Farmácias como unidades de saúde

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Hoje foi promulgado a lei que transforma as farmácias em unidades de assistência de saúde, incorporando definitivamente as farmácias em uma rede de serviços encarregados de promoverem saúde pública nesse país, em que ao invés de ser simplesmente um ponto de venda de medicamentos e outros produtos se transformarão em unidades de saúde, ampliando portanto, em boa hora a sua responsabilidade social.
Com isso, abre-se novos horizontes para classe farmacêutica do ponto de vista do mercado de trabalho pois novas frentes surgirão, já que pela lei as farmácias deverão contar com a presença do farmacêutico em todo seu expediente de funcionamento. Novos empregos e maiores responsabilidade as farmácias. Um ponto altamente relevante que deverá ser alcançado pela medida é a questão da auto medicação, um problema grave que ocorre na população brasileira ocasionando sérios danos á saúde pública desse país.
No mesmo texto legal, foi concedido ao farmacêutico a prerrogativa de prescrever medicamentos que não exigem uma prescrição médica, isto é, prescrever medicamentos que não seja exigida a receita médica.
Nesse ponto gostaria de refletir um pouco. Trata-se de uma questão complexa, polêmica e profunda que exige uma releitura do que estão propondo para essa nobre e importante profissão, até porque entendo que a farmácia pode e deve se inserir em uma infinidade de outras atividades profissionais a serem realizados pelos farmacêuticos que não seja essa de prescrever fármacos para justificar sua nova condição de unidade de saúde, uma reinvindicação antiga e justa dessa classe importante dos farmacêutica que há mais de 20 anos vem lutando para tanto, portanto a lei coroa a luta dessa categoria com os quais me confraternizo.

Em suas novas atribuições, já vimos que a lei outorga a esses profissionais a prerrogativa de prescrever os tais medicamentos inalcançados pelas receitas médicas, seja qual for. Ao meu ver, uma ação no mínimo temerária pela imensa responsabilidade exigida por esse procedimento sobre cada profissional que irá fazê-lo. Prescrever um fármaco, seja qual for, a uma determinada pessoa é uma ação complexa que exige antes de tudo um diagnóstico e conhecimentos profundos de terapêutica. Exige um conhecimento abalizado de clínica médica, de farmacologia, fisiopatologia, de propedêutica e muitos outros conhecimentos sobre saúde que justifiquem o ato de se prescrever um medicamento a alguém. Não é só passar por passar tem que se saber o que, como passar, para quem passar, e porque passar. Além do mais, deve-se assumir a total responsabilidade em fazê-lo. Passar um analgésico, um antitérmico, um antidiarreico ou um ante emético (para vômito), pode parecer simplório, não o é. Todas essas condições clínicas podem esconder enfermidades graves que se revelam por tais sintomas em que o profissional deve conhece-los muito bem para prescrever  algum medicamento.
As implicações, ética, médica e jurídica que há por trás de uma prescrição são muitas e, entre outras coisas, terão que se responsabilizar pelas consequências impostas pela sua ação. Estarão preparados os farmacêuticos e devidamente habilitados para fazê-lo?

É da competência dos Farmacêuticos tratar de alguém mesmo que seja um sintoma como dor, a febre, o vômito? Quem se responsabilizará se der algo errado com esse pacientes devido sua prescrição? Estarão os Farmacêuticos habilitados e preparados para fazer diagnósticos? Essas e muitas outras questões deveriam ser levantadas e discutidas para se verificar o alcance profissional e social de tais medidas.
Outro aspecto, ao meu ver relevante, é: porque atribuir a esses profissionais a responsabilidade de prescreverem somente medicamentos fora do alcance dos receituário médicos? já que qualquer fármaco, independente de estarem dentro ou não de um receituário médico, tem seus princípios ativos, seu mecanismos de ação, sua faramacocinética, sua famacodinâmica, seu metabolismo e sua indicação médica de uso? Mas, no outro lado da questão, não seria muito pouco atribuir a esses profissionais, ante a enorme responsabilidade que terão ao prescrever algo para alguém, prescreverem somente os medicamentos fora do alcance do receituários médicos? Não estará esse governo  atribuindo a esses profissionais responsabilidades que seriam dele governo, não oferecendo mais postos de saúde, mais hospitais, mais saneamento básico, mais laboratórios, mais ambulatórios de especialidades e muitos outros serviços  de saúde á população ao invés de aumentar a responsabilidade desses profissionais?
Como se trata de um fato ligado a saúde pública a sociedade, os outros profissionais e a própria categoria devem se manifestar mais para que nós possamos compreender melhor a natureza de tais medidas e o  impacto que isso causará á nossa população.
De qualquer forma, considerem meus comentários uma contribuição para o engrandecimento da classe farmacêutica de nosso estado considerando que os reconheço como profissionais altamente importantes e de uma enorme responsabilidade social na promoção e manutenção da saúde e da vida.

