“Piaf um hino ao amor”

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Atualmente, uma cena tem se tornado comum frente às bilheterias dos cinemas franceses. Milhares de espectadores, ávidos, formam sinuosas filas para assistirem o filme “la môme”. No Brasil ele recebe o nome de “Piaf um hino ao amor”; e aqui em São Luís, será apresentado em avant-première no dia 9 de outubro, na sala 3 do Cine Box do shopping São Luís.
A Casa França Maranhão e a Aliança Francesa de São Luís, em parceria com o Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil, apresentam para um seleto grupo de convidados o filme de Olivier Dahan, com Gérard Depardieu, Marion Cotillard, Sylvie Testud, Clothilde Courau, Mathilde Seignier e mais um elenco de rara qualidade.
O filme, “Piaf um hino ao amor”, com duração de 140 minutos, é uma biografia musical que retrata a vida da cantora das ruas de Paris que mais tarde viria a se tornar um símbolo da nação francesa.
Duas grandes guerras mundiais passaram pela vida de Edit Piaf. Durante a primeira, ainda muito pequena, ela foi deixada por um curto período com a avó materna, e logo depois seu pai, Louis-Alphonse Gassion, acrobata de rua, teve que devolvê-la à sua mãe para servir o Exército Francês (em 1916). A mãe na época trabalhava em um bordel, o que fez com que Edith tivesse contato com prostitutas e seus clientes, ocasionando nela um profundo impacto em sua personalidade e visão sobre a vida.
Foi Louis Leplée, gerente do cabaret Le Gerny’s, situado na avenida Champs Élysées em Paris quem a iniciou na vida artística e a batizou “Piaf”(passarinho), assinando um contrato com a Polydor para o lançamento de seu primeiro disco Les mômes de la cloche.
Durante a ocupação alemã em Paris, por ocasião da segunda grande guerra mundial ela começa a escrever canções, e dentre elas o seu maior sucesso La vie en Rose, seguidas de outras não menos belas Padam… Padam, Sous le ciel de Paris, Non, je ne regrette rien…
Edit Piaf permanece viva em nossa memória como a mais autêntica de todas as intérpretes de canções românticas de todos os tempos, e este filme é um tributo à sua vida e à sua obra.
Sobre o filme a crítica francesa diz que “longe de ser uma simples biografia clássica, “Piaf, um hino ao amor”, é uma apaixonante viagem através da vida de uma mulher transformada em um mito e, ainda mais, uma primorosa reflexão sobre a criação artística”.
O filme entrará em cartaz, em rede nacional, ainda durante o transcorrer do mês de outubro.
Deixo para os meus leitores a possibilidade de assistirem a alguns traillers, se tiverem a curiosidade de acessarem o endereço: http://www.commeaucinema.com/bandes-annonces=52339.html

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O Padre Nosso e a Paixão de Cristo.

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Leitores, eu vi.
E não é que o meu amigo Joaquim Haickel, poeta, escritor, analista político, blogueiro, de tempos em tempos deputado, nas horas vagas chef de cuisine e cinéfilo dos bons, decidiu-se pela produção de um curta-metragem!
Tive o privilégio de assistir nesta semana, numa bela sala de exposição, em muito boa companhia, à apresentação, em avant première, do curta-metragem Padre Nosso. Extraído de um conto de sua autoria, dirigido por ele mesmo, as cenas foram feitas entre a Igreja de Paço do Lumiar, e a quitanda de dona Sibá, no filme interpretada com maestria pela Maria Ethel. Neste filme, o diretor faz até estátua se mexer!
Chico Pedrosa, na batina do pároco, está brilhante. Mais brilhante até do que os olhos do padre mergulhando na fartura dos seios de dona Sibá.
Os filmes, tanto o de dois minutos e trinta, assim como a versão de um minuto, em breve estarão inscritos nos festivais de cinema mais renomados e antevejo as premiações que mais uma vez farão jus à versatilidade e ao brilhantismo criativo do autor.
Não sei como a Igreja vai enxergar a leitura feita pelo Joaquim acerca do papel do padre no seio da comunidade. Que a Igreja e o céu não lhes caiam sobre a cabeça!
Quase cem anos atrás, lá em Pinheiro, minha terra natal, meu avô Chico Leite teve uma experiência interessante com o cinema. Foi usar o Santo nome em vão e quase se deu mal…
Sempre inconformado com a situação de vida da gente simples e trabalhadora do interior, sem direito a absolutamente nenhuma ação do poder público, Chico Leite se preocupava com a formação das crianças e jovens e, certa feita, em uma de suas constantes viagens a São Luís, comprou uma velha máquina de cinema, daquelas que rodavam filmes em preto e branco e sem som.
O cinema mudo de Chico Leite tinha apenas um filme, que tratava da vida de Jesus Cristo. Se a época era da Semana Santa, o filme se chamava Paixão e Morte de Cristo; se a ocasião era próxima do Natal, o título mudava para Nascimento do Menino Jesus.
De tanto passar e repetir a película, a assistência diminuía a cada apresentação. Teve ele, então, uma brilhante idéia: contratou um rabequeiro para que este, com seu velho violino, se postasse na frente e ao lado da parede improvisada de tela. Assim que associasse uma música de seu conhecimento a alguma das passagens do filme, que ele passasse a executar a melodia.
Anunciada a novidade, a platéia lotou o terreiro para assistir a Paixão e Morte de Cristo.
Ao se aproximar a seqüência em que Jesus Cristo caminhava por aquelas ruas estreitas, calçadas de pedras, sendo barbaramente açoitado, carregando o peso da enorme cruz de madeira, com a cabeça encharcada de sangue provocado pela coroa de espinhos, o rabequeiro se ajeitou todo para dar os seus primeiros acordes. Jesus Cristo tropeça e cai várias vezes. Na última queda, apresentando grande dificuldade para se soerguer, o rabequeiro se lembra de uma música, conhecida por todos, e começa a entoar com a voz fanhosa, que lhe era peculiar:

