizando um bom trabalho. Bom, mas nesse ponto Wallace precisa mudar.

Covardia, teimosia e soberba não combinam com futebol e o técnico Wallace Lemos precisa entender isso o quanto antes. Já vi alguns momentos em que o treinador do Moto até já discutiu com torcedores por teimar tanto com jogadores que não corresponderam como é o caso de Danilo Galvão.

Não quero ter a pretensão de escalar time de futebol, mas quando se tem Vitor Salvador no banco de reservas, o Moto não pode apostar em Pedro Dias que apesar de ter feito um bom campeonato ainda não tem a experiência que uma decisão pede. Mas foi uma opção do técnico e que se tivesse dado certo todos estariam aplaudindo.

Neste caso não deu certo, assim como não deu em Natal quando o Moto de Wallace Lemos foi covarde e recuou até ceder o empate fatal para o ABC. Dessas duas grandes tragédias rubro-negras no ano, espera-se que Wallace tire lições para o resto da vida.

É verdade que o índice de acerto do Moto nas contratações sob o comando de Wallace Lemos é excelente e isso não pode ser deixado de lado. O Moto tem um bom time e um bom técnico, só precisa é saber utilizar corretamente as peças que tem.

As quedas do Moto na Copa do Brasil e no Campeonato Maranhense devem servir de lições para todos dirigentes, comissão técnica e jogadores, pois no futebol só se ganha quando o juiz apita o fim do jogo.

Que o trabalho no Moto continue e que todos aprendam que não podem mais errar…

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Obra subterrânea

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Por Edivaldo Holanda Junior

Drenagem urbana é o tipo de obra que poucos governantes colocam como prioridade para investimento. A razão é simples: além do elevado custo, é uma obra pouco visível. Não é como uma praça, asfalto ou um monumento que é visto diariamente por quem passa no local e que, portanto, deixa o gestor em constante evidência. Porém, quando chega o período chuvoso, são essas obras imperceptíveis aos olhos do dia a dia do cidadão que evitam grandes transtornos para a cidade. Em São Luís, onde estamos enfrentando fortes chuvas, com volume de água que supera médias históricas, conseguimos graças aos investimentos na construção de sistema de escoamento de águas pluviais dar solução a pontos de inundações que antes eram críticos – e pareciam não ter solução.

É esta a gestão que mais tem investido em sistema de drenagem na cidade. Já são cerca de 40 quilômetros de rede construídos nos últimos anos, entre canais e galerias, o que possibilitou, por exemplo, que mesmo com os temporais das últimas semanas na capital maranhense não houvessem alagamentos em regiões da Vila Apaco, Cohab/Cohatrac, Santa Clara, Vila Riod, Parque dos Sabiás/Forquilha e Tirirical, por trás do Banco do Brasil, Rua das Mangueiras e Senador Pompeu, na Vila Isabel, entre muitos outros pontos. Antes, bastava uma chuva mediana para vias e residências dessas áreas serem invadidas pelas águas. 

Ainda há muito para ser feito para que se consiga garantir o total bom funcionamento da cidade durante o período chuvoso, afinal, além do elevado índice pluviométrico, aqui enfrentamos nitidamente dois grandes problemas: a grande demanda por esse tipo de obra ocasionada pela falta de implantação de dutos para canalização correta das águas pluviais no processo de expansão da cidade; e a grande quantidade de lixo que é descartado irregularmente e que acabam entupindo os dispositivos por onde a água da chuva deveria escoar, causando assim os alagamentos. Para se ter uma ideia, a Prefeitura de São Luís recolhe todos os dias cerca de 300 toneladas de lixo que é jogado em local inadequado. Mesmo com as sequenciais campanhas de conscientização, ainda há quem cometa esse ato tão danoso. 

Para minimizar os transtornos acentuados pelas fortes chuvas, além do crucial trabalho de construção das tubulações de concreto da rede de drenagem, é feito ainda o serviço preventivo de limpeza e desobstrução de canais, bueiros e galerias durante o ano todo, sendo intensificado nesta época. Ação que requer a mobilização de um grande aparato, com máquinas retroescavadeiras e caminhões hidrojato – um sistema que suga dos locais mais difíceis o resíduo descartado em locais públicos e que são levados pela ação dos ventos e da chuva para dentro dos dispositivos da rede de escoamento das águas.

Mesmo com o elevado índice pluviométrico, estamos mostrando que o trabalho que se tem feito em macrodrenagem da capital tem surtido efeito. Ainda há dificuldades sim, mas há também uma gestão comprometida e que garante que mais obras, sejam elas subterrâneas ou não, chegarão em breve para continuar resolvendo o que antes parecia não ter saída. Afinal, o nosso interesse não é ganhar status diário com obra, é solucionar os problemas da vida das pessoas. É isso que faz a diferença.