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Fármacia como unidade de saúde

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Hoje foi promulgado a lei que transforma as farmácias em unidades de assistência de saúde, incorporando definitivamente as farmácias em uma rede de serviços encarregados de promoverem saúde pública nesse país, em que ao invés de ser simplesmente um ponto de venda de medicamentos e outros produtos se transformarão em unidades de saúde, ampliando portanto, em boa hora a sua responsabilidade social.
Com isso, abre-se novos horizontes para classe farmacêutica do ponto de vista do mercado de trabalho pois novas frentes surgirão, já que pela lei as farmácias deverão contar com a presença do farmacêutico em todo seu expediente de funcionamento. Novos empregos e maiores responsabilidade as farmácias. Um ponto altamente relevante que deverá ser alcançado pela medida é a questão da auto medicação, um problema grave que ocorre na população brasileira ocasionando sérios danos á saúde pública desse país.
No mesmo texto legal, foi concedido ao farmacêutico a prerrogativa de prescrever medicamentos que não exigem uma prescrição médica, isto é, prescrever medicamentos que não seja exigida a receita médica.
Nesse ponto gostaria de refletir um pouco. Trata-se de uma questão complexa, polêmica e profunda que exige uma releitura do que estão propondo para essa nobre e importante profissão, até porque entendo que a farmácia pode e deve se inserir em uma infinidade de outras atividades profissionais a serem realizados pelos farmacêuticos que não seja essa de prescrever fármacos para justificar sua nova condição de unidade de saúde, uma reinvindicação antiga e justa dessa classe importante dos farmacêutica que há mais de 20 anos vem lutando para tanto, portanto a lei coroa a luta dessa categoria com os quais me confraternizo.

Em suas novas atribuições, já vimos que a lei outorga a esses profissionais a prerrogativa de prescrever os tais medicamentos inalcançados pelas receitas médicas, seja qual for. Ao meu ver, uma ação no mínimo temerária pela imensa responsabilidade exigida por esse procedimento sobre cada profissional que irá fazê-lo. Prescrever um fármaco, seja qual for, a uma determinada pessoa é uma ação complexa que exige antes de tudo um diagnóstico e conhecimentos profundos de terapêutica. Exige um conhecimento abalizado de clínica médica, de farmacologia, fisiopatologia, de propedêutica e muitos outros conhecimentos sobre saúde que justifiquem o ato de se prescrever um medicamento a alguém. Não é só passar por passar tem que se saber o que, como passar, para quem passar, e porque passar. Além do mais, deve-se assumir a total responsabilidade em fazê-lo. Passar um analgésico, um antitérmico, um antidiarreico ou um ante emético (para vômito), pode parecer simplório, não o é. Todas essas condições clínicas podem esconder enfermidades graves que se revelam por tais sintomas em que o profissional deve conhece-los muito bem para prescrever  algum medicamento.
As implicações, ética, médica e jurídica que há por trás de uma prescrição são muitas e, entre outras coisas, terão que se responsabilizar pelas consequências impostas pela sua ação. Estarão preparados os farmacêuticos e devidamente habilitados para fazê-lo?

