Por José Jorge • sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Trata-se de um livro inédito do professor Jerônimo de Viveiros, que foi organizado por mim e que recebeu do Instituto Geia o apoio necessário para sua publicação.
Durante algum tempo, dediquei-me às pesquisas para a elaboração de meu livro Lugar das Águas, lançado em 2006 por ocasião dos 150 anos da cidade de Pinheiro e, nessas buscas deparei-me com textos e artigos elaborados por este grande pesquisador maranhense.
Decidi aprofundar o estudo e, graças a ajuda do arquivo de Jornal Cidade de Pinheiro, do senador José Sarney e do imortal Carlos Gaspar, esta importante obra fica eternizada, a partir da palavra escrita, para a posteridade e ao alcance de todos.
O lançamento do livro será na próxima segunda feira, dia 19 deste, às 19:00 hs no Convento das Mercês.
Aguardamos sua presença.
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Por José Jorge • segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Maria da Graça Moreira Leite
Quero pedir permissão dos leitores para publicar este poema de Graça Leite. Com muita graciosidade ela retrata a sua passagem pelo tempo. Eu, que a conheço bem, só não concordo com a última estrofe da poesia.
José Jorge
Ontem completei setenta anos!
Dizem que sete é número cabala
Que quando passa pela gente,
Abala.
Aos sete anos
Sorri.
Vivia feliz, contente,
Ganhei o uso da razão,
Perdi todos os dentes
Ganhei dentes permanentes
E virei gente.
Aos dezessete,
Amei…
Voei, sonhei, criei asas e
Parti.
Com vinte e sete anos,
Pari.
Coloquei filhos no mundo,
Vivenciei um amor muito mais profundo.
Aos trinta e sete,
Perdoei.
Compreendi que sem perdão
O amor não existe,
E sem amor o mundo fica mais triste.
Aos quarenta e sete,
Exultei,
Virei vovó e descobri
Que ser mãe e avó
É uma coisa só.
Com cinqüenta e sete anos
Engordei.
Me dei conta de que a tarde ia morrendo,
Eu estava envelhecendo
E entrando na terceira idade.
Aos sessenta e sete anos
Chorei.
Bateu uma forte saudade
De tudo o que eu vivi.
Não vi porta pro futuro,
Senti falta do passado
Sentei na beira da estrada
E adormeci.
Com setenta anos
Acordei
E agora estou aqui.
Confusa
Porque sinto que me perdi.
Hei!
Alguém viu uma velha tonta por aí?
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