Mistura de chuva com álcool

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Se, ao término da leitura deste texto, o leitor se conscientizar do problema e o compartilhar com um amigo, já me darei por satisfeito. A sensação do dever cumprido me acompanhará por um bom tempo…
Muito usada no meio rural, a mistura de pinga com mel de abelha é conhecida como batida. Cura dores de cabeça, previne gripes e resfriados também. Um santo remédio!
Nas cidades maiores, a mistura de pinga com limão, um pouco de açúcar e gelo, tem a preferência nacional dos drinks: é a nossa tradicional caipirinha, que durante muito tempo foi conhecida como batida de limão.
No mundo globalizado de hoje, a cachaça brasileira adquiriu status internacional, muitas delas vendidas a preços comparados aos melhores whiskies escoceses. Nos pubs londrinos, nos bristrots e brasseries parisienses e nos bares dos mais requintados hotéis em todo o mundo, a caipirinha é a pedida do momento. Virou marca registrada e símbolo nacional.
Em São Luís do Maranhão, vem se destacando um outro tipo de batida. Desta vez, a junção de álcool com água de chuva é responsável por uma nova batida: a batida de carro.
No início de cada ano, quando as fortes chuvas desabam sobre a Ilha dos Amores, os motoristas menos atentos e os mais afoitos na direção abusam do consumo de álcool nos finais de semana: os acidentes acontecem a todo instante. Muitos motoristas, ao acordarem debaixo dos postes, ou mais tarde nas UTI´s dos hospitais, relatam que conduziam o veículo em baixa velocidade quando, de repente, um poste apareceu em sua direção….
Segundo os registros da Cemar, somente nos primeiros meses deste ano, de janeiro a final de maio, 176 postes foram abatidos, sem pena, por motoristas em sua grande maioria alcoolizados. Os mais sortudos conseguem sair ilesos do acidente e contribuem, apenas, para tirar o conforto das pessoas que nada têm a ver com a sua (dele) imprudência, acordadas no meio da noite com a falta de energia causada pela ação desses motoristas inconseqüentes.
Outros, sofrem graves ferimentos e muitos deles carregam até hoje marcas desses acidentes. A visita aos hospitais e pronto socorros da cidade durante os finais de semana mostra a grande quantidade de acidentados, muitos deles com seqüelas permanentes. Sem falar naqueles que perdem a sua vida e provocam o sofrimento de seus familiares e amigos.
Campanhas esclarecedoras devem ser adotadas pelas autoridades. As escolas, tanto da rede pública quanto as particulares, precisam alertar os jovens para o risco dessa mistura. É uma batida cara demais.

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