É da competência dos Farmacêuticos tratar de alguém mesmo que seja um sintoma como dor, a febre, o vômito? Quem se responsabilizará se der algo errado com esse pacientes devido sua prescrição? Estarão os Farmacêuticos habilitados e preparados para fazer diagnósticos? Essas e muitas outras questões deveriam ser levantadas e discutidas para se verificar o alcance profissional e social de tais medidas.
Outro aspecto, ao meu ver relevante, é: porque atribuir a esses profissionais a responsabilidade de prescreverem somente medicamentos fora do alcance dos receituário médicos? já que qualquer fármaco, independente de estarem dentro ou não de um receituário médico, tem seus princípios ativos, seu mecanismos de ação, sua faramacocinética, sua famacodinâmica, seu metabolismo e sua indicação médica de uso? Mas, no outro lado da questão, não seria muito pouco atribuir a esses profissionais, ante a enorme responsabilidade que terão ao prescrever algo para alguém, prescreverem somente os medicamentos fora do alcance do receituários médicos? Não estará esse governo  atribuindo a esses profissionais responsabilidades que seriam dele governo, não oferecendo mais postos de saúde, mais hospitais, mais saneamento básico, mais laboratórios, mais ambulatórios
de especialidades e muitos outros serviços  de saúde á população ao invés de aumentar a responsabilidade desses profissionais?
Como se trata de um fato ligado a saúde pública a sociedade, os outros profissionais e a própria categoria devem se manifestar mais para que nós possamos compreender melhor a natureza de tais medidas e o  impacto que isso causará á nossa população.
De qualquer forma, considerem meus comentários uma contribuição para o engrandecimento da classe farmacêutica de nosso estado considerando que os reconheço como profissionais altamente importantes e de uma enorme responsabilidade social na promoção e manutenção da saúde e da vida.

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A Angústia

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Angústia é uma condição que sempre despertou muito interesse em todos nós. E isso se deve à incógnita sobre sua natureza e ao imenso sofrimento que provoca nas pessoas, que a descrevem como algo insuportável. É um sentimento profundo de dor, de amargura, de solidão, de irrealização e de intenso sofrimento que ocorre nos seres humanos. É a pior expressão de amargura e de fracasso diante de nós mesmos. Traduz a insignificância humana, sua incompletude e sua pequenez.

Desde a antiguidade clássica que a filosofia, através de suas diferentes escolas, tenta descrever a angústia, desenvolvendo estudos importantes para compreendê-la. O mesmo ocorre com psicólogos, psiquiatras, geneticistas, neurocientistas, antropólogos, para desvendarem a natureza da angústia e suas diferentes formas de expressão. Por isso mesmo é que nessas áreas do saber não faltam teorias que buscam explicá-la. O fato é que, apesar de todos os avanços nessas áreas de conhecimento, permanece até os dias atuais uma grande incógnita.

Nesse artigo, trato do enfoque médico, em que a angústia é considerada um sintoma grave de distintas doenças, entre as quais a doença mental. Esse enforque, todavia, não desconsidera que a angústia possa estar presente em muitas outras condições humanas.

O termo angústia se origina do latim “angustia”. Indica algo desconfortável ou doloroso como apertar, sufocar, esganar, atormentar, estreitar, brevidade, escassez, concisão. É um mal estar profundo, inexplicável, indefinível e inarrável, um medo sem objeto determinado (que é diferente de outros tipos de medo e que possuem um objeto definido). A sensação é de “estreiteza, limite, redução, restrição, aflição intensa, ânsia, agonia, sofrimento, tormento, tribulação”. Em todas essas conotações depreende-se algo que estreita a própria existência das pessoas nessas condições. Vejam que uma expressão comum dos que padecem de angústia é a de aperto insuportável no peito que o sufoca e o deixa sem respirar, põem a mão no peito como se sufocados.

Já vimos que, como sintoma, a angústia pode estar presente em muitas condições médicas e psicossociais e, entre essas, a mais referida é na depressão, considerada por muitos como uma das piores doenças humanas. Não é à toa que a depressão responde por mais de 80% dos suicídios, fato que já demonstra o grau de significância dessa doença na nosologia médica. Boa parte do sofrimento intenso relatado pelos depressivos relaciona-se à angústia, a qual se confunde com a própria depressão, antítese primária da condição fundamental aspirada por todos nós que é o prazer.