Cai, cai …
Que eu não vou te levantar …
Cai, cai
Quem mandou escorregar …

Desnecessário se torna dizer, que foi a última participação do rabequeiro no cinema mudo de Chico Leite.
Estamos em outros tempos, os recursos tecnológicos são fartos e a boa memória do Joaquim ajudou a encontrar a música certa para a trilha sonora de seu filme. Foi vasculhar no fundo do baú e achou uma preciosidade para completar a beleza do espetáculo: Libertango, de Astor Piazzolla.

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Cozinha, degustação de vinhos e cultura francesa: a receita perfeita!

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Com este título, a Casa França Maranhão e a Aliança francesa de São Luís abrem o convite para um programa que se estende até o final do ano.
Mensalmente, os interessados poderão aprender a arte da culinária francesa, fazendo a degustação do vinho adequado para cada prato, e ainda por cima assistirem a vídeos específicos sobre as regiões da França num ambiente acolhedor e de extremo bom gosto.
Aceitem a minha sugestão e façam suas reservas.

Outro programa cultural diferenciado é o Ciné Club da Aliança francesa. Filmes cuidadosamente selecionados poderão ser apreciados pelos amantes do cinema francês.
Veja a programação contida no cartaz e divirta-se!

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Exército de Napoleão em Pinheiro.

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Acabo de chegar de Pinheiro onde fui participar das comemorações dos 151 anos de emancipação do Município.
Quero compartilhar com os leitores a minha satisfação em presenciar o maior presente que a cidade poderia receber por ocasião do seu aniversário.
Enquanto em todo o Brasil se discute a baixa qualidade do ensino nas nossas escolas públicas, o município de Pinheiro dá um importante passo para reverter essa trágica situação.
Há cerca de 6 anos, o prefeito Filuca tomou a iniciativa de formar os professores da rede municipal e buscou o apoio do governo Estado. Àquela época, eu exercia o cargo de Gerente Regional de Pinheiro. Envidamos todos os esforços para que pudéssemos também capacitar os professores da rede estadual de ensino em Pinheiro e solicitamos ao Dr. Danilo Furtado, dedicado e competente Secretário de estado da Educação, que atendesse o nosso pleito. A então Governadora Roseana Sarney autorizou prontamente a celebração de um convênio com a Universidade Federal do Maranhão para capacitar 400 professores, tanto da rede estadual quanto da municipal, concedendo a eles a oportunidade de concluir um curso superior, e dessa forma, melhorar a qualidade do ensino público em nossa cidade.
Como resultado desse convênio, seis anos depois, no dia de seu aniversário, a cidade de Pinheiro recebeu um belo presente: de uma só vez, 380 professores com curso superior, (Pedagogia, Letras, Matemática, Biologia, Química e Física) receberam o seu diploma de curso superior.
Aos professores recém formados, fica o nosso reconhecimento pela decisão tomada tempos atrás, em fazer da busca do conhecimento um objetivo de vida.
Foram quase seis anos de lutas, transpondo enormes desafios, que só os grandes lutadores, aqueles destemidos e que agem com iniciativa, determinação e inteligência nata, são capazes de superar.
Convidado para ser o Paraninfo da Turma de Biologia, e conhecedor da história de luta e determinação daquele grupo de professores, havia pensado em dirigir-lhes algumas palavras e lembrava-me de um pensamento do imperador Napoleão Bonaparte, que para escolher seus soldados costumava classificá-los da seguinte forma:
Os inteligentes e com iniciativa.
Os inteligentes, porém sem iniciativa.
Os desprovidos de inteligência, porém com grande iniciativa e
Aqueles outros, sem inteligência e ainda mais, sem iniciativa alguma.
Aos primeiros, aqueles que reuniam as características de inteligência privilegiada, Napoleão lhes conferia a nobre tarefa de comandar as tropas; seriam os grandes estrategistas e iriam se tornar generais.
Aqueles inteligentes, porém sem grandes iniciativas, ficariam com os postos intermediários, pois eram capazes de seguir as orientações emanadas pelo alto comando.
Napoleão adorava aqueles sem iniciativas e sem inteligência. A esses, cabia a função de ir para a frente das batalhas; eram as “buchas de canhão”, tão necessárias na guerra, como em todas as atividades das organizações.
E por último, vocês podem me perguntar:
E o que fazer com aqueles não privilegiados com inteligência, porém detentores de grande criatividade?
Esses, Napoleão odiava. Queria vê-los distante de suas tropas. Eram capazes de fazer verdadeiras barbáries. “Um ignorante com iniciativa, é um grande risco” dizia o imperador.
Não tenho dúvida alguma que os formandos de Pinheiro fazem parte do primeiro time.
A visão de vocês ao identificarem, lá atrás, a necessidade de buscar a melhoria profissional através da capacitação e a iniciativa e perseverança ao longo de todo esse tempo, os transforma nos novos generais do ensino de Pinheiro.
Cabe a vocês a tarefa de comandar e vencer a guerra contra a má qualidade do ensino público.
Nós esperamos isso de vocês.
Parabéns e a “la victoire!”

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