Outro tema abordado pela governadora Roseana Sarney na entrevista à equipe de O Estado e publicada na edição de domingo (5) foi o esporte.
A governadora defendeu investimentos no esporte amador e no atleta maranhense. “O que eu quero é desenvolver o esporte amador do nosso estado, porque não adianta você ter um clube de futebol e ter de pegar jogadores de outros do país para montar um time. Eu quero que atletas maranhenses joguem nos nossos times. Eu quero que a gente possa ter representatividade também no nosso esporte. Como hoje a gente já vê uma atleta de handebol, que acabou de ser campeã, no basquete.”, disse.
Veja o trecho da entrevista sobre o esporte:
Governadora, a Lei de Incentivo ao Esporte, instituída recentemente, ajuda muito o esporte amador, mas o futebol profissional, que tem destacado o Maranhão nacionalmente, ficou de fora. E recentemente houve uma mudança no texto, que foi aprovada, e está faltando a sanção da senhora para ela entrar em vigor em 2014. Qual a previsão para esta sanção?
Roseana Sarney – Esta é uma coisa que a gente está discutindo. Eu acho, claro, que é preciso dar uma força para os esportes profissionais, mas eu creio que a gente precisa dar uma maior força ainda para os esportes amadores. Se a gente está fazendo uma lei que é para ajudar a incentivar o esporte do nosso estado, ela não precisa ter para o esporte profissional. O esporte profissional é dos clubes. Eles são independentes e têm o dinheiro deles. Eu já fiz o Nota na Mão, que ajuda bastante os clubes profissionais. O que eu quero é desenvolver o esporte amador do nosso estado, porque não adianta você ter um clube de futebol e ter de pegar jogadores de outros do país para montar um time. Eu quero que atletas maranhenses joguem nos nossos times. Eu quero que a gente possa ter representatividade também no nosso esporte. Como hoje a gente já vê uma atleta de handebol, que acabou de ser campeã, no basquete. Eu acho que a gente tem de incentivar nossos atletas. Essa mudança no texto pode até abrir uma fatia desse dinheiro para os clubes, mas eu vou fazer uma limitação. Eles já têm dinheiro e ingresso. Vendem camiseta. O amador é que não tem de onde tirar.
Já foi reformado o Castelão e agora o Estádio do Moropoia, em parceria com a Prefeitura (de São José de Ribamar), mas o Costa Rodrigues, que é um templo do esporte amador, ainda não ficou pronto. A senhora pode dar uma previsão de quando a obra será concluída?
Roseana Sarney – Nós conseguimos uma emenda do Governo Federal na qual nós demos uma contrapartida, e esta emenda era até certo limite. Então, foi feita uma primeira licitação até esse limite. Foi entregue até esse limite e agora o Estado vai assumir sozinho. O resto nós vamos entregar até o fim do ano. Isso tudo porque receberam o dinheiro e deram como concluído e nós atrasamos a obra porque quem iria responder por essa obra que não foi feita, que foi recebida como se fosse feita, seria eu. E aí eu estaria corroborando uma coisa que não era correta. Como é que a pessoa gastou R$ 5,5 milhões numa obra, disse que estava toda pronta e a obra estava toda no chão? Então, conseguimos uma emenda. Passamos dois anos para que o Ministério Público tomasse conhecimento e nos autorizasse a fazer a obra. A partir do momento em que o Ministério Público disse que podíamos continuar, nós fizemos a licitação, e dentro dessa primeira parcela de R$ 2,3 milhões ou R$ 2,8 milhões, não lembro o valor exato, foi feita a primeira etapa. Como acabou o dinheiro federal, o Estado vai entrar para concluir a obra, e eu já disse que não saio sem essa obra estar concluída.
Governadora, o que a senhora acha que faltou para São Luís ser uma subsede da Copa do Mundo? Isto está descartado?
Roseana Sarney – Não, não está descartado ainda. Mas a gente tentou porque nós temos estádio. Eu disse inclusive que a gente poderia ceder o estádio. O nosso estádio é completo. A Alemanha pegou um terreno na Bahia e vai construir uma sede. Eu cedo o estádio porque dentro dele tem lugar para fazer tudo. Até cozinha tem lá. Então, se eles fizerem, se a gente fizer, não tem problema. Eu estou tentando, porque Fortaleza vai sediar quatro jogos, não serão fixos, e nós estamos muito distantes das outras sedes. A mais próxima é Fortaleza. Então, para eles pegarem um avião vai se cansar muito. Eles querem ficar no mesmo hotel durante a Copa e só se deslocar para o local dos jogos. Se tivesse aqui, Belém, mas São Luís, Manaus, são três horas de voo. É difícil mesmo.
Recentemente, a senhora apareceu com a camisa do Sampaio. A governadora torce pelo Sampaio?
Roseana Sarney – A vida inteira. Eu tenho um tio falecido, irmão de minha mãe, que foi presidente do Sampaio Corrêa, José Carlos (Macieira). Era médico, foi presidente. Então, eu ia lá, conheço o campo, eu ia em jogo no Nhozinho Santos e ele era Sampaio Corrêa. Os meninos não eram e as mulheres lá de casa, eu e minha mãe, ficamos Sampaio Corrêa. Os meninos são Maranhão, e meu neto agora é Moto Club.