*Edivaldo Holanda Júnior é prefeito de São Luís

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Cooperação e consciência

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Por Adriano Sarney

É notável para quem anda pelas cidades do Maranhão, principalmente as de pequeno porte, como a maioria da população depende do poder público. Os programas sociais do Governo Federal, que deveriam ser um complemento salarial dos mais necessitados, são, infelizmente, a principal renda da maioria das famílias desses municípios.

Em torno de 30% da população dessas cidades vivem direta ou indiretamente da máquina da prefeitura: os servidores, os prestadores de serviços e suas famílias. Outros tantos são empregados do Estado.

Enfim, são, proporcionalmente, poucos os profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros), os comerciantes, os empresários, e, mesmo, os pequenos produtores rurais organizados e os funcionários da iniciativa privada que deveriam responder pela grande maioria da população economicamente ativa de qualquer aglomeração urbana ou rural desenvolvida. Basta fazer uma breve análise, por exemplo, da pífia arrecadação de ISS (Imposto sobre Serviço) das pequenas prefeituras para verificar a baixa participação do setor privado nessas economias.

O caminho mais seguro para chegarmos a uma nova realidade em nosso estado já é bastante conhecido por aqueles que estudam o Maranhão: a consolidação das cadeias produtivas de atividades nas quais temos vocação econômica e viabilidade financeira.

Contudo, apenas a cooperação entre governos, sociedade civil organizada, empresas, instituições, academia, imprensa e a opinião pública em geral, alinhados com um só objetivo, poderá transformar os nossos potenciais econômicos em resultados sólidos para reduzirmos as desigualdades regionais, a dependência da máquina pública, e fortalecermos a cidadania, a inclusão, a geração de emprego e renda e a democracia.

No mundo em que vivemos, não existe mecanismo mais moderno do que a cooperação e, para isso, é preciso que existam cidadãos conscientes. A cidadania é o sujeito ativo desse processo.

A descentralização do poder político, consequentemente, faz com que o indivíduo e sua comunidade percebam as limitações do Estado e a menor necessidade de contar com o seu apoio, a não ser para medidas de caráter geral. Surge então outro conceito bastante atual, o empoderamento social (do inglês empowerment), que significa dar poder a um indivíduo, à uma comunidade e faz com que tudo seja mais democrático e participativo, que a população em geral tenha maior envergadura.

Empoderar um indivíduo ou uma comunidade é dar-lhe responsabilidades, delegar funções e obrigações que o poder público não consegue prover por ter outras prioridades, ou pela incapacidade de implementá-las. Assim, o indivíduo desenvolve a consciência de que a cooperação pode ser altamente benéfica.

Entre suas muitas virtudes está a possibilidade de mobilizar todos os agentes da sociedade, principalmente as empresas, os governos e as instituições acadêmicas e representativas (de classes), os quais possuem uma margem para atuação significativa na promoção da atividade econômica e do desenvolvimento no âmbito local.

O ponto de partida desse pacto é a emancipação e o empoderamento do cidadão consciente dos inúmeros problemas que encara e da incapacidade dos governos de solucionar as grandes questões, o que já é uma tendência mundial que ganha força, principalmente com o avanço ao acesso a informação, um caminho sem volta.

O poder público deve não apenas participar, mas também incentivar a cooperação e apoiar essa emancipação social do cidadão. Portanto, os governos devem focar no seu papel de fornecedor de serviços básicos, principalmente da educação e do apoio institucional a essas redes de inter-relações sociais.

*Adriano Sarney é deputado estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.

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Prefeitura lançará aplicativo da limpeza urbana em SL

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A Prefeitura de São Luís, por meio do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, lançará o aplicativo Cidadão Limpeza, plataforma que reunirá informações sobre todos os serviços de limpeza, coleta e destinação de resíduos da capital. Com a ferramenta será possível solicitar serviços, saber os dias de coleta nos bairros, denunciar o descarte irregular pela cidade, obter informações sobre os Ecopontos, sobre a legislação municipal de limpeza urbana entre outras.

O lançamento do aplicativo faz parte da macropolítica de gestão de resíduos sólidos implantada pelo prefeito Edivaldo Holanda Junior e inclui a reestruturação da Central de Atendimento do Comitê Gestor de Limpeza Urbana. O download da ferramenta estará disponível gratuitamente na Play Store e na Apple Store.

Segundo a presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Carolina Moraes Estrela, o aplicativo, que será disponibilizado em breve, vem sendo planejado há algum tempo e faz parte dos investimentos previstos no processo de profissionalização da gestão de resíduos sólidos em São Luís. O processo incluiu ainda a implantação do Sistema de Monitoramento e Fiscalização dos Serviços de Limpeza Urbana e o cadastramento dos grandes geradores de resíduos sólidos como forma de modernizar e otimizar a prestação dos serviços.