Nessa perspectiva, a angústia reforça os efeitos do nosso pior inimigo, a dor, já que por natureza somos hedônicos. Na angústia, porém, a sensação de dor não é na carne, no corpo, muito menos localizada em qualquer região, é uma dor na alma, no seu sentido mais profundo e aqui não há um local que ela possa se manifestar, é uma dor na existência. Contrariamente a outro tipo de dor, não se origina do corpo, embora essa possa ser uma de suas vias de expressão. Dá-se na alma, a sede de expressão. Por isso é uma dor indefinida, inexplicável, insuportável e impalpável. Por isso mesmo o poder, o dinheiro, a arrogância, o egoísmo, a vaidade, o ostentação, o orgulho, aspirações comuns do homem contemporâneo, perdem seu sentido nas vivências angustiantes.

Do ponto de vista psicopatológico, a angústia nos recolhe para dentro de nós mesmos e nos conduz a nossa própria intimidade. Só que esse caminho é repleto de dor, medo e sofrimento. Eis porque tanta gente se mata ao se deprimir. Esses perdem a importância e valor da vida, os torna sem rumo e sem destino. Emudece-nos, isola-nos e deixa-nos sós. Há algo pior que isso? Um homem sem rumo, sem valor e sem destino?

Eis a angústia, o pior sentimento dos seres humanos. É uma experiência dentro de nós mesmos, da qual poucos sobrevivem. A sensação da angústia como fenômeno do adoecer é de morte iminente. As pessoas não conseguem descrevê-la e dizem abertamente que não queriam aquilo nem para seu pior inimigo. Essa sensação revela uma disfunção severa entre o homem, os outros e sua ambiência.

Como outros fenômenos existenciais, a angústia tem intensidades variadas, manifesta-se desde uma sensação leve até severa. E surge, em geral, de forma lenta e sorrateira, aprofundando-se inexplicavelmente para o interior do ser, podendo surgir em diferentes situações.

Atualmente, verifico um tipo de angústia que se desenvolve no homem tecnológico e contemporâneo, que nasce da relação dele com a máquina (tecnologia). Verifica-se que todos esses bens e serviços tecnológicos a seu serviço têm contribuído para a construção de um ser solitário, imediatista, materialista e muito afastado de si mesmo. Os sentimentos tonam-se raros e sem profundidade, superficial e fugaz. Quando os fatos conduzem-nas para dentro de si mesmas, as pessoas se deparam com muitas dificuldades em manejar com seus próprios sentimentos, valores e senso ético, conduzindo a sensações de insegurança, perplexidade, medos e incertezas. Isso gera uma angústia que se insere no homem moderno.

Isso o define como um ser simplório, voraz, imediatista e superficial, que não se aprofunda em nada que faz, muito menos ante sua própria realidade interna. Mantêm relações superficiais com os outros e são frágeis. Não experimentam relações profundas, são conformados e se contentam com pouca coisa. Estão despreparados para grandes investidas na vida e são débeis. Não é uma angústia gerada por condições psicopatológicas obrigatoriamente, como a que vimos acima, mas produzidas por uma sociedade tecnocrática que pensa e sente muito pouco. Esse ser de consumo, oportunista e improvisado e sem origem consistente, voltado exclusivamente para uma modernidade, se angustia por pouco.

 

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Eu, os outros e o mundo

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Conversando recentemente sobre diferentes assuntos com um dos ícones da medicina brasileira e um dos mais respeitados médicos desse estado, Dr. Haroldo Silva e Sousa, meu mestre, professor e amigo, exímio cardiologista, houve certo instante que me disse: “Ruy, temos que entender o homem em sua relação consigo, com os outros e com o mundo”, é dessa forma que entenderemos o que acontece conosco e todos na vida.

