Les Urbanologues Associés

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Vou iniciar este artigo, reproduzindo citações da imprensa sobre a apresentação do espetáculo Les Urbanologues Associés, um Teatro de Fachada, que acontecerá aqui em São Luís, como parte das programações do Ano da França no Brasil:

“Les Piétons: finalmente, um teatro de rua”
Le BaveArt, Aurillac

“…lugares que os espectadores seguramente não verão mais com o mesmo olhar após a passagem desses dois surrealistas urbanos”
Le Télégramme de Brest

“… uma hora e quinze de um espetáculo inesquecível, ajustado milimetricamente (segurança exige), mas deixando uma boa parte de improvisação com o público.”
Le Dauphiné Libéré

Quem for ao centro histórico de São Luís, no próximo final de semana terá a oportunidade única de assistir às performances de Antoine Le Menestrel e JeanMarie Maddeddu. Antoine, o homem aranha francês, é um expert em alturas, faz evoluções acima dos espectadores e escala as paredes dos prédios sem tocar o solo. Seu companheiro JeanMarie, um especialista em linguagem sonora e visual, se encarrega de interagir com os espectadores.

As apresentações serão todas às 16H00. Na sexta feira, dia 21 de agosto, será na Rua do Giz e na Rua Humberto de Campos, enquanto que a do sábado será feita na Rua Portugal.

O trabalho de Antoine Le Menestrel e JeanMarie Maddeddu já foi apresentado em monumentos históricos, muitos deles pertencentes a lista do Patrimônio Mundial da UNESCO: Plazza Mayor, em Salamanca e Parc Guell, em Barcelona (Espanha), Catedral de Gap (França) Relógio Cósmico de Mântua (Itália) e Museu da Cidade de Poznan (Polônia) dentre tantas.
Trata-se de um teatro de fachada, onde os artistas utilizam-se das fachadas dos prédios para a apresentação de uma coreografia vertical. “Será com nosso corpo, nossas mãos nuas e a música que nos deslocaremos sobre as paredes. As fachadas são o nosso espaço cênico, no tempo necessário para um espetáculo, assim sendo, teremos o maior cuidado ao utilizá-las”, assim explica Antoine Le Menestral.

O espetáculo percorre o Brasil, com apresentações em São Paulo, Curitiba, Salvador, São Luís e Brasília.

Vale a pena conferir.

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O babaçu e a queda de cabelo

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hommes_chute_cheveux.jpgDurante os últimos quarenta anos, aqui no Maranhão, foram fechadas cerca de 50 empresas que produziam, a partir do babaçu, óleo bruto e refinado para abastecer as indústrias alimentícias e de higiene e limpeza. Com o avanço da produção de soja, e com os preços reduzidos do óleo do sudeste asiático, o produto perdeu sua competitividade no mercado. Os estudos mostram que cerca de 60 subprodutos podem ser extraídos da palmeira do babaçu, porém, até os dias de hoje, não se encontrou nenhuma forma capaz de justificar a sua exploração de forma rentável.

Dentro em breve será lançado o livro A Física do Nada do cientista José Benedito Ribeiro. Após décadas de pesquisa sobre o babaçu, o autor vem aplicando os conhecimentos da física quântica para explicar as propriedades do mesocarpo do babaçu. A idéia é buscar uma forma de agregar valor ao produto. Suas pesquisas se estendem à aplicação e benefícios contidos no produto, chegando a fazer experimentos para cura de diversas doenças tidas como incuráveis. Muitas cobaias têm sido utilizadas, algumas delas com resultados surpreendentes. O grande segredo consiste na interatividade do indivíduo com a matéria (no caso, cápsulas do mesocarpo do babaçu). Há necessidade da interação através de mentalização para que a matéria seja adequadamente quantizada. Só assim os efeitos aparecem.

Eu, mesmo, resolvi experimentá-los na tentativa de conter a queda dos meus cabelos. Devidamente orientado, tenho tentado seguir as indicações de meu amigo Benedito.

Este assunto me faz lembrar Norton Pinto.

No início do século passado, em Pinheiro, Norton Pinto vinha se dedicando ao estudo do poder da mente. Devorava todo e qualquer livro que tratava do tema. Posteriormente, com o passar do tempo, evoluiu para o domínio das técnicas da hipnose.

Certo dia, ao acordar, Norton deparou-se com o jornal Cidade de Pinheiro. Ao abri-lo, deu de cara com a seção de horóscopos, onde se lia: “Dia próprio para experiências hipnóticas”.

– Hoje é o meu dia! Pensou: – É hora de praticar meus conhecimentos! Vou aplicá-los no velho Capitão João Leite!

Desenvolveu uma idéia, concentrou-se nela e procurou mentalizar nos mínimos detalhes todos os passos a serem tomados para viabilizar o seu intento.

Norton vestiu-se imediatamente e dirigiu-se, então, à casa do velho capitão João Leite. Figura muito conhecida em Pinheiro, pão duro como poucos, o capitão estava àquela época, mais arreliado do que nunca.

Chegando ao casarão da família, Norton lembrou-se de praticar os ensinamentos arduamente adquiridos ao longo do tempo: mentalização, pensamento positivo, postura ereta e atitudes resolutas.

Pisou o primeiro degrau da porta com o pé direito e bateu palmas bem fortes. Bateu tão forte, que o capitão João Leite, que se encontrava lá dentro da sala, sentado numa cadeira de embalo, com a bengala em uma das mãos e fumando seu cachimbo, logo resmungou:

– Quem será esse audacioso que, a esta hora da manhã, está a me importunar aqui em minha própria casa?

Norton, sem saber se estava sendo ouvido ou não, bateu com muito mais força, o que só fez irritar ainda mais o velho João Leite.

– ENTRA! – Bradou o capitão.

Nortou entrou com o pé direito, todo empertigado, passadas firmes, e falou bem alto:

– Bom-dia, Seu João Leite!

 João Leite respondeu seco:

– Bom-dia.

Norton esticou os dois dedos em riste, olhando bem nos olhos do capitão João Leite, e disparou:

– Eu vim aqui pro senhor me emprestar três contos de réis!

Ao que, de pronto, o velho João Leite, levantando-se da cadeira, retrucou:

– NÃO EMPRESTO!

E, assim, desmoralizado pela imediata reação do capitão João Leite, o Norton desistiu de vez de aplicar seus conhecimentos hipnóticos. 

No meu caso, continuo insistindo com as cápsulas do mesocarpo. Não vou desistir de quantizar a matéria até porque os meus parcos fios de cabelo, se não estão nascendo novamente, pelo menos pararam de cair. 

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