Agora, esta plataforma que já é utilizada de forma interna na gestão dos serviços feita pela Prefeitura, será disponibilizada também ao cidadão com o objetivo de facilitar o acesso aos serviços de limpeza urbana. “O aplicativo, que esta sendo implantado por orientação do prefeito Edivaldo, vai centralizar todos os nossos serviços e informações, além de ser uma ferramenta importante para a fiscalização e combate ao descarte irregular de resíduos na cidade. Ele vai ser mais um canal entre o cidadão e a Prefeitura de São Luís”, destacou a presidente do Comitê.

A ferramenta informará os endereços de todos os Ecopontos em São Luís, horários de funcionamento e que tipo de resíduo pode ser entregue nestes equipamentos. No aplicativo também será informado o dia e frequência da coleta domiciliar e como o cidadão deve fazer a separação e acondicionamento do resíduo. Será possível ainda solicitar serviços como a capina e roçagem de logradouros, a remoção manual e mecanizada em pontos de descarte irregular. As demandas poderão ser acompanhadas pelo aplicativo.

O aplicativo Cidadão Limpeza será ainda uma importante ferramenta no combate ao descarte irregular de resíduos pela cidade, pois por meio dele a comunidade poderá denunciar a prática, inclusive, enviando imagens (fotos e vídeos) que permitam a identificação dos autores. O material servirá de base para que sejam aplicadas as sanções previstas na Lei Municipal Nº 6.321/2018, que prevê multa para quem descarta o resíduo irregularmente e organiza todo o Sistema de Fiscalização do Serviço de Limpeza Urbana de São Luís.

Foto: Douglas Júnior

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As águas vão rolar

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Por José Sarney

Tenho acompanhado o sofrimento da cidade de São Luís e de outras cidades do interior do Maranhão com as fortes chuvas que têm caído. Ultimamente, com a mudança climática do mundo, temos tido alternâncias de períodos de estiagem, como aconteceu nos últimos cinco anos, com invernos fracos, e enchentes como as que estão ocorrendo no Brasil inteiro.

Quando vejo este ano com esta chuvarada toda, minha reação tem sido a de dizer que este era o “inverno tradicional” de nossa terra, aquele que via na minha infância, mocidade, maturidade.

Acontece que não foi somente o inverno que mudou. Mudou a cidade, mudaram os costumes, a mobilidade urbana e o sistema de saneamento esgotaram-se e envelheceram. Os portugueses foram excelentes construtores, e fizeram um projeto de drenagem para uma cidade que o comportou bem até 100.000 habitantes. Os colossais subterrâneos da Praia Grande, escondidos mas monumentais, nada deviam aos das grandes cidades europeias. E as “bocas de lobo” que existiam nas ladeiras para escoamento rápido das águas de abril — chamadas de “abril, chuvas mil / maio, trovão e raio” — funcionavam admiravelmente. Meia hora depois de qualquer tempestade a cidade estava seca.

Hoje, temos uma cidade de um milhão de habitantes. Expandiu-se, surgiram novos bairros, mas não tem um Plano Diretor e houve esse brutal crescimento desordenado. Calculo o sofrimento das pessoas que residem nos bairros convivendo com a sujeira, a falta d’água, a lama, os alagamentos e a falta de esgoto.

Mas, atrás de tudo isso há um problema mais grave, que daqui para a frente vai tornar quase inviável a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes: a falta de pensar sobre a cidade e planejar o que se deve fazer. Criou-se uma mentalidade que a cidade de São Luís, Patrimônio da Humanidade, Ilha do Amor, Pérola do Atlântico (ouvi de um cantador que fazia ponto no hotel do saudoso Moacyr Neves), era para ser administrada pelo Governo do Estado e não precisava de Prefeito.

Calculem se eu não tivesse feito Boa Esperança, que primeiro trouxe luz para S. Luís e desativado a Ullen, então já Cemar; a Ponte de São Francisco; toda nova fiação da cidade; as Caixas d’Água; as Avenidas Kennedy e dos Franceses; a Barragem do Bacanga; a nova Estação do Batatã; o asfaltamento de toda a cidade; a Ponte do Caratatiua; as Avenidas do Maranhão Novo; o Hospital Sarah Kubitschek. E se Castelo não tivesse feito o Castelão, a Adutora do Itapecuru; se Cafeteira não tivesse feito a duplicação das Avenidas de São Francisco; se Lobão não tivesse feito a Avenida Litorânea e as escolas de Ensino Médio; e se Roseana não tivesse feito tantos viadutos e avenidas, os Vivas e restaurados as festas de S. João e o Carnaval. O que seria de S. Luís?

A verdade é que há 30 anos São Luís não tem Prefeito. Não estou censurando ninguém, mas apenas constatando um fato. Qual a grande obra que foi feita pela Prefeitura nestes anos todos? E todas estas que citei são da competência da Prefeitura.

Ivan Sarney escreve há décadas o mantra “vamos amar São Luís”, mas não basta amar, é preciso PENSAR SÃO LUÍS, fazer um Plano Diretor e convocar a inteligência do Estado para essa tarefa.

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