Disse-lhe, Prof. Haroldo o Senhor tem razão temos que sempre ter essa visão do homem para poder entendê-lo. Depois dessa conversa, prosseguimos, tratando de outros assuntos. Já em casa, voltei a pensar na conversa que tínhamos tido e vi que a relação: eu, os outros e o mundo, representam de fato o paradigma de nossa existencialidade. Tudo ocorre e funciona a partir disso. Veja que tudo que nos diz respeito e o que se passa conosco está subjugado a essa realidade. Nada ocorre sem ser por essa via.

As circunstâncias, as rotas que traçamos para nós mesmos, nossas relações com os outros e com o mundo são atribuições e consequências diretos dessa tríade de fatores justapostos uns aos outros. De tal forma que quando algo se distancia desse triângulo, as consequências aparecerão cedo ou tarde na vida de alguém.

Atrevo-me a dizer que aquilo que entendemos como felicidade, que todos querem alcança-la, essencialmente só brota em nossos corações quando estamos em absoluto consonância e equilíbrio com essas dimensões. Só somos felizes quando essas três entidades se alcançam, a um só tempo, se unem em um único sentido por isso é difícil a alcançarmos a todo o momento, pois não é a todo o momento que estamos nesse equilíbrio desejado.

Nessa perspectiva cada dimensão desta, eu o outro e o mundo, têm identidade própria, importâncias e valores distintos entre si. São dimensões diferentes uns dos outros, porém não se sustentam isoladamente. Da mesma forma como nós, só nos tornamos seres humanos havendo plena harmonia entre nós, os outros e o e o mundo. Nessa triangularidade é que serão construídos e garantidos todos os pressupostos necessários para uma vida promissora e feliz. E, entendo que o resultado dessa triangulação é que vai dar sentido á nossa existência.

Há teorias que julgam que nós humanos somos o centro do universo, e as outras coisas secundárias á isso – antropocentrismo. Outras vêm na natureza (o mundo), o centro de tudo e a razão da própria vida – geocentrismo. Por último, há os que afirmam serem as relações sociais a razão maior da vida humana(sociogênese). Todas essas teorias têm suas razões, mas vejo que nenhuma dessas sozinhas, faz qualquer sentido. A primazia da existência está nas relações entre essas diferentes forças especiais e singulares interagindo entre si, isso faz brotar a vida que temos e o que somos.

O ambiente, o ar, as árvores, os animais, os rios, o mar, os sons, a lua o sol, o céu, a noite, as estrelas, o infinito, o outro e tudo mais, que nos toca, nos diz respeito e que ocupa nossa consciência, nos compõem. O mundo, nós e os outros formamos um único ser através da qual nos definimos, damos sentido á nossa existência. Essa relação triangular é tão estreita, que se tornam inseparáveis, íntimas imprescindíveis umas as outras, surgindo, por isso mesmo, algo novo e uma nova ordem nessa relação. Essa nova realidade, somos nós.

No transcurso da vida, dependendo das circunstâncias, haverá momentos em que o eu se sobressairá sobre o outro e sobre o mundo. Em outros, o mundo se sobressairá sobre o eu e o ou outro e haverá outros momentos em que o outro se sobressaíra sobre o eu e o mundo. Mas nunca se separam na relação. Essas dimensões estão ligadas intestinamente uma a outras garantindo a viabilidade da vida. É através dessa dialética e dessa dinâmica existencial que a vida caminha. A flexibilidade entre essas dimensões é que irá definir e garantir a primazia da nossa existência

Portanto, nós, os outros e o mundo somos facetas distintas de um mesmo fenômeno, onde reside a essência da vida humana. Achar que somos uma coisa totalitária independente é um tremendo equívoco. Temos que ter e desenvolver uma consciência plena e total, onde somos uma parte importante no processo do viver, mas sem o outro e o mundo os quais nos cercam, fatalmente iremos fracassar.

Essa é a visão singular da vida que nos dá autonomia e a certeza de nossa existência. É a partir dessa visão biopsicossocial e geopolítica do ser, que garantiremos e damos sentido da de nossa existência. A valorização só de um aspecto dessa trindade sagrada desrespeitaria, em principio, a universalidade da nossa existência.

 

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